Andando
devagarinho nesta garoa
De praia, de
mar, ilusão.
Sou mulher sem
medo
Traindo seu
próprio segredo
Com os pés
descalços no chão.
Sou mulher
caída
Aos olhos dos
donos da vida
Colocada sempre
de lado.
Sou mulher
trazida a este mundo
Vivendo num
sono profundo
Impossível de
ser despertado.
Sou
mulher-gato, independente
Sempre olhando
para a frente
Com as garras
no passado.
Sou mulher rica
e pobre
Corpo vivo e
alma nobre
Sirvo a todos
de bom grado.
Sou mulher
guerreira, amante
Não escondo o
semblante
Marcado de dor.
Sou mulher
única, servil
Sem deixar de
ser gentil
Me alimento de
amor.