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domingo, 4 de agosto de 2013

GOVERNANTES EM FÉRIAS

Transcrição apenas da parte final do artigo Manta Rota»

(...)
«Atentamente, seguiremos as notícias do vosso veraneio e o aparato securitário que envolve. Teriam os Srs. direito a isso? Tanto quanto qualquer um de nós!
Assim sendo, não deveriam os Srs. prescindir dessas férias?
A frase é vossa: "Excepcionais dificuldades, exigem(nos!) sacrifícios excecionais."

A chefia do que quer que seja, um grupo de trabalho, um governo ou um País, apela ao uso do poder que se detém. A liderança, essa, apenas se exerce pelo exemplo!
Boas férias, meus senhores, mas não ficamos invejosos da vossa consciência!»

Imagem de arquivo

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segunda-feira, 1 de abril de 2013

Esta «ética» vem de longe


Aula de política da época entre 1643 e 1715

Eis um diálogo entre Colbert e Mazarino durante o reinado de Luís XIV, constante da peça teatral «Le Diable Rouge», de Antoine Rault:

Colbert: - Para arranjar dinheiro, há um momento em que enganar o contribuinte já não é possível. Eu gostaria, Senhor Superintendente, que me explicasse como é possível continuar a gastar quando já se está endividado até o pescoço…

Mazarino: - Um simples mortal, claro, quando está coberto de dívidas, vai parar à prisão. Mas o Estado é diferente!!! Não se pode mandar o Estado para a prisão. Então, ele continua a endividar-se… Todos os Estados o fazem!

Colbert: - Ah, sim? Mas como faremos isso, se já criamos todos os impostos imagináveis?

Mazarino: - Criando outros.

Colbert: - Mas já não podemos lançar mais impostos sobre os pobres.

Mazarino: - Sim, é impossível.

Colbert: - E sobre os ricos?

Mazarino: - Os ricos também não. Eles parariam de gastar. E um rico que gasta faz viver centenas de pobres.

Colbert: - Então, como faremos?

Mazarino: - Colbert! Tu pensas como um queijo, um penico de doente! Há uma quantidade enorme de pessoas entre os ricos e os pobres: as que trabalham sonhando enriquecer e temendo empobrecer. É sobre essas que devemos lançar mais impostos, cada vez mais, sempre mais! Quanto mais lhes tirarmos, mais elas trabalharão para compensar o que lhes tiramos. Formam um reservatório inesgotável. É a classe média!

Imagem do Google

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sexta-feira, 10 de junho de 2011

Escândalos e seus efeitos

Seguindo links encontrados esta manhã, cheguei ao artigo Os escândalos que fizeram os ministros sair antes de tempo, do PÚBLICO (04-04-2003) que refere as saídas antecipadas de vários ministros – Isaltino Morais, Miguel Cadilhe, Murteira Nabo, Armando Vara, Leonor Beleza, Arlindo Carvalho, Veiga Simão, Carlos Borrego, Jorge Coelho, Walter Rosa e Francisco Sousa Tavares.

Recentemente, a arrogância do Governo e os brandos costumes da população e da Comunicação Social, não conduziram a que as crises havidas levassem a tais efeitos.

Curiosamente, as saídas referidas, não deixaram cicatrizes nos atingidos e, presentemente, há sinais de pelo menos um deles mostrar interesse no próximo governo, estando já a dar palpites para algumas decisões na sua área de interesse. O poder é uma droga a que é difícil resistir e que obnubila o espírito de tal forma que deixam de perceber que os tempos e as circunstâncias mudaram e são necessárias soluções novas concretizadas por gente jovem sem os vícios e as manhas do passado mas com criatividade e capacidade de inovação.

Imagem do Google

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quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

O mundo na mão de incapazes

As relações internacionais dependem da actividade diplomática. Mas a diplomacia precisa de uma excelentíssima reforma, para aprender a confirmar as notícias e recortá-las com base em dados de várias origens, a fim de as transformar em informações credíveis, e não se deixar iludir por um «simpático»(?) amigo de copos e croquetes e, depois, induzir o chefe de Estado em erro grave. E há quem critique o WikiLeaks!!!

Sabe-se agora que o «Espião iraquiano «Curveball» confessa ter inventado programa de armas químicas» do Iraque. Isto significa nada menos que, com a mentira de um vigarista, talvez pago pelo «complexo industrial militar» de que Eisenhower temia o perigo, e a imbecilidade de diplomatas e políticos, foi desencadeada a guerra do Iraque e destruiu-se um país rico em arqueologia histórica, uma população numerosa e sacrificada, riquezas de vária ordem, e a paz no mundo, além dos gastos dos países que caíram na asneira de colaborar em tais massacres.

Se realmente há justiça internacional, devem ser rigorosamente julgados todos os culpados, sem deixar de fora o George W Bush e os ingénuos (ou incapazes) que o acompanharam nesta senda de crimes contra a humanidade.

Imagem da Net

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quarta-feira, 29 de agosto de 2007

Corrupção em vários níveis

No blog «portucalactual» é referido um extenso artigo no «euobserver» em que é dito que os homens de leis europeus querem ver o Presidente da Comissão Europeia arguido por um escândalo envolvendo fundos do PSD, algo como ser abrangido por uma investigação criminal pelo PGR. Acrescentam que isto não pode ser limitado a um caso interno, pois põem em causa a sua integridade e independência.

A autora do blog diz que «É isto que me aborrece! Este senhor é que devia explicar a historinha da SOMAGUE, tim-tim por tim-tim... Mas só lá fora é que dão conta disto... Será que em Portugal anda tudo a dormir? Ou este senhor "cherne " por terras lusitanas é "intocável"?»

Este caso vem na sequência da acção insidiosa do poder económico, «investindo» na pressão assediante sobre os políticos com poder de decisão. Este político, já quando era PM de Portugal recebeu o presente de um empresário português de umas férias numa ilha do Brasil com transporte em avião privado. Mais tarde, já nas suas actuais funções, foi presenteado com um cruzeiro num iate de um empresário grego. Ambos os casos foram objecto de artigos da comunicação social e o citado respondeu a perguntas de jornalistas, dizendo que se tratava de acções simpáticas de amigos de longa data, o que não fez apagar a dúvida de tais acções não terem tido antecedentes e de serem efectuadas num momento adequado ao investimento das respectivas empresas.

Em 9 de Janeiro de 2003, foi publicada, no Jornal de Notícias a seguinte carta

Pequena e grande corrupção

Há alguns anos, um cidadão justificava a sua escusa de participar como jurado num julgamento, dizendo que, desde pequeno, lhe doía a cabeça, sempre que pensava.

Felizmente, vou correndo o risco de enfrentar essa causa de sofrimento. Há dias, a propósito de notícias dos órgãos da comunicação social, um grupo de amigos conversava sobre corrupção. Tudo o que ouvi fez-me reflectir e julgo poder concluir que a corrupção existe quando um indivíduo, numa posição de poder (desde o porteiro da autarquia até ao mais alto governante) recebe «atenções» de um cidadão que, no momento ou a prazo poderá vir a usufruir benefícios desse acto «generoso».

Normalmente, distingue-se o corruptor activo (o que deu a «atenção» ao indivíduo no poder) do corruptor passivo (o indivíduo que recebeu a «atenção»). Porém, há excepções, como a publicitada, há poucos anos, nos jornais em que o tribunal condenou dois corruptores activos, sem que viesse a ser acusado o corruptor passivo. Eles corromperam quem?

Os efeitos da corrupção podem ser imediatos ou diferidos, sendo estes mais discretos e considerados um investimento. Imediato, é o acto traduzido, por exemplo, no perdão da multa pelo agente fiscalizador em troca de umas dezenas de euros. Diferido, ou a prazo, é o acto que consiste em o restaurante não cobrar o almoço do agente policial, ou na oferta pelo Natal de um peru, um garrafão de azeite ou de vinho, ou uma garrafa de whisky, ou a oferta de uma viagem em jacto privado, ou de férias numa ilha tropical, ou o fim de semana num hotel de luxo, etc.

Como não há almoços grátis, as «atenções» do corruptor activo acabarão por ser um investimento rentável, recompensado pelas decisões favoráveis do corruptor passivo.

A corrupção é diferente do marketing. O desconto dos saldos, a agenda ou o calendário, ou a amostra de perfume distribuído pelos potenciais clientes não obrigam este a retribuir o favor, não criam dependência, não restringem a liberdade, não prejudicam qualquer instituição pública.

Enfim, quando se pensa em corrupção não se pode focar a atenção apenas nos agentes policiais, e deve encarar-se os dois aspectos passivo e activo. Pois é! Pensar faz doer a cabeça. No mínimo, dá sensação de angústia.
A. João Soares

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sábado, 14 de julho de 2007

Selecção de governantes

Transcrevo aqui este texto de Paulo Sempre do blog Filhos de um deus menor, porque o acho muito interessante merecedor de divulgação. Como se fala por aí em plágios, creio que este meu acto de transcrever textos devidamente identificados quanto a autor e origem nada tem de menos honesto e até me parece positivo por levar mais longe ideias disso merecedoras.

"SELECÇÃO DOS GOVERNANTES...."

O processo de selecção dos governantes depende, em larga medida, dos regimes políticos. Estes condicionam mesmo esses processos. Mas, ao mesmo tempo, os regimes políticos têm sido adoptados em função das exigências de selecção dos governantes. Assim, ao entendimento para a qual a formação dos governantes deverá ser tão longa que se inicie na infância, corresponderão argumentos favoráveis aos regimes monárquicos. Ou aos regimes aristocráticos que não se mostrem alheios às condições de nascimento. Não obstante, em todos os regimes se têm assinalado faltas graves no que respeita à formação educativa dos governantes, e à sua ulterior selecção. Há monarquias que não têm cuidado da formação dos seus príncipes. E há aristocracias que, confiadas na continuidade dos próprios privilégios e supremacia, descuraram a formação aristocrática dos seus membros. Em compensação, conhecem-se exemplos de regimes democráticos em que, sendo limitada em múmero de membros a respectiva comunidade política, como aconteceu nas cidades gregas, todos os membros dessas comunidades receberam a preparação indispensável para participarem das responsabilidades do poder. Mas também há regimes democráticos, de comunidades muitos amplas, em que o facto da maioria dos seus membros não ser analfabeta já é uma conquista . É certo que os regimes qualificados como democráticos geralmente têm-se limitado a conceder a todos - incluindo analfabetos - uma participação política em certos actos eleitorais, ou a reservá-la aos que dispõem de uma preparação cultural mínima. Mas, de direito ou de facto, esses eleitores não são, normalmente elegíveis. De tal modo que o poder acaba por ser confiado a uma aristocracia, ou falsa aristocracia, em muitos casos, que se recruta nas estruturas partidárias, nas estruturas autárquicas nas fileiras militares, em sociedades secretas....
Com tais processos de selecção dos governantes, receia-se que se tenham instalado no poder, por interpostas pessoas, grupos económicos dominantes, alheios a qualquer ideia de prossecução do bem comum.

Em países socialistas relativamente aos quais os próprios adversários dos regimes respectivos frquentemente criticavam os fins prosseguidos e os métodos adoptados, sem porem em causa a fidelidade dos dirigentes àqueles fins, haverá agora motivos para pôr em dúvida se a selecção desses dirigentes terá acautelado os povos quanto a aspectos de corrupção cuja maior gravidade provirá do facto de serem radicalmente incompatíveis com os sistemas e as estruturas que tais governantes foram chamados a servir.

É natural, por isso, que, entre as inovações e surpresas dos anos próximos, algumas respeitem a profundas revisões dos processos de selecção daqueles a quem se confiam os delicados mecanismos do exercício do poder.

Parece indiscutível que um técnico poderá achar-se habilitado a desempenhar funções governativas. Ao melhor nível de competência e de dignidade. Mas não será a qualidade de técnico que para tanto o habilita.

«Vauban», engenheiro militar, - presumo que inscrito na ordem dos engenheiros - especializado na construção de fortalezas, era um técnico. Mas concorriam nele qualidades alheias à sua técnica, que o acreditaram como homem de cultura e que o levaram ao poder. De outro modo, sem essas outras qualidades, melhor seria que tivesse continuado a fortificar as fronteiras da França...
Paulo

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