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domingo, 12 de dezembro de 2010

Minha amada geladeira.


Agora pouco, estava pensando em como é a geladeira das outras pessoas que estão de dieta. Não o eletrodoméstico em si, mas seu conteúdo. Sobre a minha, posso dizer que se afasta bastante daquilo que considero ideal ou até mesmo digno para um ser humano. Basicamente, tem salada, frutas, água e frango. Tá bom, é mentira. Tem queijo, alguns embutidos, tipo peito de peru e uma bandejinha de mortadela que acabei comprando sem querer (e cresce o nariz) outro dia, algumas latinhas de água tônica (diet) e algumas outras pequenas tentações. Bem pequenininhas, como um pote de doce de leite que está lá há meses ou uma garrafa de creme fresco que adoro colocar no café ou um joelho de porco defumado que simplesmente apareceu por lá. Enfim, coisas que ficam na geladeira.

Só que, há alguns dias, venho tendo esses impulsos de tentar comer alguma coisa fora de hora. Eles até que tinham dado uma diminuída, mas acabaram voltando, e com bastante força. Acabei sucumbindo um par de vezes, nada muito sério, mas que quebram a dieta e me impedem de deitar no fim do dia com aquela sensação de “e daí que você está com fome, pelo menos cumpriu seu dever!” Então, tomei uma decisão. Peguei tudo que não fosse salada ou água e coloquei bem no fundo. Daí, peguei alguns itens de armário, como pacotes fechados de bolacha e o pacote de pão e tudo o mais que vem em pacote e pronto para o consumo e também atochei lá no fundo. Mudando um pouco de assunto, minha vó tinha o costume de guardar pão na geladeira, coisa que sempre achei meio estranha, mas olha só eu fazendo igual... Enfim, com tudo que engorda ou que me tenta fora de hora lá no fundo, peguei os potes em que guardo a salada seca e os coloquei de guarda, à frente das prateleiras. Na porta, deixei só as garrafas de água gelada.

Para dificultar ainda mais meu acesso, virei a geladeira para a parede. Ainda consigo abrir a porta, mas, sem arrastar, só dá pra pegar as garrafas de água, nem os potes de salada não saem. Não que a dificuldade vai resolver o problema, mas é uma coisa psicológica, sabe? E pra completar a psicologia, peguei uma caneta de escrever em cd e desenhei na lateral que ficou no lugar da porta uma pessoa bem gorda, bem feia. Foi fácil porque desenho super mal. Só que acabou de me ocorrer uma coisa, acho que o esforço todo foi em vão. Quando chegar a hora do jantar, vai ser tão difícil pegar a comida que tem grandes chances de acabar é pedindo pizza.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Cadê o meu quilo que estava aqui?

Ontem foi dia de pesagem e, quando subi na balança, depois de todo aquele drama habitual e medo de olhar pra baixo, tive uma agradável surpresa. Continuo dentro da minha meta semanal. Meu peso, hoje, 0,0815 toneladas. Ou seja, perdi mais ou menos 10 oz (onças). E, de fato, me sinto mais leve com esse quilo perdido. E não é só fisicamente não, também rola uma leveza espiritual. Como se minha alma também perdesse peso. Vai ver é isso mesmo.

Mas essa dieta tem me induzido a certas reflexões. Outro dia estava pensando na famosa frase que dizem por aí, ´´O que é o crime de assaltar um banco quando comparado com o crime de fundar um banco``? É engraçado isso, porque fico o tempo todo me preocupando com o que posso comer e o que não posso e resistindo a tentações quando, talvez, devesse apenas me conter na hora de fazer compras. Afinal de contas, o que é o crime de assaltar a geladeira quando comparado com o crime de encher a geladeira? E realmente, supermercado é complicado. Não tenho o hábito de fazer listas de compras ou programar o que vou comer e daí, muito provavelmente por medo de ficar com fome, acabo comprando um monte de coisas. Não preciso dizer que a grande maioria dessas coisas engordam e são desnecessárias. Pois é, não é fácil. Mas, por enquanto, ta dando certo.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Mente criminosa.

Hoje foi meu primeiro dia sem jornal. Eles ficaram uns dias sem entregar e não conseguiram me dar nenhuma explicação para o ocorrido, o que me irritou profundamente e acabou em um cancelamento de nossa relação matinal. Porém, isso meio que se tornou um problema. Como diria Reinaldo Moraes, gosto de ter a merda do mundo como café da manhã. Principalmente nesse fase de dieta, já que a merda do mundo não engorda. E faz minhas duas torradas com chá verde parecerem um pouco mais suportáveis. Pra falar a verdade, hoje foi o primeiro dia desde que resolvi controlar meu peso que prestei atenção em minha primeira refeição do dia e acabei percebendo como ela é escassa.

Isso acabou me deixando meio pra baixo. Me fez pensar um pouco sobre essa dieta. Não sei se me sinto melhor com ela. Tinha a impressão que teria uma superdisposição depois que começasse, mas passo mais tempo pensando em comida que fazendo qualquer outra coisa. E, pra completar, tenho sentido uma espécie de peso na consciência depois de todas as refeições, mesmo as menos calóricas, como se comer tivesse se transformado num crime. Um saco.

Falando em crimes, assaltei a geladeira. Sabia que isso aconteceria mais cedo ou mais tarde mas até que foi uma ação mais suave do que imaginava. Aconteceu agora pouco, depois do almoço. Comi uma salada com frango e uma laranja de sobremesa. Vinte minutos depois, percebi que ainda estava com fome. Situação meio incontrolável. Fui até a geladeira com a intenção de pegar um copo d’água, mas quando a porta se abriu, me deparei com um pode de doce de leite. Minhas pernas bambearam e minha força de vontade se curvou ao pecado. Minha mão caminhou em direção ao pote, porém, nunca chegou a pegá-lo. A mão de deus, inexplicavelmente, a desviou para um pote de picles. Sem dar tempo para minha cabeça tentar entender o que tinha acontecido, puxei os pepinos em conserva pra fora e me afastei. Comi meio pote numa sentada, minha gastrite atacou, o peso na consciência bateu e tudo o mais. Fiquei feliz com as mudanças do destino, mas tenho a sensação de que, agora, tenho assuntos pendentes com o doce de leite e estou com um certo medo de passar perto da geladeira.

Bom, amanhã eu conto se o tal do pote de doce de leite veio puxar meu pé de noite ou se me deixou em paz.