Mostrar mensagens com a etiqueta Plantas. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Plantas. Mostrar todas as mensagens

O fruto que não foi

29 maio 2018


Já tinha colhido tantos frutos e nunca tinha reparado na flor.

O conhecimento que temos de certas plantas depende também da estação do ano em que as encontramos. Sempre me deparei com a planta do kiwi na estação da fruta e com o objectivo de os colher. Esta semana, pela primeira vez em tantos anos, descobri-lhe a flor.

Se resistisse a colhê-la daqui a uns meses era um kiwi.

Assim, levei-a para casa e durante uns dias admirei-a enquanto flor que não seguiu o seu curso natural, mas que me encheu o olhar cada vez que me cruzei com ela.

...

As plantas que fazem parte do meu Herbarium, aqui neste álbum.
GuardarGuardar

Uma praga comestível

15 março 2018













Nothoscordum gracile (Alliaceae)

Andei a recolher alhos bravos espontâneos. São os alhos que temos no quintal. Por enquanto de tudo o que temos e colhemos nada foi plantado.

Sempre conheci estas flores como sendo uma praga difícil de combater e quase impossível de eliminar.

Há pouco tempo descobri que os seus alhos são comestíveis e fiquei curiosa por experimentar. Neste momento estão a secar, o que deve demorar com este tempo húmido.

Um dos próximos livros a comprar será da Fernanda Botelho.

So... do you know the truth?

23 março 2017

Trago as magnólias para dentro de casa esperando que o tempo dos dias não seja o mesmo de vida das flores.

Quanto tempo consigo suspender a respiração?  Quatro dias.
O tempo que durou a ausência do gato grande, até que o voltei a ter no colo, tal e qual como no sonho da noite anterior.

Podia querer saber, mas não quero, se o tempo que está por vir me trará dias igualmente bons.

Espero que ao podar a Nespereira o sol entre com mais espaço na varanda e os pássaros não procurem outro sítio onde passar a noite.

So... do you know the truth?
Of course I don't

O sexo das flores

10 janeiro 2017










Fig. 51 - Posição do ovário nas flores da :

1, couve (súpero) ; 2, laranjeira (súpero) ; 3, brinco-de-princesa (ínfero)
...

Floriram há uns dias, foram as últimas a reproduzirem-se ali no quintal. 
A música era esta.
...

A ler, uma entrevista a Zygmunt Bauman. Um dia depois da sua morte.

Revelações botânicas

15 outubro 2016



Espaços da casa em constante mudança, dependendo das necessidades e das estações do ano.

As sombras que se descobrem de acordo com as horas do dia, a partir de agora corremos a casa atrás do sol.

Depois de tantos anos a Ceropegia woodii revela finalmente o seu lado mais masculino.

Trabalha-se bem neste ambiente, entre descobertas, revelações, fios e tecidos, aproveitando ao máximo a luz que por enquanto ainda entra.
...

Por falar em plantas,  uns vasos suspensos, que se encontram aqui.

Hortelã

19 setembro 2016




Sem estações do ano a ditar as regras para as sementeiras, os pimenteiros crescem lentamente a caminho do Outono, as meloas floriram fora da época, as beldroegas estão com semente, a hortelã laranja vai sendo devorada pelas lagartas e os agriões germinaram, mas estão a crescer em magotes impossíveis de mondar.

Acelga, hortelã, tomate cereja, agrião, espinafre e semente de salsa, tudo em dose caseira.

Cultivar simplesmente, sem ambições de maior, apenas para manter vivo o que me corre nas veias.

Enquanto puder, fico grata, são previlégios maiores, viver fazendo o que se gosta e ter como trabalho o que sempre se fez por amor.

Quem semeia também colhe.

Herbarium

15 setembro 2016


Há folhas do herbarium que ficam por enquanto incompletas. 
Desta árvore trouxe um pouco de tudo menos o nome.

Colheita

09 setembro 2016

























Temos um tomateiro que um dia sonhou chegar ao céu.

Por enquanto colhemos uma dezena de tomates mas ficaram muitos ainda por amadurecer. Vi-me forçada a podar grande parte da rama, fazia demasiada sombra e o sol já não chegava ao frutos, assim como estava a tirar grande parte da força à planta.

O tomateiro sonhava chegar ao céu, eu fi-lo manter-se firme na terra, atei-o a estacas para que se segurasse, também eu quero cumprir o sonho de comer o que cultivo na horta.

A dois passos da Serra

17 agosto 2016

Uma pequena parte deste percurso ardeu uma semana depois de lá termos estado. Grande parte da Serra de Arouca foi destruída pelo fogo ao longo de vários dias.

Não é só de património florestal que se trata, de espécies que levaram anos a desenvolverem-se e em instantes desaparecem desbastadas pelas chamas, são os pastos dos animais que por esta altura não têm do que se alimentar.

Há muito a mudar e há muito que se espera por essas mudanças.
Depois dos muitos discursos inflamados, das acusações entre os vários organismos e a natural desculpabilização de todos, é urgente pensar o assunto floresta de forma sustentada, evitando continuar a cair nos mesmos erros que se prolongam há décadas.

Para quem se interessa por este assunto e queira participar nesta reforma florestal de modo consciente, em que cada um com um pequeno gesto pode contribuir para uma reflorestação planeada e sustentável, em regime particular e de voluntariado, ficam aqui algumas páginas que podem consultar e sugiro que partilhem toda a informação que considerarem útil.

Futuro - O Projecto das 100.000 Árvores

Wilder -  rewilding your days 

Barreira de Floresta Nativa 

Por estes dias

26 julho 2016









Ainda a aprender a conhecer a casa onde vivo desde há sete meses, não tem sido fácil a relação com esta estação do ano, assim como já tinha sido difícil com o Inverno.

Como uma casa típica do Porto e já centenária, as paredes de granito bastantes frias nos meses de Inverno tornam-se agradavelmente frescas no pico do Verão. 

Estando a casa dividida em três pisos, calhou-me o mais temperado no Inverno, mas o mais quente no Verão.
Na parte debaixo da casa, posteriormente transformada numa cave, depois de ter dido retirada toda a terra, a temperatura é tão baixa que se torna agradável nestes dias mais quentes. 
O piso intermédio é agora o mais ameno e apetece passar os dias na cozinha com as portas abertas para o quintal.
O piso de cima, principalmente onde trabalho, virado a nascente, é insuportavelmente quente, apanhando todo o sol que se esquivou durante o resto do ano.

Por estes dias não tem sido fácil aguentar estas temperaturas ao mesmo tempo que se trabalha com lãs, fazendas e burel, mas quando se gosta gosta-se e ter esta luz compensa tudo o resto, quero aproveitá-la toda, pois daqui a uns meses volta a penumbra.

Já há tempos escrevi um post sobre o termos a sorte de ser lembrados quando alguém se quer desfazer de algo que para si se tornou dispensável, mas que sabe que o bom estado da "coisa" ainda poderá tornar a vir a ser útil a alguém.

Foi uma surpresa receber pelo correio uma Máquina Noveladora antiga e já fora de uso. Apenas tive de comprar um pequeno acessório que faltava, facilmente encontrado numa loja aqui do Porto especializada em material de costura e que ainda tem stok peças antigas de máquinas que caíram em desuso. Ficou apta a trabalhar. 
Uma ferramenta antiga nova que se tem revelado uma preciosa ajuda. Tenho-a usado para fazer novelos dos fios que apenas tenho em cones grandes, pois assim consigo transportar o trabalho para todo o lado, tenho criado novos fios, misturando dois fios diferentes de forma a obter os mesclados que tanto gosto de usar, é muito mais fácil trabalhar o fio já novelado, do que trabalhar com dois em separado que estão constantemente a torcer-se um no outro e quando os fios são demasiado finos para o que preciso, novelo-os usando vários, conseguido assim trabalhar um fio grosso e apenas num só novelo.

Claro que se perde tempo a fazer os novelos e apetece fazer novelos de tudo, pois a forma como se conseguem organizar por cores e o manuseamento que permitem, dá-nos um entusiasmo difícil de controlar.

Um pequeno colaborador que além de ocupar pouco espaço é manual, o que facilita tudo.

Pelo meio da semana e durante um saída rápida em busca dum quiosque, que não foi assim tão rápida pois ainda me estou a familiarizar com a zona, descobri uma planta que apenas conhecia dos livros, uma Setcreasea commelinaceae, que agora espero venha a ganhar raízes para poder ser transplantada. 

Não há crime ao roubar plantas abandonadas em jardins alheios, pelo menos foi o que aprendi com a avó Maria Amélia.

Prometi que mal fizesse os primeiros novelos os mostrava, uma prova da enorme utilidade desta pequena máquina que infelizmente estava parada desde há anos... mas que agora volta a cumprir funções de forma tão eficiente. 

Obrigada querida Paula pela lembrança!