Em maio de 1954 Roger Banister se tornou o primeiro atleta a correr uma milha em 3 minutos, 59.4 segundos, batendo assim um récorde que não havia sido rompido por mais de 100 anos. Este acontecimento atraiu a atenção dos meios de comunicação em todo o mundo.
Naquela época os cientistas e médicos diziam que conseguir uma façanha como esta era humanamente impossível, que tentar poderia fazer com que o coração de uma pessoa explodisse, que os ossos se quebrassem e que os músculos se rasgassem no esforço.
Esta façanha é por si assombrosa, mas talvez o mais interessante é que o aconteceu depois. Em um lapso de 7 meses de batido este récorde, outros 37 atletas conseguiram romper também com a barreira dos 4 minutos e nos 3 anos que se seguiram, otros 300 também o fizeram.
A pergunta chave é, como foi que tudo isso aconteceu? Se até uns meses antes correr uma milha em menos de 4 minutos era considerado algo fisicamente impossível, como foi que apenas Roger Banister conseguiu bater este récorde, muitos outros também o fizeram? É que o corpo humano realizou um salto quântico repentino que fez com que as capacidades do próprio corpo se expandisse? Claro que não. O que mudou foram os pensamentos das pessoas e o que antes parecia impossível em suas mentes, agora já não o era. Uma crença limitadora, um paradigma havia sido quebrado e então o ser humano se viu capaz e conseguiu facilmente o que antes parecia impossível.
Com isso quero lhes mostrar o poder que seus pensamentos têm em suas vidas, o muito que podem limitá-lo ou fazê-lo capaz. Seu mundo é um reflexo do que você pensa e acredita. Seus pensamentos podem fazê-lo sentir-se feliz ou triste, otimista ou pessimista, capaz ou incapaz. Alguns pensamentos podem ser amáveis, amorosos e otimistas, outros, estressantes, limitadores e pessimistas. E são estes últimos os que nos impedem de ser feliz e viver plenamente.
Muitas vezes vivemos com base a pensamentos e crenças que aprendemos desde pequenos, pensamentos limitadores, medos e paradigmas e que consideramos como verdades absolutas e não nos questionamos para comprovar sua veracidade. Enquanto acreditamos neles, vivemos também em base a eles. Estou lhe convidando a que preste atenção a seus pensamentos, aos pensamentos que rondam sua cabeça e ver como o levam a viver a vida de uma maneira amável, confiada e otimista ou a viver a vida com medo e limitações.
Por exemplo, recentemente estava com uma equipe de vendas que pensava que ser a companhia mais nova em seu setor era um obstáculo para conseguir seus objetivos. Uma vez que identificamos esta crença limitadora, começamos a questioná-la com as seguintes perguntas:
1. Isso é verdade? É verdade que ser uma empresa nova é um obstáculo para suas vendas? A resposta inicialmente foi sim.
2. Seguimos indagando e lhes perguntei se podiam saber que "era verdade com absoluta certeza" que ser novos era um obstáculo para suas vendas. Comecaçam a duvidar, não podiam estar totalmente certos disso.
3. Perguntei como se sentiam quando estavam diante do cliente e pensavam que ser novos era um obstáculo. Como tratavam os clientes quando tinham esse pensamento. Eles me explicaram que se sentiam inseguros, na defensiva, iam com uma idéia pessimista dos resultados, estavam inquietos e nervosos, não eram tão amáveis com seus clientes porque pensavam que lhes diriam que não e que não estariam abertos a seus serviços. Imaginavam uma série de resultados negativos e objeções antes sequer de chegar. Saiam cansados da reunião.
4. Perguntei então como se sentiriam, como seriam as coisas se não acreditassem no pensamento de que ser novos era um obstáculo para suas vendas. Disseram que se sentiriam mais confiantes, mais seguros, mais tranquilos para atuar, responder e lidar apropriadamente com o cliente.
Podem ver a grande diferença entre acreditar em um pensamento ou não? Podem ver como quando ao acreditar que ser novos os limitava se sentiam pessimistas e desmoralizados antes sequer de chegar ao cliente e quando não tinham esse pensamento se sentiam mais seguros, otimistas e confiantes? E podem ver como isso pode refletir em uma melhor relação e trato com o cliente e melhores resultados?
Por último, os convidei a inverter o pensamento e ver como o oposto do que eles acreditavam podia ser tão verdadeiro ou mais. Quer dizer, como o fato de ser novos podia ajudá-los a alcançar seus objetivos e ser uma fortaleza em lugar de uma debilidade.
Aqui alguns dos exemplos que encontraram de como isso podia ser tão verdadeiro ou mais que o pensamento original:
* Por ser novos, nos esforçamos em ganhar um cliente e damos o melhor serviço.
* As pessoas muitas vezes preferem uma empresa nova e menor onde se sintam mais bem atendidas e se sintam clientes mais importantes, a uma empresa grande e de trajetória, onde se transformam em um cliente a mais.
* Porque se desenvolve mais a nível profissional para poder responder às objeções que um cliente possa lhes oferecer por sua posição de novos e os empurra a desenvolver ao máximo suas habilidades como vendedores.
Inicialmente o fato de ser uma empresa nova os fazia sentir em desvantagem, como se tivessem algo que ocultar. Questionar este pensamento limitador e invertê-lo lhes permitiu abrir sua mente, sentir-se cômodos com o fato de ser novos e, inclusive vê-lo como uma fortaleza que podia fazer com que reluzissem diante do cliente.
Agora pense. Quais são estes pensamentos que o limitam? O que é que o freia antes de que realize o que lhe pide seu coração? Responder a estas perguntas poderá lhe dar algumas pistas sobre quais são os pensamentos que estão limitando a que faça o que seu coração deseja. O primeiro passo é reconhecer seus pensamentos limitadores. E o seguinte, questioná-los para que se liberte deles e assim bater seus próprios récordes.
Por Sandra Iozzelli
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