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quinta-feira, 29 de novembro de 2012

O Nosso Bairro: «Aqui nasceu Maria Matos»

Calçada Engenheiro Miguel Pais, 22. Aqui nesta casa, em péssimas condições de conservação, nasceu a 29 de Novembro de 1886 a actriz Maria Matos. Faleceu a 19 de Setembro de 1952. será que Lisboa se esqueceu desta "casa de memória"? Estará este prédio, já com vãos emparedados, condenado à demolição como sucedeu à Casa de Almeida Garrett na Freguesia de Santa Isabel?

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

O Nosso Bairro: Reclamo ilegal do Hotel Vintage continua no local mais de 2 anos depois

Foi no dia 23 de Agosto de 2010 que a LAJB enviou o primeiro pedido de esclarecimento ao IGESPAR e à CML sobre a legalidade deste reclamo instalado na cobertura de um novo hotel de 5 estrelas na Rua do Salitre, em plena zona de protecção do Jardim Botânico. Entretanto já é do conhecimento público que o reclamo é ilegal e que tem de ser desmontado. Mas passados mais de 2 anos tudo continua na mesma. Porquê?

quarta-feira, 11 de julho de 2012

CRITICAL: LISBON. FALAR À CIDADE, FALAR COM A CIDADE (16 a 21 Julho)




Workshop coordenado por Lev Bratishenko, Frederico Duarte e Becky Quintal (inserido no programa Distância Crítica da Trienal de Arquitectura de Lisboa)

CRITICAL: Lisbon é um workshop de uma semana dedicado à expressão, discussão, escrita e publicação crítica sobre arquitetura. Concebido como um projeto editorial especulativo, este workshop confronta a noção de que o arquiteto e o público operam em universos ideologicamente díspares na sua procura e desejo comuns de melhorar a cidade.
 
Tomando a cidade de Lisboa como base de trabalho e inspiração, serão explorados os desafios e obstáculos que os críticos de arquitetura devem enfrentar, mas também as estratégias, táticas e ferramentas que utilizam para os ultrapassar.
 
No workshop serão analisados os muitos meios e mensagens disponíveis aos críticos de hoje: desde ensaios, vídeos, artigos de opinião, fotografias, entrevistas com arquitetos e outros agentes-chave da cidade até recensões descritivas de edifícios ou controvérsias atuais sobre espaços públicos. 
 
Este workshop destina-se a estudantes e jovens profissionais interessados em questões de design, arquitetura e assuntos urbanos. Os candidatos a participantes devem ter o desejo de exercitar e difundir as suas observações, análise e opinião junto de um determinado público, dos seus pares ao público em geral.
 
Aspetos práticos:
- O idioma de trabalho do workshop é o inglês. 
- Cada participante deve trazer o seu próprio caderno e material de escrita, computador portátil e máquina fotográfica ou câmara de vídeo digitais.
 
Horário do workshop: 09h30 - 18h00
Local do workshop: Sede da Trienal de Arquitectura de Lisboa, Palácio Sinel de Cordes, Campo de Santa Clara, 142-145, 1100-474 Lisboa


FOTO: demolição integral de imóvel na R. do Monte Olivete, em zona histórica consolidada.


quinta-feira, 5 de julho de 2012

O Nosso Bairro: R. do Monte Olivete 55-57

O edifício na Rua do Monte Olivete 55-57 foi totalmente DEMOLIDO no mês de Junho. Lisboa continua a destruir, de forma irresponsável, o seu património arquitectónico. Receamos também que neste caso o logradouro seja impermeabilizado com a construção de uma cave para estacionamento como é cada vez mais habitual. De ano para ano cresce a área impermeabilizada na envolvência urbana do Jardim Botânico. O novo PDM de Lisboa vai incentivar este tipo de intervenções, insustentáveis, com efeitos muito negativos para o futuro da nossa cidade. Porque razão continuamos a rejeitar a reabilitação e restauro em favor da construção nova? Nesta área o atraso de Portugal no contexto europeu é muito preocupante. 

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Praga das Palmeiras na R. Nova de S. Mamede 62-68



Mais um exemplar de "Palmeira das Canárias" atacada pelo escaravelho vermelho. Este é sem dúvida o exemplar infectado mais próximo do Jardim Botânico uma vez que se localiza num logradouro confinante com o Jardim Botânico (Classe, mesmo junto das antigas estufas). As tentativas por parte do Jardim Botânico para informar o proprietário foram até à data infrutíferas. A CML já foi alertada assim como a Junta de Freguesia de S. Mamede. Foi solicitado ao Vereador José Sá Fernandes ajuda para se resolver a tempo este perigoso foco de infecção. Lisboa está a perder as suas palmeiras centenárias. Não soubemos antecipar este problema que sabiamos muito bem iria atingir a capital. 

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

A Praga das Palmeiras no jardim do British Council de Lisboa

Assunto: Palmeira infectada no jardim do British Council (Rua Luís Fernandes, 1-3)

O Jardim Botânico da Universidade de Lisboa, está muito preocupado com o rápido alastramento da praga das palmeiras no centro de Lisboa.

A Liga dos Amigos do Jardim Botânico (LAJB) vem alertar para o facto de um exemplar de "Palmeira das Canárias" no jardim do British Council mostrar sinais claros de estar infectada.

A LAJB apela ao British Council para que se tomem medidas preventivas e de tratamento urgentes para evitar o alastramemnto desta praga às dezenas de palmeiras que existem nas imediações do vosso jardim - e o sério risco de alastramento para o Jardim Botânico.

O Jardim Botânico produziu um folheto sobre esta questão (http://www.mnhn.ul.pt/pls/portal/docs/1/332082.PDF) que sugere diversas medidas que visam o controle e erradicação desta parga, e que devem ser tomadas com carácter de urgência em todas as plantas e áreas afectadas.

O insecto causador é o Rhynchophorus ferrugineus, vernáculo Escaravelho-das-palmeiras, um escaravelho do grupo dos curculionídeos (gorgulhos), originário da Ásia oriental e Polinésia, tendo-se expandindo para outras regiões ocidentais, Norte de África e mais recentemente também para o sul da Europa. É um insecto de grandes dimensões em adulto, 2-5cm, e também na forma larvar. Foi sinalizado no Algarve na segunda metade da década de 2000 onde já provocou avultadas perdas e prejuízos em espaços públicos e privados. Em 2010 foi sinalizado na parte norte da cidade de Lisboa. Actualmente está a devastar palmeiras nos concelhos de Cascais, Oeiras, Moita, Seixal, Palmela e Setúbal.

A Direcção da LAJB

Nota: carta enviada hoje ao British Council de Lisboa

terça-feira, 27 de setembro de 2011

VOTE na Proposta da LAJB no OP: Arborização da Rua Nova de S. Mamede

Entre 1 e 30 de Setembro decorre a fase de votação da IV edição do Orçamento Participativo. A LAJB apresentou um projecto que foi seleccionado para a lista final: Arborização da Rua Nova de São Mamede. Para votar terá que efectuar registo no portal: http://www.lisboaparticipa.pt/

Título: Rua Nova S. Mamede

Número: 140

Área: Espaço Público e Espaço Verde

Freguesia: S. MAMEDE

Prazo de execução: 18 meses

Custo: 400000.00

Nº de Propostas: 1


Foto: A Rua Nova de S. Mamede em 1944 pelo fotógrafo Eduardo Portugal. Arquivo Fotográfico Municipal. Este arruamento aguarda pela plantação de árvores de alimnhamento desde o início do séc. XX altura em que a rua foi criada.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

VOTE na Proposta da LAJB no OP: Arborização da Rua Nova de S. Mamede

Entre 1 e 30 de Setembro decorre a fase de votação da IV edição do Orçamento Participativo. A LAJB apresentou um projecto que foi selecionado: Arborização da Rua Nova de São Mamede. Para votar terá que efectuar registo no portal: http://www.lisboaparticipa.pt/

Título: Rua Nova S. Mamede

Número: 140

Área: Espaço Público e Espaço Verde

Freguesia: S. MAMEDE

Prazo de execução: 18 meses

Custo: 400000.00

Nº de Propostas: 1


Foto: A Rua Nova de S. Mamede em 1944 pelo fotógrafo Eduardo Portugal. Arquivo Fotográfico Municipal.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

VOTE na Proposta da LAJB no OP: Arborização da Rua Nova de S. Mamede

Entre 1 e 30 de Setembro decorre a fase de votação da IV edição do Orçamento Participativo. A LAJB apresentou um projecto que foi selecionado: Arborização da Rua Nova de São Mamede. Para votar terá que efectuar registo no portal: http://www.lisboaparticipa.pt/

Título: Rua Nova S. Mamede
Número: 140
Área: Espaço Público e Espaço Verde
Freguesia: S. MAMEDE
Prazo de execução: 18 meses
Custo: 400000.00
Nº de Propostas: 1
Proposta(s): (154) Arborização da Rua Nova de São Mamede

Foto: A Rua Nova de S. Mamede em 1944 pelo fotógrafo Eduardo Portugal. Arquivo Fotográfico Municipal.

terça-feira, 12 de abril de 2011

LAJB pede alargamento do periodo de discussão pública do PDM

Exmo. Senhor Presidente da CML

Dr. António Costa,

No âmbito da revisão do Plano Director Municipal de Lisboa (PDM) abriu no passado dia 7 de Abril um periodo de consulta pública com a duração de 30 dias. A Liga dos Amigos do Jardim Botânico (LAJB), enquanto associação cívica, deseja contribuir para a versão final do mais importante documento de planeamento da nossa cidade.

No entanto, e face à complexidade e volume do documento posto em discussão, consideramos insuficiente o prazo de apenas 30 dias úteis para a participação dos cidadãos. Os Planos de Pormenor, com áreas e documentos mais pequenos, recebem 30 dias úteis para discussão pública. Notamos uma grande desproporção do tempo destinado à participação pública do PDM quando comparado com um Plano de Pormenor.

Vimos assim solicitar que considere o alargamento do periodo de discussão pública para pelo menos o dobro do tempo que é habitualmente destinado a um Plano de Pormenor. O alargamento do prazo de consulta pública deve ser dimensionado à escala, complexidade e importância do novo PDM. Estamos conscientes que o actual PDM está obsoleto e que a sua revisão já devia ter sido feita em 2004. Mas pensamos que é unânime que a fase de discussão pública não pode ser abreviada sob pena da visão dos habitantes de Lisboa não conseguir esculpir o seu próximo PDM.

Com os nossos melhores cumprimentos,

LIGA DOS AMIGOS DO JARDIM BOTÂNICO

Foto: Prédio oitocentista com logradouro na Rua de Gustavo de Matos Sequeira. A nova "Carta Municipal do Património", anexa ao próximo PDM, é um dos aspectos para os quais a LAJB estará atenta. Outro tema de enorme importância é a do futuro dos logradouros - não teremos uma urbe sustentável enquanto Lisboa for a capital da Europa com maior área impermeabilizada. O que propõe o novo PDM para reverter esta trágica estatística?

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

O Nosso Bairro: "Lojas-museu" quase extintas

«Se Celestino Almeida cobrasse dinheiro por cada fotografia que os turistas tiram à sua mercearia quase centenária – sobretudo estrangeiros – teria certamente um bom pé de meia para deixar aos filhos. Mas não. Recebe-os a todos com um sorriso aberto na loja onde atende clientes há sete décadas. Na “Pérola de S. Mamede”, situada na Rua Nova de S. Mamede, em Lisboa, respira-se o ambiente de uma mercearia de bairro dos anos 30.

A “Pérola” é quase uma “loja-museu”, um exemplar em vias de extinção. Na capital, são já poucas as lojas com interiores de reconhecido valor patrimonial, pela arquitectura ou materiais decorativos. E o que resta tem futuro incerto. Ainda esta semana, a Câmara embargou obras ilegais que decorriam no interior da antiga Drogaria Oliveirense, que aguarda classificação municipal.

A autarquia não conseguiu ainda notificar o proprietário, nem verificar a dimensão dos estragos. Foi o próprio presidente da Junta de Freguesia da Lapa, Nuno Ferro, que denunciou o caso. "Quem estava lá a trabalhar saiu para almoço e fechou tudo. Não sabemos o que foi estragado", explicou o autarca, lembrando que aquela drogaria existia, pelo menos, desde 1895, e tinha uma imagem Arte Nova do início do século passado.

Tanto a antiga Drogaria Oliveirense como a mercearia de Celestino Almeida aguardam por classificação. A proposta de salvaguarda foi aprovada em 2008, por iniciativa dos vereadores do grupo Cidadãos por Lisboa. Os vereadores, entre os quais Helena Roseta, propunham que fosse feito o levantamento das lojas de comércio tradicional para as incluir, em sede de revisão do Plano Director Municipal, na carta do Inventário Municipal de Património, e eventualmente abrir um processo de classificação. Pediam ainda que fossem estudados apoios aos proprietários. Nada foi ainda feito.

Coube a Helena Roseta – esta semana presidente em exercício, pelo facto de António Costa e o seu vice-presidente estarem ausentes em trabalho na China – decretar o embargo. Espera ter agido a tempo. “Não deitem abaixo os interiores destas lojas, que são fantásticos”, apelou a vereadora. "Esses apoios são muito necessários. No outro dia, entrou aqui um homem que mora no Alentejo e disse-me que lhe ofereceram um subsídio para fazer obras e conservar a traça original. Gostaria de ter benefícios semelhantes", diz Celestino Almeida.

A mercearia está na família há três gerações. Celestino herdou o negócio dos padrinhos. “Fui trabalhar para lá aos 10 anos. Foi um castigo por não querer estudar”, revela. Completa este mês 78 anos e partilha o balcão com a mulher Maria há 54 anos. “Não haverá quarta geração. Os filhos não querem saber disto”, lamenta.

Grande parte da fiel clientela já morreu. Celestino continua a ter as portas abertas, mas há muito que deixou de vender com medidas e pesos. Tudo se vendia aos poucos. Meios decilitros de azeite eram vendidos em cartuchinhos de papel para regar um prato de peixe. O sabão era retalhado em pequenas barras e, por vezes, vendia cinco tostões de manteiga para barrar uma carcaça. (in Jornal de Notícias).

Nota: a LAJB lamenta muito a perda deste tipo de património ainda pouco valorizado pela nossa sociedade. A CML tem sido demasiado apática e permissiva. É urgente salvaguardar esta mais valia não só cultural mas também económica de Lisboa. Imagem da antiga Drogaria Oliveirense vítima de barbárie cultural.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

As Árvores e a Cidade: Ginkgos nas Amoreiras

O anel de Ginkgos douradas ao centro do Jardim das Amoreiras. Hoje ao meio dia. Lisboa não seria Lisboa sem as suas árvores.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

O nosso Bairro: Rua Vale do Pereiro, 7-9

Este raro imóvel pombalino do nosso bairro não vem referenciado na Carta Municipal do Património anexa ao PDM, o que revela que o levantamento do património na área do PUALZE precisa de ser revisto.

A Rua do Vale do Pereiro é um arruamento anterior à abertura do Bairro Barata Salgueiro nos finais do séc. XIX. Este esquecido edifício do séc. XVIII sobreviveu às transformações urbanas dos últimos dois séculos, apresentando ainda as coberturas em mansarda segundo o desenho criado por Carlos Mardel para os prédios pombalinos da Baixa.

Em 2006 foi entregue na CML um pedido de licenciamento para construção nova (Processo Camarário nº 1564/EDI/2006). A LAJB discorda e defende a reabilitação deste imóvel que é contemporâneo do antigo Colégio dos Nobres. Acresce ainda o facto das traseiras deste imóvel confinarem com um logradouro onde existe um exemplar monumental de Ficus macrophylla. No início de 2009 a LAJB, no seu documento de participação na consulta pública do PUALZE, protestou contra a eventual demolição deste imóvel. Perguntamos: o PUALZE vai conseguir estancar a demolição do nosso património arquitectónico, como é o caso do mais antigo testemunho da Rua do Vale do Pereiro?

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Convite para participação no Seminário de Formação sobre Orçamento Participativo

«Conforme é do conhecimento de V. Exa., na sequência da aprovação da Carta de Princípios do Orçamento Participativo do Município de Lisboa, em Julho de 2008, realizou-se o primeiro processo de Orçamento Participativo em Lisboa de acordo com a metodologia inovadora então aprovada.

O processo participativo decorreu em 2 fases, uma de apresentação de propostas e outra de votação em projectos concretos, até ao valor de 5 milhões de euros – projectos que a Câmara veio a acolher na sua proposta de Orçamento.

No total, o Orçamento Participativo’2009 contou com mais de 3400 participações, o que veio comprovar o interesse dos cidadãos em participar activamente na resolução dos problemas da cidade.

Para o presente ano, o modelo a adoptar será essencialmente o mesmo, com uma primeira fase de apresentação de propostas a decorrer entre Junho e Julho e uma segunda fase, em Novembro ou Dezembro, para votação nos projectos a incluir na proposta de orçamento municipal.

Para que o Orçamento Participativo’2010 seja um processo ainda mais participado, é muito importante contar com o apoio e participação de todos. Assim, tenho o prazer de convidar V. Exa. para participar no Seminário de Formação que se realizará no próximo dia 24 de Junho, entre as 9h30-12h30/ 14h00-17h30, no Auditório dos Serviços Sociais da Câmara Municipal de Lisboa, na Av. Afonso Costa, nº 41, 1900-032 Lisboa, enviando para o efeito a ficha de inscrição para o endereço de correio electrónico formacao@cm-lisboa.pt, até ao próximo dia 22 de Junho.

O Seminário será ministrado por dois especialistas em Orçamento Participativo, o Dr. Nelson Dias, da Associação In Loco e o Dr. Giovanni Allegretti, do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra. Para qualquer esclarecimento poderão contactar a CML, Direcção Municipal de Serviços Centrais, através dos telefones 21 798 82 20 ou 21 798 94 46.

Contando com o vosso imprescindível apoio no processo de Orçamento Participativo, apresento os meus melhores cumprimentos,

Lisboa, 19 de Junho de 2009

A Directora Municipal de Serviços Centrais

Fátima Fonseca»

FOTO: O Largo Hintze Ribeiro em 1970, no início da sua transformação em parque de estacionamento (Armando Serôdio, Arquivo Municipal de Lisboa). Uma das propostas apresentadas pela LAJB, e seleccionado, para o OP de 2009 foi o projecto de um novo jardim no Largo Hintze Ribeiro.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

As Árvores e a Cidade: Tipuanas no Largo de São Mamede


A sombra fresca que cai das vastas copas das Tipuanas do Largo de São Mamede. Uma sombra que em junho é colorida de amarelo ocre. Esperemos que nenhum humano nos roube esta oferenda floral com uma cega varredura. Corram, venham ver! É aqui mesmo ao lado do Jardim Botânico!

terça-feira, 16 de junho de 2009

O nosso Bairro: Corallo Cacau e Café

A família Corallo escolheu o nosso bairro para abrir a sua loja de chocolates e cafés. A paixão pela arte do chocolate e do café começou quando ainda viviam no Zaire. Mas devido à degradação da situação política, em 1993 a família teve de abandonar o país acabando por se instalar em São Tomé e Príncipe.

Em 1997, compraram na Ilha do Príncipe a velha e abandonada plantação de Terreiro Velho. No meio da floresta tropical, Claudio Corallo ainda encontrou antigas plantas de cacao, descendentes das primeiras que foram introduzidas pelos portugueses em 1819. Finalmente em 1998 conseguiram comprar a plantação de café Nova Moca na Ilha de S. Tomé. Também esta estava totalmente abandonada. Mesmo assim, ainda foi possível descobrir uma pequena concentração de antigas plantas de café, da variedade Arábica, num local de difícil acesso. Graças à sua localização, tinham escapado aos vários «projectos de modernização» que com o intuito de aumentar a produção de café da ilha, substituiem as velhas plantas por novas variedades, híbridas, mais precoces e produtivas. Curiosamente, muitas destas modernas plantas acabaram por morrer pois não se adaptam... Depois de muitos anos de trabalho a recuperar as duas plantações, a produção voltou ao normal e em Junho de 2008 foi possível abrir uma loja em Lisboa, junto ao Príncipe Real.

E agora só falta mesmo irem até à bonita e simpática loja Claudio Corallo para saborear os seus deliciosos cafés e chocolates! Muitos parabéns família Corallo e feliz 1º aniversário da loja!

CLAUDIO CORALLO
Rua Cecilio da Sousa, 85
Príncipe Real
1200-100 Lisboa

FOTO: frutos da planta do cacao na loja Claudio Corallo

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Peão esquecido é o elo mais fraco da vida do Largo do Rato

in Público, 9 de Novembro de 2008, Inês Boaventura

Estudo sobre fluxos pedonais concluiu que o largo só se torna "realmente humano" em ocasiões específicas como manifestações

O Largo do Rato, em Lisboa, é "um lugar hostil e perigoso para o peão", onde todos aqueles que não circulam em veículos motorizados foram afastados da parte central do largo e confinados às "zonas marginais" da praça e ao espaço privado dos pequenos comércios, que "tem vindo a tornar-se o único espaço de convivência possível".

Estas são algumas das conclusões da pesquisa desenvolvida entre Setembro de 2006 e Setembro de 2007 pelo investigador francês Aymeric Böle-Richard, no âmbito de um doutoramento em antropologia social. O trabalho, que procura dar conta daquilo que significa ser peão numa praça de Lisboa definida como "um exemplo paradigmático da recente motorização da sociedade portuguesa", deu origem ao livro Pedonalidade no Largo do Rato: Micropoderes, que será lançado na quarta-feira, numa edição daAssociação de Cidadãos Auto-Mobilizados. paralelamente à realização do colóquio O Peão e a Cidade, no Goethe-Institut de Portugal, em Lisboa. Para Böle-Richard, o objecto da sua pesquisa pode ser encarado "como um símbolo da situação rodoviária geral de Lisboa e, portanto, de um processo de alienação e delapidação da cidadania pedonal e do espaço dito 'público', em benefício de uma sociedade motorizada desigual e cada vez mais constrangedora".

Itinerários impostos
O investigador defende que a "intensidade maciça do trânsito rodoviário" e o "agenciamento impositivo da mobilidade pedonal", em que as guardas metálicas, os pilaretes e as passadeiras "impõem determinados itinerários ao peão", foram os responsáveis pelo "processo centrípeto de afastamento do cidadão peão da parte central do largo". O resultado, diz, é "a agonia lenta e dolorosa de um espaço que devia ficar um lugar público, isto é, de encontros, de diálogo e de vivência". Böle-Richard fala mesmo numa "inversão dos papéis entre espaço privado e espaço dito público", já que o Largo do Rato passou de espaço de "convivência" a espaço de "atravessamento", fazendo com que os estabelecimentos comerciais nas suas margens se tenham tornado "o único espaço de convivência possível, concentrando as sociabilidades mais 'tradicionais' de rua". Actualmente, afirma, "para conviver, torna-se necessário entrar num café, numa loja, ou seja, em lugares privados que implicam o dispêndio de dinheiro, esquecendo a premência de utilizar o espaço público do Rato, dando-o desta forma, à partida, como perdido para o automóvel".

Manifestação/metamorfose
Apesar desta realidade e de o largo se transformar num "local desertificado" aos fins-de-semana, "altura em que os tais espaços comerciais estão encerrados", Böle-Richard sublinha que "de vez em quando ainda pode observar-se formas espontâneas de encontro e de ocupação cidadã do espaço público". Como exemplo, o antropólogo aponta "a manifestação dos sindicatos do 2 de Março de 2007", em que "durante cerca de uma hora e meia o largo metamorfoseou-se num espaço realmente humano". Mas Böle-Richard aponta ainda outros factores que contribuem para a hostilidade do Largo do Rato: "Poluição hedionda devido a emissões de CO2 e monóxido de carbono por parte do trânsito rodoviário; ausência de fonte pública de água; escassez de vegetação - o largo contabiliza apenas 18 pequenas árvores situadas em locais pouco frequentados pelos peões". Em suma, diz o investigador, "o peão parece ter sido esquecido, enquanto elemento participante da vida do largo".

Na sua pesquisa, o antropólogo procurou ainda observar as "relações de força" que se estabelecem entre os condutores e peões, tendo notado que os últimos "geram estratégias temporárias espontâneas de resistência relativamente ao poder impositivo do trânsito e da própria organização infra-estrutural do referido largo". Isto acontece, por exemplo, quando o peão abandona o passeio e caminha pela estrada ou, como coloca Böle-Richard, quando este, "para retomar posse do espaço cívico que jamais devia ter deixado de ser seu, a rua, se atreve a abandonar as estruturas autoritárias que lhe estão destinadas". Para esta atitude dos peões contribuem, segundo o antropólogo, a ocupação dos passeios com estacionamentos abusivos, com lixo, obras e outros obstáculos, bem como o facto de alguns passeios serem demasiados estreitos para permitirem, por exemplo, a passagem de um carrinho de bebé ou de uma cadeira de rodas.

Gosto pelo risco
Outro problema apontado por Böle-Richard é o dos "semáforos pedonais com tempos de verde curtíssimos", que "incentivam" o peão a atravessar com o vermelho. Apesar disto, o investigador reconhece que algumas das "afrontas" dos peões ao Código da Estrada e à "sua própria segurança" se devem à "falta de civismo". "Seja para atalhar uma trajectória ou para ganhar tempo, os peões revelam um gosto bastante pronunciado pelos comportamentos e percursos arriscados", diz Böle-Richard, notando que estes comportamentos "caracterizam todas as faixas etárias e camadas da população".

O medo de atravessar a estrada
O Largo do Rato é ou não um ponto negro na sinistralidade rodoviária da cidade? O Largo do Rato só não é considerado um ponto negro na sinistralidade rodoviária em Lisboa - conceito que o antropólogo Aymeric Böle-Richard diz ser "contestável, segundo o ponto de vista do cidadão peão" - porque "o seu índice anual de mortalidade e de feridos graves registados no local não ultrapassa o limite daquilo que é politicamente aceitável". Mas a realidade é outra, sublinha Böle-Richard no seu estudo, quando constatou que nesta praça de Lisboa o peão "tem medo de atravessar a estrada, que também pensa duas vezes antes de sair de casa, que reduz propositadamente as suas deslocações no local e, pior ainda, porque abandona progressivamente o espaço cívico para se refugiar dentro de zonas comerciais, nos jardins dos arredores ou até em condomínios". Nesse sentido, uma das conclusões do trabalho do antropólogo é que "entre a situação real do Largo do Rato e o discurso oficial existe um abismo". Böle-Richard acredita que isto acontece porque o último se baseia numa análise "apenas em termos de fluxos motorizados", que não tem em conta "a realidade vivida pelos seus utentes".

FOTO: Largo do Rato em 1917. Fotógrafo Joshua Benoliel. Fonte: Arquivo fotográfico Municipal. Actualmente há apenas 18 árvores no Largo do Rato, onde não há fonte de água e abundam as emissões de monóxido de carbono.

sábado, 1 de novembro de 2008

Faltam 100 árvores de alinhamento na envolvente urbana do Jardim Botânico

A Liga dos Amigos do Jardim Botânico (LAJB), na sequência do projecto municipal de substituir todos os cepos da cidade por novas árvores, escreveu no dia 31 de Outubro uma carta ao Vereador José Sá Fernandes a informar dos arruamentos na envolvente do Jardim Botânico onde faltam árvores.

Segundo um inventário, realizado durante o verão por sócios da LAJB, na envolvente urbana do Jardim Botânico faltam 100 árvores de alinhamento - entre cepos, árvores mortas, caldeiras vazias e tapadas (foi entregue a listagem dos locais de cada freguesia).

A LAJB aguarda ansiosamente pela resolução deste problema que tem privado Lisboa de uma importante fonte de qualidade de vida.

FOTO: um dos vários cepos na Rua Braamcamp

sábado, 25 de outubro de 2008

Orçamento Participativo - a LAJB propõe: Um novo Jardim no Largo Hintze Ribeiro

Orçamento Participativo para 2009 da CML
Número de participação: 589

Área: Espaço Público e Espaço Verde

Contributo III da LAJB: Um novo jardim no Largo Hintze Ribeiro

No dia Mundial da Floresta, a Associação Lisboa Verde, a Liga dos Amigos do Jardim Botânico e o Fórum Cidadania LX vêm solicitar ao Pelouro do Ambiente e dos Espaços Verdes a renaturalização de uma parcela de terreno municipal no Largo Hintze Ribeiro. A parcela de terreno situa-se entre a Rua de São Bento e o maciço de Ficus macrophylla Desf. Ex Pers. classificadas, desde 1970, como Árvores de Interesse Público pela Direcção-Geral dos Recursos Florestais.

Até há poucos anos esta parcela de terreno esteve a ser utilizada como parque de estacionamento. Mas após denúncias e protestos (alguns veículos estacionavam mesmo junto das árvores) a CML instalou pilaretes de modo a devolver alguma dignidade ao conjunto notável de Ficus macrophylla classificadas. Mas desde essa data que a parcela de terreno se encontra expectante e inútil. Actualmente não passa de um absurdo canteiro impermeabilizado com alcatrão e cercado de pilaretes. Embora todo o largo precise de ser requalificado tanto ao nível do revestimento do piso (demasiado impermeável) como do ordenamento do estacionamento, consideramos prioritária a resolução deste "canteiro-alcatrão". Lisboa precisa de renaturalizar este espaço. Assim, sugerimos o seguinte:

-Que seja retirado o alcatrão que está a impermeabilizar desnecessariamente, e com prejuízo para a cidade, mais de 300 m2 metros quadrados de solo. - Em vez do alcatrão propomos a criação de um novo espaço verde com espécies arbustivas da flora local, adequadas ao clima de Lisboa e pouco exigentes em água e manutenção.

-Para o topo poente, junto da Rua de São Bento, a plantação de um alinhamento de árvores de modo a criar uma barreira vegetal que proteja o Largo Hintze Ribeiro do intenso tráfego automóvel daquele arruamento.

-A criação de algumas zonas de descanso e contemplação com bancos estrategicamente implantados para que os cidadãos possam usufruir, condignamente, do maciço de Ficus macrophylla.

-Propomos também a instalação de sinalética para ajudar na interpretação da relevância botânica da espécie classificada assim como de uma iluminação cuidada que valorize o maciço monumental de Ficus macrophylla.

Este projecto é viável a curto prazo pelas seguintes razões:

-Trata-se de uma empreitada simples, de pequena dimensão e relativamente barata.

-Pode ser executado pelo Departamento de Ambiente e Espaços Verdes - Divisão de Jardins.

-Estabelecendo uma parceria com a Direcção-Geral dos Recursos Florestais (DGRF) uma vez que se deve a Hintze Ribeiro (1849-1907) a criação do Regime Florestal (Decreto de 24 de Dezembro de 1901) que ainda está em vigor.

-Captando apoio de mecenas, como por exemplo da Embaixada da Austrália para o financiamento do projecto da sinalética e da iluminação do maciço de Ficus macrophylla uma vez que é uma árvore endémica daquele país.

-Os membros da Associação Lisboa Verde, da Liga dos Amigos do Jardim Botânico e do Fórum Cidadania LX, estão disponíveis para colaborar com a CML no planeamento e execução desta iniciativa.

Este projecto traria benefícios ambientais não só para os moradores da zona como também para o próprio maciço de Ficus macrophylla que actualmente se encontra ao centro de um largo com mais de 90% de solo impermeabilizado.

Com esta simples iniciativa o Município de Lisboa daria um bom exemplo de recuperação de um espaço público, ao criar um novo jardim, e de sustentabilidade ambiental, ao devolver solo vivo e permeável à cidade. Afinal, duas questões muito importantes para a qualidade de vida em Lisboa.

NOTA: Esta proposta conjunta da Liga dos Amigos do Jardim Botânico, Associação Lisboa Verde e Fórum Cidadania LX, foi apresentada pela primeira vez à CML no dia 21 de Março de 2008.

FOTO: O Largo Hintze Ribeiro no estado actual.

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

ÁRVORES EM PERIGO: Jacarandás na Rua Rodrigo da Fonseca


A Liga dos Amigos do Jardim Botânico (LAJB) da Universidade de Lisboa vem por este meio alertar o Departamento de Ambiente e Espaços Verdes (DAEV) da Câmara Municipal de Lisboa para as caldeiras de algumas árvores de alinhamento (Jacarandás) que foram preenchidas com cimento na Rua Rodrigo da Fonseca:
-Em frente aos números de polícia 8, 15 e 17 (sector entre a Rua Alexandre Herculano e Rua Nova de São Mamede).

Solicitamos à DAEV a remoção do cimento, material que pela sua natureza impermeável tem um impacto negativo no correcto desenvolvimento das árvores.

NOTA: alerta enviado hoje, via e-mail.

FOTOS: Dois exemplos de caldeiras preenchidas com cimento.