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sábado, maio 2

O reino das articulações débeis num modelo escolar fabril

A Isabel em longo e pertinente comentário colocado na entrada anterior faz uma interessante reflexão e termina com 3 questões que nos devem fazer pensar. São difíceis as questões. Impossíveis, talvez, as respostas. Porque a matriz do modelo escolar, a sua gramática mais profunda funda-se na ideia matricial da desconexão, da separação, da clausura. Separam-se os conhecimentos, inventa-se o aluno para que pessoa se dissipe e melhor se afaste da família, separa-se o espaço, o tempo. As escolas são em larga medida aulários. Os espaços existem para separar (só o recreio permite a união!), os tempos também. As escolas são lugares de desencontros entre conhecimentos e pessoas.

E é porque esta gramática possui estas bases que é muito difícil a articulação do currículo, dos espaços, dos tempos, das pessoas.... A área escola (que era o dito pulmão da reforma curricular) morreu de inanição. A área de projecto tem dificuldade de afirmação. Isto não quer dizer que não se tenha de inverter a lógica de organização. Tem. Mas é necessário intervir a montante. Para que o esforço individual e colectivo tenha algum sentido e eficácia.