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16.9.09

As censuras e interdições de ZH


Informação com viés de neurose-classe-média

Renunciando à condição de se constituir como um espaço público democrático e participativo, o jornal Zero Hora opta por fazer o papel de grande censor da sociedade de massas. Ao fazê-lo, adota a personalidade política e a consciência social mais rebaixada e egocentrada.

Se comporta como o sujeito neurótico, classe média endividado, libido deserta, casamento de aparência, filhos e mascotes perturbados, borderline etílico, proprietário parcelar de um automóvel alienado às financeiras, cuja amortização se completará somente no ano 2013, dezembro - isso se não houver acidentes de percurso no emprego precário, na saúde da família (incluindo a sogra) e na economia como um todo.

A manifestação de estudantes pela ética na política e na administração pública do Rio Grande do Sul - onde a governadora é ré de um processo judicial provocado pela investigação de um roubo subestimado em 44 milhões de reais - é vista pelo ângulo menos relevante, o eventual transtorno passageiro no trânsito (de automóveis) da cidade.

Para ZH, o exercício pleno da cidadania está subordinado ao livre fluir dos automóveis na via pública.

Se a manifestação da cidadania estiver criando problemas ao livre trânsito dos carros, interdite-se a cidadania e liberem-se os automóveis! - este é o mandamento do jornal rebessiano.

Fonte: Diário Gauche