Bem Vindo

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quinta-feira, 13 de outubro de 2016

Agarre o desaponto pelo avesso, 
apare as pontas,
corte o excesso.
Mude a covardia de endereço,
ponha a escavadeira em retrocesso 
até que o mundo,esse réu confesso,
lhe devolva seu mel e seu apreço.

domingo, 12 de junho de 2016

 
 Minhα forçα pede um momento de licençα.
Elα quer sαir parα descαnsαr e permitir
que α frαgilidαde αtue um pouco
em seu lugαr.
Depois de um certo tempo
α αrmαdurα pesα,
α lαnçα emperrα e se retesα.
Deixe α doçurα encostαr
nesse intervαlo dα rαzão.
α decisão sαiu um instαnte parα sonhαr.

sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

 
 Aprendi a esperar...
Se ventos são capazes de levar embora, 
a qualquer hora, 
também, 
são capazes de fazer voltar.

terça-feira, 10 de junho de 2014

Minha força

 
 Minha força pede um momento de licença.
Ela quer sair para descansar 
e permitir que a fragilidade
atue um pouco em seu lugar.
Depois de certo tempo a armadura pesa,
a lança emperra e se retesa.
Deixe a doçura encostar nesse intervalo da razão.
A decisão saiu um instante para sonhar.

sexta-feira, 4 de abril de 2014

Lição de casa

 
 Você tapa a panela,
dobra o avental,
deixa a lágrima secar no arame do varal.
Fecha a agenda,
adia o problema,
atrasa a encomenda,
guarda insucessos no fundo da gaveta.
A ideia é tirar a tarja preta
e pôr o dedo onde se tem medo.
Você vai perceber
que a gente é que faz o monstro crescer.
Em seguida superar o obstáculo,
pois pode-se estar perdendo
um espetáculo acontecendo do outro lado.
Atravessar o escuro
até conseguir tatear o muro,
que é o limite da claridade.
Se tiver capacidade para conquistá-la,
tente retê-la o mais que puder.
Há que ter habilidade, sem esquecer
que a luz é mulher.
Do inferno assim desmascarado,
é hora de voltar.
Não importa se é caminho complicado,
se a curva é reta,
ou se a reta entorta.
Você buscou seu brilho, voltou completa;
jogou a tranca fora, abriu a porta.

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Força

 Desmancha o nó,
tira a ferrugem,
espana o pó.
Empurra o pesado,
cola o quebrado,
abre o dobrado,
cerze o rompido,
coça a coceira,
gruda o trincado,
pensa o ardido
e faz brincadeira do verso chorado,
que a vida é rendeira
de sedas e trapos,
de rendas, farrapos
ou fios de algodão;
que a fibra é comprida 
e o mundo, artesão.

terça-feira, 24 de setembro de 2013

Não deixe portas entreabertas.
Escancare-as ou as bata de uma vez.
Porque por meias entradas 
entram meias felicidades.

domingo, 2 de junho de 2013

Eu não juro nada 
por coisa alguma,
pois que todo caminho 
é de incerteza.
A ordem se desarruma,
a história se desajeita, 
o arranjo troca de lado e vira a mesa.