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Educação musical

23.4.15
Um dia destes revimos o Blue Valentine - há poucos filmes que conseguem mostrar o desgaste de uma relação de uma forma tão inteligente como este - e por causa da banda sonora o Jaime acabou por descobrir os Dead Man's Bones.
Como ele é daquelas pessoas que quando ouve uma coisa que o entusiasma nos obriga a todos a ouvi-la vezes sem conta, acaba por contagiar os miúdos. Agora, por exemplo, estão ali a ouvir o Lose Yor Soul mas os pequenos já pediram para ouvir a seguir o Samuel Úria e os Mão Morta.
Eu agradeço-lhe profundamente podermos fazer viagens de carro com boa banda sonora, mas não sei até que ponto não acabaremos por ser julgados, mais tarde ou mais cedo, por eles trautearem coisas como "chá[rro] aqui, chá[rro] ali, mais um vodka pr'atestar".

Magnórios

10.4.15


No dia do aniversário do Jaime fomos ao cinema ver O País das Maravilhas e, hoje, quando fui à janela e vi as duas nespereiras lá em baixo, no jardim da casa vazia, achei que as duas coisas estavam relacionadas.

Dias perfeitos

10.11.14
No sábado de manhã, uma lição de esgrima histórica para uma reportagem. Precisava de levar calças de desporto escuras e sweatshirt branca. Não tinha nenhuma e por isso transformei duas t-shirts numa sweat. Ficou apertada nas mamas e quando me vi ao espelho estava com os bicos espetados. Paciência.

No sábado à noite, seis horas numa peça de teatro.
A melhor pergunta/resposta: Qual a qualidade mais sobrevalorizada? (pergunta Vera Mantero) A iniciativa própria (responde Jorge Andrade).
No fim, mais duas horas a pesquisar personagens do Roque Santeiro e a cantar a banda sonora da novela.

Há dias perfeitos, foda-se.

No Museu

19.5.14

No Dia Internacional dos Museus fomos à Gulbenkian (seria um crime não visitarmos um museu qualquer e este tem a vantagem de a seguir podermos soltar as crias nos jardins).
A obra de cima estava pendurada mais ou menos à altura do Isaac e, sim, foi um bocado assustador vê-lo correr em direcção ao solitude e passar por aquilo rés vés Campo de Ourique, mas tudo acabou bem.
O Nicolau, talvez por estar imobilizado, concentrou-se nas exposições e revelou-se um verdadeiro expert.
No fim disseram que o que mais gostaram foi da "aranha verde" (na imagem de baixo), mas vi-os bastante entusiasmados com alguns dos vídeos de João Tabarra.
Os meus filhos podem ser broncos, que são, mas ao menos são broncos em sítios finos.

Assim se fazem revoluções

21.6.13
Escolher certo

Em 1978 Joaquim Benite, com o seu Grupo de Campolide, sai do Teatro da Trindade e instala-se numa colectividade almadense. Abandona uma das mais belas salas do País e vem para o meio de operários. Estreia um autor comunista desconhecido, José Saramago. Cria uma mostra de teatro amador, que se transforma num dos mais importantes festivais da Europa - trinta edições depois, verificamos que escolheu certo.

Apostando na diversidade estética, pautada pela excelência artística, o Festival de Almada tem sido um local de encontro - de encontro entre artistas, mas sobretudo de encontro entre artistas e público. Como tal, numa recente época de relativa abundância, durante a qual pulularam luminárias fátuas e vazias de sentido, nessa época em que a Cultura foi também um negócio, o Festival apostou no fortalecimento de laços com os teatros seus parceiros (aqueles geridos por artistas) - e com a sua Cidade.

Nesta 30.ª edição apresentamos de novo os grandes criadores e intérpretes do teatro europeu; regressa a mais importante Companhia portuguesa independente, a Cornucópia; há duas óperas, um concerto sinfónico, seis estreias e um ciclo de teatro nórdico - e, não por acaso, há também espectáculos de cada um dos PIIGS. Sabíamos o que aí vinha: o desinvestimento na Cultura não começou com este Governo, não se trata desta ou daquela cor política, deste ou daquele governante - é outra coisa. Sabíamos que a ideologia liberal não encara o livre acesso dos cidadão à Cultura como um direito, embora ele esteja consagrado na Constituição. Sabemos que a uma classe dirigente inculta e mal preparada não lhe convém uma população bem formada e com poder reivindicativo. Aos jovens formados pelo Estado, em cuja educação o mesmo Estado tanto investiu num passado recente, é-lhes agora sugerido que emigrem. E, como prevíamos o que aí vinha, reunimo-nos àqueles que pensam como nós e preparámo-nos para resistir, apresentando uma das melhores programações dos últimos anos.

Em 2013 a subvenção estatal diminuiu ainda mais - mas apresentamos mais dez espectáculos do que no ano passado, com a garantia de qualidade, por exemplo, do Odeón - Théâtre de l'Europe, ou Théâtre de la Ville. Acreditamos, porque no-lo ensinaram, que um público mais informado e mais exigente reivindicará num futuro próximo aquilo que lhe é devido.

Podíamos ter ficado a chorar sobre o leite derramado - mas a gente não escolhe assim.

Rodrigo Francisco
Director Artístico

Conciliar é uma treta

11.3.13
O Nicolau está doente há mais de uma semana e eu, provavelmente, tenho uma amigdalite.
Conciliar é uma treta.
Mas a Ler Devagar é espectacular.

Excelsior

31.1.13
You have to do everything you can and if you stay positive you have a shot at a silver lining (temos de fazer todos os possíveis e, se formos optimistas, podemos ter um final feliz - na tradução do filme)
E isto, meus senhores e minhas senhoras, é mesmo verdade. É incrível. Ainda estou fora de mim, porque quando saí do cinema, fui carregar o 7 Colinas e olhei para as raspadinhas e disse a mim mesma "stay positive". Comprei uma e adivinhem...exactamente, ganhei!!! Nem queria acreditar. Agora, só tenho de pensar como vou gastar um euro.

A vida que eu quero

28.11.12
Paulo Ricca

Um dia destes li (mentira, vi num episódio do CSI, mas como estava a ler as legendas não é totalmente falso) que há as pessoas que aceitam a vida que têm e as que procuram a vida que querem. É claro que, tratando-se de um episódio do CSI, não se aprofundou a questão, até porque aquela gente tem mais o que fazer, mas se tivessem tido tempo, acabariam por chegar à conclusão que a única premissa verdadeira é a primeira, porque as pessoas que procuram a vida que querem, também têm de aceitar a vida que têm. Procurar não é sinónimo de encontrar.
Seja como for, esse momento filosófico do CSI deixou-me a pensar na vida que eu quero. E na vida que eu quero tenho aquela barriga outra vez, mas a pesar um bocadinho mais do que os 50 kg que pesava na altura; tenho um motorista (Jaime estás proibido de vir aqui dizer que isso já tenho) e vários projectos interessantes em mãos, como escrever o argumento para o cinema deste livro; vou a todas as festas de lançamento de livros da Quetzal em que o Irmão Lúcia esteja a pôr discos; vou ver vários espectáculos de teatro e dança com as minhas amigas e a seguir vamos jantar a altas horas; Vou buscar os meninos à escola com o Jaime (se ele não puder vou com o motorista) e vamos brincar para algum sítio, como uma biblioteca, no Inverno, ou um jardim, no Verão, antes de vir para casa. O motorista também é babysitter e às vezes fica com eles para eu e o Jaime irmos sair (sim, o motorista é espectacular e está um bocado apaixonado por mim, mas depois casa-se com um gajo maravilhoso). Não sei como, temos sempre o jantar pronto e a casa arrumada (fazêmo-lo nós quase sem dar por isso); tenho uma casa com quintal, ou uma horta comunitária para cultivar legumes, ou melhor, tenho a persistência necessária para cultivar a terra, porque casa com quintal já tenho, no Porto, e já lá cultivei bastantes legumes (batatas, tomates, feijão verde, couve e cebola), por isso sei que é fácil desistir sob vários pretextos.
Na vida que eu quero acabaremos por fazer a tal road trip a Bordéus e depois muitas outras.
Ou seja, agora que penso nisso, se eu começar a escrever o argumento, a única coisa que fica a faltar para a vida que eu quero é o motorista. Ah, e a barriga, pois...Mas, quer dizer, alguém que acha mais natural começar a escrever um argumento de um livro do Amin Maalouf, do que contratar um motorista não vai perder tempo com a barriga.

P.S Não sei se já repararam que o Panados tem página no facebook. Não sei bem para que serve, mas acabarei por dar-lhe alguma utilidade. Vão lá gostar de mim, que estou carente.

Concerto para bebés

25.11.12
Há alguns anos, vivia eu no Porto, tentei levar a Beatriz a um concerto para bebés, mas nunca consegui. Aquilo esgotava meses antes de acontecer, parecia uma coisa para bebés de elite, e acabei por desistir de arranjar uma vaga. Não sem dar alguma luta, ao contrário do que aconteceu com as aulas de preparação do parto, por exemplo, nas quais me recusei a participar (na altura estava na moda o método Lamaze e eu sentia-me absolutamente incapaz de respirar como um cão), porque estava perfeitamente convencida que ela devia ter o máximo de experiências sensoriais possíveis. Felizmente sempre fui uma gaja intuitiva e por isso nunca lhe faltaram experiências desse tipo: dava-lhe colo e mais colo, tomávamos banho juntas, cantava-lhe dia e noite, comíamos laranjas partidas aos gomos com a casca e por aí fora, mas é claro que eu achava que isso era o básico (agora sei que isso é o mais importante) e queria que ela tivesse a oportunidade de descobrir outras coisas.

Seja como for, nunca mais pensei nesses concertos até ter sido convidada para assistir a um com os rapazes. Perguntei ao pai "que dizes?" e ele respondeu "não sei". Cocei a cabeça (depois descobri que eram piolhos) e disse que sim.
Entretanto vieram os piolhos, os vómitos e a diarreia (assim, tudo de uma vez) e estive até à última para desistir, mas não foi preciso. E ainda bem, porque foi uma experiência bem bonita ver os bebés a gatinhar e a dançar no meio dos músicos, a reagir de uma forma tão natural e fluída (os meus estavam a comer bolachas a um canto, obviamente). Ainda assim, não posso deixar de referir o que disse o mentor do projecto, Paulo Lameiro, no fim: mais importante do que levar os bebés a concertos é cantar-lhes em casa e aqui, pelo menos, posso gabar-me de ganhar muitos pontos.

Arte

11.10.12
Quando entrei em casa e comecei a preparar o pequeno-almoço, depois de os deixar nas respectivas escolas, olhei à minha volta e decidi que não ia fazer nada do que tinha para fazer. Decidi que ia sair de casa para bem da minha sanidade mental. Enquanto tomava o pequeno-almoço fui ver à net o que havia por cá de exposições e escolhi esta. Em boa hora o fiz, porque não há nada que nos faça acreditar mais na humanidade do que a arte.
É claro que se eu percebesse um bocadinho mais de arte contemporânea, ou de artes plásticas em geral, seria bem mais interessante, ou pelo menos evitava certas figuras tristes como estar à espera que este senhor se levantasse e me pregasse um susto.
Enfim, pelo menos senti que não sou tão ignorante quanto isso, ao reconhecer trabalhos e artistas que aprecio bastante: como a Carla Filipe, o Francisco Tropa ; a Ana Vidigal; a Fernanda Fragateiro e a famosa Joana Vasconcelos. Mas o que me deixou de queixo caído, confesso, foi este vídeo do Julião Sarmento e este do Miguel Palma.
Ah, e a colecção Arpad Szenes - Vieira da Silva, claro, mas essa já tinha visto.

E finalmente um passeio

15.8.12







Alguma coisa está muito mal para haver um espaço verde maravilhoso como este completamente vazio num feriado de Agosto (não, não chovia). Ainda por cima, como se não bastasse a obra de arte que é o parque em si, há um conjunto de esculturas dos melhores artistas plásticos portugueses, espalhadas pelo espaço: Alberto Carneiro, Rui Chafes, Cabrita Reis e Joana Vasconcelos são os autores (por esta ordem) das peças que estão ali em cima.
Fiquei tão impressionada com a coisa que achei que podia ser boa ideia irmos para lá viver e tudo. O Isaac, esse, não pára de falar no barco (para visitar o castelo de Almourol é preciso ir de barco) e o Nicolau está bem em qualquer lado, desde que o deixem chafurdar na terra.

Na Noite do Manifesto

16.4.12
Não sei se conseguirei ser a mesma pessoa depois de ter comido "Ceviche peruano de Pargo, gelado de limão com azoto liquido" e "Tártaro de novilho com gema trufada, botão de sechuan".
Isto e mais umas quantas degustações acompanhadas de Mazouco, servidas no intervalo da apresentação de mais de uma dúzia de manifestos (dos quais falarei noutra oportunidade), foi a minha prenda de anos e custou 15 euros.
Parece que os teatros municipais, Sr. Rui Rio, podem ser assim, mas suponho que o senhor saiba isso, só não quer é que outros saibam.

Linhas que costuram arte

25.9.11

Le Songeur, after Corot

"Não sou um artista que está querendo emocionar. Estou querendo mudar a maneira como vemos, ou dinamizar os rituais visuais. Por isso trabalho com imagens exaustas, gastas: 'Espera aí, isso é uma outra coisa, olha de novo...'.", disse Vik Muniz à Alexandra Lucas Coelho e eu, devo dizer, olhei de novo muitas vezes (mesmo sem ter lido, ainda, o artigo no ípsilon) e olharia muitas mais se o Isaac não estivesse tão parecido com o Tarzan, no Museu Berardo, ontem.

Na foto estão milhares de metros de linha que reproduzem a pintura original de Jean-Baptiste-Camille Corot e depois é fotografada. Faz parte da série "Pictures of Thread")

aqui o trailer do "Lixo Extraordinário", o tal DVD que referi no post anterior e que, claro, não fazia a mínima ideia da relação com o artista brasileiro.

Uma questão de hierarquias, ou não

14.7.11
Já tive empregada doméstica. Foram duas entre 2000 e 2004, a Ana e a Cristina. A primeira era cartomante e a segunda tinha dois filhos e sustentava o marido que em tempos batia-lhe, mas na altura em que a conheci não. E depois, em Lisboa, durante uns meses também havia a empregada que o Jaime tinha, mas dessa não sei nada, porque nunca me cruzei com ela. É claro que ter alguém que cuide da casa por nós é uma maravilha, mas eu não sei ter empregada doméstica. Não sei ser uma senhora. Não sei dar ordens a empregadas domésticas, por isso é que tanto a Ana como a Cristina mandavam em mim. Diziam-me o que eu tinha de comprar para limpar o chão, ou a banheira. Mudavam o sítio dos sofás e decidiam que roupa passavam a ferro e a que ficava por passar por falta de tempo. Se eu podia dizer-lhes o que fazer? Podia, e às vezes fazia-o, mas sempre com um bocado de medo, como se tivesse a meter o nariz onde não era chamada. Sim, é verídico, tenho medo das empregadas domésticas. Mas, quer dizer, há todo um universo à volta da domesticidade que me desculpa. Basta ver a  peça do Jean Genet, ou ler  O Jardim da Duras e fica-se com uma ideia.

Era uma vez uma horta numa estufa...

22.4.11
foto daqui 

Há uns dias fomos conhecer o espaço verde mais próximo da casa nova: a Tapada das Necessidades. É bonito e fresco, qualidades mais do que desejáveis num sítio do género, mas sobretudo bastante calmo.
Ao passar pela estufa vimos que estava aberta e fomos espreitar. Lá dentro havia uma horta com alfaces, alho francês (que a mim me pareceu cebolo) e nabos, que naquele momento estava a ser regada. Eu não sei se era a luz que entrava pelo tecto de vidro a reflectir nas gostas de água, se a verdura e compostura dos legumes maravilhosamente alinhados, se a combinação de tudo isso, que tornava aquilo um espectáculo absolutamente encantatório. Só sei que nos fez ficar ali uns bons minutos absolutamente maravilhados a olhar lá para dentro. Ocorreu-me que, às vezes, há certas combinações entre a Natureza e nós que se tornam autênticas obras de arte e depois percebi que naquele caso específico era mesmo disso que se tratava.

Breve relato (relativamente escatológico) em jeito de ponto de situação

7.4.11
sábado: mudança para a casa nova*.

domingo: almoço e lanche cozinhado na cozinha nova, com pratos, panelas e copos no sítio. Alguns livros e alguma roupa no sítio.

segunda-feira: hospital depois de uma tarde com contrações do tipo wrestling**. Tudo Ok, regresso a casa.

terça-feira: perda do coiso com nome nojento. 38 anos festejados com comida goesa e prenda bordada.

quarta-feira: audição da pequena com muita caminhada e escadas até chegar a casa. Depois do jantar consegui o feito de chegar à cama e responder a perguntas ao mesmo tempo.

quinta-feira: sono turbulento com contrações do tipo grindhouse*** e que continuam agora em modo western****.

*está-se muito bem aqui.
**estas contrações são assim chamadas porque são como as chapadas: doem mais por não servirem para nada.
***estas são aquelas que nos podem pôr a guinchar como porcos em dia de matança, coisa que não acontece, naturalmente, porque somos gente que sabe lidar com a dor e que acha esta coisa de parir o mais natural do mundo e tal e tal. O nome é inspirado mais no filme do Tarantino do que no género dos anos 70, porque o realizador tem uma forma de apresentar carnes despedaçadas que fazem lembrar a dor deste tipo de contrações.
****estas são aquelas mais ligadas ao desconforto do que à dor. Os westerns estão cheios dessa sensação com aquelas roupas no meio daquele sol e daquele pó. É uma falta de ar, é o que é.

P.S a temática cinéfila ocorreu-me enquanto me contorcia na cama mas acredito que este sítio tenha contribuído de alguma forma.

Dela 2 (um presente)

4.2.11
Liberdade

agora, aprendi a ser livre,
no museu de arte,
ensinaram-me,
aprendi a ter.

algum planeta a que me leva,
o teu sorriso.
espreme-me.

guardaste o coração dentro de ti,
mas eu sinto-o.
gemes em silêncio,
mas eu ouço.

É esta a nossa Liberdade!!

Beatriz
05/04/2010

Off

5.11.10
Desligo o computador por uns dias, mas antes de o empacotar alguns apontamentos:

*Está-lhe no sangue, para o bem e para o mal, esta coisa de relatar.

*Fui ao teatro. Gostei muito. E da baixa cheia de gente numa noite quase de Verão. Lisboa, às vezes, tem um certo encanto.

*O Jaime gostava de ser electricista. Eu disse-lhe que podia ser costureira e começarmos uma vida nova.

Poema

15.7.10

(Poema de Mário Castrim, in Histórias com Juízo, daqui)

No ginjal

8.7.10
Ouvi algumas pessoas queixarem-se da primeira meia hora da peça O Ginjal ou o sonho das cerejas encenada por Mónica Calle. Eu nunca tinha visto nenhuma encenação da peça de Tchèckov, por isso não posso fazer comparações. Sei que aquela meia hora às escuras me pareceu, apesar de um bocado difícil, poderosa. E a peça está cheia de momentos assim.
A encenadora disse, numa entrevista, que esta é uma peça "onde aquilo que se diz é menos importante do que aquilo que acontece" e, de facto, acho que resume bem o que vi no palco do Maria Matos.