Muito bonitinho, né?
Pena que o tratamento que dispensam
aos clientes não é nem um pouco bonito.
Vou fazer aqui um desabafo.
Quem me conhece e/ou acompanha o blog, sabe que estive de férias em Buenos Aires agora em novembro, com meu namorado.
Nós planejamos essa viagem com bastante antecedência, porque queríamos ir aos shows das bandas Strokes e Pearl Jam.
Meu namorado pesquisou bastante e encontrou passagens aéreas mais baratas pela Pluna, que é uma companhia uruguaia. Muita gente aqui do sul conhece a Pluna como companhia de ônibus, mas eles são companhia aérea já faz um tempinho e oferecem passagens com valores bastante competitivos. Atualmente têm dois vôos diários fazendo a rota Porto Alegre-Montevidéu-Buenos Aires.
Voltamos de viagem no domingo, dia 20 de novembro, e para nossa surpresa, uma das nossas malas não apareceu naquela esteira de bagagens. Ficamos esperando, esperando... e nada! Isso é bastante chato. Fomos falar com a funcionária da Pluna que estava ali e na nossa frente tinha um gringo que também não tinha recebido a mala.
Fui falar com ele e, como falo inglês, a moça da Pluna me pediu que a auxiliasse no atendimento a ele, já que ela não falava inglês. Eu ajudei e depois ela nos atendeu, preenchendo um formulário e garantindo que a mala chegaria no dia seguinte, que talvez tivesse ocorrido algum problema na troca de avião, mas a mala seria enviada e entregue na minha casa.
Confesso que fiquei um tanto pasma pela funcionária não falar inglês, sendo que a Pluna não é brasileira e faz voos internacionais, mas ela foi atenciosa e nos tranquilizou.
No entanto, no dia seguinte a mala não apareceu. E eu resolvi apelar para o twitter e o facebook da Pluna, já que dizem os jornais que esses meios funcionam melhor que o PROCON. Na segunda, então, dia 21/11, comecei a contatar a empresa pelas redes sociais. Primeiro me ignoraram. Depois, quando uma menina uruguaia que estava tentando comprar passagens e pediu auxílio no facebook disse que não iria mais viajar pela Pluna tendo em vista a minha mala perdida, eles resolveram me responder. Pediram os dados: nome completo, informações do voo, da bagagem e disseram que iriam fazer tudo para encontrar a mala e enviar o quanto antes.
Fico perplexa porque despachamos as duas malas juntas e só uma chegou. Como isso acontece?
Passando por cima de questões assim, o que acontece é que hoje é quinta-feira, 24/11; eu cheguei no domingo, 20/11; a Pluna me disse na terça-feira, dia 22/11, via twitter, que havia encontrado a mala, só que a mala continua desaparecida! E agora eles optaram por simplesmente me ignorar, como se a minha mala perdida, que a PLUNA PERDEU, não fosse problema deles.
Além disso, tenho ligado duas vezes ao dia, todos os dias, desde segunda-feira, para a Pluna no Aeroporto Salgado Filho, aqui em Porto Alegre. Eles informam que estão em contato com Montevidéu e têm solicitado a mala, mas a mesma não foi enviada. E, começo a temer, nem será.
A funcionária me informou que depois de 28 dias eles indenizam a mala, em US$30 (trinta dólares americanos) por quilo de bagagem despachada. Acontece que pagamos excesso de bagagem, US$100 (cem dólares americanos), cujo comprovante eu tenho, que eles devem nos devolver, já que o "excesso" não chegou. Além disso, dentro da mala estão os alfajores que compramos de presente pra familiares e amigos, e que, obviamente, depois de tantos dias supostamente viajando por aí (acreditando que a mala realmente tenha sido encontrada), serão jogados no lixo.
Nesse tempo, meu namorado fica sem parte de suas roupas, um par de sapatos sociais, o barbeador elétrico novinho (comprado recentemente - Philips) e eu sem 2 pares de sapatos, algumas peças de roupa e parte dos cosméticos que havia comprado em Buenos Aires. Inclusive aqueles que eu mostrei nesse post.
Uma amiga tinha me dito que eles indenizavam em dois mil reais a bagagem perdida, como se eu tivesse tirado a sorte grande. Mas eu não quero, neste momento, ao menos, indenização, e sim a mala, com todos os nossos pertences dentro, intactos. Estou muito, muito chateada com o ocorrido. E mais ainda com o tratamento que me está sendo dispensado pela Pluna. Os funcionários aqui em Porto Alegre são muito gentis, mas a verdade é que a empresa, que é uruguaia e cujos comissários de bordo não falam português, trata seus clientes com desprezo, não merecendo qualquer credibilidade.
Pode parecer muito drama por causa de uma mala, umas roupas, alfajores e cosméticos, mas não é. A gente faz uma viagem querendo se divertir, espairecer, ter bons momentos. As coisas que estão na mala são lembranças da viagem, dos bons momentos que passamos e, também, coisas pessoais, coisas que ninguém acha legal simplesmente vir alguém e "perder" suas coisas. Esse ocorrido me deixou bem triste por esses dias, principalmente porque não pude dar nenhuma lembrança da viagem aos meus amigos e familiares. Minha sogra ficou sem a caixa de alfajores especiais que compramos com todo carinho para presenteá-la. É muito chato, muito triste e, ainda pior, quando a empresa simplesmente te ignora e age como se não tivesse nada a ver com o "seu" problema.
Então, enquanto eu sigo nessa novela, fica a dica: nem sempre o barato é o melhor, e a Pluna deixou muito a desejar no trato com o meu caso.