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9.7.09

D'amor sull'ali rosee



Vorrei donarti una rossa gerbera coi colori della passione
ed una rosa gialla densa di gelosia
ed una margherita pura come il tuo sorriso
ed un giacinto col profumo del sole
e avvolgerli tutti col colore del cielo.

Mara Zampieri, 1982


D'amor sull'ali rosee, de "Il Trovatore"
Mara Zampieri, Teatro Nacional de São Carlos, Abril de 1978

(Wolfcrag85)
D'amor sull'ali rosee
Vanne, sospir dolente:
Del prigioniero misero
Conforta l'egra mente...
Com'aura di speranza
Aleggia in quella stanza:
Lo desta alle memorie,
Ai sogni dell'amor!
Ma deh! non dirgli, improvvido,
Le pene del mio cor!

Quem esteve no Coliseu dos Recreios de Lisboa, terça-feira dia 11 de Abril de 1978, nunca esquecerá o que lá se passou. A seguir à ária do 4° Acto ("D'amor sull'ali rosee") explodiu uma ovação tal que a récita, pura e simplesmente, parou. Os gritos, as palmas - e que gritos, que palmas! Os minutos sucediam-se uns aos outros e a ovação não parava nem esmorecia de intensidade. De vez em quando, a Zampieri inclinava ligeiramente a cabeça, em gesto de agradecimento: era evidente que ela não queria sair da personagem. As palmas e os gritos redobravam. (*)

Frederico Lourenço, Amar Não Acaba

5.6.08

Verbasco


Verbascum litigiosum (Abril - Guincho)
(Endemismo lusitano, ameaçado)

Quando surgiu a que cedo desponta, a Aurora de róseos dedos,
levantou-se da sua cama o amado filho de Ulisses;
vestindo a roupa, pendurou do ombro uma espada afiada,
e nos pés resplandecentes calçou as belas sandálias.
Ao sair do quarto, assemelhava-se a um deus.
Logo ordenou aos arautos de voz penetrante
que chamassem para a assembleia os Aqueus de longos cabelos.
Aqueles chamaram; e reuniram-se estes com grande rapidez.
Quando estavam já reunidos, todos em conjunto,
dirigiu-se Telémaco à assembleia, segurando na mão
a brônzea lança - mas não ia só: dois galgos o acompanhavam.
E admirável era a graciosidade que sobre ele derramara Atena:
à sua passagem todos o olharam com espanto.
Sentou-se no assento de seu pai; os anciãos cederam-lhe o lugar.

Homero, Odisseia (trad. de Frederico Lourenço, Livros Cotovia)

17.6.07

Mara Zampieri - "Manon Lescaut"


O vídeo não é muito bom, mas foi o que encontrei de Mara Zampieri interpretando Manon Lescaut. Em Lisboa também cantou este papel (Dezembro de 1988), mas aqui é em Tóquio (1991).



In quelle trine morbide

In quelle trine morbide...
nell'alcova dorata
v'é un silenzio gelido, mortal,
v'è un silenzio,
un freddo che m'agghiaccia!
Ed io che m'ero avvezza
a una carezza voluttuosa,
di labbra ardenti e
d'infuocate braccia...
or ho tutt'altra cosa!
O mia dimora umile,
tu mi ritorni innanzi
gaia, isolata, bianca
come un sogno gentile
di pace e d'amor!


No site de Mara Zampieri estão disponíveis mais vídeos e também a conversa de Jorge Rodrigues com Frederico Lourenço e ela própria no Ritornello. Aqui está o primeiro excerto, para matar saudades:


E aqui podem ouvir as três partes restantes.

Lisbona, 29 Marzo 2005. Mara Zampieri e Frederico Lourenço intervistati da Jorge Rodrigues nella trasmissione in diretta "Ritornello"



(Mara Zampieri com Jorge Rodrigues)