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segunda-feira, fevereiro 27, 2006

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sábado, fevereiro 25, 2006


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       "Gota a gota cai
         A chuva no mar"       

(Tim/Xutos)


Cezimbra


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Canoa de Cezimbra

     «Cezimbra - A 9 quilómetros para leste do Cabo do Espichel demora a Ponta da Varanda, limite ocidental da enseada de Cezimbra, ao fundo da qual fica a povoação de pesca do mesmo nome, a qual pode ser considerada unicamente entregue a esta indústria.
     Na costa que se desenvolve desde o Cabo do Espichel até ao Portinho da Arrábida, denominada "Costa de Cezimbra ou da Serra", em uma extensão de 4,5 léguas, lançam vinte e três armações de pesca, como consta do mapa seguinte, referido a 1886:

NúmeroNome das armaçõesProprietários
1 Balieira Velha Manuel Caldeira da Costa
2 Balieira Nova Sociedade de Pescarias Lisbonense
3 Vale Covo Frade & Rumina
4 Forninho Viúva Roquette
5 Baixas Soares & Pólvora
6 Bolará Bernardino José da Silva
7 Burgau Manuel Caldeira da Costa
8 Ilhéu das Gaivotas Frade & Rumina
9 Varanda Sociedade de Pescarias Lisbonense  
10 Cavalo Soares & Pólvora
11 Remechida Preto & Franco
12 Torre Soares & Pólvora
13 Charanga Frade & Rumina
14 Moeda Viúva Roquette
15 Agulha Alípio Loureiro
16 Cova de Cabo de Ares  Alípio Loureiro
17 Cabo de Ares Sociedade de Pescarias Lisbonense
18 Cozinhadoira Manuel da Cruz Fernandes
19 São Penedo Sociedade de Pescarias Lisbonense
20 Risco Manuel Caldeira da Costa
21 Ilhéu dos Olhos João Maria Cruz
22 Greta Soares & Pólvora
23
 Lagosteira
 D. Diogo de Sousa
     «Posto que as armações de pesca desta costa sejam destinadas à captura da sardinha, ainda assim caiem nelas muitas outras variedades de peixes das que mais se aproximam da terra.
     Este sistema de pesca é o principal e o que maior quantidade de pescaria produz, no entanto também o porto de Cezimbra possui canoas de pesca do alto e costeira ao anzol, e os pescadores lançam na enseada as armadilhas de verga denominadas cóvos.
     O mapa que se segue mostra o movimento de pesca do porto de Cezimbra no ano de 1885 a 1886.»

BarcosArmações de pescaTotal
 Número  Tripulantes  Número  Barcos Número de
 homens das 
companhas
 Embarcações  Pessoas 
3919523130575169770
Valor do pescado
Sardinha Peixe diverso Total
89.527$040262.055$960351.583$000

A. A. Baldaque da Silva
"Estado Actual das Pescas em Portugal" - 1892

sexta-feira, fevereiro 24, 2006

Anémona


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fotografia de Vasco Pinhol

quinta-feira, fevereiro 23, 2006

Conferências Quaresmais

A Paróquia de Santiago volta a promover, durante a Quaresma, um programa de conferências sobre temas eclesiais, que já vai no 9º ano de realização, sempre com conferencistas de grande qualidade. Este ano, sob o tema «A Bíblia: Palavra de Deus para a vida», as conferências realizam-se às quartas-feiras, pelas 21.30 horas, na Igreja Matriz de Santiago:

 1 de Março
A Palavra de Deus alimenta-nos -‘Nem só de pão vive o homem, mas de toda a Palavra que sai da boca de Deus’
  • Frei Herculano Alves, OFCap. (professor de Sagrada Escritura).

     8 de Março
    A Palavra de Deus fala-nos -‘Este é o meu Filho muito amado: escutai-o’
  • Padre Dr. Mário Tavares (reitor do Seminário e do Santuário de Vila Viçosa).

     15 de Março
    A Palavra de Deus é viva e vivificante – ‘Deus amou tanto o mundo que lhe deu o seu Filho Unigénito’
  • Padre Doutor Joaquim Carreira das Neves, OFM (professor de Sagrada Escritura).

     22 de Março
    A Palavra de Deus é salvação -‘Quem acredita no Filho de Deus tem a vida eterna’
  • D. Manuel Felício (Bispo da Guarda).

     29 de Março
    A Palavra de Deus faz-nos irmãos – ‘Se alguém Me quiser servir que Me siga’
  • Dr. António Bagão Félix (economista).

     5 de Abril
    A Palavra de Deus faz comunidade -‘Cristo obedeceu até à morte e morte de cruz’
  • Cónego Carlos Paes (pároco de São João de Deus – Lisboa).

     12 de Abril
    A Palavra de Deus gera compromisso -‘O Espírito Santo está sobre mim: Ele me enviou a anunciar a boa nova aos pobres’
  • Padre Doutor Jacinto Farias (professor de Teologia).

    (informação divulgada pelo blogue Arrábida)

  • fotografia da N. S. da Aparecida
           N. S. da Aparecida - Rumo ao Brasil       

    starfish


           fotografia de David Krejcirik - [ veja + ]       

    Genuinamente

         (...)
         «Quando Rui Afonso regressou a casa cruzou-se com o irmão Luís que saía para os ensaios do seu grupo carnavalesco, carregando com dificuldade em ambas as mãos a roupa colorida e semeada de brilhantes e penas de aves tropicais, arrastando ainda um grande tambor. O encontro foi rápido e de passagem mas, ainda assim, permitiu mais uma variante das suas usuais picardias acerca do carnaval abrasileirado que agora dominava na vila:
         - Então, lá vais outra vez disfarçar-te de brasileiro...
         - Querias que fosse como - mascarado à pescador?
         - Pelo menos era mais genuíno.
         Era a conversa do costume. Mas desta vez Luís, que já se afastava de casa, parou, voltou-se e mirou o irmão de alto a baixo:
         - E tu estás vestido à quê? Esse pulôver inglês e essas calcinhas italianas são genuínas donde?
         Rui Afonso foi surpreendido pelo argumento - que ouvia pela primeira vez. Riu-se e retorquiu a cantarolar:
         - "Mamã eu quero! Mamã eu quero!..."
         - Tu queres é conversa!
         Luís afastou-se com a tralha e o irmão entrou em casa. Dirigiu-se à cozinha e preparou um martini com limão. Foi depois para a sala onde colocou um disco de música country a tocar baixo, tirou um livro da estante e retomou uma leitura já adiantada. Só lia Lodge em inglês, para não ser atraiçoado pelas traduções, segundo apregoava: "One, two, three, testing, testing … recorder working OK…".
         Em fundo, alguém cantava:
               "In the summer time we didn't have shoes to wear
                But in the wintertime we'd all get a brand new pair...

    quarta-feira, fevereiro 22, 2006

    Campismo nas rochas


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    Acampar na costa entre Sesimbra e o Cabo deve ser espectacular - embora domir sobre a rocha possa provocar alguns problemas.

    Pois este grupo de jovens que esteve em Portugal em 2000, depois de ter participado no Boom Festival, na Herdade do Zambujal, deu um saltinho até Sesimbra e não podia ter arranjado melhor lugar para desfrutar do nosso mar.

    Uma sequência de fotografias deste acampamento pode ser vista, na página do húngaro Krisz, a partir daqui.

    Sotaque brasileiro


    Fotografia de Roland de Haan [+]

    Gradualmente, o Carnaval em Sesimbra foi adoptando formas e conteúdos de inspiração brasileira. Os desfiles das escolas de samba são já uma tradição e certas actividades estendem-se a outras épocas do ano. Sesimbra até já “exporta” as suas escolas de samba para diversos pontos do país.

    Esta aculturação perturba algumas pessoas, que acham que estamos a perder as nossas raízes culturais na medida em que imitamos outro povo. Penso no entanto que não existe esse problema. Os tempos mudam e as formas de divertimento também. O mal não está em adaptar as criações de outros povos: isso sempre aconteceu. Essa adaptação deve é contribuir para a afirmação dos nossos próprios valores culturais e civilizacionais. Temos de reconhecer que alguns dos sambas originais feitos em Sesimbra para os nossos Carnavais retratam com muita argúcia e espírito crítico aspectos da nossa vida colectiva, tais como os problemas da actividade piscatória, da política ou da protecção ambiental.

    Existe nos portugueses um preconceito intelectual contra a cultura brasileira: gostam que os brasileiros cantem “aportuguesado”, mas odeiam que os portugueses cantem “abrasileirado”. Um português como Roberto Leal, porque canta com “pronúncia” brasileira, sofre do nosso mau feitio: senti-me uma vez muito envergonhado quando, num concerto da brasileira Elba Ramalho no Coliseu de Lisboa, ela aproveitou para homenagear Roberto Leal, presente na plateia, e o público simplesmente vaiou o cantor português. Elba Ramalho ficou se saber o que fazer - uma vergonha.

    Caetano Veloso, pelo seu lado, sugeriu que os cantores portugueses não deveriam ter medo de cantar com sotaque “brasileiro”, dando o exemplo dos Beatles, que não tiveram qualquer preconceito em usar a pronúncia dos americanos para internacionalizar as suas canções. Caetano Veloso, ele próprio não teve problema em escrever e gravar o fado “Os Argonautas”, onde canta o refrão com “pronúncia” genuinamente portuguesa: “Navegar é preciso, Viver não é preciso…” Correrá Caetano o risco de perder a sua identidade cultural? Não: nem Caetano nem os sesimbrenses.

    Faço por isso votos para que esta miscigenação cultural se afirme, ultrapassando os preconceitos e criando realidades novas adaptadas aos novos tempos.

    [Adaptado de um texto publicado originalmente no Jornal de Sesimbra]

    terça-feira, fevereiro 21, 2006

    Castelos de nuvens


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    segunda-feira, fevereiro 20, 2006

    N. S. da Aparecida chegou a terras do Brasil!


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    A barca N. S. da Aparecida já chegou ao arquipélago brasileiro de Fernando de Noronha. A notícia foi publicada hoje mesmo pelo portal de "Fernando de Noronha". É o seguinte o conteúdo da notícia:
    Barco da Época de Cabral em Noronha
    20/2/2006

    «Uma embarcação portuguesa chamou a atenção de curiosos em Fernando de Noronha. A réplica de um pesqueiro da época do navegador Pedro Álvares Cabral atracou no Porto de Santo Antônio na Ilha para fazer uma parada estratégica.

    «Os quatro portugueses que compõem a tripulação falaram sobre a emoção de refazer a rota de Cabral. A Barca Nossa Senhora da Aparecida ganhou esse nome porque a santa é padroeira dos dois países.

    «Construído em 1961, o barco foi adaptado para seguir as normas de navegação em alto mar. Com onze metros de comprimento por três de largura, a réplica tem um bom desempenho em oceano e usa apenas as velas como meio de propulsão. O motor é exclusivo para entrar e sair dos portos.

    «A expedição saiu de Sesimbra, em Portugal, no dia vinte e oito de Dezembro de 2005 e já passou por Tenerife na Espanha, São Vicente em Cabo Verde e, após a parada em Fernando de Noronha, segue para Porto Seguro na Bahia.»


    Porto de Santo António, em Fernando de Noronha

    A N. S. da Aparecida terá ainda que fazer muitas milhas de viagem até chegar ao seu porto de destino, mas encontra-se agora a navegar em águas mais seguras. A costa continental fica a cerca de 200 milhas. O arquipélago de Fernando de Noronha é uma das principais zonas de turismo do Brasil e situa-se a 360 Km da cidade de Natal (ver mapa). O arquipélago abriga uma importante zona de protecção ambiental e um parque marinho, tendo sido classificado pela Unesco como "património mundial natural". É constituído por 25 ilhas ou ilhotas, sendo a principal a ilha de Fernando de Noronha, com 17 Km2 (ver mapa). Leia também um pouco da sua história aqui e aqui.

    domingo, fevereiro 19, 2006

    Carnaval de 2006

    Poluição Marinha-fato da ala mista de figurantes do Bota
    "Poluição Marinha" - Bota no Rego

    Aproxima-se o Canaval e as Escolas de Samba voltam a apresentar os seus fatos, músicas e coreografias desenvolvidas em torno de temas de actualidade, tais como a Arrábida e a preservação da natureza, ou de homenagem, como a Martinho da Vila e a mulheres de ontem e de sempre. É de salientar a iniciativa de uma das Escolas (Bota no Rego) de divulgar na net os seus fatos, atitude bem mais consentânea com os tempos modernos do que o secretismo antigo, que se mantinha até à hora do desfile.

    Apresentamos a seguir os temas das Escolas e excertos das respectivas canções:

     Bigodes de Rato
     tema: "Os Piratas"

     Bota no Rego
     tema: "Navegar é preciso... o Marear das Emoções"
    Navegar
    Descobrir um Mundo novo
    E vou contar, peripécias de um Povo
    Fenícios, Egípcios , Gregos, Romanos
    primeiros aventureiros
    do berço da humanidade.

     Dá que Falar
     tema: "Martinho das Duas Vilas"
    Num doze de Fevereiro
    Nascia mais um brasileiro
    Era Martinho José Ferreira
    Que na música teria sua carreira
    E o mundo encantaria.
     Saltaricos do Castelo
     tema: "Mulheres de Ontem e de Sempre"
    Tens em teu ventre guardada
    a semente gerada
    esperança e paz.
    És tempestade acabada
    é o Anjo da Guarda
    que a calma nos traz.
     Trepa no Coqueiro
     tema: "Arrábida, Património do Homem e do Mundo"
    Arrábida, onde a minha serra encontra o mar
    A riqueza do seu paladar
    tudo isso é para se preservar
    Há-de arder, uma fagulha de esperança
    Quem tem amor nunca se cansa
    de te adorar e proteger.
     Tripa Cagueira
     tema: "10 Anos de Luta"
    Pintados de preto, com penicos na cabeça
    Defendendo o povo, nossa força e união
    Descemos a serra e entrámos na avenida
    Para tocar na ferida que nos rói o coração
    foi assim que começou, com alegria e brincadeira
    Hoje são 10 anos na rua
    Nós somos "Tripa Cagueira"
     Unidos de Vila Zimbra
     tema: "Preservar a Costa Azul"
    Misterioso Mundo, Reino de Neptuno
    Reino divinal!
    Hippocampus, baleias e belas sereias
    Será um sonho ou será real?
    Tudo é puro, é verde, é lindo
    É a Vila Zimbra que vem sorrindo.


    Veja ainda na Internet os seguintes sites com insformações sobre o Carnaval de Sesimbra e as suas Escolas de Samba:

  • Trepa no Coqueiro
  • Bota no Rego
  • Carnaval Sesimbra 2006 - portal onde se anuncia a transmissão de imagens do Carnaval em directo ("live streaming")

  • Coutada

    Oriundo das paragens agrestes do interior nordestino, Miguel Torga não deixou escapar a oportunidade de escrever sobre as amenidades do litoral estremenho para ironizar, propondo esta doce província para coutada do lirismo nacional.

         A Estremadura

         «O nosso lirismo devia ser coutado. O País devia consagrar-lhe um parque de reserva, onde fosse proibido dizimar as espécies que ainda restam, deixando-as viver num paradisíaco devaneio, à lei da inspiração. E nenhum sítio mais indicado para isso do que esta província portuguesa, feita de dunas e calcário.

    Nos areais onde já D. Dinis trovou, e na pedra mole onde Afonso Domingues, Mateus Fernandes e os Arrudas arquitectaram e esculpiram, poderiam os imaginários e poetas de agora continuar a construir, a lavrar e a rimar endechas. Ao cabo e ao resto, também dos seus artistas vive uma pátria. E ali onde se eternizou o melhor do seu génio, é que era dar-lhes foral. Donos e senhores de Leiria, de Tomar, da Batalha, de Alcobaça e de Óbidos, sentir-se-iam certamente felizes sem grandes encargos para a grei. A terra não é tão boa que se perdesse muito. O iodo do mar tonificar-lhes-ia o sangue, já um pouco delido. E outros túmulos de D. Pedro e D. Inês que rendilhassem, ou meia dúzia de éclogas que escrevessem, era mais um pecúlio a juntar ao património comum. Seriam, afinal de contas, os nossos templários de agora, ou frades bernardes laicos menos nutridos, que os tempos são outros, mas ainda assim vitaminados com boa fruta, curtidos com bom vinho e agasalhados num clima doce.

    Poderiam passear à sombra evocadora do grande pinhal que o colega medieval semeou, sonhar nas margens do Lis e do Lena, do Alcoa e do Baça, que são rios encantadores para sonhar, e em Pedrógão, S.Pedro de Muel, Nazaré, S. Martinho, Baleal, Ericeira e Sesimbra tomariam banhos de mar sem perigo de maior. Visitariam Mafra de vez em quando, como penitência, gozariam férias graníticas em Sintra, e os seus retiros espirituais seriam na Arrábida, fora do convento.

    Teriam grandes motivos poéticos e humanos à mão de semear, como a vida dos pescadores da Nazaré, as peregrinações a Fátima, a morte lenta à boca dos fornos da Marinha Grande, a trituração das pedras e dos homens para fazer cimento na Maceira, sem falar no clássico manancial de Aljubarrota, assunto que nunca mais acaba - todas as condições, como se vê, para que outro apogeu da nossa cultura surgisse das margas onde ela afinal tem as suas raízes.»

    Miguel Torga, "Portugal"
    in "Antologia da Terra Portuguesa - Estremadura"
    (selecção de Urbano Tavares Rodrigues)

    sábado, fevereiro 18, 2006

    Verão de S. Martinho



    Desenho de Patrícia Gago
    aluna da Escola Básica da Cotovia

    Cão no castelo


    "Esqueleto de cão no castelo de Sesimbra"
    (pó de carvão sobre poliester)
    Detalhe de um desenho de Guida Casella, ilustradora
    especializada em desenho de sítios arqueológicos.

    "Refugo": 100 anos

    Comemoram-se amanhã, dia 18 de Fevereiro, os 100 anos da Sociedade Recreio Sesimbrense, situada na Rua do Forno e popularmente conhecida como "Refugo". Das comemorações destacam-se os seguintes eventos:

  • 08:00 h - Hastear da bandeira
  • 16:00 h - Sessão Solene
  • 18:00 h - Missa
  • 19:30 h - Jantar
  • 23:00 h - Baile

    Os nossos parabéns à Sociedade Recreio Sesimbrense.

  • sexta-feira, fevereiro 17, 2006




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    Para a dedicação de um homem

    Terrível é o homem em que o senhor
    desmaiou o olhar furtivo de searas
    ou reclinou a cabeça
    ou aquele disposto a virar decisivamente a esquina
    Não há conspiração de folhas que recolha
    a sua despedida. Nem ombro para o seu ombro
    quando caminha pela tarde acima
    A morte é a grande palavra desse homem
    não há outra que o diga a ele próprio
    É terrível ter o destino
    da onda anónima morta na praia

    Ruy Belo

    Pesca de Naufrágios

    João Pedro Vaz, autor do blogue Marítimo, acaba de publicar um valioso livro sobre a história naval portuguesa: "Pesca de Naufrágios: as Recuperações Marítimas e Subaquáticas na Época da Expansão".

    "Nesta obra, são apresentadas o contexto, as motivações, os protagonistas e as experiências por detrás das operações de resgate. A informação histórica, arqueológica e documental é ainda complementada por uma vasta iconografia de grande novidade onde são retratados episódios pouco conhecidos da época da Expansão marítima (secs. XV-XVIII)".

    Vale a pena referir a bela citação que o autor tem como lema do seu blogue: "E se os antigos portugueses, e ainda os modernos, não foram tão pouco afeiçoados à escritura como são, não se perderiam tantas antiguidades entre nós de que agora carecemos, nem houvera tão profundo esquecimento de muitas coisas (...)" [Pero de Magalhães de Gândavo, 1576].

    João Pedro Vaz cursou Ilustração e História da Arte e História. Desempenha desde 1998 actividade em diversas vertentes históricas: especialista no registo gráfico em campanhas de Arqueologia Subaquática em Portugal continental e nos Açores, coordenador editorial e autor. É co-autor de "Invencível Armada, 1588 - A Participação Portuguesa" (2002) e autor de "Campanhas do Prior do Crato, 1580-1589-Entre Reis e Corsários pelo Trono de Portugal" (2005), ambos publicados na colecção "Batalhas de Portugal" da editora Tribuna.

    O topónimo Santiago

    O blogue Toponímia Galego-Portuguesa e Brasileira apresenta uma interessante explicação para o topónimo Santiago. Claro, há a conhecida evolução Jaccob - Santo Iago - Sant'Iago - Santiago. Mas o viajante autor deste blogue propõe uma origem mais antiga:

    «Se andarmos por Navarra (Nafarroa) ou pelo País Basco (Euskadi), todos os caminhos e estradas são "Iasa" e a cidade onde o Caminho Francês sai dos Pirinéus e entra afoitamente na Península chama-se "Jaca". Uma e outra são palavras de uma língua ibérica que também é muito antiga: o euskera ou basco. E em França os jacques ou peregrinos já se faziam ao Caminho de Santiago inda os tataravós do apóstolo andavam de cueiros e chupeta. Não andaremos muito longe da verdade se dissermos que entre os santos iagos e os santos peregrinos existe uma mudança de fronteira linguística e religiosa - o mesmo é dizer: política. O Santo Iago cristão, o Apóstolo Jaccob, foi colado depois, na Idade Média, às peripécias do misterioso Caminho de Compostela.»

    Segue a viagem!


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    Compare com a rota de Pedro Álvares Cabral

    Continua a viagem da N. S.da Aparecida rumo ao Brasil, que partiu do Mindelo a 28 de Janeiro. Foram actualizados os Diários e Bordo até ao dia 8 de Fevereiro, dos quais fazemos a seguir um pequeno resumo:

     28 de Janeiro
         O dia começou cedo pois havia ainda o abastecimento e outras coisas a fazer e havia ainda da parte da tarde que dar apoio ao Veríssimo que é um jovem que nos tinha contactado em Sesimbra e que queria aproveitar a nossa partida de Cabo Verde para fotografar e filmar algumas cenas para o seu projecto que inclui um livro e um filme feito por processo inovador por uma só pessoa. O Veríssimo é jovem e tem deficiência grave pelo que se desloca e exprime com dificuldade o que não o impediu de vir até ao Mindelo sozinho para juntar mais estas cenas ao seu projecto. (...)
         A Policia Marítima disponibilizou um rebocador que traria o Veríssimo para terra depois de ter saído do porto na barca mas quando foram solicitados pelo rádio a tripulação não estava e não mais deu sinal de vida pelo que fizemos tudo com a prata da casa e viemos traze-lo a terra, sempre com a ajuda do José e logo zarpámos debaixo de efusivos gritos de despedida vindos da praia. Encontramos fora do porto bom vento e mar muito agitado dentro do canal entre ilhas e na noite escura recomeçámos a traçar o rumo da nossa viagem.

     29 de Janeiro
         Assim que safámos as ilhas o mar abrandou e rumámos a Sul obtendo óptimo ângulo e velocidade de vento e fizemos a noite com a vela grande toda içada e progredindo a 5 nós. Ao nascer do dia içámos as velas de proa e intensificamos o andamento. A tripulação encontra-se em estado de sonolência vegetal característica desta fase de adaptação ao meio adverso e prefere aproveitar para descansar do descanso que foi a estadia no Mindelo. (...)
         Decidi não reduzir pano esta noite para aproveitar o excelente andamento que vimos tendo com a barca a mostrar grande agradecimento pelas melhorias e reparações efectuadas nos dias anteriores.Com as melhorias que foram executadas pode agora a barca içar as velas que necessita para progredir com velocidade e sem esforço, aproveitando a bom pano as magníficas condições de mar e vento. Seguimos agora o rumo 195 com vento ENE de 15 nós e a uma velocidade média perto dos 8 nós, o que é inédito nesta viagem especialmente quando o mar fica calmo.

     30 Janeiro
         Batemos todos os recordes de milhas papadas em 24h com as 135 que fizemos nas últimas. Isto representa uma velocidade média de 5.5 nós no rumo certo, ou seja, VMG = 5.5. Para obter este feito andamos grande parte da noite com velocidades perto dos 8 nós e de madrugada o vento caiu, voltando mais tarde e mais brando e permitindo manter o rumo de 5 a 6 nós com mar calmo.

     31 de Janeiro
         O vento soprou calmo todo o dia, depois de experimentar várias hipóteses vélicas decidimos passar a noite com a grande e o estai, sendo este armado em borboleta que é como quem diz uma vela de cada lado do mastro, para apanhar o vento de popa que tem sido quase omnipresente.

     1 de Fevereiro
         Na troca de quartos e aproveitando a presença de toda a tripulação foram experimentadas várias combinações de velas e resultou voltar à borboleta de estai que nos leva numa cadência ritmada pelo movimento das ondas a 5/6 nós, no rumo certo.
         Acabo de tirar a capota e experimento agora a versão cabriolet desta linda barca usufruindo o dia bonito que se pôs. Esta capota que é composta de uma lona, armada com tubos de aço, é facilmente recolhida e não empata nada e quem a desenhou sabia por certo ao que a barca vinha, pois oferece boa protecção aos ventos e mar dominantes e é muito forte.
         Com um salto de vento aconteceu uma cambadela e com a violência do embate partiu-se no mastro uma pequena peça de madeira que serve de descanso à retranca quando se encontra sem vela mas que não prejudica a nossa marcha. Montou-se um pau no mastro para trabalhar com o estai à laia de pau-de-spi utilizando para o efeito o velho croque às riscas que passa agora a estar de serviço.

     2 de Fevereiro
         Vamos com rumo certo e uma brisa ligeira que suavemente nos empurra por este oceano interminável, à medida que o Sol percorre a sua trajectória no Céu tropical. Peixes voadores pululam à volta e, pequenos e grandes, todos parecem sair da água em fuga do predador e não se encontra outro motivo para que o façam.

     3 de Fevereiro
         Depois de andar vários dias à popa cerrada no rumo directo aos rochedos de S. Pedro e S. Paulo, decidi prejudicar alguns graus em privilégio de maior e mais estável andamento e, assim fechámos o bordo para 170, que alternaremos com 240 enquanto se mantiverem as condições. Com estes rumos podemos contar com a colaboração das velas de proa e o seu incremento na velocidade, que à popa não trabalham por ficarem na sombra da vela grande. Devo dizer que não tenho nenhum motivo especial para ter pressa mas enquanto estiver eu ao comando, qualquer barco há-de navegar velejando da forma mais eficiente. É por isso que, dizem que estou sempre a inventar.

     4 de Fevereiro
         Depois de uma noite escura com bom andamento, usufruímos agora de temperaturas mais próprias destas paragens e a humidade que entra em força até aparecer o Sol, é por ele evaporada deixando as superfícies imaculadamente limpas e a pele macia. (...)
         24 horas depois voltamos a virar de bordo e numa tentativa de obter melhor rumo, içámos o saudoso spi em borboleta e iniciámos uma etapa de velejada-intensiva pois requer muita perícia, destreza e dedicação do homem do leme para manter ambas as velas enfunadas com a vaga que vinha de popa. A débil brisa, ajudada por tamanha área vélica conseguia mover-nos a 5 nós no rumo certo. A reparação do spi mostra-se impecável mas o conjunto não funciona quando o mar aumenta e optámos pela forma normal na mudança de quarto, rumando a um largo folgado até, que passadas um par de horas e sem que se notasse nenhuma alteração que não fosse algum desvio mais para a orça e záááspuuuu!: o spi voltou a abrir-se em dois, não no mesmo lugar, e a desperdiçar mais esta hipótese de colaboração com a companha. Decididamente, não é uma vela indicada para a barca. Se a temperatura continua a aquecer ainda vai promovido a toldo geral.
    (...)
         Ao realizar trabalho na carta conducente à obtenção dos melhores rumos a seguir para evitar andar à popa cerrada, apercebo-me que estamos a passar pelo período em que estamos mais longe de terra desta viagem. As costas de África e do Brasil encontram-se à distancia de 750 milhas e é quando nos apercebemos de que estamos entregues ao Criador e que mais ninguém nos pode valer.

     5 de Fevereiro
         Tenho lido alguns relatos de passagens por esta área e não coincidem em nada pelo que vamos cruzá-los na área considerada mais indicada e seja o que Deus quiser. Tentámos falar com o Gonçalo que apenas nos conseguiu dizer que o vento mudaria para Leste e depois Sueste e Sulsueste não tendo a comunicação por satélite permitido que fornecesse informação adicional. O que vamos fazer é esperar que o vento faça a sua ronda de NE para E e aí fazer rumo S, até atingir a latitude 2º S, altura em que nos encontraremos numa posição capaz de enfrentar até ventos SSE e faremos rumo a Fernando de Noronha.
         Estamos abastecidos em água e viveres para um período de calmaria de até duas semanas sem seguimento, findo o qual teremos de aprender a viver de outra maneira, recorrendo provavelmente a técnicas ancestrais e/ou canibais.
         Devo dizer que o sistema de informação meteorológica Navtex que temos a bordo não funciona, por não conseguir fornecer mensagens legíveis a esta distância da costa e o telefone satélite há já muito que só funciona esporadicamente e por curtíssimos períodos pelo que só contamos com a bagagem trazida sob a forma de previsões de longo termo, que são muito teóricas.

     6 de Fevereiro
         Pois esta é mais uma versão dos doldrums(*) ou zona de convergência intertropical, agora com vento NW e a contínua chuva torrencial. Já está tudo lavado. Tudo e principalmente todos que é como quem diz que foi toda a noite e todo o dia encharcados em água doce a derreter os diversos sais impregnados no corpo.

     7 de Fevereiro
         A viagem tem sido dura para N.S. da Aparecida, que merecerá que se lhe arranje para o futuro um belo porto de abrigo onde possa cruzar águas mais calmas. A forma como foi equipada não lhe permite sair incólume desta aventura e alguma manutenção e restauro estavam previstos e foram embarcadas peças extra para o efeito. O Conde, com a ajuda do Camara, dedicou-se à sala da máquina, verificando o sistema de bombagem e atendeu às solicitações do convidado de honra, "Lord Ford". O Mariscador tomava banhos e dava serventia ao Capitão que estava remodelando todo o sistema de escota da vela grande, com novos moitões e nova prisão à retranca por os anteriores acusarem demasiado desgaste. A própria vela foi também toda ajustada ao mastro e à carangueja, por ter cedido num dos pontos. Temos apanhado muita malhoca, é o que chamamos a esta vaga de popa que balança muito a barca e exige muito do aparelho vélico.

     8 de Fevereiro
         Muitas horas à deriva por este Atlântico, movendo-nos ao seu ritmo, embalados na vaga ligeira. Ao raiar do Sol surge, de Leste a tão esperada brisa, muito ligeira, que não chega a encher totalmente as velas mas suaviza ainda mais o andamento, agora maior e que permite fazer rumo. São horas de introspecção para uns e de tagarelice para outros. O céu, num instantinho, passa por todos os cenários e passa-se rapidamente de uma tempestade torrencial a um céu azul e sol escaldante. Os primeiros momentos são dedicados às lavagens, os segundos à secagem.


    O percurso de Setúbal a Tenerife encontra-se referido aqui, com o respectivo mapa. O percurso de Tenerife a Cabo Verde encontra-se referido aqui, com o correspondente mapa. Veja também um mapa com a rota de Pedro Álvares Cabral.

    (*) Doldrums: cintura equatorial de calmaria ou ventos fracos, variáveis em direcção, entre os dois sistemas de ventos alísios. A grande quantidade de radiação solar que atinge o planeta nesta zona aquece intensamente as águas, provocando a subida de ar quente e húmido, baixas pressões, neblinas, elevada humidade e até tempestades: é nesta zona que têm origem os furacões. Os doldrums também se caracterizam por calmarias que chegam a paralisar os veleiros durante dias ou mesmo semanas e constituíam o grande terror dos marinheiros das Descobertas.

    Sobre as possíveis condições de tempo nesta zona vale a pena ler este texto sobre a Viagem de Vasco da Gama; na viagem de ida para a ìndia as caravelas e naus portuguesas afastavam-se de África e faziam a "Volta ao Largo", com um percurso semelhante ao que está neste momento a fazer a N. S. da Aparecida.

    Porto de Sesimbra

    O jornal digital "Setúbal na Rede" apresenta uma entrevista com o presidente da Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, Carlos Lopes, onde se refere ao porto de Sesimbra:

    «Como um dos projectos para 2006 está também a elaboração de um novo plano de ordenamento para o Porto de Sesimbra. Os últimos dados existentes são de 1998, e desde então deu-se o desmantelamento da frota que pescava em Marrocos, a vinda de algumas novas embarcações com o encerramento da doca de Pedrouços e um aumento significativo do recreio náutico. Estas alterações “obrigam à actualização dos dados de modo a desenvolver cenários para o futuro ordenamento”. O porto de Sesimbra registou, em 2005, um aumento de 11,7% do valor de pescado movimentado, enquanto Setúbal registou uma quebra de 6% no valor de pescado.»

    link para a entrevista

    Casa no campo


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    一昔前のセジンブラ

    Outras pinturas deste autor:
    | barcos | castelo | pôr do sol | casas | igreja |

    Circuito MATIX/SCS 2006


    Pessoal do SCS: Nuno Fachada, António Entrudo, Tiago Ezequiel, Gastão Entrudo, Gonçalo Neves, José Paulo Neto 'Calhau', Luis Rodrigues 'Bonga', Pedro Silva 'Seko', Carlos Jorge 'Pilinhas', Vitor Almeida 'Assanhado', Luis Apolinário 'Come', João Diogo, Nuno Ferreira
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    Decorreu no passado fim de semana, na praia de Sesimbra e na Lagoa de Albufeira, a 1ª etapa do Circuito MATIX/SCS 2006, organizada pelo Surf Club de Sesimbra. Segundo o próprio clube, "esta foi das melhores provas realizadas pelo SCS até agora, com um número recorde de inscritos, num total de 119 atletas divididos em 14 categorias. O primeiro dia de prova contou ainda com ondas perfeitas em Sesimbra, muito sol, e milhares de pessoas a assistir ao evento.

    O primeiro dia, na Praia de Sesimbra, esteve solarengo, sem vento, com ondas entre meio a um metro perfeitas. O sol continuou a fazer-se sentir durante o segundo dia, na Lagoa de Albufeira; no entanto as ondas estiveram mais pequenas, a rondar o meio metro, sem vento de manhã, mas com algum on-shore a entrar pela hora de almoço."

    Resultados Finais
    Bodyboard Open
    1- Gastão Entrudo
    2- Carlos Jorge
    3- João Diogo
    4- Gonçalo Neves
    Bodyboard Feminino
    1- Joana Silva
    2- Sofia Moura
    3- Patrícia Jesus
    Bodyboard Dropknee
    1- Vitor Almeida
    2- Manuel José
    3- Bruno Franco
    4- Gastão Entrudo
    5- José Paulo Neto
    Bodyboard Sub-18
    1- Carlos Jorge
    2- Lúcio Antunes
    3- António Saraiva
    4- Paulo Sequeira
    Bodyboard Sub-16
    1- Carlos Jorge
    2- António Saraiva
    3- Martim Branquinho
    Surf Open
    1- Gonçalo Bandeira
    2- Pedro Madeira
    3- Ricardo Matos
    4- Ivo Meira
    Longboard
    1- Paulo Jacinto
    2- Manuel Constantino
    3- Luis Calado
    4- Pedro Silva
    Surf Feminino
    1- Marta Santos
    2- Maria Benoliel
    3- Mónica Santos
    4- Catarina Penim
    5- Rita Gomes
    Surf Sub-18
    1- Francisco Alves
    2- Diogo Cipriano
    3- José Raimundo
    4- Hugo Ribeiro
    Surf Sub-16
    1- Francisco Alves
    2- Francisco Brito
    3- André Ramos
    4- Francisco Magalhães
    Skimboard Open
    1- André Ribeiro
    2- Diogo Carvalho
    3- Márcio Alves
    4- Hugo Simões
    Skimboard Feminino
    1- Maria Fontain
    2- Maria Martins
    3- Maria Fontain
    4- Sofia Lopes
    5- Vanessa Martins
    Skimboard Sub-18
    1- Diogo Conceição
    2- Pedro Silva
    3- Diogo Braz
    Skimboard Sub-16
    1- Luis Fernandes
    2- Diogo Conceição
    3- João Pedro
    4- Pedro Silva

    quarta-feira, fevereiro 15, 2006

    Proa


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    terça-feira, fevereiro 14, 2006

    Gruta do Frade


    A complementar a revelação da existência, nas nossas águas profundas, de um dos peixes mais feios dos oceanos, chega agora a notícia da descoberta, na Arrábida, de uma das mais pequena aranhas do mundo. A notícia é dada, na edição de hoje do Correio da Manhã, pelo nosso conterrâneo Francisco Rasteiro, presidente do Núcleo de Espeleologia da Costa Azul (NECA).


    Francisco Rasteiro e o NECA não param de nos surpreender com novas descobertas.

    A aranhita, com cerca de um milímetro, foi encontrada na Gruta do Frade, durante os trabalhos de exploração do NECA, embora na altura ninguém tenha dado por ela: só foi descoberta no laboratório, onde chegou à boleia. Diz Francisco Rasteiro: “Não a vimos na gruta. Deve ter ido agarrada às amostras de fauna e flora cavernícolas”.

    Pedro Cardoso, biólogo especialista em aranhas, adianta: “É quase certo que a nossa aranha de quatro olhos é uma anapistula symphytognathidae.” Os exemplares encontrados são fêmeas, amarelas, de patas curtas, com cerca de um milímetro. “Nunca vi uma aranha adulta tão pequena.” O macho, que os espeleólogos não encontraram, poderá ser ainda mais pequeno.

    Francisco Rasteiro queixa-se do pouco interesse das autoridades pelas investigações, nomeadamente o Instituto da Conservação da Natureza, que não mostrou interesse em apoiar o estudo da gruta do Frade: “Apesar da extrema dificuldade de encontrar animais com poucos milímetros de comprimento, a equipa de trabalho tem conseguido descobri-los e fotografá-los. Logo que for possível efectivar estudos mais concretos com especialistas na área da bioespeleologia, será dado um passo importante na compreensão de todo o ecossistema cársico, bem como da relação com os agentes do exterior.”

    Recorde-se que o NECA, fundado em 1995, tem desenvolvido ao longo dos anos um trabalho notável de exploração das zonas naturais da Arrábida, tendo descoberto muitas grutas naturais, entre as quais se destaca o complexo sistema de salas subterrâneas da gruta do Frade. Esta descoberta deu origem à publicação de um video e do livro "Sistema Cársico do Frade - o fantástico mundo oculto dos minerais", bem como da exposição "Mundo subterrâneo da Arrábida" de Março do ano passado, eventos que constituiram, sem margem para dúvida, o mais importante acontecimento cultural do ano de 2005 em Sesimbra. Esta descoberta, de resto, teve honras de divulgação na revista "National Geographic".

    Quimera lusitana


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    Os cientistas portugueses analisaram uma quantidade de exemplares de um estranho peixe que os pescadores sesimbrenses têm capturado, com palangre de fundo, a profundidades de 1.600 metros - e concluiram que se tratava de uma nova espécie, à qual propuseram o nome de Hydrolagus lusitanicus. Apesar da sua originalidade, o peixe pertence uma extensa linhagem com vários parentes, entre os quais se contam os seguintes "primos":

    Quimera americana
    (Hydrolagus collei)


    Ratazana da fundura
    (Hydrolagus affinis)
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    O nosso simpático "hidrolago lusitano" pertence, portanto, à família das "quimeras", nome que diz tudo: na mitologia grega, a Quimera era uma monstrinha com cabeça de leoa, corpo de cabra, cauda de serpente e que cuspia fogo.

    Trata-se de uma linhagem de peixes bastante primitiva, ainda aparentada com os tubarões, com um esqueleto de cartilagem, em cuja cabeça é visível a junção de várias placas. Não têm escamas nem nadam com impulso dos movimentos de cauda, mas sim com as longas barbatanas laterais. Quanto à Quimera lusitana, ela exibe uma cor entre o rosa e o castanho claro, e do bilhete de identidade consta o seguinte:

    Classe - Holocephali
    Ordem - Chimaeriformes
    Família - Chimaeridae
    Género - Hydrolagus
    Espécie - Hydrolagus lusitanicus

    segunda-feira, fevereiro 13, 2006

    Peixe Fresco


    Miguel Zegre, um dos criadores da empresa "Peixe Fresco"

    A revista DiaD que acompanha a edição de hoje do jornal Público, divulga a "Peixe Fresco", uma empresa virtual criada no início do ano por Miguel Zegre e Manuel Cardoso. As encomendas são recebidas através da net, até às 17 horas de cada 5ª feira, sendo depois o produto entregue durante a sexta e o sábado. A empresa garante que o peixe chega a casa de cada cliente entre 12 a 24 horas depois de pescado. Mais uma excelente iniciativa pexita para a qual desejamos o melhor dos sucessos.

    sábado, fevereiro 11, 2006


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    figueira em Argéis

    quinta-feira, fevereiro 09, 2006

    Gótico Sesimbrense


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    Porta manuelina

    quarta-feira, fevereiro 08, 2006

    Nª. Sª. da Aparecida


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    Segundo informações da família de Alexandre de Souza e Holstein, a barca Nossa Senhora da Aparecida encontrava-se, há cinco dias atrás, aproximadamente nas coordenadas de 8º Norte e 27º Oeste, a cerca de 480 milhas do Equador - veja a imagem de cima. Veja também esta imagem com a rota percorrida e coordenadas geodésicas.

    A velocidade era, na altura, de 14,5 nós, mas a tripulação prevê que venha a baixar para os 7,5 nós, à medida que se deslocam para zonas mais bonançosas, com menos vento. No entanto, como a direcção do vento deverá rodar para Este, beneficiarão de um ângulo mais favorável para vento fraco. A chegada a Porto Seguro está agora prevista para 15 de Fevereiro 2 de Março, mas tudo depende das condições meteorológicas.

    Naquela zona oceânica o telefone de satélite nem sempre funciona, ficando a família, por vezes, vários dias sem saber notícias, razão pela qual o Diário de Bordo só tem sido actualizado quando a tripulação se encontra em terra.

    O percurso de Setúbal a Tenerife encontra-se referido aqui, com o respectivo mapa. O percurso de Tenerife a Cabo Verde encontra-se referido aqui, com o correspondente mapa.

    Agradecemos a Ana de Souza e Holstein as informações fornecidas.

    Imagens da zona que a N. S. da Aparecida está a atravessar

    Ventos dominantes
    (Março de 2001)
     
    Meteorologia
    (6 de Fevereiro de 2006)
    Imagens do NOAA[ clique nas imagens para ampliar ]


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    Mais uma fotografia do nevãozinho que caíu em Sesimbra, publicada no blogue Whereinsesimbra.

    domingo, fevereiro 05, 2006


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    N. S. da Aparecida

    Que nome darei à minha barca?

    Que nome darei à minha barca
    tão dos homens cansada, jamais do mar?
    A maré, e as outras marés da minha vida,
    ora leves, ora em alta vaga,
    vão e vêm devagar - abandonando-me às horas
    que demoram, e já partem, como se fossem
    uma pálida luz que não deseja ser vista
    para que possa durar um pouco mais.
    Também a barca do meu corpo, velha, aterrada,
    se ajusta ao cais obscuro
    da sua nova morada. A outra, a que me serve
    de jangada, ganha-pão e sepultura,
    pede-me que a pinte mais uma vez
    E ela não espera, ela não obedece
    à seca emoção do seu arrais.
    Que nome darei à minha barca
    dos homens tão cansada, jamais do mar?
    Nossa Senhora do Homem Só lhe vou dar.


    Casimiro de Brito
    Fragmento 16 do Livro das Quedas
    Lisboa, Julho de 2001


    in "A Meu Ver", de Carlos Pinto Coelho
    Escrito como legenda para uma fotografia de Carlos Pinto Coelho em que se vê um homem a pintar uma barca de Sesimbra e onde se divisam, como início do nome da barca, as iniciais "N. S."

    sábado, fevereiro 04, 2006


    Sesimbra
    fotografia de Roby Blasina


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    "Mira"
    Veleiro de 2 mastros, actualmente em reparação
    nos estaleiros navais de Sesimbra.

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    Canoa da Picada