Não posso passar sem deixar registo da morte de um HOMEM grande, com o qual estive várias vezes e com quem colaborei em diversos momento de defesa dos direitos cívicos e políticos.
Moisés Espírito Santo, que tinha acabado de encontrar num livro sobre música portuguesa, foi um personagem de excepção, mesmo quando com ele tive grandes divergências etno-sociológicas.
Esteve connosco em defesa dos direitos socio-religiosos de Barrancos!
Aqui encontro uma referência exemplar:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Mois%C3%A9s_Esp%C3%ADrito_Santo
a que acrescento, também picado de outro in memorium:
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Ao cabo de 5 ou 6 dias termino este útil livro:
de um adepto de Maimõnides. Útil para conhecer o pensamento de uma das estrelas da filosofia aristotélica e medieval, que com Avicena e Averrois, desenvolve a relação entre a razão e a fé/religião.
Interessante dado tempo ( e o espaço desse), mas claro não atinge o notável Spinoza, outro judeu anti-judeu, no sentido do crítico do pensamento absoluto, que é imanente de qualquer das doutrinas do Livro, ou seja as religiões abrâmicas.
Um tempo útil, e também inútil esta leitura, if you know what I mean.
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Um trio, duas excelentes cantoras e um bom organista começou por cantar umas obras para Canto e Orgâo "Mater Dei", o agrupamento MOSAICO ESPIRITUAL:
depois a minha amiga Zé Justino apresentou as #Loas a Maria#, apresentação excelente, sóbria e sem qualquer motivo para polémica ou questões. Gostei muito.Tinha-lhe dito, em jeito..., que lhe iria perguntar o que ela achava do preceito budista que acha que a Deusa Virgem Maria (a partir do século XIX, que antes não era virgem) é uma reencarnação da Deusa Shiva. Mas não havia ambiente.
nem sequer para mencionar o que referiu Mia Couto sobre um padre em Moçambique, que de manhã rezava missa de tarde frequentava a Mesquita e à noite ia a cerimónias animistas. Todo o Deus é o mesmo, diz ele. Todas as Deusas também.
Uma excelente tarde, de novos conhecimentos, que falta discutir e dar-lhe enquadramento no debate.
Loas a Maria, que é a Deusa mãe, a Astarte, que dos fenícios chega até nós também em forma de Fatma.
A Deusa é mais importante que qualquer trindade ou Alah, até o judaísmo teve de a inventar,
É Shiva, é tudo.
Loas à Deusa.
durante dois anos fui vice-presidente da Zezinha e mantemos amizade. É tema da tese dela e irei ouvi-la, com atenção.Ao ler este livro que é um conjunto de ditos sem sentido nem a mínima lógica:
lembrei-me do que já foi um intelectual de mérito:
https://signos.blogspot.com/search?q=debray
e também um personagem curioso. Os seus livros sobre história das "religiões" são obras de 1ª plana, e nesse link também encontrei artigos meus quew não merecem esquecimento.
Esquecimento e quiçá lixo merece este pequeno opusculo, de nada, sobre nada e sem nada a acrescentar, parece de um internado mental. Alguém não está a cumprir o seu papel de editor.
Todos os símbolos devem ser adequados à sua dimensão, todos eles representam e significam-se ou dão sentido a sentimentos.
Hoje estive a ler alguns textos sobre a suástica e a estrela de David. Qualquer delas têm significados sob os seus sentidos reais.
este boneco de Siné é muito divertido porque mostra a perversão do misticismo e as leituras da idolatria. Os islâmicos não têm símbolos....nas mesquitas.Mas põem-se de gatas.
Tema para grandes conversas, sabido que existem áreas onde qualquer é parada pela intolerância, recordo uma com pessoa que pensava de mente disponível. Quando lhe referi que não havia nenhumas evidências históricas da existência de J.C. e da sua aventurosa vida a não ser nos Evangelhos escritos 60 a 80 anos após a sua hipotética morte e fantásmica ressurreição (e depois subiu aos céus) fui insultado e excomungado, sem nenhum dado que me contradissesse. Mas como se a religião é só espiritualidade?
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Mais uma virgem montada na cabeça, manifestamente de um toiro, a esmagar a serpente.
O simbolismo não podia ser mais claro.
picada da revista Descubrir El ARTEOs oficiantes da católica sofrem em geral de um problema sexual, grave ou muito grave quando é tentada com crianças ou quando abusa da sua situação para impôr relações e silêncios. Não há nenhuma terra onde não seja referenciado abuso de posição dominante e situações de não retorno.
Hoje foi divulgado um relatório, onde o que mais falta são as omissões, que sabemos por aqui e ali, mas em geral a restrição a anulação dos impulsos sexuais é muito, muito complicada. Padres a viverem maritalmente os há, havia por todo o lado, de Montalegre a Barrancos, assim como autores de crimes sexuais.
Hoje voltei a folhear o Anti-Edipo: https://pt.wikipedia.org/wiki/L%27anti-%C5%92dipe
que demonstra magistralmente a função dos vários elementos na formação do ser sexual. Ainda recordo também um padre da minha freguesia de infância que era pedófilo e outro que era um mulherengo (S.Sebastião da Pedreira, Lisboa), claro com a total cobertura da diocese.
Infelizmente a religião confunde-se com a imagem e os próceres dessa, e para esses não deve haver a mínima contemplação, só assim se pode salvar, talvez, o espírito do catolicismo.
O fanatismo tem artes de manipulação e de estabelecer falsidades a partir de estórias mais ou menos inverossímeis. Este livro, por exemplo, reconhece que Mafoma era analfabeto, é escrito por um mollah com leituras e grandes artes de demagogia, Ahmet Tomor, um grande charlatão.
Claro que quando existe outra religião baseada em falsidades e construções contraditórias, ideias mitológicas só possível serem acreditadas por idólatras do lenho e de outras impossibilidades é possível construir lógicas, mas também elas sem a mínima racionalidade.
oriundo da Turquia, onde é distríbuido aos milhares, em muitas línguas, de graça, este é um texto de proselitismo, para fracos de espírito. Infelizmente as crenças não dão músculo nem ajudam a lucidez.
Nem ganham o paraíso, seja isso o que seja.
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É mais um mito, o primeiro sem discussão dataria do século XIII e a partir daí foi-se desenvolvendo por aí, ganhando rituais e personagens em cada local, o nosso até tem castelo:
e como me dizem por todo o Alentejo (e não só!) só ganha o menino após a missa do Galo.
Claro que o nascimento do 1º filho da até então suposta Virgem é também ele uma invenção do Evangelho de Lucas, escrito mais de 90 anos após esse suposto evento, portanto nem se pode contar com a estória de boca a orelha, é mesmo tudo inventado, ao conto da vaca e do burro e a manjedoura onde os animais o adoraram. Todas as religiões tem as suas mitologias, podemos acreditar nelas ou não e até não acreditando partilhar os seus actos rituais. Sem fanatismo, sem querermos fazer qualquer tipo de proselitismo.
A última vez que com um suposto intelectual, quer dizer com uma pessoa de alguma cultura referi que não há registo nenhum da existência de Cristo, e sobre o nascimento estamos falados, não há nenhum registo coevo da sua passagem ou aventuras, quando outros personagens estão presentes em vários documentos. É pois uma espécie de Viriato, só existe na mitologia e como fundamento... Pois ele sentiu-se pessoalmente ofendido. E recordo que me referiu como prova o sudário, hoje sabido que é uma total falsificação. Mas não é matéria para discussão, rapidamente se cai frente ao fanatismo e à intolerância e os termos blasfemo, sacrílego (sou baptizado e crismado e até à poucos anos comungava regularmente à luz das novas disposições sobre esse acto!)....
Continuo a passear o Black Dog, talvez por isso hoje durante muitos minutos, 10, 15 fui festejado e lambido por um simpático gato que não me largou....não o consegui fotografar.
E tenho que confessar mais um almoço de 1ªªªªªªªª na Esquina, em companhia de 2 bons amigos, com os quais falámos, também dos temas acima referidos. Comemos o que, referi-o ao cozinheiro, foram as melhores iscas da minha vida e umas migas acompanhadas com o produto local que deixaram, também, marca. O vinho foi do Xico Garcia sobre o qual tive ocasião de mencionar aos amigos o crápula que era esse meu parente! mas o vinho excelente.
Está na hora de ver se o Black Dog descansa, talvez a água irlandesa ajude....
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Gosto de rituais, nos quais obviamente não creio nos seus consequentes, e gosto de algumas das suas relações que vêm do fundo dos tempos. Participo e comungo em muitos desses por os encontrar fruto de momentos e culturas que nos ligam ou religam.
Hoje recebo vários alusivos ao Sto dito de Lisboa (onde só ocorreu nascer e viver poucos anos, é como considerar Pessoa um poeta Sul-africano!) que de nome era Fernando, coisas das vidas.
Recebo diversos Sts, talvez confiando que me serão protectores...
Este aqui ao lado vem de Encinasola, obrigado ao Firmin e a Remédios, e é uma imagem muito curiosa.
O Santo lá está com o menino (nú) sentado num livro, duvido que naquela posição (bem sei que é santo...) o menino não desse um trambolhão (bem sei que é Deus).
A cara do Santo é também ela um espectáculo, o olhar está perdido....
não estamos todos?
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Encontrei mais uma, mais uma Virgem, para encher o panteão onde as deusas já se aglomeram. Quando era pequeno pensava que cada uma era outra. Agora sei que é tudo mito e ritual.
Esta é a das Angústias, padroeira de Ayamonte e tem uma expressão desolada ao procurar ressuscitar o morto que tem nos braços, que é Deus, que morreu.
o azulejo remete também para o estilo e lógica mudejar, que também tem a sua virgem Fatma, que segundo o Espírito Santo (o Moisés, claro!) é a de Fátima, confundida com a outra e assim com mais um nome e uma forma.Labels: Angústias, Moisés Espirito Santo, religião, Virgen de Flores
Não há textos coevos sobre a existência de Cristo, só passados 60 ou 70 anos da sua suposta morte entrou na história, com todos os mitos e fantasias desta.
Este é, talvez, a mais coeva interpretação dessa alma "fantasmagórica":
https://www.imdb.com/title/tt0079470/
todas as religiões tem uma alta dose de invenção, Mafoma por exemplo era analfabeto e o Corão só foi escrito, em diversas fases muito depois da sua morte (esse não ressuscitou, era real).
E todas elas são importantes momentos socio-culturais e rituais para enfrentar o medo, o medo da morte, e a incapacidade que temos de integrar essa como parte da vida. Temos necessidade de inventar algo mais.
As religiões são momentos sociais e este é particularmente importante:
esta colocação no twit da Apostólica Romana é de grande importância. Cristo se houvera existida com grande probabilidade seria escuro, recordemos a tez das populações da zona nessa altura.
E é sobretudo importante para lutar conta os preconceitos raciais que abundam, também ou sobretudo, entre os prosélitos das religiões.
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