Ninguém pode negar.
Nelson Piquet amava a Fórmula 1.
Um brasileiro que nasceu com o dom para a coisa.
Fato.
Outros lutavam com as curvas.
Piquet as apagava.
Era senhor de seu carro.
E o que mais ele apreciava eram os
treinos.
Isso mesmo.
Sem ninguém para atrapalhar.
Competir.
Somente a pista livre.
E com todos os mecânicos do mundo ao seu dispor.
Apenas dando satisfações aos cronômetros.
Ninguém conseguiu domar esse gênio.
Nem mesmo
Frank Williams.
"Eu telefonava para Nelson. Ele não atendia. Simplesmente não respondia..."
Era quase uma postura de desprezo.
Talvez um efeito colateral de seu talento.
A generosidade não fazia parte de suas qualidades.
Aliás não existe campeão bonzinho na Fórmula 1.
Quando a sombra de
Ayrton Senna ameaçou diminuir seu brilho, Piquet extrapolou.
Com três títulos no bolso declarou: "Ele não gosta de mulher".
O piloto que encantou o mundo do automobilismo com sua condução única, estava envelhecido.
Não lidava bem com a contrariedade.
Com a oposição.
Com o questionamento.
E destilou seu veneno.
Seu final na
Benetton deixa isso bem claro.
Quando o cordial Roberto Moreno deu lugar a um alemão chamado
Michael Schumacher,
os números não ficaram a favor do brasileiro.
E ele deixou a categoria máxima do automobilismo.
Sua biografia é uma das mais interessantes.
Por isso não é a primeira e nem a última vez que faço um post sobre essa figura.
Sempre que pesquiso sobre Piquet fica claro que ele possuía uma
imensa qualidade nas pistas.
E fico com uma interrogação.
Ele seria o melhor de todos os tempos, como afirmam alguns?