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sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

A última festa.

Minha última e defunta balança veio “emprestada” da casa dos meus pais há algum tempo atrás, e devo admitir que não tinha muita ideia de onde conseguiria uma nova, a não ser que desse uma passada pelo banheiro dos meus progenitores. Pra falar a verdade, hoje são grandes as chances deu voltar da festa de ano novo, na casa deles, com minha nova balança, caso eles já tenham substituído aquela que desapareceu. Mas ontem não tinha a menor disposição para uma visita mano-a-mano, sem o resto da festa por perto para distribuir a atenção. Porém, ainda queria me pesar; afinal de contas, era quinta feira, dia de pesagem!

Refleti um pouco sobre o assunto e achei que farmácias eram o local com maior probabilidade de vender balanças. Me enganei. Quando entrei na quinta drogaria, percebi que minha empreitada seria em vão. Não que eles não tivessem uma balança por lá, mas era um pouco grande e o gerente engomadinho me disse que não estava à venda. Mesmo se estivesse, não conseguiria carregar aquilo. Tive vontade de subir e me pesar, mas estava com todas as minhas roupas e consegui, naquele momento, pelo menos um pouco de lucidez para desencanar e encher minha cabeça vazia com outra coisa.

Moral da história, ainda não sei meu peso, mas acho que vou conseguir mantê-lo de hoje pra amanhã. Por influência minha, o cardápio vai ser composto por coelho com molho de vinho branco. Tá certo que sempre vai um pouco de manteiga e um pouco de bacon, mas é só não exagerar no molho. Apesar de ser uma carne magra, não é um prato magro, mas ainda é bem melhor do que muitas das outras alternativas. Quanto às bebidas, vou jogar com a técnica do copo quente. Funciona assim: todo copo que você pegar, tem direito a tomar um terço de seu conteúdo. Os outros dois terços você segura até esquentar. Não falha nunca.

Bom, feliz ano novo pra todo mundo e até o ano que vem!

PS: durante meu surto para descobrir meu peso, cheguei a cogitar o uso da balança da cozinha. Não faz sentido, porque ela marca até, no máximo, dois quilos, mas o que afastou a ideia de minha mente não foi esse fator técnico e sim a imagem que me veio a cabeça. Eu tentando me equilibrar naquele tamborzinho de plástico seria algo mais ou menos assim:
Fonte: http://picasaweb.google.com/caballa69/ClipartsDelCircoEnBlN#5363224091700545378

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Meu ano acabou em CLACK!

Nunca dei muita importância para as implicações simbólicas que a virada do ano pudessem trazer para minha vida. Nunca me preocupei muito com os rituais da roupa colorida, ou branca, ou com a lentilha, apesar de realmente adorar lentilhas no geral, principalmente quando temperadas com carne de porco. Sempre que passei a virada na praia, pulei as sete ondinhas, mas nunca me preparei mentalmente para isso antes e, depois do segundo ou terceiro desejo, sendo que um deles sempre foi emagrecer, me falta tempo para pensar. Ou as ondas vêm muito rápido. Mas o fato é que acabo desejando besteiras. Ano passado, eu parcelei a grana que pedi. Foi mais ou menos assim: um milhão de dólares, emagrecer e... um milhão de dólares, um milhão de dólares... e mais três vezes até as ondas acabarem. Adivinhem só quantos milhões de dólares os deuses me mandaram esse ano?

Pelo menos eu emagreci. Ou comecei a emagrecer. Mas alguém sabe quantos quilos eu perdi até agora? Porque a verdade é que eu não sei! Isso mesmo, última quinta feira do ano, última pesagem do ano. Subo na balança com os olhos fechados com aquele medo de sempre do que vai acontecer. Meus ouvidos são perfeitamente capazes de detectar o som das engrenagens girando e minha mente, olhando para o avesso preto de minhas pálpebras, consegue desenhar o ponteiro vermelho indo numa direção, números indo em outra e... CLACK! #$@%^$!! Sabia que não adiantaria muita coisa constatar com a visão o que todos os meus outros sentidos já haviam percebido, mas olhei pra baixo de qualquer forma. Minhas opções eram duas: ou parar a dieta, porque não é normal que eu pese 23 Kg ou comprar uma balança nova.

Ainda tentei com a defunta mais um pouco, dei uma bela chacoalhada, tentei abrir pra ver o que estava acontecendo mas... Nada, estava quebrada. Agora, não sei o que fazer. Ou melhor, não sei em que pensar ou em que acreditar. Será que esse foi um sinal para o ano que vêm e todas as minhas descrenças estavam equivocadas? Será que devo comprar roupas brancas, inclusive sapatos, para passar a virada sem problemas? Ou será um pequeno capricho do destino a desgraça que hoje se abateu sobre mim? Mera coincidência? Bom, que venha o ano novo e aconteça o que tiver que acontecer. Pelo menos me divirto muito na festa!

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Hoje, não me pesei.

Hoje é quinta feira, dia de pesagem. Porém, decidi que o melhor a fazer era não subir na balança. Desde de segunda feira minha dieta tem sido impecável. Resisti a tudo e olha que não foi nem um pouco fácil. Isso, se as leias da física estiverem corretas, implica um bom resultado para a semana. Mas amanhã, como todos sabem, é natal, dia da ceia. Meu presente, de acordo com o desafio que propus, são 24 horas de quebra de dieta, enquanto durar as comemorações natalinas. Portanto, acho que o melhor a fazer é me pesar apenas dia 26. E é o que vou fazer. Um peso compensa outro. Vamos colocar a salada e o perú no mesmo barco.

Mas, mesmo sem enfrentar a tal da balança, recebi uma boa notícia sobre meu peso hoje. Curiosamente, desde que minha dieta começou, ninguém falou nada, ou reparou, ou me elogiou por mudanças na estrutura física do meu corpo. Quando voltava do almoço, porém, isso mudou. A Carla e a Marcela me encontraram no hall do prédio, vulgo catraca, e subiram comigo no elevador. Quando a caixa de aço suspensa parou no andar correto e sua porta se abriu, uma delas me disse que minha aparência estava completamente diferente, ou seja, que eu estava menor. A outra, completou perguntando qual era minha dieta, demonstrando claro desejo de seguí-la. Neguei que estivesse de dieta. Tirei mais uma desculpa da minha caixinha de desculpas e disse que estava sem carro esses tempos e minhas caminhadas para o trabalho, e do trabalho para casa, eram as responsáveis pelo peso menor. Mas não posso negar que fiquei muito contente com o elogio.

Talvez seja bobeira esse negócio de não falar pra ninguém que estou de dieta, mas sinto que esse é um assunto meu, apenas meu. De vocês, que lêem meu blog também, é claro, mas, no cotidiano, encaro isso como algo pessoal. Não sei, sinto que, quando perguntam se estou de dieta, é mais ou menos a mesma coisa que se perguntassem se estou usando roupa íntima. Talvez seja um erro pensar assim, mas fazer o que? Tá funcionando!

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

É, dessa vez não deu.

Hoje é quinta-feira, o que significa dia de pesagem. Infelizmente, quando subi na balança, tive uma surpresa um tanto quanto desagradável. Não consegui atingir minha meta da semana. Tá certo que o resultado não é desesperador, mas perdi menos de um quilo. Foram 800 gramas, o que não é de se reclamar mas... Me sinto mais ou menos como me sentiria se fosse ao supermercado comprar um quilo de bistecas, pelo preço habitual, e descobrisse, depois de chegar em casa, que o pacote foi reduzido em 20%.

Se bem que, essa semana, tive um pequeno.... vamos chamar de um pequeno mal entendido com um pote de sorvete de morango. É, deve ter sido isso. Droga. Se bem que pode ter sido outra coisa. Meu café da manhã de hoje não foi dos melhores. Quer dizer, foi muito bom, mas não muito dietético. Não sei o que me deu, mas decidi que faria um ovo mexido. Um ovo, na frigideira antiaderente, sem gordura, ia estar dentro de minhas posses calóricas. Mas, por acaso, acabei colocando um pouco de queijo pra derreter junto com ele. Curiosamente, uma fatia de presunto picado apareceu na panelinha de um ovo só. E duas salsichas meio que se auto cozinharam, força divina, acho. Depois de tudo aquilo, tive que fazer uma torrada. Comi e fui pra balança. Autopunição. Péssima idéia. Pois é. Agora é segurar, voltar pra linha e me preparar para a semana de dieta perfeita antes do natal.

Ps: amanhã tem almoço coletivo no trabalho e tenho que cozinhar alguma coisa pra levar. Não quero nem ver como vou conseguir me conter hoje à noite, fazendo comida gostosa.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

O prêmio e o peso.

Ontem fui à cerimônia de premiação do prêmio paladar. A maneira como consegui o convite até que foi interessante, mas é uma história tão longa que não vou contar aqui. Pelo menos, não hoje. O que importa é que estava morrendo de medo de ir a essa tal dessa cerimônia. Quase liguei pra cancelar umas 10 vezes. Em uma festa pros melhores restaurantes da cidade, as chances de ter comida, quero dizer, muita comida muito boa, irresistível e calórica, eram de 187 pra 1. Mas acabei indo.

Foi uma bela luta contra a marginal congestionada pra conseguir chegar até o hyatt e descobrir que todo o tempo que eu passei subindo de novo, até meu apartamento, pra pegar o convite esquecido, foi em vão, já que não tinha controle algum na entrada. Entrei. Podia ver, em diversas partes do salão, pequenas bancadas sob panelas e na frente de cozinheiros. Já tinha até me conformado que a pesagem de hoje ia ser um problema, principalmente depois do dia desejoso de comida que tive ontem. Digo, coisa boa, dalí, não vinha. Mas, para minha surpresa, a uma  única chance ganhou do 187. De fato, tinha comida. Mas tava ruim. Era uma espécie de degustação de alguns pratinhos e nenhum deles se salvou. Sabe o que é? Tá na moda fazer coisa diferente. Então, tem um pessoal que faz qualquer negócio e acha que ta cozinhando muito bem, mas esquece que fazer isso é super difícil e o sujeito tem que ser muito bom. Não é só misturar coisas inusitadas.

Daí, hoje de manhã (depois das dicas que recebi por aqui, resolvi me pesar de manhã) meu peso perdido está lá. Lá na casa do chapéu. Tô dentro da meta dessa semana.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Menos 7! (anos, não quilos).

Hoje eu acordei mais cedo do que o normal e com mais disposição do que o normal. Tudo isso para ver se minha barriga estava menor do que o normal. Sim, quinta feira, dia de pesagem. Minha semana até aqui foi muito bem. Me surpreendi com o controle que consegui ter, principalmente porque antes dessa dieta, me julgava como um ser incontrolável. Meu problema é que tinha acordado cedo demais e só queria me pesar de noite, então achei que seria uma boa me olhar no espelho da porta do armário e procurar por diferenças. Não podia dizer que tinha perdido peso. Tinha uma barriga antes da dieta, e uma barriga continuava refletida, pendurada bem no meio do meu corpo. E eu, sem condições para dizer que ela estava realmente menor.

Fiquei uns cinco minutos no encolhe – estufa tentando perceber alguma diferença significativa mas minhas descobertas realmente eram inconclusivas. Já estava fechando a porta do armário quando o espelho refletiu alguma coisa que chamou minha atenção. Não era nada de mais na verdade, apenas uma pilha de roupas antigas que eu devia ter derrubado. Fui colocando no lugar aquelas camisetas velhas e desgastadas, que nunca usaria de novo e aquele jeans, dentro do qual passei boa parte de minha adolescência e que há anos não servia e aquele casaco de.... Jeans. É isso! Peguei a calça e passei a mão sobre seu tecido áspero e resistente. Me lembrei de bons momentos que vivi com ela e, antes que pudesse me controlar, minha perna esquerda se vestiu. Depois a direita. Segurava a calça na altura dos joelhos, com um certo receio de subir com força e entalar. Mas não entalou. As pernas couberam. Meus dedos agarraram a parte de cima da calça pelos dois lados e começaram a puxar. Milagrosamente, não foi preciso fazer muita força. O botão cruzou majestosamente toda a extensão do território inimigo e encontrou sua casa. Não ficou folgado nem nada, mas serviu.

Daí, não me agüentei. Fui pra balança. Na minha empolgação, esqueci de tirar a calça e, quando subi, tomei o maior susto. Não tinha perdido quase nada! Mas, quando fiz o procedimento corretamente, lá estava. Menos um quilo e cem gramas! Quem diria que uma calça podia trazer tanta felicidade?

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Cadê o meu quilo que estava aqui?

Ontem foi dia de pesagem e, quando subi na balança, depois de todo aquele drama habitual e medo de olhar pra baixo, tive uma agradável surpresa. Continuo dentro da minha meta semanal. Meu peso, hoje, 0,0815 toneladas. Ou seja, perdi mais ou menos 10 oz (onças). E, de fato, me sinto mais leve com esse quilo perdido. E não é só fisicamente não, também rola uma leveza espiritual. Como se minha alma também perdesse peso. Vai ver é isso mesmo.

Mas essa dieta tem me induzido a certas reflexões. Outro dia estava pensando na famosa frase que dizem por aí, ´´O que é o crime de assaltar um banco quando comparado com o crime de fundar um banco``? É engraçado isso, porque fico o tempo todo me preocupando com o que posso comer e o que não posso e resistindo a tentações quando, talvez, devesse apenas me conter na hora de fazer compras. Afinal de contas, o que é o crime de assaltar a geladeira quando comparado com o crime de encher a geladeira? E realmente, supermercado é complicado. Não tenho o hábito de fazer listas de compras ou programar o que vou comer e daí, muito provavelmente por medo de ficar com fome, acabo comprando um monte de coisas. Não preciso dizer que a grande maioria dessas coisas engordam e são desnecessárias. Pois é, não é fácil. Mas, por enquanto, ta dando certo.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Sobre uma balança e uma garrafa de rum.

Hoje foi dia de pesagem (semana 2!). Dessa vez, sem enrolar. Cheguei no banheiro, marchei até a balança e subi. Hesitei um pouco. Faltou coragem pra olhar pra baixo. Minhas preocupações não tinham fundamento, mas mesmo assim, elas existiam. Semana passada, perdi 1,2 quilos. Essa semana, acho que num balanço geral, segui muito bem a dieta, mas estava com um certo medo de olhar pra baixo e ver alguma coisa menor do que uma diferença de 1,2.

Não faz sentido isso, porque minha meta é 1 por semana mas eu sou assim e sempre fui, fico tentando conseguir mais e mais rápido depois que começo. É a boa e velha taxa de impaciência fazendo efeito. Por exemplo, quando era criança, queria aprender a tocar violão. Enchi o saco dos meus pais até eles me darem o instrumento, fui nas aulas e toquei várias horas por dia, todo dia, durante um mês. Quando tava conseguindo tocar algumas músicas, cansei e desencanei. Mais tarde na minha vida, tive uma visão e percebi que tênis era o esporte perfeito pra mim. Enchi o saco de novo e ganhei uma raquete, um uniforminho completo e uma porrada de bolinha. Isolei todas as bolas em duas semanas, jogando sem parar e quando as novas bolinhas chegaram, mal olhei pra elas. Também serve de exemplo um carnaval, há uns dois anos atrás, quando estava na praia com uns amigos e descolei um caiaque. Andei tanto naquele negócio que uma hora delirei e achei que podia remar até a África. 20 minutos depois de minha partida, tinha uma horda de salva-vidas vindo me resgatar....

Pois é, esse é o meu medo. Me empenhar demais na dieta nessas primeiras semanas, conseguir algum resultado e desistir. Dai podia empilhar a balança junto com o violão já sem cordas, os tubos de bolinha fechados ou... Bem não guardei nada do caiaque porque até hoje não consigo passar nem perto de um remo sem ficar com o estomago embrulhado. Mas é isso aí marujo. Força. Olhei pra baixo como se estivesse na ponta da prancha e lá em baixo estivesse cheio de tubarões famintos. 82,5. Um quarto do peso em um quinto do tempo. Mas é melhor não me animar muito, porque já estou achando que mereço um viva e uma garrafa de rum!

Ps: nossa, quando esse post virou sobre piratas??? Que nada a ver!

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

É agora.

Meus olhos foram a seu encontro, mas ela continuou lá, com a mesma expressão de desdém de sempre. Nem um movimento, nem um sinal. Queria dizer alguma coisa, mas não encontrava as palavras, não sabia como me expressar. Minhas pernas se mantinham firmes no chão, incapazes de se mover. Aos poucos, o ar começou a queimar minhas narinas e meus olhos, sem piscar, ardiam. Foi um dia duro e aquilo tinha que ser resolvido naquele momento. Não poderia adiar por nem mais um instante. Era hora de, de uma vez por todas, enfrentar aquele horripilante ser destruidor de sonhos, sem coração. O inimigo. Aquela maldita balança.

Pois é, sete dias se passaram. Nada mais importa agora, preciso saber se todo esse esforço foi em vão ou se consegui algum resultado. Respirei fundo e encontrei forças para mexer meu pé direito pra frente. Depois o esquerdo, direito e antes que percebesse tinha dado os quatro passos que me separavam da maligna. Apertei os olhos e subi. Ouvi atentamente o barulho de suas engrenagens rodando. Como rodavam! Não tinha adiantado nada, uma pessoa magra não faz a balança rodar tanto. Abri os olhos e encarei os azulejos do banheiro. Coragem. É melhor saber. Olhei pra baixo.

Oitenta e três virgula oito. Quem diria. Não é que funciona? Nem vou descrever o que senti naquele momento porque imagino que todos saibam como é bom ver que aquilo que você tentou deu certo. Mas não consegui segurar minha empolgação. Posicionei a balança em baixo de um ganchinho que tem no teto, pequei uma cordinha, passei pelo gancho e me puxei pra cima. Só o suficiente pra ver os 75 marcados na balança. Pareciam ali, tão próximos, tão simples. Tão leve! Acho que fiquei uns 47 segundos nessa brincadeira, até a cordinha arrebentar. Que ideia idiota essa, de brincar com a cordinha.

PS: só postei hoje porque esperei até 5 pra meia noite para ver o que tinha acontecido.