Crítica Literária - Na Cama com um Highlander

"A escritora é conhecida pelos seus livros eróticos, um já foi publicado em Portugal (Obsessão) e o segundo já vem aí (Submissa), mas este livro apresenta uma atmosférica mais romântica, uma escrita leve com cenas engraçadas, divertidas e por vezes até sensuais. "

Crítica Literária - Pecados Escondidos

"Julianne foi uma personagem que me cativou bastante pelo facto de não ser uma rapariga mimada e cabeça de vento (muito costume na época), mas sim uma jovem bastante humilde e que chega a pensar primeiros nos outros e depois nela própria. "

Crítica Literária - O Beijo Encantado

"Para a época em que o livro se passa, os diálogos têm um q.b de texto moderno, mas que torna o livro apetitoso e rápido. "

Crítica Literária - Inocência perdida

Nora Roberts volta a surpreender-me, voltando a enganar-me. Pensei que pela primeira vez tinha descoberto quem era o vilão da história mas nas últimas páginas houve uma reviravolta que me fez ficar de queixo caído, literalmente!

Crítica literária - Rosa Selvagem

"No início do livro, a autora acaba por desenvolver o tema de diferenças de classes mas acaba por ir diminuindo essas referências, o que acabou por haver um ambiente de "mundo cor-de-rosa" em vez de um mundo realista. "

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terça-feira, 30 de julho de 2013

Crítica Literária - Desejada de P.C. Cast

Lina é proprietária de uma padaria Gourmet em Tulsa mas, infelizmente, o negócio não está a correr como esperado e ela precisa de um plano. Quando tropeça, acidentalmente, num livro de culinária italiana da deusa, Lina não consegue deixar de pensar que encontrou a solução para os problemas, mesmo que isso implique invocar uma deusa para salvar o seu negócio. Em breve, Lina encontra-se cara a cara com Deméter, que tem o seu próprio plano. Ela propõe que Lina troque a alma com Perséfone, a deusa da primavera, que irá dar uma nova vida à padaria. Em troca Lina terá que repor a ordem no submundo. Depois de ocupar o corpo de encantadora Perséfone, Lina, cujos problemas eram massa azeda e segundos encontros, tem agora assuntos maiores em mãos, como levar a primavera ao mundo dos espíritos. Mas, quando o belo e perigoso Hades acende uma chama no seu coração, Linda não pode deixar de se interrogar se o senhor do submundo não será o homem dos seus sonhos...

Este foi o primeiro livro que li da série "Chamamento da Deusa" que corresponde ao segundo volume desta saga. Da P.C. Cast só conhecia o trabalho "Casa da Noite" que para quem não sabe o tema principal são vampiros. 

Desta vez a mitologia retratada na história é de Perséfone e Hades, a Deusa da Primavera e o Deus dos Mortos. Na história original conta que a Deusa foi raptada por Hades e levada parra o mundo dos mortos. A mãe de Perséfone, Deméter, fica tão abalada com a ausência da filha que ordena que haja seis meses de escuridão, que corresponde ao outono e ao inverno, como luto.

Mas a estrela principal deste livro é Lina, uma americana de 43 anos que é proprietária de uma padaria à beira da falência. Tal como acontece no livro "Deusa do Mar", há uma troca de corpos feita por Deméter, ou seja Lina vai para o corpo de Perséfone e vice-versa. 

Começamos o livro com Deméter conversando com a sua ama Irene sobre Perséfone, a quem considera fútil e bastante infantil, e por isso pretende fazer algo à sua filha. Tem a ideia de a mandar para os dias atuais, onde ninguém sabe quem ela é, mas precisa de uma substituta que vá para o Mundo dos Mortos iluminar a passagem daqueles que já morreram, levando consigo a primavera e a vida. E é aí que entra Lina. 

Lina é divorciada que dedica a vida a cuidar da Pani Del Dea. Ao tentar encontrar novas receitas para atrair mais clientes ao negócio, ela encontra um livro chamado La magia dell'Italia, acabando por invocar Deméter, que a leva para o seu reino, trocando de corpo com a sua filha. A deusa explica que enquanto Lina será a deusa da primavera, Perséfone estará na padaria a cuidar de tudo. Quando Lina e Hades se conhecem há logo uma atração, é um encontro muito cómico, já que Lina compara o Deus dos Mortos com o Batman. 

A história é linda e envolvente. A narrativa não é monótona e possibilita uma boa visualização das cenas e dos cenários, sendo estes fantásticos. A escritora pega sempre na mitologia grega e apesar de contar a verdadeira história também a recria segundo a sua própria imaginação, dando o seu toque pessoal na narrativa. O livro tem momentos eróticos, mas não são as cenas predominantes e quando acontecem são muito românticas. Comparando-o ao Deusa do Mar, gostei mais deste, especialmente do final que é lindo e nada do que estava à espera. 

Atenção que as histórias são independentes, por isso a ordem não interessa. Aos românticos incuráveis, por favor vão ler este livro que vão adorar o Hades, que apesar de ser o Deus dos Mortos é carinhoso e meigo, mais do que quer mostrar! Àqueles que ainda não experimentaram esta série, o que custa tentar?

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Crítica Literária - A deusa do Mar de P.C. Cast

Christine Canady, CC, é sargento da Força Aérea e no dia do seu 25º aniversário, já depois de uns quantos copos de champanhe a mais, faz uma dança em cima do balcão do bar pedindo à deusa da terra um pouco mais de magia na sua vida. 
No dia seguinte, o seu voo com destino ao médio oriente, num C-130, termina num desastre com o avião a despenhar-se no Oceano. Quando pensava que o seu destino estava traçado e a sua morte era certa, ela apercebe-se de que está a respirar debaixo de água e se encontra perante a mais bela sereia que poderia imaginar. 
Concedendo à sereia o desejo de ser humana, elas trocam de consciência e em breve CC vê-se imersa nas intrigas da corte das sereias, e com dificuldade em resistir aos encantos do pretendente real. 
Mas, o desejo de voltar a terra vai fazer com que CC se cruze com o cavaleiro dos seus sonhos, vendo-se envolvida num arrebatador triângulo amoroso.

P.C Cast criou esta série, aqui em Portugal nomeada de "O Chamamento da Deusa", sendo o título original da saga "Goddess", com o objetivo de homenagear a mulher e todo o poder feminino que esta envolve. Em cada volume conta uma história que vai envolver uma mulher, uma deusa e uma troca de corpos.

Neste volume a Deusa envolvida é Gaia, a Deusa da Terra e vai-se recriar a história de Ondina, que para quem não sabe é uma sereia que segundo contos, ganhou a forma humana para encontrar o verdadeiro amor.

Christine Canady é Sargento há sete anos e sempre procurou respeito entre os homens que a rodeavam na sua profissão, acabando-se por esconder atrás do seu cargo. Ela acaba por nunca se sentir feminina nem apaixonada, e nunca encontrei o seu verdadeiro lugar no mundo. A história começa no dia em que a Sargento faz 25 anos, em que é apresentado um aniversário triste e um pouco irónico. Triste porque ela passa esse dia sozinha, sem qualquer amigas, tendo como companhia a sua querida televisão e até os próprios pais pensam que ela faz 22 anos; irónico porque ela fica embriagada e tem uma conversa muito esquisita com o seu telefone, cena que ri à gargalhada. Ela acaba por fazer um Chamamento à Deusa Gaia pedindo um pouco mais de cor à sua vida.

No dia seguinte ao seu aniversário, CC parte para uma nova missão em que o avião se despenha no mar e no momento em que ela fica presa nos escombros do avião e pensa que vai morrer, vê uma sereia que a beija e assim, troca de lugar com a princesa Ondina. A partir deste ponto, Christine conhece Gaia, a mãe de Ondina, foge de Sarpedon, que pretende ter a sereia como companheira nem que seja à força, e foi essa razão que fez a Ondina fugir e ir para terra. De forma a escapar do sereio, a deusa Gaia permite que CC assume uma forma humana e envia-a para uma terra medieval e que lá tem que se apaixonar por um humano de forma a ficar permanentemente na terra. Mas tudo se complica quando CC se apaixona pelo sereio Dylan.

A história é cativante e mesmo a própria escrita é muito envolvente, causando ao leitor uma vontade de ler o livro num ápice. A narrativa é toda na terceira pessoa, especialmente centrada na Sargento, mas também temos pensamentos e impressões de outras personagens.

Um aspecto menos feliz foi o final do livro que devia ter sido mais desenvolvido, comparando com o resto da história que teve muitos detalhes. Os conselhos que a Deusa comunica a CC acabam por ser aplicáveis à vida real, e assim o leitor tem ali palavras sábias que merecem ser lidas e praticadas. Tal como referi anteriormente, Christine é enviada para uma época medieval, havendo um grande contraste entre a mulher atual e a mulher daquele tempo, o que provoca cenas hilariantes. 

Uma dúvida que me ocorreu logo no início era como é que os sereios e sereias tinham relações sexuais... Ah, ficaram com a mesma questão do que eu? Mas eu não vou dizer, para isso vão ter que ler o livro, que a questão é respondida e várias vezes!

A Deusa do Mar é recomendado para todas as mulheres que queiram ter uma deslumbre da nossa força interior, para qualquer romântico incurável e claro para homens que queiram aprender um pouco mais sobre as mulheres.


quinta-feira, 21 de março de 2013

Crítica Literária - A Espada do Samurai

"Jogue o livro e leia o jogo! Parte narrativa, com uma história emocionante em que o leitor é o herói, e parte jogo, com um elaborado sistema de combate, esta colecção proporcionar-lhe-á as mais fantásticas e terrificantes aventuras da sua vida A terra de Hachiman está em grande perigo. O seu xógum perdeu o domínio sobre ela. Os bandidos assolam-na e bárbaros realizam surtidas através das suas fronteiras. Tudo isto porque a grande espada, a Morte Cantante, foi roubada ao xógum. Tu és o campeão do xógum, um jovem samurai e a tua missão é recuperar a espada que está na posse de Ikiru, o senhor das sombras, que vive no Poço dos Demónios."

Conhecem os tradicionais livros? Pega-se nele, folheia-se, mergulha-se nas páginas... Esqueçam esse tipo de livros e venham conhecer os livros de "Aventuras Fantásticas". Aqui quem manda é o próprio leitor e é ele que escolhe o seu destino! Necessitas de dois dados, um lápis e uma borracha para embarcar nesta aventura. Neste tipo de livro, além da histórias, precisas de ter perícia, força e sorte para chegar ao fim do livro.

Enquanto que num livro normal, vai-se lendo de forma contínua, aqui não! Vais saltando de página em página, criando uma dinâmica que nos prende ao livro. Na minha opinião, este tipo de livros é ideal para quem não gosta muito de ler mas que adora, por exemplo, um bom jogo de aventura, porque é o que isto acaba por ser: um jogo. 

O leitor acaba por ser um jovem samurai em que é atribuído uma missão, mas para chegar ao desafio final tem que ultrapassar pequenos obstáculos, tais como defrontar monstros e conseguir derrotá-los. Já não bastava esta ideia inovadora, o livro ainda contém várias ilustrações. 

Quem disse que um livro não pode divertido? Quem disse que para termos uma grande aventura sem sair de casa é necessário um computador ou uma consola? Aqui só necessitam deste livro e mergulhar nesta aventura em que o leitor é o herói.


quarta-feira, 20 de março de 2013

Crítica Literária - Contos de Vampiros

Por favor não me leia o pescoço.
Lembra-se do filme? Agora tem um livro: nove terríveis contos de vampiros, originais e assinados por autores portugueses contemporâneos, diretamente para os seus maiores receios de leitor!
A partir do momento que iniciar a leitura, a responsabilidade é inteiramente sua.

Temos nove contos sobre vampiros escritos por autores contemporâneos portugueses. Os nove autores tem textos muito diferentes, com perspectivas muito distintas sobre as lendas dos vampiros, cada um com a sua essência.

No conto de Helia Correia é nos apresentado uma personagem que não imagina que foi atacado por uma vampira já que em Portugal não existe essas lendas. Esse assunto acaba por intervir em todos os contos numa certa forma. Há um escritor que não é português, o José Eduardo Agualusa, escritor angolano, que cria um vampiro que se alimenta da energia das pessoas em vez de sangue. Sinistro não é? Neste livro também encontramos um vampiro mais inspirador e sublime, que consome beldades, criação de Gonçalo M. Tavares. 

O melhor conto acaba por ser o último, o de Susana Caldeira Cabaço. O livro termina com uma vampira que apresenta todos os traços tradicionais, desde de sobreviver apenas de sangue, e ao mesmo tempo apresenta traços de evolução e modernos já que consegue suportar a luz do sol. No seu conto, a autora interliga temas como a música, a sedução, a paixão, a sede de vingança, entre outros.

A capa está bem trabalhada, com o título em revelo e o em vez da letra T na palavra Contos, encontra-se uma cruz. As páginas de lado tem um tom vermelho, bastante presente nesta histórias por causa do sangue.

Para amantes de literatura com o tema de vampiros não pode perder esta colectânea que o fará viajar pelas lendas sobrenaturais que cada vez mais estão presentes no nosso dia-a-dia seja em livros como em filmes.



Crítica Literária por Rodrigo - Exorcista de William Peter Blatty

Publicado pela primeira vez em 1971, O Exorcista tornou-se não só um fenómeno literário como um dos livros mais assustadores e controversos alguma vez escritos. A história centra-se em Regan, a filha de onze anos de Chris MacNeil, uma ocupada actriz que reside em Washington D.C. A criança aparenta estar possuída por um demónio ancestral e cabe a dois padres a dura tarefa de o exorcizar, arriscando a sanidade e a própria vida. O Exorcista transcendeu as páginas escritas e saltou para o grande ecrã, onde se tornou uma referência incontornável do cinema. Mas se pensa que o filme é assustador, leia o livro. Até porque o filme nem chega a aflorar a ponta do iceberg! Propositadamente crua e profana, O Exorcista é uma obra com a capacidade de nos chocar, levando-nos a esquecer que «é apenas uma história». 

O Exorcista conta a história de Regan, uma rapariga de onze anos cuja mãe é uma actriz bastante ocupada, que reside em Washington.
Ao longo da história, podemos ver a evolução dos problemas de Regan, uma jovem que aparentava ser normal, mesmo sem o apoio constante da sua mãe. A criança começa a ter pequenos problemas que depois se tornam em grandes e duras adversidades, tanto mentais como físicos. A sua mãe preocupada com esta estranha mudança de personalidade da filha começa a procurar médicos e psiquiatras para tentar perceber, o "porquê" da sua filha estar a comportar-se de tal maneira. 

Acaba-se por descobrir que Regan está possuída por um demónio ancestral e cabe a dois padres fazer o exorcismo do próprio, ao mesmo tempo que arriscavam a sua vida e a sua sanidade mental. 

Confesso que nunca vi o filme e foi uma das razões que me fez comprar o livro, estava curíoso, pois todos os fãns de terror falam do famoso Exorcista. Estava à espera de muito, e não me desiludi. É um livro bastante compreensível e que nos agarra, principalmente nas partes onde a jovem demonstra sérios problemas. 

Nunca tinha ouvido falar de mais nenhuma obra de William Peter Blatty, mas como gostei bastante desta maravilhosa obra, penso que irei ler mais. 

O Exorcista, marcou a carreira do escritor, já que esta obra permaneceu 57 semanas no top de vendas do New York Times, 17 das quais em número 1. 

Mais tarde, Blatty transformou O Exorcista num guião que veio a resultar num dos mais famosos filmes de terror de sempre. 

Achei a capa fantástica, e penso ter sido uma óptima escolha, pois se os editores tivessem obtado pela cara de Regan (no filme) como capa, quase ninguém iria comprar o livro, pois a maioria das pessoas que viu o filme não tem conhecimento dos imensos pormenores que são acrescentados no livro, já que foi este que deu origem ao fenómeno cinematográfico. 

Rodrigo Cotas


quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Critica literária - Magia do Vento

 “A Sarah voltou para casa”. Desde que Damon Wilder procurou refúgio em Sea Haven ouve-se o mesmo boato passar de boca em boca de quase todos os habitantes da pacata vila costeira. Até o vento parece murmurar o nome dela – um devaneio tão sugestivo que leva o curioso Damon até à casa da falésia de Sarah, onde procura o seu abrigo. Mas Damon não chegou sozinho. Foi seguido por alguém até Sea Haven. Alguém que rodeia as sombras da casa Drake, onde Sarah esconde os seus próprios segredos. O perigo ameaça os dois – tal como o desejo mais premente que alguma vez sentiram – e está a apenas um sussurro de distância.

Este é primeiro livro que leio de Christine Feehan. Este volume é o ínicio da saga "Irmãs Drake" e cada livro conta a história de uma das sete irmãs. Nesta família, em todas as gerações há sempre sete irmãs. Todas elas são especiais porque são bruxas e estão sempre envolvidas numa aura mágica.Cada uma tem um poder específico e quando juntam os seus poderes tornam-se fortes. Em Sea Haven, a população conhece e aceita as características especiais desta família, estimando-as, acarinhando-as e agradecendo os seus atos de bondade. Este romance é centrado na irmã mais velha, Sarah, que regressa a Sea Haven e se depara com um homem, Damon, e a atração é quase imediata. 

O livro é quase como uma pequena introdução às sete irmãs e o leitor fica a saber certos pormenores, tais como a irmã mais nova tem sempre 7 filhos, a irmã mais velha apaixona-se por aquele que conseguir passar pelo portão principal da casa, neste caso, é Damon. Com apenas 160 páginas, é um romance curto, sem grandes desenvolvimentos ou brigas pelo meio, havendo uma descrição apressada de todos os acontecimentos. Há sempre um ambiente de mistério e um cenário marítimo em volta da personagem principal e do passado de Damon que é revelado ao longo do livro. 

A relação de uma das irmãs chamada Hannah e um rapaz, Jonas, torna-se bastante óbvio do que irá acontecer, uma relação amor-ódio, que será explorada noutro volume. A escrita é simples mas bem definida, mas muito centrada nos sentimentos do casal. O final incerto dá uma pitada de curiosidade para ler o livro seguinte. A temática está bem delimitada, mas devia ter sido amplificada para entendermos todo aquele fascínio pelas irmãs Drake. 

É com grande expectativa que vou ler o segundo livro, que já apresenta um tamanho razoável, e que me fará voltar a viagem num mundo de encantamentos e feitiçaria!


quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Crítica Literária - A Bruxa de Oz de Gregory Maguire

Quando Dorothy triunfou sobre a Bruxa Má do Oeste no clássico O Feiticeiro de Oz, de L. Frank Baum, apenas conhecemos a sua versão da história. Mas, afinal, quem era esta misteriosa Bruxa? De onde veio? Como se tornou tão malvada? E qual é, então, a natureza do mal? A Bruxa de Oz conta a história de Elphaba, uma menina de pele verde, insegura, rejeitada tanto pela mãe como pelo pai, um pastor reaccionário. Na escola ela também é desprezada pela sua colega de quarto Glinda, a Fada Boa do Norte, que só quer saber de coisas fúteis: dinheiro, roupas, jóias. Neste contexto, ela descobre que vive num regime opressor, corrupto e responsável pela ruína económica do povo. Elphaba decide, então, lutar contra este poder totalitário, tornando-se na Bruxa Má do Oeste, uma criatura inteligente, susceptível e incompreendida que desafia todas as noções preconcebidas sobre a natureza do bem e do mal.
A Bruxa de Oz conta a história de Elphapa, a Bruxa Má do Oeste, para quem não sabe é a bruxa que aparece na história do Feiticeiro de Oz. Para quem não conhece este conto infantil, ele relata a aventura de Dorothy, do Kansas, na fantástica Terra de Oz. A pequena Dorothy viva com os tios Henry e Emm numa pequena fazenda no Kansas. O seu único amigo era o cãozinho Totó que, durante uma tempestade, desaparece. Procurando-o desesperadamente, a menina entra no abrigo contra ciclones e esconde-se na pequena casa que, levada por um tornado pelos ares, termina por arremessá-la numa distante e desconhecida terra, a Terra de Oz. No meio da tempestade, Dorothy encontra o seu cãozinho. Quando finalmente pousam, descobre que a casa caíra sobre uma perigosa bruxa, matando-a. Surgem os Munchkins - que eram dominados por aquela malvada senhora. Dorothy é aclamada como heroína, por ter matado a Bruxa do Leste. A menina deseja voltar para casa e parte em busca do grande Feiticeiro de Oz. Este diz que para voltar a Kansas, a jovem tem que matar a Bruxa Má do Oeste.

A história deste livro começa muitos antes destes acontecimentos, ainda Elphapa estava na barriga da sua mãe! O livro percorre todas as etapas da vida da Bruxa, desde o seu nascimento, infância, a universidade, uma relação com um jovem, as dificuldades da sua vida, até à sua morte. Elphapa sempre foi colocada de lado, tanto pela família como os jovens da sua idade, por ser verde e ter nascido numas circunstancia um pouco misteriosas. O meio familiar desta Bruxa não é um caso de uma família feliz, o seu pai é um fanático pela religião, a sua mãe é adultera, não aceita a filha como ela é, acreditando que ela é um fruto dos seus pecados, tem uma irmã que nasce sem braços e um irmão que não se importante com a sua família. Esta obra ainda dá a informação que a educação, a sociedade e o meio que estamos inseridos molda a personalidade de um individuo, podemos nascer já com certas características que nos são transmitidas geneticamente, mas tempos que nos adaptar para sobreviver.

Acho que o tema principal deste livro é de onde nasce o mal e porquê, porque é que aquelas pessoas são consideradas más ou fazem ações que não deviam? A própria Elphapa lutava por algo que era gentil e acreditava que todos os seres deviam tratados como iguais mas ela aos olhos da população e de todo o Oz ela era a pessoa que estava errada. São aqueles casos que as pessoas não são más porque querem, mas porque a vida as obriga a ser. 

A segunda parte do livro é mais adulta, vemos uma Elphapa que luta por aquilo que acredita e não olha a meios para atingir os seus fins, tentando compensar os erros do seu passado. A escrita é maravilhosa que nos leva a uma Terra mágica, a própria história é de outro mundo porque leva o leitor a criar laços com Elphapa e torcer por um final feliz para a Bruxa, odiamos a Dorothy e finalmente percebemos a obsessão pelos sapatos vermelhos. 

Há continuação da história, no livro O Herdeiro de Oz, que irei sem dúvida ler e continuar a viajar pelas Terras de Oz e à espera que aquele Feiticeiro seja vencido!

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Resenha - A Cor do Fogo de Nora Roberts


“Mia Devlin sabe o que é amar alguém de todo o coração... e depois ver esse alguém partir sem olhar para trás. Há muitos anos atrás, ela e Sam Logan partilharam laços incrivelmente fortes,construídos pela paixão e fortalecidos pela magia. Mas, certo dia, ele fugiu da Ilha das Três Irmãs, deixando-a sozinha e perdida em dolorosas lembranças. Foi então que Mia decidiu que nunca mais ia amar. Agora, cansado do mundo e saudoso de casa, Sam regressa à ilha com um único objectivo: reconquistar o amor da sua juventude. Mas o que encontra já não é uma rapariga apaixonada. É uma mulher adulta, independente e magoada. E apesar da química entre eles continuar a ser verdadeira, Mia recusa-se a aceitar que ainda exista amor no seu coração. Mas a Ilha das Três Irmãs tem tanto de belo como de sombrio. E para desfazer uma terrível maldição com vários séculos, Mia vai precisar da ajuda de Sam, e aprender que, por vezes, só o amor pode fazer frente às trevas.

LER EXCERTO DA OBRA - CLIQUE AQUI

Ainda ando na onda de Nora Roberts! Fiz uma visita à biblioteca e trouxe comigo o livro “Cor de Fogo”. Como estava um bocado apressada nem reparei que este livro fazia parte de uma Trilogia “As Três Irmãs” e que era o último livro! Fiquei na dúvida se devia ou não lê-lo, visto que não sabia o conteúdo das duas histórias anteriores a este. Mas arrisquei e li.

O livro é cheio de magia, poderes e bruxaria negra. No prólogo é-nos apresentado a lenda que é contada naquela ilha, que envolve três irmãs, que possuíam poderes mágicos, e que se juntam para lutar contra as trevas. Cada irmã tem uma afinidade com um elemento, o Ar, a Terra, a Água e o Fogo. A última irmã, que continha afinidade com o Fogo, acaba por se suicidar quando o amor da sua vida a deixa. Coincidência ou não, acontece o mesmo a Mia Devlin. Ela e Sam tinham uma relação amorosa em que ela acredita ser para vida inteira, quando o jovem decide abandonar a ilha e a ela sem qualquer razão e sem nenhum motivo aparente. A protagonista decide então fechar o seu coração a qualquer sentimento de amor e de afecto. Mas tudo muda quando Sam decide voltar à sua terra natal e vem determinado a conquistar Mia e ficar com ela para sempre. Mas a jovem bruxa não lhe vai facilitar a tarefa. Enquanto a jovem luta contra atração e o desejo que sente por Sam, a magia negra volta a apoderar-se da ilha e desta vez o seu alvo é Mia. As forças negras pretendem que Mia tenha o mesmo destino que a sua antepassada, a morte. Assim ele ataca todas as pessoas que lhe são mais queridas, desde as suas irmãs e os seus maridos, a mulher que a criou e ainda Sam. Mas Mia não pretende desistir da vida por mais desgostos que esta lhe conceda. Sam também é um bruxo e a sua afinidade é a Água. Bem se pode dizer que os apostos se atraiem, visto que a Mia tem afinidade com o Fogo.

Apesar de não ter lido os outros dois livros, que contam a história das outras duas irmãs, a autora vai-nos contextualizando, o que é possível ao leitor se enquandrar na história mesmo sem ter lido o resto da trilogia. Gostei bastante da determinação e da paciência de Sam, quando ele tenta conquistar a sua namorada de adolêscencia, ou seja, a Mia. Nota-se que ele vai com um objetivo e não vai desistir até que o alcance. A meio da história, é-nos revelado porque é que ele deixou a protagonista daquele jeito à alguns anos atrás. Sam sentia-se inseguro e não preparado para ter uma vida a dois. Ele desejava sair da ilha e explorar o mundo antes de se instalar num sítio definitivo. O problema é que Mia, já quando era jovem, tinha planos traçados para os dois, desde de casamento, onde eles viveriam, filhos, entre outros, e Sam sentiu-se pressionado e resolveu abandoná-la. Durante anos tentou afastar e esquecer os sentimentos que nutria pela jovem mas nunca conseguiu.

O jovem casal acaba por se aproximar mais devido ao facto que Mia é proprietária de uma café/livraria e Sam é proprietário de um Hotel. Ele resolve lançar-lhe uma proposta de negócios com o objetivo de atrair mais clientes para o seu hotel, mas também para se reconciliar com Mia, de forma subtil, para que esta não o afaste e feche o seu coração para ele, eternamente.


Nora Roberts mantém o seu tipo de escrita como nos outros livros, misturando romance, ação, suspense e magia. Eu identifico-me muitas vezes com as personagens que a escritora invente, talvez pela maneira flúida que ela descreve os sentimentos, que nos faz entrar e experimentar a história, sentir as personagens como se fossemos elas. Gostaria de ler os outros dois volumes, mas infelizmente não estão disponíveis na biblioteca. Ainda não consegui adquirir nenhum livro desta escritora maravilhosa e tudo o que vou lendo dela são os livros que amigas minhas me vão emprestando ou que encontro na biblioteca. 


quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Resenha - Amanhecer


E finalmente o último livro de uma das Sagas mais vendidas no século XXI. 
Ao entrarmos na história de Amanhecer é como afundar-se num mundo de lendas que nos atinge de tal maneira que, inesperadamente, ele se transforma na única verdade possível. A trama torna-se ainda mais eletrizante, opções e escolhas são executadas e o leitor finalmente saberá se Bella optará por continuar humana ou se converterá definitivamente em vampira.

Uma nova caminhada aguarda a protagonista, um casamento que a assusta, o seu afastamento da família, especialmente do pai, Charlie, e a inesperada lua-de-mel. Tudo é um enigma e bastante misterioso. Sobre Jacob, no início apenas se sabe que está desaparecido, transformado em lobo, fugindo desesperadamente defronte da possibilidade de perder o seu grande amor.
FanArt - Edward e Bella em Lua-de-Mel
Bella esconde-se nas suas fantasias e sonhos, buscando forças e coragem, imaginando-se ao lado de Edward, concebendo-se a si mesmo como vampira. Ela decide avançar e tornar-se a Senhora Cullen. E é a partir daqui que tudo muda, quando Bella, inesperadamente engravida. A história toma um rumo que o leitor jamais poderia esperar, e enquanto tudo se parece encaminhar para um lado feliz, a trama volta a tomar outro percurso, que pode não mudar o mudar o mundo dos vampiros e dos lobisomens, mas até mesmo destruí-los.
FanArt - Casamento de Bella e Edward
Uma mudança positiva neste livro é o facto que Stephanie Meyer acrescenta a história, vista por outro ângulo. Assim, Bella e Jacob são as personagens que nos vão narrar Amanhecer. Percebemos então que as escolhas da protagonista transformaram decisivamente o universo dos Cullen como também o clã dos lobos. 
FanArt - Momento em que Bella descobre que está grávida
Com o desenvolvimento dos eventos, o líder deles, Sam, vê o seu poder, adotada por falta de um alfa autêntico e genuíno, ser contrariada por Jacob, que está naturalmente destinado a ocupar esta posição. Depois desta situação decisória, nada mais será como antes. O clã está inevitavelmente dividido.O único ponto negativo que encontro neste volume é o facto que esperava mais do final. 


Fan Art - Jacob, Bella e Edward
Algo mais detalhado e até mesmo com mais ação. Acho que a escritora acelerou bastante o desfecho da história acabando este muito depressa.

Stephanie Meyer - escritora da Saga Twilight
 Neste último livro, todos os segredos e intrigas engenhosamente preparados ao longo da saga são finalmente esclarecidos e resolvidos. Mas, até chegar a este desfecho extraordinária, o leitor terá que se apetrechar de nervos de aço até que finalmente possa amanhecer.

Capa não oficial de Midnight Sun
Atenção: Para quem adora a saga, tem disponível na internet os 12 primeiros capítulos que vazaram da versão de Crepúsculo escrita por Edward, o livro se chamará Midnight Sun e a Stephenie Meyer confirmou que escreverá a versão dele, mas não avisou quando lançará os livros.



terça-feira, 2 de outubro de 2012

Resenha - Eclipse

Capa do livro "Eclipse"

Enquanto Seattle é assolada por uma sequência de assassinatos misteriosos e uma vampira maligna continua a sua busca por vingança, Bella está cercada de outros perigos. Em meio a isso, ela é forçada a escolher entre o seu amor por Edward e a sua amizade com Jacob – uma opção que tem o potencial para reacender o conflito entre vampiros e lobisomens. Com a proximidade da formatura, Bella vive mais um dilema: vida ou morte.

Com o final surpreendente em “Lua Nova”, Bella enfrenta adversários e fantasmas no plano exterior, mas também no seu interior. Está mais do que nunca dividida entre as suas emoções e sentimentos, ela vê-se subdividida entre dois mundos completamente diferentes, o do fogo e do gelo, como é explicado no poema de Robert Frost, que começa o terceiro livro de uma das sagas mais apeladas no universo.

Entre o amor e a amizade; a promessa de um futuro, ao mesmo tempo cobiçado e assustador, e a fidelidade e a lealdade de Jacob, a personagem deste enredo cada vez mais elaborada e encantador encontra-se, em “Eclipse”, à beira de uma encruzilhada que destinará toda a sua existência. É apresentado ao leitor os mitos e as lendas da tribo Quilette e também a história de alguns membros da família Cullen. Foi neste livro que comecei a perceber a Rosalie e os seus motivos para ser tão hostil. 

Bella e Jacob - FanArt
 Bella ainda se encontra no meio de um antigo conflito entre vampiros e lobisomens, corporalizado no triângulo amoroso que comanda a sua vida, tendo de um lado a sua eterna paixão, Edward, e no outro a sua amizade mais preciosa, o lobisomem Jacob. Nunca percebi bem este sentimento de indecisão de Bella, e chegava-me a enervar muitas vezes durante a leitura do livro, porque amizade é amizade, e amor é amor. São dois sentimentos completamente diferentes, e eu, como apoiante da Team Edward, não conseguia tolerar quando ela tinha aqueles momentos de escolher o Jacob em vez do vampiro.
Bella e Edward - FanArt
 Como se todos estes problemas amorosos não bastassem, Bella é novamente ameaçada pela Victoria, que o seu único objetivo é vingar a morte do seu companheiro, James (morto por Edward em Crepúsculo). E ainda paira o medo de um novo encontro com os Volturi, que em Lua Nova apresentam um ultimato à nossa heroína e à família Cullen.
Há medida que nos aproximámos da data da formatura de Bella, sendo este o momento decidido pelo líder do Cullen, Carlisle, para que ela realize finalmente o seu grande desejo, de se tornar uma vampira. Mas a protagonista, devido a todos estes acontecimentos, começa apresentar algumas incertezas.

Stephanie Meyer surpreende explorando certos temas tais como: a constituição da natureza humana, os limites entre o Homem e o animal, o que é racional e o irracional, as sombras que se intrometem nas relações interpessoais, a importância da tolerância e da confiança. Não há personagens perfeitas, sendo possível que o leitor se identifique com cada personagem. Bella, como humana, tem liberdade para sentir medo, ser egoísta e gentil, aborrecida e cativante, corajosa e covarde. Nem Edward e Jacob escapam das suas imperfeições, e na disputa de Bella, tentam todas as artimanhas possíveis e imaginárias, tornando bastante possessivos sobre a heroína da saga. 

FanArt - Jacob, Bella e Edward
 Mais uma vez, Stephanie é influenciada por bandas tais como Linkin Parka e Paramore, Muse, entre outros. Terceiro e penúltimo livro da Saga Luz e Escuridão, mostra ser o melhor de todos! Aproximamo-nos cada vez mais do final épico entre o casal que mais marcou a história do sobrenatural do Séc. XXI.


segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Resenha: Lua Nova de Stephanie Meyer


“Para Bella Swan, existe algo mais importante do que a própria vida: Edward Cullen. Porém, estar apaixonada por um vampiro é mais perigoso do que alguma vez ela poderia imaginar. Edward já salvou Bella das garras de um vampiro maléfico, mas agora, à medida que a sua destemida relação ameaça tudo o que se encontra por perto e todos os que lhes são queridos, eles apercebem-se de que os problemas podem estar apenas a começar...”

No segundo livro, Bella vê-se dividida entre dois universos fantásticos. O seu coração vacila perante um cruel dilema, escolher entre amores divergentes e intensos, cada um à sua maneira. A amizade e a sinceridade são colocadas à prova e a protagonista tem que optar por um lado, que irá decidir o seu futuro.

Dos quatro livros da saga “Twilight” este foi sem dúvida o que me custou mais a ler e o que apreciei menos. Talvez pelo facto de sentir demasiado a ausência de Edward durante todo o livro, visto que ele só aparece nos primeiros capítulos e nos últimos, enquanto no desenvolvimento da história é apenas referido, nunca aparecendo. Enquanto o vampiro perde destaque na narração, Jacob destaca-se como nunca no livro. Passa de uma simples personagem secundária para personagem principal e é a partir deste livro que começa o verdadeiro triângulo amoroso entre Bella, Edward e Jacob. Outra personagem que aqui ganha importância é a vampira Victória, deixando atrás de si um rastro de sangue e vingança.

No segundo livro é-nos introduzido os lobisomens, começando com histórias e lendas tornando o livro em si ainda mais misterioso. Assim, outras criaturas míticas se somam aos vampiros, levando Jacob a uma caminhada sem volta aos sigilos que envolvem a sua família e os seus amigos, especialmente o indecifrável Sam Uley.

FanArt - Bella Swan

O afastamento de Edward leva a protagonista a mergulhar o seu ser em um estado de completo vazio emocional, uma jornada árdua que, através da dor, a conduz inevitavelmente à maturidade. Bella entra numa espécie de depressão, afastando-se de todos os amigos, mas encontrando um ombro amigo em Jacob, que lentamente começa a curar as feridas do seu coração. Porém a nossa heroína anseia que o seu belo vampiro volte para ela.
FanArt - Volturi

É apresentado ao leitor, a espécie de “família real” dos vampiros, apelados de Volturis, sendo eles guardiãos da cidade de Volterra, localizada na Itália. Os seus três componentes - Caius, Aro e Marcus -, antigos companheiros de Carlisle, o líder do clã dos Cullen, acrescentam novos e mais estimulantes elementos à já complicada relação de Bella com Edward. São todos bastante sombrios e misteriosos, assim como maldosos. Caius é o que apresenta uma personalidade mais divergente, sendo que em certos momentos é totalmente maléfico e noutros chega a ser quase amável, tornando assim as suas decisões e ações um bocado imprevisíveis para o leitor.

FanArt - Edward Cullen
É praticamente impossível deixar de navegar pelas páginas do livro até que finalmente se alcança, sem fôlego, as últimas palavras. O resultado é um livro de tirar o fôlego, inspirado, segundo a autora, em músicas do circuito alternativo, especialmente em bandas como Muse, Coldplay, Linkin Park, My Chemical Romance, entre outras. E a sequência, Eclipse, promete ainda mais. 


quinta-feira, 29 de março de 2012

Resenha: Crepúsculo de Stephenie Meyer


“Crepúsculo poderia ser como qualquer outra história não fosse um elemento irresistível: o objecto da paixão da protagonista é um vampiro. Assim, soma-se à paixão um perigo sobrenatural temperado com muito suspense, e o resultado é uma leitura de tirar o fôlego - um romance repleto das angústias e incertezas da juventude - o arrebatamento, a atracão, a ansiedade que antecede cada palavra, cada gesto, e todos os medos. Isabella Swan chega à nublada e chuvosa cidadezinha de Forks - último lugar onde gostaria de viver. Tenta se adaptar à vida provinciana na qual aparentemente todos se conhecem, lidar com sua constrangedora falta de coordenação motora e se habituar a morar com um pai com quem nunca conviveu. Em seu destino está Edward Cullen. Ele é lindo, perfeito, misterioso e, à primeira vista, hostil à presença de Bella o que provoca nela uma inquietação desconcertante. Ela se apaixona. Ele, no melhor estilo "amor proibido", alerta: Sou um risco para ti. Ela é uma garota incomum. Ele é um vampiro. Ela precisa aprender a controlar seu corpo quando ele a toca. Ele, a controlar sua sede pelo sangue dela. Em meio a descobertas e sobressaltos, Edward é, sim, perigoso: um perigo que qualquer mulher escolheria correr.”

Quase todos conhecem este fenómeno literário, nem que seja só pela adaptação ao cinema. A verdade é que desde que a Saga Twilight veio ao mundo, os vampiros tiveram um novo renascimento, uns dos livros mais vendidos entre os jovens são os que tem vampiros. Eu conheci este livro em Agosto de 2008,ou seja, muito antes de este ser adaptado a filme e virar um fenómeno mundial. 

Este livro é o típico livro para uma adolescente que sonha por um romance de outro mundo, uma adolescente romântica, sim, eu sou uma dessas adolescentes, e talvez seja essa o motivo pelo qual me apaixonei e agarrei tanto por este livro quando comecei a lê-lo.

Um aspecto importante é que todos os livros são escritos na primeira pessoa, o que na minha opinião os sentimentos da personagem principal (Bella) são facilmente captados pelo leitor. Bella é apresentada como uma típica adolescente, os pais separaram-se, a mãe arranja outro companheiro, o pai vive numa remota e chuvosa cidade chamada Forks. Bella resolve ir viver com o pai durante um tempo para que a sua mãe acompanhe o seu novo namorado nos treinos de basebol. Daqui nada de novo. O problema é quando Bella se sente atraída por um rapaz de sua nova escola, Edward Cullen, o rapaz mais excêntrico da escola. Quando ela descobre que ele é um vampiro, aí sim começa o grande drama.

Edward é o elemento essencial que faz com que Bella aceite ficar em Forks e que se adapte naquela lugar que ela inicialmente odiava, Bella diz no livro que odeia tudo o que seja húmido, chuvoso e frio, o aspecto muito curioso já que os vampiros são frios e ela acabava por se apaixonar por um!

Edward é nos apresentado como o rapaz mais lindo do mundo. Na minha opinião, todas as adolescentes que leram o livro, queriam um Edward só para elas! Ele é diferente, misterioso, enigmático, porém bastante belo e irresistível. Ele imediatamente desperta em Bella seus medos e desejos mais profundos e desconhecidos, um desassossego que ela não consegue explicar. Quando ela descobre o que Edward é realmente, Bella aceita com uma naturalidade paranormal. 

Aspectos que deixaram algumas pessoas perplexas era o quanto diferentes eram estes vampiros. Todos conhecemos os típicos vampiros que morrem queimados pela luz do sol, bebem sangue humano, dormem em caixões,entre outros. Na Saga Twilight, os vampiros também bebem sangue humano, mas a família Cullen não queriam ser uns “monstros” e alimentam-se de sangue de animais. Por isso é que toda a família Cullen tem os olhos de uma cor âmbar e os outros vampiros apresentados têm os olhos vermelhos. Para as pessoas que são mais tradicionais, não aceitaram muito bem que estes vampiros, em vez de serem queimados à luz do sol, brilhem! Sim, eles brilham à luz do sol! Stephenie Meyer diz no livro que é como se a pele tivesse revestida com pequenos diamantes por todo o corpo. Estes novos vampiros também não dormem em caixões, estes não dormem de todo! O cenário de Forks só ajuda ao mistério e ao sobrenatural, com a neblina e chuva constante. 

Uma personagem que não tem grande destaque neste livro, mas que nos outros passa a ser uma das principais, é o Jacob. Este é um rapaz com 16 anos mas que apresenta um físico de um rapaz de 18 anos. Jacob é um velho amigo de Bella de quando ela vinha visitar o pai em Forks, eles brincavam bastante mas quando Bella se ausenta de Forks durante muitos anos, aquela amizade começa a perder a sua chama. É de imediato que o leitor percebe que Jacob sente uma certa atração por Bella ou talvez algo mais, mas a personagem não é aprofundada, neste primeiro livro. 

Este livro já ganhou vários prémios, entre eles o Top 10 Livros para Jovens Adultos, da American Library Association. No ano de 2009, o enredo foi adaptado às telas do cinema, dirigido por Catherine Hardwicke e protagonizado por Kristen Stewart, Robert Pattinson e Taylor Lautner.


quinta-feira, 1 de março de 2012

Resenha - O Cadáver Trocista de Laurel K. Hamilton


“Algum tempo depois estava numa plataforma elevada, de frente para um semi-círculo quase perfeito de espelhos. Com sapatos de salto alto cor-de-rosa a condizer, o vestido de dama de honor tinha o comprimento ideal. Tinha também pequenas mangas tufadas e era descaído nos ombros, revelando quase todas as minhas cicatrizes.
Um vampiro partira-me a clavícula e o braço esquerdo, ao morder-me. Tinha também a marca de uma queimadura em forma de cruz, no antebraço esquerdo. Parecia a noiva de Frankenstein num baile de finalistas. Catherine, a noiva propriamente dita, não concordava. Achava que eu merecia estar no casamento por sermos boas amigas e eu estava a gastar uma boa maquia para sofrer uma humilhação pública. De facto, devíamos ser boas amigas... “

Vagueando solitária pelas ruas de St. Louis, uma criatura percorre os casebres mais escondidos, gerando o caos, morte e destruição, por onde passa. Sem ninguém apto a descobrir o motivo de tão horrendos cenários, resta a Anita Blake. Juntamente com a desagradável notícia de que o novo Mestre da Cidade (Jean-Claude) exige uma reunião com ela e dos confrontos gerados em torno de um humano que a quer forçar a animar algo que deveria de continuar enterrado para todo o sempre, está bastante claro que, para Anita Blake, apresenta-se mais uma semana difícil, com poucas horas de sono e muitas, muitas nódoas negras...

Anita Blake, de uma forma maravilhosa, continua a ser a alma do livro. Ela é tudo o que uma heroína poderia alguma vez sonhar ou aspirar a ser, e um pouco mais, com uma humanidade espantosa e uma fragilidade muito apropriada presentes na mesma equação. Sem dúvida uma mistura explosiva de violência, adoração por peluches fofos, ironia e feminilidade. A meu ver, uma protagonista cinco estrelas e simplesmente fenomenal.

Também igualmente cativante mas com uma menor participação neste segundo livro está Jean-Claude que persiste em manter uma atitude misteriosa – embora imensamente poderosa – e até persuasiva e sedutor. Gostava que a personagem estivesse mais presente neste romance, e mesmo a história que há entre Anita e Jean-Claude tivesse evoluído para um passo seguinte, mas isso não aconteceu. Anita continua a rejeitar a atração que sente pelo vampiro. Espero que seja no próximo livro que a animadora se decida, finalmente, a aceitar o convite para dançar do galante vampiro.

Para o futuro, fica o desejo de querer ler mais sobre Anita Blake e assim vou esperar pelo terceiro livro da saga “Anita Blake”.


terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Resenha - Prazeres inconfessos de Laurell K. Hamilton

“Nesta primeira história da saga, Anita, que presta assessoria sobre crimes sobrenaturais para a polícia de St. Louis, investiga, contra a sua vontade, uma série de assassinatos de vampiros. Tudo começa quando ela vai como convidada a uma festa de despedida de solteira numa boate de strip-tease de vampiros cuja gerência está a cargo do sexy sugador de sangue francês Jean-Claude. A noiva acaba enfeitiçada e só se Anita atender os desejos dos vampiros – no caso, descobrir quem os está exterminando – é que ela vai voltar para casa com vida.

Anita conhece então a mestra vampira Nikolaos, que, embora pareça uma menina inocente, é muito poderosa e tem mais de 1.000 anos. O que se segue é uma divertida história de detetive recheada de ação, viradas surpreendentes e pontuada pelo humor ácido desta fascinante protagonista, que seduz os fãs com uma boa história de mistério e vampiros em todo o mundo.”

Prazeres Malditos é o primeiro livro da série “Anita Blake”, escrita pela autora americana Laurell K. Hamilton. A série possui 20 livros publicados nos Estados Unidos e seu 21º livro tem lançamento previsto para Junho de 2012. Em Portugal, apenas dois livros da série foram publicados. A nossa heroína é Anita Blake, uma rapariga que consegue ressuscitar humanos. Apesar disso, ela também é conhecida como a “Executadora” já que é a única humana que já matou tantos vampiros e sobrevive para contar a história. Apesar deste pormenor, o que Anita deseja é ver-se livre dos vampiros, mantendo sempre a distância, mas parece que eles vêm sempre à procura dela. Anita também possui poderes que mais nenhum humano tem, ela apenas pela presença do vampiro consegue conhecer a sua idade e os seus poderes característicos. Na história, os humanos sabem e aceitam a existência de vampiros, e chegam mesmo a se voluntariarem para lhes fornecerem sangue. Existem também zumbis, demónios devoradores de carne morta, licantropos e humanos adoradores de vampiros. O livro é cheio de criaturas fantasiosas, do jeito que os leitores fãs do sobrenatural original gostam. Eles são apresentados aos poucos. É como se fosse uma apresentação dos personagens que virão no restante da série. Um aspecto que eu gostei bastante, foi termos os velhos vampiros de volta! Ou seja, não conseguem andar à luz do sol, dormem de dia e em caixões e são queimados por água benta e cruzes. 

Outro aspecto surpreendente é o facto de Anita não ser tão forte como aparenta ser. Todos os vampiros pensam que ela é uma durona mas por baixo daquela máscara está uma rapariga que não gosta nada de vampiros nem de lutas. Ela conta suas aventuras de uma forma cheia de humor e às vezes diretamente para o leitor. Nos seus pensamentos, ela passa por vários momentos agonizantes mas nunca demonstra isso para quem está de fora. Muito menos que sente uma atração fortíssima pelo vampiro centenário para lá de charmoso e misterioso, Jean Claude. Essa relação ou seja lá o que for, foi algo que me deixou muito curiosa sobre a continuação. 

Todos os personagens são muito cativantes, que nos fazem rir com seus sorrisos metidos e prender o fôlego quando estavam em perigo. Anita é uma pessoa sagaz, centrada e com tiradas inteligentes. Anita é uma verdadeira heroína, muito resistente nas cenas de ação, mostrando muita força de vontade.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Resenhas - Feitiços de Amor de Barbara Bretton


"Parece uma vila bucólica igual a tantas outras, mas esconde um segredo antigo de todos os visitantes…
Sugar Maple é uma terra encantada habitada por feiticeiras, fadas, vampiros e outras criaturas mágicas. Chloe Hobbs é a única que não tem poderes especiais naquele lugar onde nada é o que parece.

Chloe é a proprietária da Sticks & Strings, uma popular loja de artigos de tricô. Mas é também a última descendente de uma longa dinastia de feiticeiras com o futuro de Sugar Maple nas mãos. Chloe sabe que tem de se apaixonar para receber os poderes mágicos e continuar a proteger a sua terra natal. Mas, aos 30 anos, ainda sonha com o verdadeiro amor e as amigas decidem lançar feitiços para a ajudar a encontrar o homem dos seus sonhos. O que ninguém esperava era que Chloe se apaixonasse perdidamente por Luke MacKenzie, o polícia destacado para investigar o primeiro crime ocorrido em Sugar Maple e cem por cento humano. Se o amor abre finalmente a porta aos seus poderes mágicos, esses mesmos poderes impedem Chloe de sonhar com um futuro ao lado de Luke… Feitiços de Amor é um romance encantador e inesquecível sobre o poder do amor e a magia dos sonhos."

Eu desconhecia esta saga, sendo já este livro de 2009. A história centra-se em Chloe, uma rapariga que é filha de uma bruxa e de um humano, sendo que ela também aparenta ser humana, já que os seus poderes nunca se manifestaram-se até aquele momento. O que ninguém esperava é que Chloe recebesse os seus poderes mágicos quando se apaixonasse, muito menos por Luke, um simples humano. É um romance cheio de magia, um pouco diferente do que estamos habituados. Apesar da história de Chloe me ter contentado desde o início, não me entusiasmei particularmente com a sua paixão e talento no tricô. A este aspecto soma-se o facto da escrita de Barbara Bretton ser um pouco infantil, o que resulta numa linguagem para jovens, com um conteúdo para adultos. Em contra-partida, adorei as personagens e os cenários, apesar de estas estarem pouco desenvolvidas, incluindo as ruas, as vilas, as casas das personagens e mesmo a fisiologia das próprias personagens, tanto principais como secundárias. Não é dos melhores livros que há li, mas sem dúvida é um livro cheio de magia, delicioso e leve para ler em qualquer altura!