(bibl.)
Em 1904, José Victor Branco Malhoa (o celebrado Mestre) pede à CML uma autorização para construção de uma residência e atelier, conforme projecto do arquitecto Manuel Joaquim Norte Júnior.Em 1905, a Casa Malhoa ganha o Prémio Valmor.
Em 1919, Mestre Malhoa muda-se para a Praça da Alegria e vende a sua residência ao Dr. Anastácio Gonçalves, oftalmologista e grande coleccionador de obras de arte.
Em 1965, a casa e todo o seu recheio são deixados em testamento ao Estado, para que se criasse um Museu, que veio a abrir ao público em 1980 (estas coisas demoram...).
Em 1996, a Casa-Museu Dr. Anastácio Gonçalves é ampliada por anexação da moradia contígua, também desenhada pelo arquitecto Norte Júnior.
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Alguém que Deus já lá tem
Pintor consagrado,
Que foi bem grande
E nos fez já ser do passado,
Pintou numa tela
Com arte e com vida
A trova mais bela
Da terra mais querida.
Subiu a um quarto que viu
A luz do petróleo
E fez o mais português
Dos quadros a óleo
Um Zé de Samarra
Com a amante a seu lado
Com os dedos agarra
Percorre a guitarra
E ali vê-se o fado.
Dali vos digo que ouvi
A voz que se esmera
Dançando o Faia banal
Cantando a Severa
Aquilo é bairrista
Aquilo é Lisboa
Aquilo é fadista
Aquilo é de artista
E aquilo é Malhoa.