Mostrar mensagens com a etiqueta Peter Pears. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Peter Pears. Mostrar todas as mensagens

23.6.08

Peter Pears

Há seis meses, Peter Pears e Benjamin Britten entraram aqui pela primeira vez. Começava o Inverno. Sou distraído e escapam-me com frequência os aniversários, mas o desNorte está sempre atento e alerta-nos para as efemérides mais importantes. Chegando com um dia de atraso, fica aqui também uma homenagem ao tenor Peter Pears (1910-1986), que nasceu a 22 de Junho.

A Decca editou recentemente uma série de DVDs chamada "The Britten-Pears Collection", e dois dos títulos apresentados são duas das óperas mais importantes de Britten: "Peter Grimes" e "Billy Budd". Em grande parte das suas obras vocais, Britten compôs um papel de tenor especificamente para a voz do seu companheiro, até à última ópera: "Death in Venice". Pears e Britten estão sepultados em Aldeburgh, na costa leste da Inglaterra, onde viveram a partir de 1947.


Trailer
(DeccaMusicGroup)

Peter Grimes e Billy Budd (Decca)
Britten-Pears Foundation

22.12.07

A Longa Viagem do Inverno

Though I have worked very hard at the "Winterreise", every time I come back to it I am amazed not only by the extraordinary mastery of it, but by the renewal of the magic: each time, the mystery remains.

Benjamin Britten, 1964

O ciclo de canções "Winterreise", de Schubert (1797-1828), já aqui tinha entrado, por outras razões e com Dietrich Fischer-Dieskau. Hoje está de volta, trazido por Benjamin Britten e Peter Pears.


Wasserflut

Manche Trän' aus meinen Augen
ist gefallen in den Schnee;
seine kalten Flocken saugen
durstig ein das heiße Weh.

Wenn die Gräser sprossen wollen,
weht daher ein lauer Wind,
und das Eis zerspringt in Schollen,
und der weiche Schnee zerrinnt.

Schnee, du weißt von meinem Sehnen.
Sag, wohin doch geht dein Lauf ?
Folge nach nur meinen Tränen,
nimmt dich bald das Bächlein auf.

Wirst mit ihm die Stadt durchziehen,
muntre Straßen ein und aus.
Fühlst du meine Tränen glühen,
da ist meiner Liebsten Haus.

Wilhelm Müller

Torrente

Muitas lágrimas dos meus olhos
caíram sobre a neve.
Os flocos frios, sedentos,
bebem a dor ardente.

Quando as ervas querem nascer,
sopra um vento morno,
o gelo desfaz-se em pedaços
e a neve macia derrete.

Neve, tu conheces o meu desejo.
Diz, por onde vai a tua torrente?
Se seguires as minhas lágrimas,
o ribeiro leva-te daqui.

Percorrerás com ele a cidade
e as ruas alegres.
Quando sentires o ardor das minhas lágrimas,
aí é a casa da minha amada.