Tem gente que acompanha o blog faz tempo, e gente que me conhece faz tempo, e tem gente que veio parar aqui por acaso. O Tie Dye POA começou em dezembro de 2007 (vai rolar sorteio de 5 anos de blog, logo!), porque eu queria um espaço para falar sobre uma das minhas paixões: cabelos. Na época, blogs de beleza eram coisicas recém nascidas, arranhando formatos e tentando ocupar um espaço. Eu sei que eu contribuí bastante pra o que eles são hoje, sem qualquer falsa modéstia, porque inspirei alguns dos blogs que hoje são os mais famosos. Fico feliz com isso.
Durante um tempo, acabei largando o blog de mão. Não sou blogueira profissional, embora, na realidade, o seja. Explico: comecei a blogar nos primórdios do blog brasileiro, lá atrás, há mais de 12 anos, e sempre me mantive escrevendo. Já tive muitos blogs e hoje tenho 3: o Tie Dye POA, o Occupy the Wardrobe e o Plain Vica, que é um blog pessoal onde escrevo o que me der na telha.
Mas o que eu quero dizer é que não fiz do blog minha profissão, como amigas minhas fizeram (e eu as invejo). E não, apesar de muita gente achar, não sou cabeleireira, sou apenas uma apaixonada por cabelos que já mudou a cabeça muitas vezes. Na vida "real", no "mundo lá fora", eu sou advogada e trabalho pra caramba. Muitas vezes não sobra tempo pros blogs, mas eu amo escrever, por isso continuo.
Uma idéia que eu acalento há algum tempo é a de transformar o Tie Dye numa coisa mais variada. Não falar apenas sobre cabelos e beleza, mas tratar de outros assuntos, como livros, filmes, lugares pra ir, saúde, alimentação... É algo que tem a ver com coisas que eu quero fazer na minha vida há muito tempo, porque estou meio de saco cheio de ser advogada e penso em mudar de área. Acho que a maternidade apenas tornou essas coisas mais claras pra mim.
Minha filha deve nascer em fevereiro e na primeira metade de 2013 eu vou estar ocupada dela. É o que eu escolhi: cuidar da minha filha intensamente, ao menos nesses primeiros meses de vida dela. Cada mulher faz suas escolhas, mas eu admito: acho errado atirar o filho na creche logo depois que nasce pra ir se matar de trabalhar e dar uma vida "melhor" pra ele que, muitas vezes, consiste apenas em comprar brinquedos caros. Filho precisa de mãe, é o que eu penso, é como sinto, e é o que eu desejo.
Fico feliz que a sociedade tenha evoluído até chegar num ponto onde as mulheres podem discutir seus papéis e discutir a maternidade de maneira franca e aberta. Tenho lido muitos blogs sobre isso, e também livros. Nada como ter acesso à informação e poder formar as próprias convicções com mais segurança.
Só que não é sobre maternidade que eu quero falar agora, e, sim, sobre mudanças. A maternidade, com certeza está mudando e ainda vai mudar muito a minha vida. Que, aliás, mudou muito, mas muito mesmo, nos últimos 5 anos. E agora eu estou pensando nos próximos 5 anos. No que eu quero pra minha vida, minha nova vida, com meu marido e minha filha, essa família novinha em folha que estamos criando.
Tem várias coisas que eu sempre quis fazer e nunca me motivei muito. Ou me motivava durante um período e depois largava tudo de mão. Nesses últimos tempos tenho acompanhado blogs sobre mudanças pessoais, de pessoas reais que compartilham seus erros e acertos, medos e atitudes destemidas. Dentre esses blogs eu posso citar o Vida Organizada, o 6 meses pra Mudar, A Nova Solteira, o Bolsa de Pandora (no qual a querida Paula Coruja fala de diversas coisas, dentre elas o cumprimento dos objetivos que ela fixou pra 2012 e que foram muito inspiradores pra mim, especialmente porque a conheço pessoalmente), o Frescurinha (blog de beleza da linda Julia, no qual ela tem falado sobre a dieta que está fazendo e a decisão de emagrecer), dentre outros.
Passando pelo mercado público pela manhã, eu resolvi mudar de vida. Pode parecer meio esdrúxulo, mas o que me moveu foram as frutas! O mercado público de Porto Alegre é um dos meus lugares preferidos na cidade, justamente por causa da comida: bancas de frutas e verduras, açougues, uma comida japonesa sensacional (3 restaurantes), peixes frescos (e fedidos, tudo bem), artigos de umbanda, chás milagrosos e bons vinhos, tudo junto e misturado.
Sempre tive vários problemas de saúde relacionados com alimentação. Uma certa intolerância à lactose, pele com acne, dentre outras coisas. Quase não como frutas e tive um acesso quando a nutricionista me mandou comer TRÊS frutas POR DIA durante a gestação! Nossa, no começo eu tinha que enfiar fatias de melão goela abaixo. E nem é que eu não goste (tenho problemas com 3 tipos de frutas: manga, figo e passas, de resto, gosto de tudo), era simples falta de costume.
Não é um desejo de emagrecer que me move, mas sim, verdadeiramente, o desejo de ser mais saudável. Eu já fui bastante magra e também bastante gorda (extremos, de 59kg a 86kg), e no começo da gravidez estava bem, um pouco acima do peso, mas não vou ficar me atucanando com isso durante a gravidez. Depois que a bebê nascer, quero estabilizar meu peso no que eu considero meu ideal (60kg pra 1,69m), voltar a me exercitar diariamente e me alimentar decentemente.
E todas aquelas frutas que eu vi de manhã me inspiraram. Já sei que minha vida de dormir até mais tarde nos finais de semana e de ficar enrolando pra levantar nos dias de semana acabará com o nascimento da minha baby. E vou usar isso pra tomar um café da manhã saudável e decente, em casa, em vez de ficar pegando porcarias na rua como eu sempre fiz (café da manhã no Mac, quem nunca?).
Outros blogs e sites que eu e o meu marido temos lido durante o ano também me inspiraram a mudar outras coisas. O próprio Occupy the Wardrobe, blog que eu e a Anita criamos para nos desafiar a passar um ano sem comprar roupas, sapatos ou acessórios também me inspirou a rever meus (maus) hábitos de consumo. Também nisso estou mudando, e ainda quero mudar mais. O objetivo para 2013 em diante é ter uma vida mais organizada, mais minimalista, com mais amor, mais saúde e mais satisfação com meu trabalho. E talvez isso envolva uma radical mudança de área.
Em 2013, o Occupy vai continuar, mas com outra proposta: voltar a comprar roupas, sapatos e acessórios de maneira consciente, e isso vocês vão poder acompanhar lá (aliás, já me dei uma tarefa pessoal pra 2013 relacionada a roupas, mas vou falar sobre isso lá). Aqui no Tie Dye, eu vou dividir as descobertas da minha recém adquirida maternidade, bem como todas essas mudanças que pretendo colocar em prática. Espero que vocês curtam e embarquem comigo nessa aventura. Que venha 2013!