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terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Uma morte anunciada


Era o que temia quando fiz  este  post, em Agosto do ano passado. Hoje, enfim, aconteceu. Desde o post citado, muita água correu debaixo da ponte. Sutil recebeu “voz de prisão”, Kimi Raikkonen voltou e Grosjean renasceu para a F1. Todos esses acontecimentos culminaram numa nova disputa entre Bruno Senna e Rubens Barrichello por uma vaga na F1, assim como na Brawn em 2009.

Dessa vez, quem levou a melhor foi “primeiro sobrinho”, numa decisão que todos sabiam que seria mais financeira do que técnica.

Rubens, mesmo não conseguindo patrocínios fortes, não desistiu e continuou dando manchetes para esta “guerra perdida” desde o fim da temporada, ainda em 2011. Colocando preto no branco: Bruno tem o sobrenome Senna (o que gera um interesse financeiro óbvio) e um futuro pela frente, Rubinho nenhum dos dois.

Faltou esperteza a Rubinho e às pessoas ligadas à sua carreira? Talvez. Minha opinião é: Por Sutil ou por Senna, Rubens não ficaria na Williams pelos dois motivos (grana e futuro) que citei acima. Um fim feio para uma bela carreira e um piloto dos mais competentes da história da F1. Por ter aceitado o fardo de ser um novo Ayrton Senna e ter perdido popularidade com o povão do Brasil depois de insucessos, talvez a memória coletiva não vá lembrar de Barrichello com o respeito que deve – inclusive por esse fim de carreira também.

Isso realmente é uma pena. Mas não dá pra dizer que Rubinho não tenha sua parcela de culpa em tudo. Pagou pra ver, e agora está fora da F1. Mil vezes melhor ter reconhecido que tinha poucas possibilidades de permanecer no fim do ano passado, e ter feito uma despedida digna da F1 em Interlagos. Perdeu a chance. Paciência.

E, enfim. Não veremos em Melbourne, pela primeira vez desde o próprio GP da Austrália (mas este em Adelaide) em 1992, o nome Rubens Barrichello figurando no grafismo da FOM. E pensar que nunca vi uma corrida ao vivo sem esse nome... Fará falta, se fará.

Antes de terminar um post como esse, é meu dever relembrar o dia que Rubinho me arrepiou e quase me fez chorar na frente da TV. 30 de Julho de 2000, uma manhã fria e cinzenta de inverno, último dia de férias para mim, aluno da terceira série que nunca tinha visto uma vitória brasileira na F1. Ela viria da forma mais incomum imaginável. 18º no grid, um começo de prova fulminante, louco na pista, chuva, acidentes, Safety Car, e, claro, a coragem ao permanecer na pista de pneus secos com o estádio ensopado e a floresta seca.





Por essa, e por inúmeras outras. Valeu, Rubinho!!


sexta-feira, 18 de novembro de 2011

"A maldição de Heidfeld"


Há seis anos um brasileiro tinha uma boa oportunidade para mostrar serviço numa equipe média para boa na F1. Ele era Antônio Pizzonia. O piloto de Manaus substituiria Nick Heidfeld na Williams, após um forte acidente sofrido pelo alemão nos treinos para o GP da Itália em 2005. Já naquele final de semana, Pizzonia tomou seu lugar na Williams de número oito. Tentaria para 2006 aquilo que não havia conseguido para 2005 - embora já fosse piloto de testes por aquelas bandas com o apoio da Petrobras. O posto de piloto titular.

Pizzonia começou bem. Mesmo depois de sair de 16º no grid em Monza, chegou ao sétimo lugar com uma boa corrida de recuperação, superando inclusive o companheiro de equipe e desafeto dos tempos de Jaguar, Mark Webber, que sequer pontuou ali. Sua conquista ganha mais notoriedade quando lembramos que o GP da Itália de 2005 foi a segunda corrida na história a não ser abandonada por ninguém. Com o resultado, Pizzonia empatava seu melhor resultado com os GPs da Alemanha, Hungria e Itália em 2004, quando substituiu Ralf Schumacher pela mesma Williams e foi sétimo.

Porém, a partir dali, nada mais deu certo para o brasileiro naquele ano. Na Bélgica, estava fora da zona de pontos, quando, há quatro voltas do fim, tirou da McLaren aquela que seria sua primeira dobradinha em cinco anos, com uma fechada em Montoya que vinha lhe colocar uma volta, o que tirou ambos da prova.

No Brasil, sequer teve chance de tentar correr. Foi tirado da prova na primeira curva por David Coulthard num grande acidente que tiraria inclusive seu companheiro Webber também. No Japão, ficou pela brita de Suzuka depois de rodar sozinho na volta nove, e de não ter conseguido se classificar bem no dia anterior. Na China, viu a bandeirada pela primeira vez desde a Itália, mas longe da zona de pontos e com uma corrida opaca, em 12º.

Não deu outra. Pizzonia perdeu a vaga na Williams para 2006 em favor do estreante e primeiro campeão da GP2, Nico Rosberg.

Nesse ano, a vida de Bruno Senna parece lembrar a de Pizzonia em 2005. Admitido pela Lotus-Renault (odeio chamar assim, mas vou ter que me acostumar) para o lugar de Heidfeld, o brasileiro fez duas boas apresentações: Na Bélgica – onde largou em sétimo – e na Itália – onde marcou os mesmos dois pontos de Pizzonia, mas na nona colocação. Desde esse GP em Monza, Bruno não mais conseguiu pontuar e brilhar em corridas. A que parecia ser uma vaga concreta em suas mãos, vai aos poucos indo embora dada concorrência que a equipe vem tendo para as duas vagas no ano que vem, junto ao fato de nem Petrov (pay-driver de primeira) estar garantido por lá.

Em comum nas duas histórias? Brasileiros pilotos de testes em equipes emergentes, que da noite para o dia tiveram uma excelente oportunidade em mãos. Pizzonia desperdiçou, e Bruno vai fazendo o mesmo.

Outra coisa em comum? Ambos substituíram Heidfeld depois de saídas não muito bem explicadas pelos respectivos dirigentes. Em 2005, reza a lenda que Heidfeld, mesmo após ter sofrido outro acidente de moto durante o restabelecimento do de Monza, tinha condições de correr e não o fez, pois a Williams, com o relacionamento já gasto com a BMW, preferiu deixar Nick na geladeira ao saber que o alemão já havia assinado com o time alemão para 2006.

Nesse ano, todos viram o processo de fritura que a Lotus o colocou quando o alemão não se mostrou ser um "novo Kubica". Saiu pela porta dos fundos da equipe pseudo-inglesa.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Chegou a hora


"Provar o quê?" "Pra quem?" "Aonde chegar com isso?" "Até quando?" Alguns exemplos de perguntas que vieram à minha cabeça na sexta-feira, quando Barrichello deu mais um show de horror daquilo que sabe de melhor... fora de um carro de corrida. Fazer acusações bombásticas e as desmentir. Meter o pau no time, se eximindo de culpa, mostrando a imaturidade que sempre lhe foi característica.

Dentro das pistas, sou um dos maiores defensores de Rubens. Tem um currículo invejável para pelo menos 80% dos pilotos que já passaram – e ainda vão passar - pela Formula 1. Duas vezes terceiro colocado e duas vezes vice-campeão do mundo. Onze vitórias, 14 poles positions, 68 pódios. Passagem pela Ferrari, ter sido parte da Brawn - o maior conto de fadas do automobilismo moderno - e correr atualmente pela Williams – time tradicionalíssimo. Fora as duas voltas por cima dentro da categoria, em 1999 com a Stewart – que lhe rendeu lugar na Ferrari em 2000 - e em 2009 com a própria Brawn.

Acho mal de brasileiro crucificar o sujeito porque o cara não é número um do mundo. Rubinho é o que podemos chamar de profissional bem-sucedido. Está entre os dez maiores nomes da F1 dos anos 90 e 2000. É o único piloto a ultrapassar a marca dos 300 GPs disputados. E num ambiente competitivo como a F1, alguém não consegue isso sendo um qualquer. Barrichello é fora de série, sim - e que me provem o contrário.

O problema de Rubens é o extra-pista, as famigeradas declarações. Desde assumir o fardo de ser um novo Ayrton Senna lá atrás (foto), a criticar a Williams nos últimos dias - dando a entender que não é piloto para desenvolver carro e sim ser o número um absoluto. Ache o que achar, num time como a Williams (média pra baixo, neste ano) uma declaração assim soa como falta de humildade e espírito de equipe.
Rubens tem quatro pontos contra zero de Maldonado, mas foi venezuelano que levou o FW33 ao Q3 três vezes neste ano e não Rubinho. É ele também, mesmo sendo novato, que ganha o duelo interno de classificações por 6 a 5, fora ainda que estaria na frente de Rubens no campeonato não tivesse sido arrancado do sexto lugar no GP de Mônaco por Lewis Hamilton, num ataque kamikaze em plena St. Devoté. Para reivindicar e fazer pouco da equipe pela imprensa, Rubinho deveria estar fazendo mais. Mas é típico, nada nunca é culpa de Barrichello, o brasileirinho.

Rubens tem 39 anos de idade e ainda guia no auge do esporte a motor. Se orgulha disso, como lhe é digno. Mas de repente parar pode não ser uma má ideia. Principalmente pelo time estar complicando cada vez mais sua renovação que parecia certa. Disputar uma vaga, numa equipe como é a Williams hoje, com novatos como Hulkenberg e Sutil (nem tão novato assim, mas ainda tem o que provar) e no fim das contas ser preterido não seria um fim digno para alguém com a bagagem de Rubens.

Rubinho é muito melhor e já provou muito mais do que ambos. Se Hulkenberg fez uma volta fantástica que lhe rendeu a pole na intermitência pluvial que atingiu Interlagos no ano passado, Barrichello fez o equivalente no classificatório de sexta-feira no GP da Bélgica de 1994, quando conquistou sua primeira pole position na carreira. Assim como Sutil, andou no início da carreira por uma equipe média como a Force India. Conseguiu dois pódios; já Adrian, tem apenas um quarto lugar. Experiência à parte, analisando friamente, Rubinho é melhor.

Porém, trunfo de ambos contra Barrichello, se não é técnico, é financeiro; ganhariam - e sem reclamar em publico do time - muito menos do que Rubens ganha e trariam patrocínios, algo que é muito importante para o momento da Williams.

O ponto é: Rubinho não merece ter a carreira e a moral manchadas por mais isso. Tomar a grande decisão de retirar-se do alto de sua vasta experiência seria uma atitude magnânima para consigo mesmo. Bom para ele, que não iria se expor a uma derrota nesse sentido; bom para Williams que poderia fazer o papel que lhe é cabida no nível de time médio: revelar talentos – quem sabe até com Rubens os assessorando, ninguém melhor pra isso lá.

É uma pena que Barrichello não pense assim. Que vá lutar até o fim para um lugar no grid ano que vem. Que vá continuar com discursos otimistas estilo Quixote de la Mancha no início do ano, e espinafrar o time quando o carro ou a situação não for de seu agrado. É hora de crescer, Rubinho. Mais até, é hora do tchau em grande estilo. Hora de ir fazer outra coisa.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Jogando em xeque


E será indo em busca de seus momentos de glória que a Williams voltará a ter seus motores fornecidos pela Renault. A história ganha força a cada dia, e é possível que isso aconteça já para 2012.

Isso nos remete aos idos de 1988, quando a Williams passava por uma situação parecida quanto ao fornecimento de motores. A Honda havia deixado a parceria, até ali vitoriosa, a troco da McLaren (Senna) e da Lotus (Nakajima). Sem possibilidades de assinar de imediato com uma forte montadora, a equipe inglesa foi forçada a usar os terríveis motores Judd aspirados, no último ano da "era turbo".

Não precisaria mencionar que os resultados foram desastrosos. Os melhores momentos da temporada foram dois segundos lugares conquistados por Mansell. Um no chuvoso GP da Inglaterra, o outro em Jerez de la Fronteira, Espanha. As dificuldades eram evidentes. Faltava velocidade final, sobravam problemas. Não só com o motor. Mansell, piloto nº 1 da equipe, teimara em correr doente na Hungria, e o salário de tal ato foi a perda das duas provas seguintes na Bélgica e Itália em recuperação.

Mas para 1989 tudo mudaria. Chegaria o motor Renault, depois de dois anos ausente das corridas de F1. O V10 francês faria a Williams voltar a viver seus dias de glória na categoria. Uma temporada convincente com duas vitórias nos adversos GPs do Canadá e da Austrália - ambas por Thierry Boutsen que substituía a Mansell, agora na Ferrari - fariam o time inglês ser vice-campeão entre construtores.

A situação agora, em 2011, não é tão simples. A Williams joga em xeque. Têm a bordo de seus carros um estreante nada promissor e um veterano que está vivendo seus últimos dias na F1. Não vencem uma corrida desde 2004, e não tem um equipamento confiável e constante - sendo rigoso - desde a metade de 2005, quando começava o inferno astral nas relações com a BMW.

Em outras palavras, a Williams não vive um ano ruim como em 1988, vive a pior fase de sua existência. Fase, mais recentemente, que vem fazendo cabeças rolarem morro abaixo dentro do staff técnico. Resta saber se a volta da Renault poderá trazer de volta a estabilidade e os bons dias a Williams.

Opinião pessoal do blogueiro: É difícil. Porque não é uma parceria como foi nos anos 90, quando venceram quatro campeonatos de pilotos e cinco de construtores. Dessa vez a Williams será só mais uma dentre outras três equipes (Red Bull, Lotus, Renault) a ter seus motores fornecidos pela Renault. Além disso, não tem um bom piloto jovem em quem possa apostar suas fichas a longo prazo, alguém como foi Nico Rosberg, por exemplo. Não bastasse, a Williams corre nesse ano com o carro praticamente sem patrocinadores e precisa de mais dinheiro para crescer junto com o possível futuro fornecimento de motores.

Carro que, por sinal, tem em seu layout um “revival” da pintura de 1997 do time inglês, ano dos últimos títulos conquistados por eles... justamente com o motor Renault. Infelizmente mesmo com o negócio concretizado não vejo isso sendo mais que uma ligação nostálgica. Triste. Tomara que eu esteja errado.

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Déjà-vu

A Williams mostrou a pintura definitiva para esse ano hoje oficialmente, veja ai:



Agora veja a de 2006:



Além de ficar muito aquém da pré-temporada, oh... a falta de criatividade... e mais uma coisa... será que eles acham que a FIA não vai vetar essas letas laterais, do lado do Cockpit? que perigo han...

Aproveito esse post para falar que o novo carro da Toro Rosso vem ai, e por incrível que pareça fará um "Shakedown" secreto no circuito de Adria na Itália. Não sei o porque disso, não é novidade pra ninguém que teremos um Déjà-vu quando virmos o novo carro da Toro Rosso, já que o Red Bull se mostrou bom nesses primeiros testes.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Por dias melhores

A Williams também lançou seu carro hoje no Algarve bem como a Renault. Porém de uma forma mais modesta. Nem Rosberg e nem Nakajima estavam presentes, apenas Nico Hulkenberg piloto de testes de Frank e Patrick

Eis o FW31:





Partindo do pricípio acredito que a Williams fará uma temporada melhor que no ano passado, tem uma boa dupla de pilotos e tem um grande "know-how" o que falta é mesmo dinheiro para financiar o projeto. Nico é um bom piloto e se tiver um bom carro poderá repetir mais vezes as atuações honrosas nos circuitos de rua no ano passado. Nakajima é um piloto que só vem crescendo e pode em alguns casos vir a surpreender-nos, uma coisa para mim é fato, Kazuki é melhor que o pai.

Essa pintura acima não é definitiva, bem como a do ano passado na pré-temporada, a definitiva será apresentada em fevereiro da qual diz-se que o principal patrocínio será a empresa de aviação Fly Saudia (aquela mesma dos primórdios!), que será novamente a principal investidora.

Na minha opinião é o carro mais bonito até agora no quisito "forma fisica", pintura ainda é a McLaren.

A essa altura não sei quem não torce por uma boa temporada da Williams... eu não fico de fora!

N° 16 - Nico Rosberg
N° 17 - Kazuki Nakajima

domingo, 18 de janeiro de 2009

Apenas considerações...


Bem, desde sexta-feira está rolando ai do lado uma enquete perguntando as opiniões sobre as novas mudanças no regulamento para F1 em 2009. Digo que votei em não, mas não tenho certeza essas coisas só o tempo vai dizer ao longo do ano. >> Votem!

Amanhã começam os testes coletivos, aguardo com expectativa porque vai ser a primeira vez que os carros entrarão na pista. Veremos quem está melhor e se com as restrições impostas a coisa juntou mais. Pena que a Ferrari não vai estar, seria legal ve-la no Algarve. Inventou uma desculpinha para se proteger da concorrência. Será que os homens de Maranello estariam escondendo alguma coisa? alguma solução secreta? algum defeito? porque a desculpa do frio não cola... (pelo menos pra mim)

Também apresentam carros nessa semana Williams e Renault (amanhã) e BMW (terça). Renault certamente virá mais forte, BMW entra como uma equipe supresa graças a seu desenvolvimento do KERS e também, claro, pela boa dupla de pilotos. Sinceramente não sei o que esperar da Williams... Rosberg é bom, Nakajima tem se mostrado competênte e Patrick Head é um bom projetista... independentemente da vinda de algum dinheiro extra acho que podemos esperar no minimo um 2009 melhor que o 2008.

Pois bem... amanhã volto com os testes em Portimão e com os lançamentos, porque por hoje chega, preciso dormir... ZZZZ

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Carros da História: Williams FW14B


Ficha técnica:
Motor: Renault RS3C/RS4 V10 67°
Fornecedor de Combustível: Elf
Óleo: Elf
Câmbio: Williams, 6 Marchas, Semi-automático
Projetista: Patrick Head, Adrian Newey
Freios: Disco de fibra de carbono, pinças AP
Rodas: OZ 13'/ 11,4' frente e 16,4' atrás
Pneus: Goodyear

Vindo de um ano no qual a equipe inglesa por pouco não era campeã de construtores e pilotos mesmo com um começo de temporada ruim, em 1992 o time resolve manter o mesmo carro de 1991, apenas fazendo algumas alterações em relação aos avanços tecnológicos, como por exemplo a suspensão ativa, os freios anti-blocantes e o controle de tração.

A dupla de pilotos é a mesma de 1991, Nigel Mansell no carro do 5 vermelho e Riccardo Patrese no carro 6. Dessa vez exigia-se de Mansell menos trapalhadas como as que se viu em 1991, para ganhar o campeonato, já que o carro havia sido feito, segundo Alain Prost que dirigiu o sucessor do FW14B o FW15C, especialmente para o leão se moldando a seu jeito de pilotar, um jeito mais agressivo que os demais.

O campeonato depois de 12 anos volta a Africa do Sul no reformado circuito de Kyalami para a abertura do mundial 1992. Podemos resumir esse GP com uma única palavra, passeio, a Williams chegou em 1° e 2° com Mansell e Patrese respectivamente e foi timidamente ameaçada por Senna ao longo da prova. Patrese largava em 4° com as McLarens na frente e ainda assim as ultrapassou na largada e não deu mais chances. No México outra dobradinha avasaladora que se repete no Brasil, sempre com Mansell em 1° e Patrese em 2°. Nesse ponto notamos já que o campeonato toma a face de Nigel Mansell da Williams.

Dominio, palavra que traduz a temporada de 1992
Na Espanha outra vitória do inglês mas dessa vez com Patrese abandonando graças a uma rodada seguida de batida na volta 16, nem a pista molhada de Montmeló ajudou Senna e os outros concorrêntes a chegar em Mansell que tinha tudo sob controle. Em San Marino, advinhe só você, outra dobradinha Mansell a frente com Patrese atrás, mais um massacre.

Mansell vence com sobras o GP de Imola
Mônaco seria outro não fosse, a parada não programada de Nigel na volta 70. Mesmo assim vemos o quanto a Williams era superior a McLaren naquelas últimas voltas, Mansell babava atrás de Senna e o mesmo fechava todas as portas em cima do inglês, certamente se não estivesse em Mônaco Ayrton não só seria ultrapassado como chegaria bem atrás do leão.

Veja ai com a narração de Cléber Machado as 3 últimas voltas do épico GP de Mônaco
No Canadá numa tentativa de reação a McLaren faz a pole com Senna e ganha com Berger, Mansell abandona, mas Patrese é 2°. Na França a prova é marcada pelas ordens de equipe que fazem Patrese seder o 1° lugar para Mansell logo após a interrupção da prova, mas o time faz mais uma dobradinha. Na Inglaterra mais uma vez dobradinha com Mansell em 1° e Patrese em 2°.

Na Alemanha outra mostra de poder, os carros da Williams teriam que fazer uma parada de pit fazem e Mansell ainda vence a prova passando por Schumacher e Senna, Patrese tenta mas roda tentando passar Senna. Mansell garante o campeonato na Hungria depois de chegar em 2° e Patrese na pole abandonar. Na Bélgica a grande tática de Schumacher tira outra dobradinha da Williams, Mansell é 2° e Patrese 3°. Mesmo assim a Williams se sagra campeã de construtores nessa prova.

Na Itália mais uma mostra de poder, porém os dois quebram depois da metade da prova e a 1° vitória de Patrese no ano iria ter que esperar. Em Portugal dominio de Mansell em 1°, mas o assunto da corrida foi a forte batida de Patrese em Berger na volta 43. No Japão finalmente Patrese ganha sua corrida a 10° da Williams em 1992, Mansell abandona. Na Austrália Nigel é tirado da prova por Senna num acidente e Patrese abandona com problemas no motor, deixando assim a vitória da última prova para Berger.

Veja o desempenho do carro ao longo do ano:
Africa do Sul: 16 pts - 16 pts
México: 16 pts - 32 pts
Brasil: 16 pts - 48 pts
Espanha: 10 pts - 58 pts
San Marino: 16 pts - 74 pts
Mônaco: 10 pts - 84 pts
Canadá: 0 - 84 pts
França: 16 pts - 100 pts
Inglaterra: 16 pts - 116 pts
Alemanha: 10 pts - 126 pts
Hungria: 6 pts - 134 pts
Bélgica: 10 pts - 144 pts
Itália: 0 - 144 pts
Portugal: 10 pts - 154 pts
Japão: 10 pts - 164 pts
Austrália: 0 - 164 pts

Mansell acaba o ano como campeão com 108 pontos (recorde na época) e Patrese em 2° com 56 pontos. A Williams é campeã com sobras nos contrutores com 164 pontos.

sábado, 15 de novembro de 2008

A cara do novo


A nova F1 deu as caras no fim dessa semana. A Williams foi a primeira a botar os novos apêndices aerodinâmicos nos carros. O piloto que testou foi Jonathan Kennard, piloto da F3 britânica que nesse ano ficou na 2° colocação do campeonato.

A versão ainda não é a definitiva, como você poderá ver se clicar na imagem, o carro ainda contém as letas laterais proibidas e ainda não está de pneus slicks, afinal isso foi apenas uma exibição.
Vendo agora não diria feio, diria diferente. Nada que com o tempo não haja costume, mas que ficou bem feio ficou.

Acredito que será como em 2001, quando a FIA aumentou a altura dos aerofólios diânteiros e rebaixou a traseira, parecia na época (pelo menos para mim) a coisa mais feia do mundo, mas depois de umas 3 corridas já havia me acostumado e até vendo vídeo das corridas de 1999 e 2000 estranhava um pouco os modelos antigos. Tudo costume.

Pessoalmente, achava a Benetton que começou o ano disparada a mais horrorosa

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Análise 2008: Parte 2

Honda

A temporada de 2008 foi para o time japonês o fundo do poço. Com tudo o que gastam, toda a estrutura e mesmo com o empenho dos bons pilotos Barrichello e Button, esperava-se bem mais da equipe. O carro mal conseguia passar do Q1 na maioria dos circuitos e segundo os pilotos era muito ruim no quisito equilíbrio e velocidade final. O ano até que começou bem com uma boa apresentação de Barrichello da Austrália, porém daí em diante tudo foi uma ladeira só. A equipe só pontuou em situações atípicas, como o excesso de quebras na Espanha e a chuva na Inglaterra e em Mônaco. Aliás depois do pódio de Barrichello na Inglaterra a equipe não fez mais nada e decaiu de vez. A verdade é que com a chegada de Ross Brawn no começo desse ano pouco pôde se fazer para melhorar o carro, porém a equipe promete para o ano que vem.
Colocação no mundial de contrutores: 9°
Pontos: 14
Placar de classificações: Button 8X10 Barrichello

Jenson Button:
Nessa temporada provavelmente Jenson foi o piloto menos falado do circo, nem apareceu em algumas corridas. Só aparecia quando abandonava a prova, senão nem era falado. Desde o inicio do ano constântemente batido por Barrichello, o inglês teve certamente sua pior temporada na F1 desde sua estréia em 2000. Marcou apenas 3 pontos no mundial inteiro, os 3 somados por um 6° lugar no GP da Espanha única oportunidade na qual o inglês pontuou. Além da temporada ruim Jenson desde o ano passado perdeu o status de "queridinho" da Inglaterra, título que possuia antes de 2007. Uma temporada ruim dessas só piorou a situação moral dele tanto para com os torcedores como para com si mesmo.
Número: 16
Melhor Grid: 9° (GP do Bahrein)
Melhor Resultado: 6° lugar (GP da Espanha)
Pontos: 3
Colocação no mundial de pilotos: 18°

Rubens Barrichello:
Se para Button 2008 foi um ano de queda para Rubinho foi ao oposto. Depois de um ano muito ruim em 2007 Barrichello chegava pressionado para esse ano e conseguiu sair-se bem fazendo um bom trabalho. Pontuou em três oportunidades e conseguiu um excelênte 3° lugar no GP da Inglaterra debaixo de muita chuva quando disparadamente foi o melhor piloto na pista. Embora tenha conseguido 11 pontos Barrichello sofreu a bordo do RA108, reclamou muito durante todo o ano mas mesmo assim o veterano superou Button no duelo interno na Honda. Se tornou no GP da Turquia o piloto com maior número de participações na história da F1, 257. Para 2009 fica a incógnita se Rubinho fica ou não na F1. Até merece, mas se vai fica é história para outro "post"...
Número: 17
Melhor Grid: 9° (GP do Canadá)
Melhor Resultado: 3° (GP da Inglaterra)
Pontos: 11
Colocação no mundial de pilotos: 14°

________________________________________________
Williams
Depois de uma temporada boa em 2007 parecia que a coisa voltaria a engrenar na Williams, porém após o GP da Austrália no qual Nico conseguiu o 3° lugar e Nakajima, se aproveitando dos abandonos e da desclassificação de Barrichello, o 6°, a equipe inglesa não convenceu mais. O FW30 não era um carro muito bom em circuitos permanentes e de alta velocidade, tanto é que Rosberg veio a somar outro pódio no GP de Cingapura, circuito de rua. De resto a Williams foi um desastre, em algumas ocasiões sofrendo para passar do Q1 e com um ritmo de corrida muito irregular em algumas corridas.
Colocação no mundial de construtores: 8°
Pontos: 26
Placar de classificações: Rosberg 14X4 Nakajima

Nico Rosberg:
Nico merecia coisa melhor nesse ano, depois de se mostrar uma boa promessa em seus dois primeiros ano de F1, o filho de Keke sofreu abordo do FW30. Nico começou muito bem o ano com um 3° lugar na Austrália, um 8° lugar no Bahrein e outro na Espanha. Depois disso foi um desastre só Nico só voltou a pontuar em Valência depois de um grande sequência corridas ruins. A grande atuação do ano certamente foi em Cingapura quando liderou boa parte da corrida e chegou em 2° ao fim da prova.
Número: 7
Melhor Grid: 5° (GP do Canadá/GP da Itália)
Melhor Resultado: 2° (GP de Cingapura)
Pontos: 19
Colocação no mundial de pilotos: 13°

Kazuki Nakajima:
Nakajima começou o ano muito mal fazendo várias lambanças nas primeiras provas, mas apartir do GP da Espanha Kazuki até que fez atuações boas (ou decentes) a exemplo da Inglaterra, Espanha, quando chegou a frente de Rosberg, e de Cingapura onde passou pela primeira e única vez para o Q3 e foi bem arrojado durante toda a prova. Talvez as maiorer pisadas de bola no ano tenham sido, no Canadá quando quebrou o bico e bateu na entrada do pit e em Valência quando tirou da prova Fernando Alonso na primeira volta.
Número: 8
Melhor Grid: 10° (GP de Cingapura)
Melhor Resultado: 6° (GP da Austrália)
Pontos: 9
Colocação no mundial de pilotos: 15°