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domingo, 29 de maio de 2011

Monaco Thriller!


*Uma das melhores corridas em Monte Carlo (arrisco a dizer que foi a melhor) que eu já vi. Nada como asa móvel e Kers pra agitar uma corrida que quase sempre foi estática quanto à troca de posições na pista. Numa pista que não tem espaço pra passar, os pilotos provaram, e têm provado nesse ano, que não passavam anteriormente não por comodismo, como diziam alguns; e sim por não ter como mesmo. Os mesmos que ainda criticavam as mudanças técnicas desse ano por pura nostalgia. Caindo no dito popular “águas passadas não movem muinho”. Era legal? Era. Mas passou... Do the Evolution! (Ta, menos apocalíptico do que prega esta bela canção).

Disse ontem de sorte de campeão. Quer maior sorte do que uma bandeira vermelha a cinco voltas do fim para trocar um pneu que estava no bagaço? E mais, escapando de um acidente logo à frente? Pois é. O jeito é esperar 2012, Vettel parece invencível. Mesmo sem as melhores condições para uma vitória, a sorte se encarrega de concede-la ao alemão.

Grande performance de Alonso, em segundo, antecedida por uma grande largada. Azar de Button, que tinha tudo para ganhar a prova e teve que se contentar em ver sua vantagem de pneus ir pelos ares com a bandeira vermelha.

Hamilton. Um capítulo à parte. Entre ultrapassagens e espremidas um sexto lugar que seria justíssimo não fosse o fato de ter deliberadamente arrancado de Pastor Maldonado seus primeiros pontos na Formula 1. Feio demais. Cabia aí uma desclassificação ao inglês. Quanto a seus outros incidentes na prova nada de muito pesado. A batida que tirou Felipe Massa da prova foi mais infelicidade do brasileiro do que culpa de Hamilton. Manobra dura, mas não injusta. Massa também tentou vender caro demais a posição. Uma pena para Felipe, já que Alonso se distancia no mundial e ele não marca ponto algum desde a China.

Fantástica corrida de Kobayashi, Sutil e Maldonado. Uma pena Kobayashi ter levado uma ultrapassagem de Webber tão no fim da prova. De qualquer forma é o melhor resultado do japonês na F1. Ele que só não pontuou em todas as provas até aqui por causa da asa traseira irregular de seu Sauber na Austrália.

(Só um parêntese a respeito da batida que desencadeou a bandeira vermelha. Alguersuari vai cada vez mais se tirando da Toro Rosso para a entrada de Ricciardo)

Se classifiquei o GP da Coréia do ano passado como “Drama”, classificarei esse monegasco de “Thriller”. Uma das corridas mais divertidas dos últimos tempos. Talvez a melhor em Mônaco em muito tempo.


* Cansei de colocar fotos do Vettel, sendo assim, já que meu blog não é uma democracia, decidi homenagear Pastor Maldonado.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Jogando em xeque


E será indo em busca de seus momentos de glória que a Williams voltará a ter seus motores fornecidos pela Renault. A história ganha força a cada dia, e é possível que isso aconteça já para 2012.

Isso nos remete aos idos de 1988, quando a Williams passava por uma situação parecida quanto ao fornecimento de motores. A Honda havia deixado a parceria, até ali vitoriosa, a troco da McLaren (Senna) e da Lotus (Nakajima). Sem possibilidades de assinar de imediato com uma forte montadora, a equipe inglesa foi forçada a usar os terríveis motores Judd aspirados, no último ano da "era turbo".

Não precisaria mencionar que os resultados foram desastrosos. Os melhores momentos da temporada foram dois segundos lugares conquistados por Mansell. Um no chuvoso GP da Inglaterra, o outro em Jerez de la Fronteira, Espanha. As dificuldades eram evidentes. Faltava velocidade final, sobravam problemas. Não só com o motor. Mansell, piloto nº 1 da equipe, teimara em correr doente na Hungria, e o salário de tal ato foi a perda das duas provas seguintes na Bélgica e Itália em recuperação.

Mas para 1989 tudo mudaria. Chegaria o motor Renault, depois de dois anos ausente das corridas de F1. O V10 francês faria a Williams voltar a viver seus dias de glória na categoria. Uma temporada convincente com duas vitórias nos adversos GPs do Canadá e da Austrália - ambas por Thierry Boutsen que substituía a Mansell, agora na Ferrari - fariam o time inglês ser vice-campeão entre construtores.

A situação agora, em 2011, não é tão simples. A Williams joga em xeque. Têm a bordo de seus carros um estreante nada promissor e um veterano que está vivendo seus últimos dias na F1. Não vencem uma corrida desde 2004, e não tem um equipamento confiável e constante - sendo rigoso - desde a metade de 2005, quando começava o inferno astral nas relações com a BMW.

Em outras palavras, a Williams não vive um ano ruim como em 1988, vive a pior fase de sua existência. Fase, mais recentemente, que vem fazendo cabeças rolarem morro abaixo dentro do staff técnico. Resta saber se a volta da Renault poderá trazer de volta a estabilidade e os bons dias a Williams.

Opinião pessoal do blogueiro: É difícil. Porque não é uma parceria como foi nos anos 90, quando venceram quatro campeonatos de pilotos e cinco de construtores. Dessa vez a Williams será só mais uma dentre outras três equipes (Red Bull, Lotus, Renault) a ter seus motores fornecidos pela Renault. Além disso, não tem um bom piloto jovem em quem possa apostar suas fichas a longo prazo, alguém como foi Nico Rosberg, por exemplo. Não bastasse, a Williams corre nesse ano com o carro praticamente sem patrocinadores e precisa de mais dinheiro para crescer junto com o possível futuro fornecimento de motores.

Carro que, por sinal, tem em seu layout um “revival” da pintura de 1997 do time inglês, ano dos últimos títulos conquistados por eles... justamente com o motor Renault. Infelizmente mesmo com o negócio concretizado não vejo isso sendo mais que uma ligação nostálgica. Triste. Tomara que eu esteja errado.