Tenho que referir que é um filosofo notável, muito falado e muito desconhecido. Eu mesmo não tenho nenhum livro seu e só o li em partes, aqui e ali.
Este livro dá-nos uma visão de primeira da sua vida e da sua obra, do seu pensamento. Parece que o estamos a ler e lhe descobrimos muita, uma enorme actualidade, seja na crítica do religioso, seja na formulação do político e social.
Baruch Spinoza, aqui fica.
A superstição é a forma mais eficaz de dominar a massa*
Ce passage de l'état de nature à l'état de société implique que les individus transfèrent leur propre pouvoir à la puissance collective à laquelle ils s'agrègent. Ainsi, « le droit dont chaque individu jouissait naturellemen sur tout ce qui l'entoure, est devenu collectif. Il n'a plus été déterminé par la force e par la convoitise de chacun, mais par la puissance et la volonté conjuguée de tous'».
Spinoza ne cesse de s'interroger sur les raisons qui font que le peuple préfère souvent être asservi à un pouvoir fort, voire tyrannique, plutôt que de s'émanciper au sein d'une république tolerante et libérale.
*e ainda, traduções todas minhas:
O desejo é a essência do homem
A razão necessita sentimento para nos conduzir à sabedoria
Somos tanto mais livres (...) quando compreendemos as leis da natureza que nos determinam
A eternidade é um instante fora do tempo, que não tem começo nem fim
Deus (para ele pode ser Shiva ou nada) não tem começo nem fim
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Ofertado pelo meu velho camarada Jorge Leandro tive tempo para ler (comboio, lento, levou/trouxe meia hora de atraso!), este livrinho:
que elabora sobre o conceito " as catástrofes naturais " (aspas minhas!) já não são separáveis das suas implicações ou repercussões técnicas, económicas e políticas", e sobre a ligação entre Auschwitz e Hiroxima. Quando " a comunicação torna-se contaminação, a transmissão faz-se contágio" estamos todos contaminados, como nos diz J.L. no pósfácio " o paradigma da acção útil corrói a compreensão do agir".
Este é também um livro sobre a linguagem num tempo em que o "presente contém o seu fim em si próprio"
Vale a pena pensar.
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É uma referência, e estes dois textos são para discussão:
e, é claro, que não posso estar mais de acordo #a democracia representativa está a perder o seu carácter representativo para as grandes máquinas partidárias que "representam" não os seus membros mas os seus funcionários# e # os meios de destruição ora determinam os fins- tendo como consequência que o fim é a destruição de todo o poder# e penso nas nossas democracias mas acrescentando que os pequenos partidos são iguais aos grandes; e ainda #terror não é o mesmo que violência é antes uma forma de governo a que esta está associada quando tendo destruído o poder, continua em total controle" que se aplica, totalmente, ao actual governo sionista, um governo de terror.E esta que se aplica que nem uma luva ao glorioso 25 Abril:
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É absolutamente apropriada, em linha com as teses que venho defendendo sobre a nulidade do nosso sistema eleitoral, esta citação:
do grande:
que neste livrinho ainda nos dá outras pérolas:
além de uma crítica implacável do passadismo da escolástica marxista.
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Este livro é uma caminhada numa montanha, uma caminhada na planície ao longo do rio, uma entrada na floresta húmida, um percurso pelo deserto, uma subida ao vulcão, uma deanbulação pela aldeia ou pela cidade. Este livro anda com o pensamento.
Aqui alguns momentos:
A paisagem é um conjunto de sabores, cores e odores que o corpo absorve.
Sabemos sempre porque caminhamos. Para avançar, partir, alcançar, recomeçar.
Este jogo entre letras, entre sons, que constitui a vida da palavra.
O corpo é moldado pela terra que pisa (...) compõe a paisagem.
A eternidade é, de súbito, essa vibração de presenças.
Caminhar é sempre homenagear a paisagem.
“É um peso da consciência do mundo, um não poder respirar com a alma”
F. Pessoa
Por este ondeamos, imergimos perdidos no mato, descobrimos a lua escondida.
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Um livro interessante e muito culto, com um título enganador. É um livro sobre o poder e as suas diversas formas de organização e estruturação, sobre a democracia e as suas mentiras e falsidades, e sobre grandes pensadores sobre estes temas e os seus príncipes.
foi leitura da semana, leitura lenta e densa, de onde extraí alguns elementos novidade.Labels: bio-política, filosofia, Livros
Um livro estranho....https://www.ihu.unisinos.br/categorias/596532-aceleracionismo-por-um-controle-proletario-das-tecnologias-de-producao em linha com o tecno-marxismo e essa nova corrente, que tanto pode ser de extrema direita como de enevoados filósofos que não conseguem dar 2 para a caixa.
Estes:
um livro incapaz de gerar qualquer dialogo construtivo*, talvez porque os brasileiros universitários, alguns, vivem da sua própria confusão mental.
Este livro é bem sintetizado aqui:
onde misteriosos Messias hipercapitalistas administram religiões mediáticas às massas hipnotizadas (devidamente dopadas por aparelhos de ajustamento de humor); e onde tentar manter a lucidez no meio de uma entropia que corrói a própria escritura, enlouquecendo a lógica diegética (...) é a única ocupação possível e, em ultima instância, impossível, das personagens.
*Merecem, todavia, alguma atenção, por ser uma revisão com algumas palhas de novidade os dois últimos capítulos, que deixam de acelerar.....
É uma análise minuciosa deste livro do anarquista Collodi, fazendo exegese dos seus vários momentos numa lógica de leitura dissecando a leitura, descoberta dos "sonhos" e mitos subjacentes a este livro, que não é, obviamente, para crianças. Eu próprio o redescubro, através deste divertido livro da Agamben:
Estas são duas citações exemplares, mas muitas outras se poderiam picar.
“A história?” A história, se me perguntam, não é senão uma aborrecida mitologia.Não há nela nada absolutamente verdadeiro senão as datas, quando elas são verdadeiras”
A verdade não é um axioma fixada para sempre: acredita-se nela ou não ”de golpe de olho” com a vida, ao ponto de se tornar mais complexa e difícil para quem nela acredita sem reservas- exactamente como o nariz do Pinóquio.
Era um filosofo libertário, isso não será mencionado nos comentários sobre a sua morte, que serão escassos e sem a dimensão da sua grandeza.
Hans Magnus Enzensberger é um dos maiores filósofos do nosso tempo, ainda hoje tinha comprado um seu pequeno opúsculo que fez escândalo:
que lerei amanhã no comboio. Um pensador heterodoxo e, de facto, inclassificável.Labels: Enzensberger, filosofia
De António Guerreiro, sublinhados meus, a gralha lamentável e desprestigiante (como em tempos ele referiu umas minhas) não é da minha responsabilidade:
e aqui mais um "boneco" de excelência da minha estimada Cristina Sampaio:
sobre o futuro da Terra, tratamento de cores de moi!
este não sei de quem é, enviou-me um velho amigo e também gostei, do burro da esquerda e do político da direita. Umas máquinas.
É um tijolo, 500 e tal páginas cheias. De referências e de interpretações "sages". Muscular o pensamento, dividi-lo em partes e juntá-las, ilustrá-las com alguns dos nossos maiores, é um exercício de alta densidade.
Este livro acompanhou-me 12/15 dias, entre-cortado com outras leituras, e ficará em base de inspiração.
é claro que só o pensamento, o cérebro que o executa tem o prazer, todo o prazer, dos sentidos.Labels: filosofia, Livros, Pensamento
Comprei, em papel, este suplemento de filosofia:
https://www.philomag.com/dossiers/les-philosophes-face-la-guerre
mas falta qualquer coisinha.....
e que falta nos fazem Foucault ou Castoriadis.....
Hannah Arendt é uma "marxista" heterodoxa, uma ecologista "avant la lettre" e uma lutadora pelos direitos todos. Uma das mulheres que marca para sempre a sociologia política, a filosofia social e o direito moderno. Um livro que também se centra no conceito de trabalho e na sua organização
Uma leitura difícil mas muito prazerosa, entre o prazer e a dor desse a dar luta, como diria um ditador (de dizer!) de palavras.
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Demasiado Heidegger, demasiada filosofia, para explicar coisas tão simples como o ter e o haver. E muita desculpa de um ultra-nazi, que surpreendentemente é émulo de muita esquerda, até da nossa.
um livro que foi uma desilusão.É um artigo verde do filosofo António Guerreiro de hoje no Público. Um argumentário dialéctico, que entra na lógica do paradoxo e que serve a tese e a antítese....
tudo e o seu contrário é verdade.Labels: Ecologia política, filosofia, tese
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