sábado, 30 de janeiro de 2010

Uma longa noite...

¨¨¨¨Continuação do post : Angélica.



Quando Angélica e eu descemos, a festa já tinha começado.

A festa estava acontecendo ao ar livre perto da piscina, o lugar estava cheio de luzes, o som estava alto e tinha uma enorme pista de dança onde as pessoas dançavam, além é claro de muitos comes e bebes.

_Vou te apresentar as suas futuras amigas. -Angélica disse me arrastando. -Essa é a Sarah, karine e Leia.

Depois que Angélica nos apresentou, fomos todas sentar numa única mesa e conversamos muito.

Sarah, Karine e Leia são maravilhosas assim como Angélica e Daisy, são inteligentes e eu acabei me identificando muito com elas também.

_A noite do pijama vai ser só entre nós. -Daisy avisou quando deu um pulo na nossa mesa, estava muito ocupada em recepcionar as pessoas que chegavam.

Dancei, ri, conversei... Fiz tudo que tinha direito junto com as meninas, foi talvez a melhor festa que já fui.

Estava sozinha na mesa com Angélica quando André chegou. Já estava bastante tarde e eu já estava bem exausta.

André olhou para mim e sorriu, mas não foi em minha direção.

_Uau!-Angélica tocou em meu ombro. - Ele deu esse sorriso maravilhoso pra você?

_Pra nós.

_Ele nunca me deu um sorriso desses, não mesmo.

_Não fala assim Angélica. -Disse séria. –Ele tem namorada.

_Fala sério, a Daisy tem muita sorte.

_Verdade.

_Você também tem muita sorte. -Ela disse tomando um gole de refrigerante.

_Tenho?

_Sim. O seu namorado é um... Com todo respeito, um toddy.

Eu ri divertida:

_Como você sabe?

_Eu vi vocês dois juntos um tempo atrás. Eu nem fazia ideia que você era a Mary de Daisy, não mesmo. Vocês estavam passeando de mãos dadas, eu estava com Sarah e nós comentamos que ele...Você sabe.

_Tudo bem, eu tenho mesmo muita sorte.

_Só eu mesma que não. Qual é o problema comigo?

_O problema com você?-Perguntei olhando pra ela.

_Sim. Você sabe?

_Sei. Você está de olhos fechados, só isso.

_Hã?

_Olha para aquele gatinho do outro lado do salão, ele não para de olhar pra você desde quando entramos.

_Sério?-Angélica perguntou sem acreditar.

_Sim, estou sendo muito sincera.

_É o amigo de Fábio.

_Fábio?Fábio de Daisy?

_É. O nome dele é Mateus e ele é meu colega de sala, muito tímido.... Você acha que eu devo ir lá?

_Não acho, tenho certeza.

_Então até logo.

Angélica saiu dançando e pegando uma bebida caminhou para a mesa do rapaz, eu fiquei apenas observando. Eles conversaram por alguns minutos e logo depois os dois se levantaram e caminharam para a pista de dança.

Angélica não saiu mais de perto do rapaz. Sarah, karine e Leia dançavam animadas, eu estava muito cansada, fiquei sentada sozinha no meu lugar.

A festa estava quase acabando, muitas pessoas já tinham ido embora, Daisy se despedia delas. Tudo que eu mais queria era uma cama para dormir.

_Oi?-André se aproximou e sentou ao meu lado. -Por que todo esse desânimo?

_Foi uma longa noite, já dancei muito.

Ele sorriu.

_Como foi a viagem?-Perguntei curiosa.

_Bem cansativa, mas deu tudo certo.

_Que bom!

_Dança comigo?-Ele perguntou quase sussurrando.

_Você está brincando, eu não agüento mais nada.

_Tira o sapato.

_Não. Você é maluco?

_Eu não acredito que você vai rejeitar, só mais uma dança não vai te matar.

A pista de dança estava praticamente vazia, quase ninguém dançava e no momento passava uma música muito lenta.

_É melhor não. Não com essa música.

_Pois eu acho essa música perfeita.

_Eu não vou dançar juntinho, não mesmo. -Disse olhando para Daisy que estava do outro lado.

André percebeu e então ficou de pé:

_Daisy não vai se importar, tenho certeza. Mas se você quiser vou até lá e peço permissão.

_Tudo bem, não precisa.

Fiquei de pé e ele segurou na minha mão.

Caminhamos para a pista de dança e ele me abraçou.

Eu podia sentir sua respiração no meu cabelo, mas o que mais me incomodava naquele momento eram as batida aceleradas do meu coração.

A música era bem calma e era maravilhoso estar naqueles braços tão fortes. Não demorou muito e eu me acalmei, era como se o mundo não mais existisse, apenas ele e eu.

Tinha vontade de perguntar tanta coisa, tirar tantas dúvidas em relação à Daisy. Mas aquele momento era apenas de nós dois.

Continua





quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Angélica

**continuação do post: Voltas do coração.


Em comparação com o carro de André, o de Daisy parecia ter acabado de sair da fábrica. Sua pintura brilhava, o carro era grande, bonito e muito confortável.

Ao chegarmos à casa de Daisy, eu parei de boca aberta. A casa era enorme, ocupava todo um quarteirão, parecia mais uma mansão.

_Vamos ficar todos em meu quarto ta?-Daisy disse me guiando pela maravilhosa casa. -Daria para cada uma se acomodar em um quarto, mas como é uma noite do pijama seria legal se todas dormissem no mesmo quarto, então eu coloquei alguns colchões no chão.

_Daisy, você mora numa mansão!-Disse admirada.

Ela me olhou com um sorriso:

_É uma grande casa.

_Estou vendo.

_Você ainda não viu nada. -Ela disse com um sorriso. -Esse é o meu quarto.

Eu fiquei parada, sem qualquer reação.

Daisy riu:

_Você pode tomar um banho e demorar o quanto quiser, o banheiro é logo ali.

_Mas... Você não vai querer tomar banho?

_Não se preocupe Mary, o que mais tem nessa casa é banheiro. Sinta-se a vontade, eu vou terminar de ajeitar algumas coisinhas para a festa e volto já.

Daisy saiu e eu fiquei sozinha naquele quarto, ou melhor dizendo, naquela suíte.

Caminhei para o banheiro e olhei admirada para a enorme banheira no chão.

Tomei um relaxante e demorado banho, não me preocupei exatamente com nada.

Vesti o meu vestido para a festa e sai do banheiro. Foi então que percebi que não estava sozinha no quarto, uma linda moça se maquiava olhando no espelho.

_Oi?-Cumprimentei muito sem graça.

_Olá!-Ela se virou para mim. -Eu sou Angélica, você é a Mary?

_Sim.

_Fico feliz em finalmente te conhecer, Daisy fala tanto de você.

Ela caminhou em minha direção. Angélica não era tão alta quanto Daisy, parecia ter a minha idade, os seus cabelos castanhos brilhavam e ela parecia mais uma estrela de Hollywood.

Angélica me abraçou com carinho.

_Confesso que estava muito curiosa para te conhecer, Daisy sempre falou tão bem de você. Tenho certeza que você é tão legal quanto ela falou.

_Espero não te decepcionar.

_Não, eu tenho certeza que não vai.

Angélica voltou a se maquiar, mas não parou um minuto de falar.

_Olha, já vou te avisando pra você não se surpreender. Eu sou muito agitada.

_Hã?

_É, eu não paro um minuto nas festas. Estou te avisando porque todo mundo que não me conhece e me vê em uma festa acha que eu sou doida, mas não sou. Eu sou apenas muito...

_Animada!Eu gosto disso, é muito divertido. Prefiro sair com as amigas animadas do que com aquelas que...

_Sim... -Angélica concordou animada. -Aquelas que na primeira oportunidade querem ir embora, que não dançam e reclamam de tudo.

_Exatamente.

Angélica largou a maquiagem e pegando duas caixas no chão, caminhou em minha direção:

_Estou com muita dúvida se uso a sandália ou o sapato. Já vi que você pode me ajudar.

Olhei para os dois na mão dela e sorri:

_Ficaria muito mais fashion se usasse o sapato, mas pode fazer calo e...

Angélica riu:

_Isso não é problema. Não quando a festa é na minha casa.

Concordei com ela.

_Eu gostei de você, sabia?-Ela disse com um sorriso. –Sim, você é linda, inteligente, entende de moda e parece que temos os mesmos gostos... Pelo menos quando se trata de amigas e sapatos.

_Também gostei de você Angélica. Se depender de mim, seremos grandes amigas.

_Ótimo. -Ela disse com um grande sorriso.

_Amei a sua maquiagem.

_Sério?Amo maquiar, gosto de combinar, inovar.

_Você podia me maquiar... Se não tiver mais nada para fazer.

Ela me empurrou para perto do espelho, estava muito animada.

_Você vai arrasar corações hoje!

_Prefiro não arrasar.

_Pois eu quero arrasar todos!-Ela riu e começou a me maquiar.

Eu gostei de Angélica, ela é animada, bonita e transmite uma alegria incrível. Eu fiquei feliz só de olhar para ela.

Continua


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Ps: Para quem não se lembra, Angélica é a filha do padrasto de Daisy. Foi ela quem ajudou Daisy a se vestir melhor, que deu dicas de moda e ajudou. Angélica e Daisy são muito amigas.

Qualquer dúvidas digam, estarei disposta em ajudar. ***Tânia


segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Voltas do coração

**********Continuação de "Segredos e surpresas".



No primeiro momento eu fiquei com muita raiva do André por ele não ter me falado nada, mas depois a raiva passou porque percebi que era uma coisa bem íntima deles.

_Ah, Daisy... Eu não sei onde enfiar a cara de tanta vergonha!Desculpa, por favor. -Falei muito envergonhada.

Daisy começou a rir:

_Mary, tudo bem. Você é minha amiga e eu confio em você. Além do mais você estava sendo sincera comigo, nada de mais.

_Sério?Mesmo eu já...

_Claro que sim. Além do mais, não é só você que olha assim pra ele, até a Angélica o chama de gostosão... Eu não me importo se são as minhas amigas que falam, e se não é na frente dele. -Ela disse com uma risadinha.

_Ótimo!Então agora você vai me contar tudo, tudo, tudo!

Daisy deu uma risada sem graça:

_Ele faz parte do nosso grupo de amigos, nós estávamos entediados num dia de chuva e então resolvemos brincar de verdade e conseqüência... Como conseqüência eu tive que beijar o André de língua na frente de todo mundo.

_Nossa!Faz tanto tempo que eu não brinco disso...

_É uma brincadeira bem infantil, mas não tínhamos muitas escolhas, chovia muito...

_A brincadeira pode até ser infantil, mas o beijo de língua eu garanto que não é nada infantil.

Daisy riu:

_Verdade. Bom, eu amei o beijo, bom demais, o André também gostou e aí acabou rolando... Estamos juntos desde agosto, mas sem ninguém saber, no momento queremos privacidade até termos certeza do que sentimos um pelo outro.

_Isso é bom mesmo. Você o ama?

Ela respirou fundo e demorou para responder:

_Não.

_Não?

_Estamos juntos, mas eu não consigo esquecer o Fábio.

_Fábio?Quem é?-Perguntei muito curiosa.

_Ele é um ano mais novo que eu, chegamos a namorar sério, mas a pressão era tanta, o preconceito por causa da idade atrapalhou tudo e terminamos.

_Não tem nada mais ridículo do que preconceito, nada a ver essa coisa de idade.

_Eu tentei, tentei... Mas não consigo deixar de amá-lo.

_Isso é terrível.

_E como é. Eu me sinto tão cupada por causa do André.

_Não se preocupe, tenho certeza de que você vai acabar gostando do André.

_Tomara.... Sabe Mary? De um tempo pra cá, um mês eu acho, o André está super esquisito comigo, ele me liga de vez em quando e rapidinho, não tem vontade pra sair, viaja e não avisa. Acho que já esfriou tudo, não vai demorar muito e o nosso relacionamento vai por água a baixo.

Senti meu coração bater muito forte. Um mês, era exatamente a época em que eu tinha voltado.

_Ele não tem mais animo pra sair comigo, não sei não... –Daisy disse desanimada.

_Conversa com ele sobre o assunto, Daisy. Tenho certeza que vocês podem resolver isso juntos.

_É, acho que não vai ter outra alternativa... –Ela olhou para a janela pensativa e completou-Ele mudou de repente, sem mais nem menos... Como se alguma coisa tivesse acontecido.

Segurei na mão dela com carinho:

_Conversa com ele, não tem nada que uma boa conversa não resolva. Você vai ver, no final vai ficar tudo bem.

Daisy me abraçou com carinho:

_Obrigada, amiga. Você é exatamente o que eu precisava.

Terminamos de escolher as roupas, tentei me concentrar, pensar em outra coisa, mas não conseguia tirar André da cabeça. A simples possibilidade de ele estar sentindo alguma coisa por mim me deixava com o coração na boca.

Continua


sábado, 23 de janeiro de 2010

Segredos e surpresas

*****************Para melhor entendimento, leia primeiro Daisy, Daisy fala e Ainda amigas?


_Bom...

_Eu não aceito um não como resposta. -Daisy disse novamente.

_Se o meu pai deixar...

_Ótimo, eu o convenço num minuto.

_Daisy, eu que tenho que falar com ele.

Nesse momento a porta da sala abriu e papai entrou segurando na mão uma bandeja com lanches.

Daisy piscou pra mim e começou a conversar com papai explicando que tinha passado no vestibular e que queria que eu fosse passar o final de semana na casa dela para comemorarmos já que, afinal, tínhamos muita conversa para colocar em dia.

_Eu acho uma ótima ideia, Daisy. -Papai disse se sentando ao meu lado. –Ela tem estado muito sozinha.

Confesso que fiquei surpresa com a facilidade com que ele se convenceu, mas também fiquei muito feliz.

Daisy subiu para o meu quarto e fomos juntas escolher as roupas que eu levaria.

_Mary?Você sabe que numa amizade não deve haver nem mentiras, nem segredos... Certo?-Daisy perguntou se sentando na cama.

_Claro.

_Eu tenho uma coisa muito séria pra te contar...

Eu sentei perto dela e ela continuou:

_Eu tenho medo de que você não me perdoe.

_Mas o que aconteceu Daisy?

Ela respirou fundo e segurou na minha mão:

_Eu... Eu contei sem querer para o André que você gostava dele quando criança.

_O que?Mas por quê?-Senti meu coração bater mais forte.

_Foi há muito tempo, eu estava na quinta série, o André era um menino chato, muito chato que vivia me zoando. Teve um dia que ele falou que eu era a culpada por você ter ido embora, eu fiquei com muita raiva dele, porque eu não tive culpa nenhuma.

_Claro que não. A culpa não foi de ninguém. – eu disse séria.

_Eu precisava me defender, falar alguma coisa que também o deixasse com raiva e... Eu então disse que ele era um idiota porque você gostava dele e mesmo assim ele vivia te chateando e te magoando.

_Ai que droga!-Eu não conseguia acreditar que ela tinha contado o nosso segredo.

_Desculpa, Mary. Na hora eu disse sem pensar... O André ficou com muita raiva de mim na época e ficou um tempo sem conversar comigo, então eu fui falar com ele, pedi desculpas e disse que eu tinha inventado tudo, que era mentira o que eu tinha dito... Foi há tanto tempo atrás Mary, aposto que ele nem lembra mais, isso é, se ele acreditou.

Eu coloquei a mão no rosto:

_Ai que vergonha!

_Vergonha?Mas por quê?Você não acha o André um bom partido?

Eu olhei pra ela sem jeito:

_Não é isso, é que eu era apenas uma criança e... Sei lá, eu fico com vergonha, era algo pra ser só meu.

_Desculpa Mary, desculpa, por favor.

Respirei fundo e sorri:

_Tudo bem, é passado mesmo. Agora eu tenho o Caco e estou muito feliz com ele.

_Você gosta muito do Caco?

_Sim, ele me faz bem, me faz feliz... -Ela sorria pra mim, e então eu senti muita confiança nela e resolvi dizer o que se prendia no mais intimo do meu ser. -Daisy, se eu te contar uma coisa você promete não contar pra ninguém?

_Prometo, prometo... Eu não vou te decepcionar mais Mary, na época eu era só uma criança, mas agora eu sei manter o bico fechado.

_Eu estou namorando, gosto muito do Caco... Mas eu confesso que depois que reencontrei o André eu me senti balançada, sabe? Eu jamais, jamais seria capaz de trair o Caco e nada aconteceu entre a gente... Só que o André tão lindo, divertido, encantador... Teve alguns minutos que eu cheguei a ficar com dúvidas se eu gostava mesmo do Caco.

Ela olhava quieta para mim.

_O Caco veio me visitar dia 31 e eu percebi que estava sendo uma idiota, o André é um amigo, um bom amigo... Mas que ele me fez ficar balançada, ele fez.

_Ele faz isso com todas as garotas. -Daisy disse olhando para as mãos.

De repente percebi que tinha alguma coisa diferente com a Daisy.

_Hei?Peraí... Você, o André... Tem alguma coisa entre vocês que eu não sei?

Perguntei com medo da resposta. Daisy então olhou para mim:

_Nós estamos namorando escondido já faz alguns meses.

Naquele momento eu senti que faltava o chão sobre os meus pés.

Continua


quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Ainda amigas?


****Para melhor entendimento, leia primeiro Daisy e Daisy fala.



Daisy tinha sido totalmente sincera comigo, agora era a minha vez.

_Por que não diz você, Daisy?Afinal, se eu sou assim, então não vale a pena continuar ser minha amiga.

Daisy me olhou um pouco assustada:

_Que droga!Você não entendeu o que eu quis dizer...

_Ah... Alem de um monstro, eu sou também uma burra?

Daisy colocou a mão na cabeça, parecia preocupada.

_Não, Mary!Eu não estou me expressando bem. Em nenhum momento eu disse que você era burra, você não é. Acontece que eu também não disse que a culpa de eu ser sombra era sua.

_Mas fez entender...

_Não, não.... Por favor, me desculpa Mary. Você não teve culpa de nada, éramos apenas crianças, inocentes.

_Então por que você ficou me falando isso?

_Eu quero muito ser sua amiga, Mary. Muito mesmo!Só que eu precisava te falar que eu mudei muito, eu gosto de ouvir, aconselhar, mas eu também quero falar, quero conselhos... E eu achei que você pudesse na gostar dessa nova Daisy.

Comecei a rir:

_Sério? É só isso?

_Claro que sim. Eu não viria até a sua casa para te insultar, não mesmo!Eu esperei tanto pela sua volta, senti muito sua falta Mary. Você era uma ótima amiga!E então, quando você chegou, eu fiquei com medo de que não pudesse gostar da nova Daisy... Foi só por isso que te disse essas coisas.

Ela parecia muito sincera. Agora era minha vez de falar:

_Eu tenho amigas, Daisy. Amigas que não são sombras, cada uma com uma característica marcante diferente, mas todas elas falam e escutam. Pra falar a verdade eu fico até aliviada em saber que você não é mais a mesma Daisy, é melhor assim. Eu gosto muito de conversar, trocar ideias.

_Então... Você me desculpa pela confusão que fiz?Eu jamais iria colocar a culpa em você, Mary.

Eu sorri e estendi a mão:

_Só se voltarmos a ser amigas. -Disse com sinceridade e alegria.

Daisy riu e rejeitou minha mão, pulando para um abraço:

_Nunca deixamos de ser amigas, mesmo com toda a distância.

_Ótimo!-disse.

_Pois então eu acho melhor você não fazer como da outra vez.

_O que?Não, não, eu agora vou te ouvir e muito.

Daisy riu:

_Não estou falando disso. Estou falando que não quero que você vá embora e não de mais sinal de vida, quero te ver muito a partir de agora.

_Pode deixar.

Era bom voltar a ser amiga de Daisy, ela parecia muito mais legal que antes. Agora eu não me sentia mais feia ou um monstro, mas me sentia maravilhosa. Daisy estava me transmitindo essa energia.

_Eu tenho um convite pra você, Mary. Um convite, não. É uma convocação.

_Oh!-disse rindo.

_Eu passei no vestibular...

_Parabéns!-Nos abraçamos novamente e Daisy continuou:

_Hoje vai ter uma comemoração lá em casa, quero que vá.

_Com certeza.

_Mas não é só isso. -ela disse passando a mão pelo cabelo. -Vou fazer um final de semana friends, só para as amigas mesmo, e é claro que você está incluída.

Continuei calada, apenas ouvindo.

_Vamos fazer uma noite do pijama hoje. Sabe bem comum. Pode até parecer um pouco infantil pra você, mas nós adoramos.

_Parece bom.

_É sim. Amanhã, passaremos o dia na piscina, iremos ao shopping e depois daremos um pulo na sorveteria do André. Teremos mais uma noite do pijama, dessa vez ficaremos até tarde assistindo um filme, domingo com certeza dormiremos até mais tarde, por causa do filme. A tarde faremos uma festa na piscina, com todo mundo, inclusive os rapazes. E então?

_Vai ser divertido.

_Mary, eu não aceito um não como resposta. Eu já vou te levar comigo, agora. Você vem né?-Daisy perguntou muito animada.

Continua.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Daisy fala

***Para melhor entendimento, leia antes o post Daisy.


Fiquei parada de boca aberta sem saber o que fazer.

Daisy caminhou em minha direção, como estava linda!

Seus cabelos pretos brilhavam e sobre a testa uma maravilhosa franjinha dava ainda mais charme. Daisy agora estava alta e não mais era seca como oito anos atrás, o seu corpo era perfeito.

Ela vestia roupas lindas e estava de salto alto, muito arrumada.

_Mary, quanto tempo!-sua voz era suave e parecia melodia aos ouvidos.

Ela me abraçou e eu fiquei ali parada, me sentindo uma completa idiota. Eu me sentia suja e feia perto de tanta beleza.

_Queria ter vindo antes te ver, mas estava tudo tão complicado.

Sentamos no sofá.

_Você ainda se lembra de mim, Mary?

_É claro que sim, Daisy. Não vou dizer que lembro muito, muito... Afinal ainda éramos crianças.

_Claro. Também seria impossível você se lembrar muito de mim.

_Por quê?

_Ora Mary, você nunca soube nada da minha vida. Era sempre você e a sua paixão, o André, eu sempre fiquei em último plano, então é natural mesmo que você não saiba nada sobre mim.

Fiquei calada, tentando entender tudo que tinha acabado de ouvir.

_Eu sempre fui muito feliz em ser sua amiga, Mary. Eu me sentia extremamente honrada por ser amiga da menina mais encantadora da cidade. Todo mundo gostava de você, e eu?Ninguém sequer sabia meu nome, eu era apenas a amiga de Mary.

Eu não tinha nada para dizer, nada a declarar. Então fiquei calada apenas ouvindo.

_Eu era sua sombra Mary, você brilhava e eu apenas estava lá. Mas, sabe, eu era criança e não entendia que nasci pra brilhar, então, eu ficava contente em ser apenas sua sombra.

_Eu nunca tive a intenção...

Ela me interrompeu:

_Quando você foi embora, eu chorei muito. Mas o tempo passou, o meu pai morreu... Você sabia?

_Não... Sinto muito Daisy.... Sinto muito.

_Ele morreu um ano depois que você foi embora e a minha mãe ela se casou de novo. Casou-se com um homem muito rico, dono de uma importante empresa. Eu tinha apenas dez anos. O meu padrasto ele tem uma filha, a Angélica, que tem a mesma idade que eu.

Eu não conseguia entender onde ela queria chegar contando isso pra mim.

_Angélica percebeu que eu estava sendo apenas sombra, ela então me transformou, me deu dicas de modas... Fez-me nascer de novo. Agora sim, Mary, agora eu sou feliz de verdade.

_Eu jamais tive a intenção de te fazer sombra.

_Hoje as pessoas me conhecem pelo meu nome, eu passo e todos olham pra mim.

_Eu não queria te fazer... -tentei dizer mais uma vez.

Ela me interrompeu novamente:

_Eu estou falando isso, Mary, porque eu quero que saiba que só continuaremos a ser amigas, se você aceitar uma amiga que brilha... Eu não vou mais permitir que você me ofusque. E então?Você aceita essas condições, ou apenas fingiremos a partir de agora que não nos conhecemos?

Olhei pra Daisy séria, ela estava conseguindo fazer com que eu me sentisse a pior pessoa do mundo.

Continua....


sábado, 16 de janeiro de 2010

Daisy

Finalmente sexta-feira... Nove dias sem ver o André, nove dias que ele viajou.

Meu pai me deixou de castigo apenas por um dia, tempo suficiente até ele descobrir que o André estava viajando.

Minha vida não acontecia nada de especial, nada mesmo, então por isso acabei ficando sem escrever todo esse tempo.

Hoje, porém, uma coisa surpreendente aconteceu.

Estava no quarto, logo no fim do dia, esperava ansiosa pelo momento em que André fosse me visitar para contar como fora a viagem, quando meu pai entrou.

_Mary, você tem visita.

Levantei contente:

_Então André veio finalmente me ver!-disse eufórica.

_Mas não é o André.

_Como não papai? Quem mais me visitaria nessa cidade?

Ele sorriu:

_Sua amiga de infância... Você se lembra dela?Vocês não se desgrudavam um minuto...

_Daisy... –disse nem um pouco animada.

_Você se lembra dela né Mary?Pelo amor de Deus, diz que sim.

_É claro que me lembro papai. A primeira coisa que o André fez ao me ver foi falar dela.

_Você não parece muito animada com a visita dela.

_Mas estou animada. -menti.

_Então é melhor descer, ela está te esperando.

_Certo, só preciso de um minuto.

_Está bem, mas não demora.

Ele saiu do quarto e eu fiquei sozinha. Comecei então a forçar minha memória, eu precisava de qualquer maneira me lembrar alguma coisa da Daisy.

Éramos grandes amigas, vivíamos vinte e quatro horas juntas, ela é um ano mais velha que eu (já formou o colegial), ela era a única que sempre soube do meu amor de infância pelo André. Tirando a Daisy, mais ninguém sabia, nem mesmo o André.

Olhei para o espelho desesperada, precisava me lembrar mais coisas dela. O André tinha me dito que a Daisy não se esquecera de mim nem por um minuto... Eu não podia deixar a Daisy pensar que eu tinha me esquecido dela, não mesmo. Mesmo que isso não fosse verdade.

Eu podia me lembrar que Daisy era muito sem graça, era magra demais e muito sem sal.. Mesmo assim eu gostara muito dela...

Ajeitei o cabelo e saí do quarto, não me arrumei demais porque não queria que a Daisy se sentisse sem graça perto de mim.

Tentei mais uma vez me lembrar dela, mas desisti. Era incrível como eu podia me lembrar tudo do André, mas dela eu só me lembrava que ela sabia dos meus segredos... Só isso.

Desci a escada e cheguei na sala. Daisy se levantou para me receber e eu a olhei sem acreditar, fiquei terrivelmente surpresa... Como estava enganada!

Continua



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Ps: Quero pedir a todos que participem da enquete para dar um título para a história de Mary....Obrigada a todos! Beijinhos e um ótimo final de semana!!!**Tânia.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Mais selinhos....!

Oiiiiii galera!
Recebi alguns selinhos muito legais de Patriny Marcelle.
Obrigada pelo carinho Patriny!!!
Aí estão:


A regra é indicar para quem faz parte do seu conto da realidade.

A regra é dizer cinco coisas que você espera desse ano: Muito amor, Muita paz, muita felicidade, muita vitória.... Muita alegria para todos!!!

A regra é responder essas perguntas:
1. Qual cidade você mora?
Montes Claros (Mg)
2.Trabalha em que?
No momento estou só estudando.
3.Gosta do que faz?
Com muita certeza!
4.Empregado ou patrão?
No momento empregada dos professores..rsrsrs
5.Se não trabalhasse nisso o que faria?
Boa pergunta, nem eu sei..rsrsrs
6. Trabalharia em um setor administrativ
o ou como professora?
Professora.
7. Como é sua rotina?
No momento estou sem rotina...
8. O que faria se ganhasse na mega hoje?
Não sei...É até dificil de imaginar.

Indico os selinhos para:
*Paraiso
*Texucoo

*Renata
*Leidiane
*Mariana Andrade
*E para todos os meus seguidores******


Tem também este selinho muito especial:

A regra é dizer 5 qualidades do I simply:
1.Aconchegante!!
2.Tem sempre postagens mara!!!
3. Super feminino
4.É tudo de bom!!
5.Sua dona é o máximo!!!


Por hoje é só galera, amanhã terá um novo capítulo da história de Mary.Novas surpresas acontecerão para ela... Mil beijos para todos e boa noite!!!

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