A Patrícia, do
Coisinhas da Família, chegou aqui ontem - e como eu na época - toda "normal", cheia de dúvidas e medos com relação a escolha da escolinha pro pequeno Octávio. Pelo que entendi ele vai pro berçário quando acabar a licença-maternidade.
E eu lembrei bem de mim mesma, viu Paty, e te falo, a escolha da escolinha é sim um dos Top Five "Oh vida! Oh céus!" da maternidade.
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imagem de eternapoesia.blogspot.com |
Taí.
Não sou expert, pedagoga, psicóloga, educadora. Sou mãe.
Portanto, vou contar aqui neste post como é que foi escolher a escolinha pro Isaac, meu filho.
Não foi fácil pra mim. E nem imagino que seja pra mãe alguma.
Eu era/sou uma mãe de primeria viagem que até então achava que ia parar de trabalhar quando a cria nascesse. No meio do caminho decidi que não. A jornalista não iria às catacumbas e filho criado pela vó era possibilidade definitivamente nula. Ter babá em casa 24 horas por dia todo dia também era idéia pouco provável.
Logo, o berçário era a nossa primeira opção. Por princípios, por necessidade e tudo o mais que um casal de pais jovens e novos em folha poderiam ter o direito de ter.
Ok.
Mas qual?
Mergulhei numa pesquisa.
Sentei com a lista telefônica na mão e futuquei todas as escolas que eu já sabia ter berçário.
Separei as que eu simpatizava. Coisa estranha. Como é que eu, até então baladeira, trabalhadeira e sei mais o que eira sem filho ia simpatizar com berçário? Não sei.
Aí vem o lado sangue-suga materno. Toda amiga, conhecida, mulher que chegasse perto era logo abordada com o assunto.
Juntava uma informação aqui e outra alí.
Me dei um prazo.
Licença-maternidade de 5 meses + 1 mês de férias. Ok.
Tinha que ter o berçário resolvido até o quinto mês do pequeno. Assim, teria um mês para adaptações* (mais minha que dele), um tempo para eventuais tropeços (pessimismo mode ON) e tempo pra mim também, oras.
Listei as escolas-alvo, analisei prós e contras, noves fora.
Me sobraram algumas opções.
*Sim. Fiquei vários dias passando alguns momentos na escolinha junto com o Isaac até eu ter certeza de que eu e ele ficaríamos bem um sem o outro.
Fui visitar cada uma delas, com Isaac nos braços.
Tá. Esta é uma etapa difícil. Nada parece tão limpo, tão bonitinho, arejado, cheiroso, silencioso, perfeito quanto seu filho merece. (E sim, você só vai se dar conta disso com um tempo de experiência e não adianta eu falar um monte aqui).
Lógico que eu analisava atendimento, tratamento, higiene, estrutura, cara das professoras, cantos arredondados ou não, brinquedos, área verde, janelas, portas, enfim. Toda a sorte de neurose-ou-não. Fiz todas as perguntas técnico-maternas possíveis e um pouco mais.
Mas uma "tia" muito querida me deu a dica mais valiosa de todas e eu divido aqui com você, Paty.
Repare nas crianças.
Olhe bem para elas. Veja se estão a vontade, com rostinhos felizes, coradas, sem chorar, indo e vindo, brincando. Se estão limpas. Se tem um contato bacana com as professoras. Se trocam olhares carinhosos com os colegas.
Criança é bicho transparente, sincero. E são os pequenos que sabem se o lugar é bom ou não pra eles. Do jeito que se deve ser.
A gente entende de limpeza, de alimentação, proteção, de marca de fralda e sabonete. Eles entendem do "sentir bem" da maneira mais pura e isso fica estampado na carinha deles.
E foi assim...
Lógico que a escolinha que escolhemos não é 100% acertos. O importante também é ter canal aberto com professores e diretores para sanar dúvidas e dar sugestões. Participação é TUDO. Hoje já tenho mais em mente que lugar algum vai ser como a minha casa. Não descuido. E vamos indo.
Isaac está na mesma escolinha desde então. É pequena, com poucos alunos, área verde, alimentação bacana, atividades, parque grande, onde todo mundo se conhece. Eu gosto. E sei também que logo vai se tornar um lugar pequeno demais e ele (e eu também) vai ter que se adaptar em outra escola.
Mas são coisas da vida, não?!?