Bem Vindo

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quinta-feira, 13 de outubro de 2016

Não consigo, não me adapto, não me conformo.
A rotina jamais me fará satisfeita
porque eu tenho uma claustrofobia absurda
de lugares e tempos.
Estalo os dedos, batuco nos móveis,
balanço freneticamente os pés.
Preciso de ar.
Quero gritar mais alto que a música 
e destruir minhas limitações.

quarta-feira, 2 de março de 2016

 
 A vida se aprende nas perdas.
É perdendo a liberdade que a gente
descobre que não se encaixa,
é perdendo alguém que a gente descobre
que não vale a pena lutar por futilidades,
é perdendo o apoio que a gente descobre
que o resto do mundo não para
só porque nosso mundo parou.
A gente vai aprendendo a viver assim,
na marra, no grito, no sufoco, no impulso.
Eu quis mudar o mundo, quis ser brilhante,
quis ser reconhecida.
Hoje eu quero bem pouco
e prefiro me concentrar
no agora do que planear um futuro incerto.
Eu me libertei da culpa e dei de cara com algo novo:
não me encaixo, e aceito.
Não é justo perder as asas no momento
em que se descobre tê-las.
É preciso poder voar, é preciso
ter uma visão estratégica das janelas.

domingo, 24 de janeiro de 2016

Recado aos Moços

 
 Vocês não sabem o que têm nas mãos
Tocam os seios sem saber que no meio 
bate um coração,
beijam bocas sem ouvir o que elas têm a dizer,
fixam os olhos sem perceber que por trás há 
uma mente inquieta.
São milhares de pensamentos e sentimentos
que pulsam e se confundem,
vocês deviam fazer mais que apenas assistir.
Tenho pena dos que não se arriscam,
dos que não pulam e gostam do morno,
dos que se conformam com piscinas rasas 
e vidas rasas também.
Tenho pena dos que vão embora cedo, 
dos que só viajam até a esquina,
dos que pensam mil vezes antes de falar.
Vocês não sabem o que têm nas mãos.
E perdem amores por apostas,
perdem companhia por desinformação e 
cumplicidade por medo.
Perdem tempo.
O meu e o de vocês.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

 
 Eu nunca deixo mesmo claro o que eu estou 
sentindo.
E fica parecendo que eu não sinto.
Mas é incrivelmente triste quando desistem do 
meu mistério.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

 
 Tudo o que a gente precisa está aqui.
Tem eu, tem você, tem uma madrugada inteira de 
nós dois.
E isso é tudo.

quarta-feira, 18 de novembro de 2015

 
 O que eu sou não lhe diz respeito,
em parte nenhuma lhe toca.
Mas se quiser mesmo saber de mim,
experimente não me perguntar.
E talvez assim desperte minha vontade de contar.
 
 Eu tenho essa urgência de viver,
essa pressa de qualquer coisa 
que ultrapasse a inércia.
É isso que me faz jogar dados ao acaso
e me atirar de carros em movimento,
é por isso que ando longe de viadutos.
Meu suicídio diário não é uma forma de morrer.
É uma tentativa desesperada de encontrar vida.

sexta-feira, 6 de novembro de 2015

 
 Regras não servem para mim.
Não tenho vocação para bailarina,
tenho fobia de linha recta,
tenho o corpo livre,
o espírito solto, sou do mundo, das pessoas,
das conquistas, das novidades,
vou construindo fatos e lembranças nas esquinas.
A vida que tem lá fora gritou.
Agora me movo a passos curtos,
ziguezagueando por entre mudas
de flores recentes que querem ser botão.
Eu quero ser flor:
quero terra viva que se mova e me faça mover.

domingo, 1 de novembro de 2015

 
 A vida me chamou,
bagunçou meu mundo,
virou minha existência de cabeça para baixo,
decapitou minha existência.
O fim virou começo.
E eu me permiti começar.

quinta-feira, 25 de junho de 2015

Vou excluindo

 
 Vou dispensando tudo o que não julgo
suficiente para me roubar a solidão.
Vou excluindo do meu convívio 
todos que não parecem prontos 
para marcar meus dias.

sábado, 17 de agosto de 2013


Quero os melhores romances, 
ou prefiro ficar sozinha.
Quero as melhores lembranças, 
ou prefiro não lembrar.
Ou vivo intensamente, 
ou vou levando essa rotina 
que não incomoda,
não interfere, não fere, 
mas também não é vida.
Vou dispensando tudo o 

que não julgo suficiente
para me roubar a solidão.
Vou excluindo do meu convívio
todos que não parecem prontos 
para marcar meus dias.

Verônica Heiss
 

quinta-feira, 18 de abril de 2013



Guardo para mim as crises de identidade e a vontade de sumir.
Não vou dissertar sobre minhas 
fragilidades e minhas inseguranças.
Talvez eu te diga algumas vezes sobre minha tristeza,
mas só para ganhar um pouquinho mais de carinho.
Ofereço meu bom humor e minha paciência
e você deve saber que esta não é uma oferta muito comum.

Verônica Heiss