Título Original: The Wild Robot
Ano de Produção: 2024
Lançamento no Brasil: 10 de outubro de 2024
Duração: 101 minutos
Gênero: Animação, Aventura e Família
País de Origem: Estados Unidos
Classificação: Livre
Direção: Chris Sanders e Peter Sander
Roteiro: Peter Brown
Elenco: Lupita Nyong'o, Pedro Pascal, Bill Nighy, Catherine O'Hara, Kit Connor,
Mark Hamill, Paul-Mikél Williams, Stephanie Hsu.
Sinopse: Roz, uma robô, acorda sozinha em uma ilha e vai precisar sobreviver nesse ambiente novo à medida que seu passado volta para assombrá-la.
Oi gente que ama livros, hoje trago para vocês os meus comentários sobre Robô Selvagem.
Das mãos de Chris Sanders (e sua equipe de animadores, claro), o mundo pop ganhou duas criaturas fofas: Stitch e Banguela, de Lilo & Stitch e Como Treinar seu Dragão, respectivamente. Se, com sua obra seguinte (Os Croods), ele não conseguiu tanto sucesso, agora, numa nova era da DreamWorks, pronta para começar a trabalhar com outros estúdios e abraçando a nova estética da animação, que encantou o público com Gato de Botas 2, ele talvez tenha feito a melhor animação do ano com Robô Selvagem.
A adaptação do livro de Peter Brown mistura O Gigante de Ferro, de Brad Bird, com a clássica história do Patinho Feio, tudo para contar a trajetória de Roz, uma robô que acorda em uma terra desabitada e passa a enfrentar os perigos e viver na dinâmica que a natureza impõe. Vivida por Lupita Nyong’o, Roz é programada para servir e fazer aquilo que os humanos exigem dela, mas precisa se adaptar ao ambiente selvagem que encontra para sobreviver. É então que, após um acidente com ela destruir um ninho, ela adota Brightbill (Kit Connor), um filhote de ganso.
Robô Selvagem começa aí a contar uma história sobre maternidade e pertencimento. Roz cria Bill, mas ela não é a mãe dele ou quem deveria ensiná-lo seus três “princípios básicos”: se alimentar, nadar e voar. Da mesma forma, ela ainda é vista como um monstro pelos animais, que não a querem por perto. Aliada com a raposa Fink (outro animal que ninguém confia), interpretado por Pedro Pascal, eles passam a viver como uma família disfuncional que tenta a todo custo criar Bill para ser um ganso de verdade, que pode migrar no inverno e não morrer ali. Esse lado familiar da relação dos três é a grande joia e o coração de Robô Selvagem, que vai construindo de forma ágil e sem infantilidades essa história de companheirismo.
Robô Selvagem, enfim, se dá ao luxo de entregar uma das suas maiores e melhores cenas quando ainda está na metade da metragem - o treinamento de Bill -, não precisando guardar toda a emoção para o final. Ainda assim, o filme vai lá e entrega outros grandes momentos (e alguns pequenos) tão importantes e tocantes quanto o da montagem. Roz entra para a galeria de grandes criaturas dos filmes de animação, e Sanders mostra que tem munição criativa para entregar o melhor filme animado de 2024... pelo menos até agora.
Eu amei!!!!