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segunda-feira, 6 de junho de 2022

Leituras no Metro - 1112

Já há algum tempo que não comprava a Lire. Como tinha um dossier sobre bibliotecas, arrisquei. Mas arrisquei mal. Fraco o dossier e a revista.
Entretanto, neste número vem anunciado um número especial sobre Camus, que hoje vou tentar ver e folhear. 

domingo, 27 de dezembro de 2020

domingo, 3 de novembro de 2019

Uma Lire dedicada aos gatos


Este número da revista Lire lembrou-me um livro que comprei há anos para oferecer:

Paris: J'Ai Lu, 2001

«"Mon chat sur le carreau cherchant une litière agite sans repos son corps maigre et galeux l'âme d'un vieux poète erre dans la gouttière avec la frêle voix d'un fantôme frileux." (Baudelaire)
«Silencieux, solitaires, sédentaires tous deux, le chat et l'écrivain se sont reconnus depuis des siècles. Complices? Peut-être, dans l'espace sacré de l'écriture dont le chat semble le gardien, le sphinx détenteur de secrets que l'homme, laborieusement, poursuit de sa plume. Rien ne ressemble moins à un chat qu'un autre chat, si l'on en croit ces soixante interviews. Elles nous apprennent aussi que le chat fut créé sans doute pour que l'écrivain puisse caresser un tigre sur son divan…»

sexta-feira, 16 de agosto de 2019

Mais duas revistas para os proustianos

Folheei as duas revistas: o n.º especial de Le Point, com muitos artigos de Jean-Yves Tadié, o grande biógrafo do autor francês, pareceu-me muito bom.

quarta-feira, 24 de julho de 2019

terça-feira, 21 de março de 2017

Torniquete

A tômbola anda depressa,
Nem sei quando irá parar -
Aonde, pouco me importa;
O importante é que pare...
- A minha vida não cessa
De ser sempre a mesma porta
Eternamente a abanar...

Abriu-se agora o salão
Onde há gente a conversar.
Entrei sem hesitação -
Somente o que se vai dar?
A meio da reunião,
Pela certa disparato,
Volvo a mim a todo o pano:

Às cambalhotas desato,
E salto sobre o piano...
- Vai ser bonita a função!
Esfrangalho as partituras,
Quebro toda a caqueirada,
Arrebento à gargalhada,
E fujo pelo saguão...

Meses depois, as gazetas
Darão críticas completas,
Indecentes e patetas,
Da minha última obra...
E eu - prà cama outra vez,
Curtindo febre e revés,
Tocado de Estrela e Cobra...

Mário de Sá-Carneiro


(Publicado há 100 anos no Portugal Futurista.)

sábado, 18 de fevereiro de 2017

Uma Discussão com 50 Anos

Um documentário sobre The New York Review of Books, da autoria de Martin Scorsese e David Tedeschi, que pode ser visto em Lisboa.
O projeto da revista teve início em 1963, quando Robert Silvers, Barbara Epstein e alguns amigos comuns decidiram criar um novo tipo de revista que olhasse a cultura, a economia, a ciência ou a política de um modo original e subversivo, com o objetivo de mudar opiniões e mentalidades. Nas suas intenções sobre a realização desde filme, Scorsese explica: «Aprendi tanto ao longo dos anos com a The New York Review of Books – deu-me tanto que me entusiasmou logo a oportunidade de fazer este filme. O David e eu recebemos de braços abertos o desafio de fazer um filme que refletisse o que é tão único na Review, um filme que é, na verdade, sobre a aventura do pensamento e, como diria Colm Toibin, a sensualidade das ideias. Espero que tenhamos sido bem-sucedidos».



terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Le musée des lettres et des manuscrits


Há dias fui ver o que se passava com este museu que da última vez que fui a Paris quis visitar e estava encerrado, mas continuava a vir nos guias com horário de abertura.
Este museu tinha dois pólos: um em Bruxelas e outro em Paris, no bd Saint-Germain, onde fui varias vezes. Conheci-o ainda na rue de Nesle, onde vi uma exposição sobre Saint-Éxupery. 
Então o que se passou? Foi encerrado, devido a uma investigação aos eu proprietário Gérard Lhéritier, fundador da sociedade Aristophil, suspeito de fraude organizada. Parece que se dedicava a comprar manuscritos em leilões que depois eram super super sobrevalorizados, para serem novamente vendidos.
Gérard Lhéritier dedicava-se a este negócio há mais de 20 anos e a sociedade Aristophil tinha mais de 16 000 clientes.
O Estado francês contou muitas vezes com a generosidade de Gérard Lhéritier para conseguir adquirir alguns tesouros nacionais. Um dos mais recentes, foi o manuscrito de Os 120 dias de Sodoma do Marquês de Sade que, comprado por sete milhões de euros,  Lhéritier pretendia tinha a oferecer à BnF dentro de cinco anos.
Referi-me a esta exposição aqui no Prosimetron.
Aristophil era ainda proprietário da revista Plume, que assinei, mas nunca recebi.


Para saberem mais, leiam aqui:
https://fr.wikipedia.org/wiki/Aristophil

domingo, 16 de agosto de 2015

Revistas francesas

Esta revista, o n.º 119-120, de Le magazin du bibliophile, dedica um artigo à exposição sobre a biblioteca de Francisco I.

Le Figaro dedicou um n.º especial a Marcel Pagnol, para comemorar os 120 anos do seu nascimento. Para além de cineasta, foi um escritor e ilustrador cheio de talento, o que é atestado por este n.º da revista.

terça-feira, 24 de março de 2015

Orpheu 1 foi publicada há 100 anos

Os CTT assinalaram o centenário da revista Orpheu com a emissão de dois selos e um bloco. Os selos reproduzem as capas dos dois números da revista que foram publicados e o bloco uma tapeçaria de Almada Negreiros.

segunda-feira, 23 de março de 2015

«Poetas paranóicos» em expo na BNP


«Alguns rapazes, com muita mocidade e muito bom humor, publicaram, há dias, uma revista literária em Lisboa. Essa revista tinha apenas de notável a extravagância e a incoerência de algumas, senão de todas as suas composições. Como a recebeu a imprensa diária? Com o silêncio que merecia? Com as duas linhas indulgentes e discretas que é de uso consagrar às singularidades literárias de todos os moços? Não. A imprensa recebeu essa revista com artigos de duas colunas, - na primeira página. A imprensa fez a essa revista um tão extraordinário reclame, que a primeira edição esgotou-se e já se está a imprimir a segunda. Ora semelhante atitude está longe de ser inofensiva ou indiferente. Em primeiro lugar, consagra uma injustiça fundamental; em segundo lugar, favorece e prepara uma seleção invertida. Eu bem sei que o reclame a certas obras é às vezes feito à custa da veemente suspeita de alienação mental que pesa sobre os seus autores. Mas neste caso, como em outros muitos, é justo confessar que os loucos não são precisamente os poetas, mais ou menos extravagantes, que querem ser lidos, discutidos e comprados; quem não tem juízo, é quem os lê, quem os discute e e quem os compra.»
Assim se referia Júlio Dantas, num artigo intitulado «Poetas paranóicos», publicado na Ilustração Portuguesa (19 abr. 1915) ao aparecimento da revista Orpheu.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Leituras no Metro - 202



Uma boa revista sobre literatura. Comprei estes dois números e tenho estado a ler a número de cima (já antigo), com uns artigos dedicados a Simenon.
A revista está ligada ao Musée des Lettres et Manuscrits, de Paris e Bruxelas, e reflete muito da atividade destes museus.

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Leituras no Metro - 191

Comecei a ler o n.º de novembro da Lire com um grande dossier dedicado a Modiano, o qual inclui uma entrevista muito interessante.
«Les souvenirs d'enfance sont des puzzles auxquels il manque beaucoup de pièces, qui ont été peu à peu rongées para l'oubli. Remonter dans le passé est très romanesque. C'est presque comme une énigme policière: les souvenirs sont complètement morcelés, les détails ne se relient pas forcément aux autres... C'est ça qui m'a toujours intrigué. C'est sur celà qui j'écris, livre après livre. J'ai l'impression que tout ce qu'on a vécu jusqu'à trois ou quatre ans est complètement noyé dans l'oubli et qu'après surnagent des choses qui finissent presque para appartenir au domaine de l'imaginaire: l'enfant est un romancier qui ne le sait pas, il s'attache à des détails désordonnés, et son souvenir, des années plus tard, est forcément très énigmatique. Donc, oui, le souvenir est une bombe à retardement parce qu'on se pose des questions lorsqu'on vieillit, à propos de ces pièces perdues du puzzle, et qu'on essaie toujours de les retrouver. Il y a, dans les souvenirs d'enfance, quelque chose d'énigmatique et de parfois dangereux. Même si l'enfance a été paisible.» (p. 54-55)
François Busnel pergunta a Modiano quando publica as suas Memórias, ao que o escritor responde que não sabe se publicará os seus cerca de vinte cadernos: «Parce qu'on verrait tout ce qui m'a permis d'écrire mes autres livres, mes romans. Ce serait comme une machine dont on apercevrait les arrière-fonds, les fondations... Ce serait bizarre. Ce serait de voir tout le grouillement des romans... Quelle étrange impression!»
Desagradar-lhe-ia?: «Je préfère les romans tels qu'ils ont été publiés. Tous sont des espèces d'autobiographies. Mes livres sont fait de bric et de broc autobiographiques. mais publier ces carnets... Je ne sais pas.» (p. 58)
A publicação dos cadernos agradaria sem dúvida aos leitores de Modiano.

Neste n.º há umas páginas dedicadas ao livro que Jacques Tardi fez sobre os cadernos de guerra da participação de seu pai, René Tardi, nas batalhas sangrentas da Pomerania: «O pai conta, passo a passo, verticalmente, a realidade física do Reich a desmoronar-se; o filho completa, metodicamente, a narração terrífica desta guerra ignóbil, que alinha sem piedade os mortos, de Dresden a Dora.» (Julien Bisson)
O livro é posto à venda hoje em França.

Paris: Castermann, 2014 
€25,00

sábado, 1 de fevereiro de 2014

Poemas - 88


Denis van Alsloot, Paisagem de Inverno, óleo sobre madeira.


Elegia

Regressa neste inverno o tempo exausto
de outros invernos. Rostos submersos
sorriem e emergem devagar
do frio rio dos versos

Olha bem para eles Reconheces
o que resta de ti
nos seus olhos intactos flutuando
no espelho desse rio A tua vida
reflui nessas imagens
nos seus reflexos líquidos que movem
as tuas ilusões  Respira fundo
absorve a luz do sol
nesta manhã " de inúteis agonias "
e vê que meio século é muito pouco
desde o primeiro dia

Rompe de novo a sombra desses anos
a membrana translúcida do tempo

Talvez ainda saibas mergulhar
no mesmo rio de sempre
e no entanto é cada vez mais fria
a água do passado

- Fernando Pinto do Amaral, in Relâmpago # 27, Outubro de 2010.

terça-feira, 19 de novembro de 2013

Poemas - 86


MEMENTO MORI

                                        Death is not in life
                                         ( Wittgenstein )

Eu vi morrer três pessoas:
a uma acompanhei até ao fim,
no que seria talvez o que lhe restava da vida
ou porventura o que lhe sobrava de morte;
outra morreu quando eu dormia,
longe do hospital:
e tive que atravessar pela madrugada
uma cidade estrangeira
para chegar à sua morte;
e meu Pai, enquanto eu ia
comprar-lhe uma garrafa de oxigénio;
que nunca soube a quem serviu depois.

Nós nunca vemos ninguém morrer,
porque morrer é por dentro de cada um,
como talvez tudo o que tenha algum sentido,
como talvez o amor.

O que verdadeiramente importa
é opaco ao nosso olhar
e cada prova que vivemos
é só e única:
morrer ou ver morrer

e o amor também.


- Luís Filipe de Castro Mendes, na Relâmpago # 27, Outubro de 2010


( Na morte de Doris Lessing )

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Suroeste


É hoje apresentado na Assírio & Alvim, no Chiado, às 18h30, o terceiro número de Suroeste: Revista de literaturas ibéricas, dirigida por Antonio Sáez Delgado.
A revista Suroeste pretende servir de diálogo e união entre todas as literaturas peninsulares, nas suas diferentes línguas, já que os textos são publicados nas línguas originais (sem traduções).

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Camus nas revistas francesas

Capa da Lire deste mês. 
Sempre pensei que a revista dedicasse um n.º especial a este autor.
N.º especial de out.
N.º especial saído em abr.-maio.

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

O que estou a ler

Estou a ler este mais recente número da Colóquio Letras, o 178, maioritamente dedicado a Ruy Belo,
e também este ensaio da Maria Filomena Mónica sobre uma das coisas que temos mais certa, mais um volume de uma colecção preciosa da Fundação Francisco Manuel dos Santos.
Finalmente, e foi isto que ficou por dizer há uns tempos quando se falou aqui de Aleister Crowley, estou a ler ficção fantástica daquele que foi um dos expoentes mediáticos do Ocultismo no século passado e que se considerava a si próprio o pior homem do mundo. Foi por mero acaso que descobri estas histórias, até porque desconhecia que ele tinha escrito ficção apenas o conhecendo da tradição esotérica/ocultista e das ligações ao nosso Fernando Pessoa.
Também estou a ler BD, mas isso fica para outro post.

terça-feira, 14 de junho de 2011

Novidades - 184

Acompanhei a génese desta Nova Águia, que vai já no sétimo número sendo que desta vez o tema é Fernando Pessoa.