"nada vale o perfume esvanescente da rosa selvagem"
"o sentido histórico não é senão teologia mascarada (...) essa forma de pensamento vem do cristianismo" o fim da história ou o paraíso na Terra, ou o comunismo
" é mais a utilização da técnica que a técnica em si mesma que pode ser desastrosa para a humanidade"
E mais estas, quase todas do próprio Camus:
(Ceux qui ) pensent que la technologie parviendra à sauver l'humanité des effets du changement climatique sans recours à une véritable sobriété, des effondristes collapsologues qui prédisent une destruction générale et inévitable de l'humanité, ou encore des réactionnaires qui relisent l'histoire nationale sous le prisme du déclin, une même orientation de l'histoire messianique
« La civilisation industrielle, en supprimant la beauté naturelle, en la couvrant sur de longs espaces par le déchet industriel crée et suscite les besoins artificiels »
“Ces raisons sont menacées aujourd'hui, par beaucoup de monstrueuses idoles, mais surtout par les techniques totalitaires. Les préjugés d'une raison aveugle, servis par des techniques devenues démentes, ont mené tout droit à de cruelles idéologies de domination, religions qui prétendent asservir la totalité de l'esprit humain, tiennent la neutralité même pour un crime et, par les moyens techniques et psychologiques de la répression, mettent l'individu à la merci de l'État.”
“Contre ses menaces, qui ont la dimension du monde lui-même, et de l'homme tout entier, qui par leur démesure même jettent des individus dans le découragement, qui se répercutent à travers des propagandes meurtrières ou avilissantes, à l'aide des mystifications les plus scandaleuses, et qui s'amplifient au gré des souffrances et des destructions qui couvrent aujourd'hui un monde épuisé, il nous a semblé que nous ne pouvions pas faire plus que de constituer, par-dessus les frontières, des ilots de résistance, où nous tenterons de maintenir, à la disposition de ceux qui viendront, les raleurs qui rendent un sens à la vie.”
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Tenho que referir que é um filosofo notável, muito falado e muito desconhecido. Eu mesmo não tenho nenhum livro seu e só o li em partes, aqui e ali.
Este livro dá-nos uma visão de primeira da sua vida e da sua obra, do seu pensamento. Parece que o estamos a ler e lhe descobrimos muita, uma enorme actualidade, seja na crítica do religioso, seja na formulação do político e social.
Baruch Spinoza, aqui fica.
A superstição é a forma mais eficaz de dominar a massa*
Ce passage de l'état de nature à l'état de société implique que les individus transfèrent leur propre pouvoir à la puissance collective à laquelle ils s'agrègent. Ainsi, « le droit dont chaque individu jouissait naturellemen sur tout ce qui l'entoure, est devenu collectif. Il n'a plus été déterminé par la force e par la convoitise de chacun, mais par la puissance et la volonté conjuguée de tous'».
Spinoza ne cesse de s'interroger sur les raisons qui font que le peuple préfère souvent être asservi à un pouvoir fort, voire tyrannique, plutôt que de s'émanciper au sein d'une république tolerante et libérale.
*e ainda, traduções todas minhas:
O desejo é a essência do homem
A razão necessita sentimento para nos conduzir à sabedoria
Somos tanto mais livres (...) quando compreendemos as leis da natureza que nos determinam
A eternidade é um instante fora do tempo, que não tem começo nem fim
Deus (para ele pode ser Shiva ou nada) não tem começo nem fim
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Só hoje acabei o Tras do Ceo, de Manuel Rivas, em galego uma estória fascinante, que mergulha no profundo pobo, mas que infelizmente me deixou abrumado com a dificuldade da escrita da língua.
Mas gostei muito, mas recomendo a versão castelhana traduzida pelo mesmo Rivas.
E agarrei mais este Olrik, embora não seja cultor desta nova versão dos personagens clássicos de E,P. Jacobs:
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Em vésperas de começar obras em casa, da ditadura do proletariado como diz Luísa Costa Gomes, arrumo e tapo tudo. Fico com tempo para ler ...
um livro curioso sobre livros, sobre literatura, sobre o conhecimento destas. Sobre como a tradução do mundo se transforma na escrita deste. Como somos Deus quando criamos mundo na escrita.
Como nos diz Camus citado no livro " Se a verdade é una e universal,,, a liberdade não tem razão de existir"
O João Freire é, sem qualquer dúvida, um dos maiores e melhores expoentes do pensamento e cultura libertária, em Portugal e ouso até no mundo.
De um enorme conhecimento, também adquirido nas práticas, foi um dos fundadores da revista A Ideia, hoje a passar 50 anos e dirigida pelo também meu amigo António Cândido Franco, com quem percorri muitas lutas e identidades socio-culturais e também ideológicas.
Pois no âmbito do 50º editado pelo próprio este livrinho, de altíssima densidade de pensamento e elaboração, que comparto a 90%, e só tenho discordâncias de roda o pé, e lamento não ter distribuição livreira.
Em linha com o que tenho escrito, seja no Observatório, seja na Gazeta da Beira, seja no meu último livo # O Apocalipse Incerto# o João viaja por todos, quase todos os problemas e situações que nos conduzem ao futuro, apalpando o terreno que pisa
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É um tijolo, numa lógica socio-política que escassamente comparto:
É autor de um dos livros maiores que a vida:
https://www.guerraepaz.pt/produto/coracao-das-trevas/
Este é um romance, uma estória de amor e violência, por onde passam as estruturas da psique humana e também o sistema colonial:
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Hoje trago aqui uma notícia publicado no O.I.E. de amanhã:
https://obseribericoenergia.pt/
Se não é subscritor, apresse-se que vamos entrar na 3ª série...
Manipulação, manipulações |
| Um livrinho distópico de 160 páginas de bolso, que vale alguns calhamaços: desde a anedota inicial com Chomsky sobre a inutilidade dos jornais "o que escrevem não tem a menor relação com a realidade, pois a verdade sobre qualquer assunto é sepultada sobre toneladas de mentiras" a Machiavel "Quem controla o medo das pessoas torna-se dono das suas almas" ou outra vez Chomsky" a manipulação é para as democracias o que a matraca é para os regimes totalitários" até ao quadro de alienação coerciva do Partido Comunista Chinês que se parece enormemente ao que temos hoje, nas nossas ditas democracias, na verdade alternância única da mesma manipulação. Manipulações e mentiras seja no caso das urgências pediátricas, enorme manipulação, seja no caso da guerra no leste europeu, grande embuste, seja o caso da fuga de 5 meliantes, (nem S. Vicente de Paula nos safa!) tudo, tudo ao serviço de interesses económicos que facilmente identificamos. Hoje estuvemos 3 horas na palheta sobre esses. Quem quiser estou disponível, no quadro das conferências sobre hegemonia, para explicar. |
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Já tenho pouca paciência para romances e todavia, por vezes deixo-me levar na onda, este tem um posfácio de Claudio Magris que diz tudo " O presente, para se bastar a si mesmo, deve apoiar-se em valores, mas a poalha de fins e obrigações convencionais, com que a organização social alveja o individuo, ofusca e tolda esses valores quando não os destrói, impede o pensamento de deter-se no essencial", que sintetiza este romance muito admirado por grandes escritores e considerado uma obra-prima....
Com também diz C.M. " o pensamento é o fermento dessas contradições, um agente químico que dissolve a unidade do mundo e do vivido."*
Um livro escrito com poesia, sem criar angústia a não ser dela própria que percorre todo esse... ela mesma.
* As traduções de Claudio Magris, há que esclarecer os leitores, não são minhas!
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Fui passar uns dias ao local com a janela mais bonita do mundo:
acima em azulejo, no qual somos, talvez, os melhores artistas!
e aqui ao vivo, num convento muito degradado e sem condições mínimas de acesso, pese a simpatia dos funcionários, E pagar uma bica a 1.40... e o resto... vão mas é roubar para a estrada.
Tenho que referir que por aqui se come, todavia e barato, muito bem. Aqui o resto de um torricado, no Clandestino:
este de José Guimarães, do qual há vários. Também encontrei um desenho de meu tio Mário Eloy que oportunamente aqui trarei, delicioso.
E também, num dos ainda existentes e frequentados cafés do centro no antigo quiosque de venda esta revista, que me lembrou a minha querida amiga Martine, Saravah!:
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Estamos em vésperas das eleições europeias. Ninguém, quase ninguém discutiu as questões fundamentais. O problema climático e o decrescimento, ou a sobriedade termo que prefiro, num quadro explicativo. Não se falou da obsolescência do consumo e de políticas sancionatórias da publicidade que se devem interligar. Não se falou de renaturalização e de gestão integrada de espaços em lógicas transnacionais. Não se falou em eficiência energética e em apoio ao auto-consumo e alternativas de produção. Não se falou em transformação democrática das estruturas da União e em novos projectos transnacionais e de participação cívica, como a criação de assembleias populares temáticas europeias.
Talvez, aqui e ali se tenha falada de Europa, para além das tricas nacionais e nacionalistas, das questões que não têm nada, nada mesmo que ver com os processos de decisão ( que não foram igualmente avaliados... como é possível continuar com um parlamento em 3 país, e milhares de assessores).
Esta reflexão enquando acabo de ler este conjunto de pequenos artigos de vários expoentes de pensamento de diversas ciências:
onde sou informado (claro que os candidatos nem por sombras ouviram) que já passámos o ponto de não retorno (tipping point) de descontrole da temperatura oceanica, e igualmente de que o projecto de fusão há 50 anos dizia que em 50 anos estaria aqui e agora diz que daqui a 50 estará ali, só partidos tecnófilos acreditam nisso, sendo que a tecnologia ( e também o chamado e nunca visto hidrogéneo verde) como nos diz Dennis Meadows só nos pode dar mais tempo mas não, não mesmo irá solucionar o problema, e fazer os do costume ganhar muito dinheiro.
Neste livro também descobrimos que as razões do genocídio em Gaza são as bolsas de gás na costa desse território....além do sionismo ele mesmo....
Infelizmente ninguém falou que cada euro gasto a apoiar a guerra ( e a não fazer nada pela paz!) é um euro queimado a produzir gases de estufa. Ninguém falou de nada foi como se não houvesse uma guerra na Europa onde nos estão a atolar cada vez mais cada dia que passa.
I rest my case.
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Ontem estivemos na Feira do Livro. Aqui cerca de um décimo dos nossos livros:
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um livro interessante, mas que resvala para uma filosofia de pacotilha e um confucionismo ideológico na parte final. Boas referências e um pensamento acutilante que partilho em grande parte. Falta-lhe agudeza e estratégia.
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Foi uma sessão deliciosa. Um grande comunicador. Um grande Homem.
um velho camarada e amigo. Que saudades dos sinais, que ora ficam, também, neste registo.
P.S. As crónicas são de alta qualidade. Mas falta-lhes a voz e respiração do Fernando.
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Hoje seria, certamente, um profeta do decrescimento e talvez também um crítico do produtivismo e de outras, não todas, as cabeças da hidra. A sua religiosidade tem os formalismos da época e é um visionário da não violência, nessa lógica. Hoje não teria a menor dúvida em inclui-lo no pensamento libertário, contra a violência, a ordem económica e o governo.
Uma crítica a outros pensamentos dogmáticos, como o socialismo, é registo, bem assim como, claro, ao capitalismo, defendendo um regresso a uma sociedade idílica que nunca existiu....
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Um livro que é uma excelente estória da história do 25 de Abril e dos seus antecedentes.
escrito, como se fosse para adolescentes, com sabedoria e veemência, é uma viagem pela história do próprio dia (da insurreição militar) e arredores escrito, também, na primeira pessoa.
Devia ser recomendado pelo Ministério da Educação!
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Este livro é mais um prego no pensamento religioso marxista, o chamado materialismo histórico, já arrasado e que aqui não fica nem com as pedras. O sistema escravagista é um mito, assim como o denominado feudalismo, os tempos históricos sucedem-se e sobrepõe-se sem que lhes possa atribuir uma lógica de per si ou dar-lhes uma classificação. Tema para uma conferência, certamente.
um livro pejado de referências e escrito com desassombro, até para mim com muitas novidades.
Dei-me a pensar, e só o pensamento à temperatura da sua renovação/destruição tem alguma validade para resistir aos dogmas. Ex:"se Deus é absoluto não pode existir, se não é para que serve?". Apliquem ao que quiserem.
A religião, seja essa o marxismo, só vive das suas contradições e graças às Inquisições que também se denomina leninismo.
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Comecei a ler e para bom leitor, as primeiras 100 páginas, um quarto do livro, bastam:
linguagem fácil, estória envolvente, e oportunidade e direccionamento político adequado.
E terminada a leitura tenho que referir que é um livro escrito com os sentimentos à flor da pele e o envolvimento à temperatura certa, mais novela ou narrativa que texto sociológico/político o é também em todas as linhas sensitivas. E se se lê como se fora um romance "biografado" é muito mais que isso, é a história vivida dos nossos povos, da sua desgraça e também da luta para lhes recuperar a dignidade.
Ao ler este livro que é um conjunto de ditos sem sentido nem a mínima lógica:
lembrei-me do que já foi um intelectual de mérito:
https://signos.blogspot.com/search?q=debray
e também um personagem curioso. Os seus livros sobre história das "religiões" são obras de 1ª plana, e nesse link também encontrei artigos meus quew não merecem esquecimento.
Esquecimento e quiçá lixo merece este pequeno opusculo, de nada, sobre nada e sem nada a acrescentar, parece de um internado mental. Alguém não está a cumprir o seu papel de editor.
Um livrinho interessante:
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