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sexta-feira, 19 de outubro de 2018

Master Class - Grant Williams

"Os mercados, como a natureza, necessitam de predadores"

O vídeo que hoje aqui partilhamos corresponde a uma acção promocional do canal Real Vision. É a apresentação de uma intervenção de um dos seus fundadores - Grant Williams - numa conferência que ocorreu no passado dia 1 de Outubro. A apresentação é dedicada à história do papel do ouro nos sistemas económicos, mas especialmente às interpretações que, do seu papel e natureza, fizeram personagens historicamente relevantes. Evidenciando, com muita clareza, as consequências dessas interpretações para os mercados e para os cidadãos.

A história de "Pedro e o lobo" serve aqui para mostrar, em sentido auto-crítico, que a repetição dos avisos representa a descredibilização de "Pedro". Mas também demonstra a seriedade dessa descredibilização quando todos são confrontados com as reais consequências dos acontecimentos.

De especial nota as citações seleccionadas de Alan Greenspan, agora com a apresentação das consequências das políticas que ele iniciou e que outros têm levado a níveis inimagináveis.
Ainda hoje me causa estupefacção a mudança por que passou Greenspan, relembrar o que decidiu como governador da FED tendo por referência as suas ideias que já eram públicas nos anos sessenta - relativamente ao papel do ouro, por exemplo - é algo de incompreensível. E, caso se contemplem as suas mais recentes intervenções (que recuperam o sentido das suas ideias originais), a estupefacção é ainda maior.

Que a imprensa (especializada ou não, valem o mesmo para o caso) nada faça para o questionar quanto a estas mudanças é bem a medida da farsa que vivemos.

Ver Aqui



Assista-se e discutam-se visões e cenários para o futuro.
Próximo?


quinta-feira, 27 de julho de 2017

O reforço de um mundo de animação


Depois dos discursos e encenações desta semana por parte da equipa da FED, o mercado sabe com o que pode contar. Os índices bolsistas continuarão a sua ascensão como paradigmas de uma "economia de sucesso". E os curadores, quais mandarins ilustrados, mantêm a sua máquina de entorse perceptivo.
Lacy Hunt - que por aqui já recebeu a nossa atenção - cita Alan Meltzer acerca dos erros que a FED cometeu, comete e continuará a cometer quando segue os modelos e as ferramentas erradas para cumprir o seu mandato.
Traduzo: "O erro da FED é continuar a basear-se em modelos como a Curva de Phillips... que ignora a influência do papel da moeda, do crédito e dos preços". Esta teimosia, insiste Hunt, impede a FED de seguir tendências mais persistentes na moeda e no crédito, comprometendo o seu próprio papel estratégico no seio das exigentes componentes do seu mandato.

É caso para perguntar se esta gente acredita mesmo na sua poção mágica...

sexta-feira, 16 de setembro de 2016

Constantes


Quando estamos num barco e contemplamos a orla marítima, não é esta que se mexe e oscila. Antes, é o barco onde estamos que baloiça. .

sexta-feira, 9 de setembro de 2016

Crises de Identidade - actualização



Os gráficos ilustram bem o caminho a seguir por parte do BCE quanto ao Programa de Compras para o Sector Público (obrigações), mas também quanto ao Programa das Garantias de Crédito/Liquidez dos Mercados.
Os limites estão à vista, mas ainda há algum espaço para manter o Jogo.
O que acontece se chegarmos a esse limite e os resultados continuarem a ser tão pobres? Ou caso a situação se agrave?
Há, sabemos, o poder para estes génios dobrarem as vicissitudes quando elas são obstáculo à manutenção da Narrativa do sucesso. Isso já sabemos.
Mas quem garante que os restantes jogadores não começa a duvidar da sanidade da jogada?

Crises de identidade - a paródia de um sistema


Quando podemos ver para além do faz-de-conta, beneficiando de um salutar distanciamento, é fácil identificar a natureza bipolar, digamos, é possível vislumbrar as mutações forçadas por que passam os curadores de serviço.
Mal que, por natureza, infligem a si mesmos. E que nos faz vítimas.
Pela Europa já assistimos à "Japanização" do mercado bolsista e, à distância num horizonte não muito longínquo, sabemos que os estímulos dados por (Super Mario) Draghi aumentarão. Fantástico. Não deve haver problemas. Nenhum mesmo.

sexta-feira, 2 de setembro de 2016

Pensamento mágico - uma viagem contada

"Os nossos tempos não são diferentes dos antigos"

A mais recente reflexão de Ben Hunt foi publicada (aqui) e ela dá o título para esta entrada. Publicamos abaixo a entrevista que o autor também publica quinzenalmente e que, desta vez, dedicou precisamente ao seu último relatório. Estas gravações, incorporando outros exemplos e argumentos, facilitam o alargamento do público para as suas reflexões.
Não posso deixar de recomendar ambas, ainda que prefira as notas escritas.

Assim, esta entrevista visa mostrar que o tempo presente não é, do ponto de vista antropológico, diferente de épocas passadas. No que diz respeito a mecanismos estruturais da relação entre o homem e o real, das relações de poder entre pessoas e instituições e do modo como estas instituições legitimam e exercem o poder, as semelhanças, segundo Hunt, são inegáveis. E quanto mais depressa admitirmos isso, mais facilmente podemos provocar ou acelerar a mudança para uma nova etapa.

De Claude Levi-Strauss, a Piaget e aos espectáculos televisivos que resultam de cada reunião de governadores dos bancos centrais em pouco mais de quarenta minutos. Não esquecendo Woody Allen (através do seu filme "Annie Hall"), Orwell, as entrevistas dos colossos jornalísticos do presente, bem como o funcionamento da "canalização" sagrada das nossas omnipotentes instituições financeiras e monetárias.
Compreender o propósito dos mercados de financiamento de curto prazo? O propósito dos mecanismos da taxa LIBOR? Com inteligência, ironia e bom-humor?

A ouvir e apreciar criticamente.

Votos de um excelente fim-de-semana.

segunda-feira, 29 de agosto de 2016

O deleitoso faz-de-conta



Não esqueçamos que o Verão está a acabar. Que se aproxima a altura das colheitas. Não me refiro às vindimas, mas à colheita das tempestades que se semearam. De natureza política, económica e financeira.
Vai ser interessante ver as voltas que hão-de dar os curadores de serviço para preparar as negociações relativas ao próximo orçamento de estado português. Assim como a situação da banca europeia - e é necessário manter a atenção a todo o sector na Europa: Portugal, Espanha, Itália... Alemanha.
Por isso é que o faz-de-conta se vai intensificar. Em várias frentes.
Haja saúde!

quinta-feira, 16 de junho de 2016

Vacas voadoras e deleitosas prisões

Humildade e bom senso

No meio da tempestade de activismos políticos, monetários e financeiros, são cada vez mais refrescantes as escassas hipóteses de pensar a realidade com consciência dos limites humanos, com conhecimento histórico e técnico. O bom senso parece ter desaparecido definitivamente da paisagem e do discurso - social e político. Partilhamos, por isso, uma palestra muito informal de James Grant. A frontalidade e a humildade de Grant parecem de outro tempo.

São tempos de vacas voadoras, de uma presidência sufocante, do excepcionalismo na consideração dos problemas (veja-se CGD), de piadas de mau gosto (as empresas gozarem de uma conta-corrente com o estado é considerado um avanço civilizacional e fruto de uma mente brilhante socialista). São tempos em que acumulamos ataques à liberdade de propriedade e pensamento (quando o estado exige que um hotel não discrimine os clientes que quer servir).
Há quem acredite na bondade desta tolerância forçada? Neste paternalismo sem vergonha?

Nas esferas mais elevadas do poder (na Europa e nos EUA), as discussões para concertar activismos devem estar ao rubro, pois nada está a funcionar como há muito pretendem os curadores. São vários os títulos de dívida a taxas de juro negativas (8 a 10 triliões, consoante as fontes) e as dúvidas crescem quanto à saúde da economia mundial, mas os curadores ainda exercem o seu papel inchados de credibilidade auto-atribuída.

Que contexto para a conversa com Grant!

Resta-nos o humor e o bom senso.
Rindo e pensando.






quarta-feira, 18 de maio de 2016

Radar

Horas depois de mais uma reunião, a Reserva Federal americana (FED) decidiu sublinhar a hipótese de subida nas taxas de juro já em Junho.
Se não estivéssemos - todos - ainda tentar compreender qual seria a lógica das política financeira e monetária da FED dos últimos oito anos, esta decisão de "aperto" face ao abrandamento económico seria desmascarada como uma contradição. Um testemunho cruel face ao que se tem feito para evitar a crise global. Porto Rico. Alô??

Assim, resta-nos o humor.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

Irresistível


Muito mais do que a piada, o verdadeiro dilema em nos encontramos. O dilema dos prisioneiros. E, verdadeiramente, é disso que se trata, pois não podemos mais que reagir ao que os suspeitos estão e vão fazer:
- obcecados pela inflação;
- implementação de taxas de juro negativas;
- a busca interminável pela dinamização do PIB pela compra de activos e investimentos públicos;
- e a estocada final da eliminação da moeda física, com o intuito de prevenir a "malvada poupança".

Um dilema. Irresistível.

Radar

Sem nenhuma relação com o Entrudo e as partidas que por estas alturas se pregam, a realidade mostra-nos a sua dinâmica. Especialmente, a natureza da sua dinâmica.
À consideração dos nossos leitores:

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

Malabarismos


Podemos trocar o chapéu pela boina com o acrónimo BCE. Ou BoJ. Ou... bem, com o nome de qualquer banco central que anda a fazer malabarismos.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

Agora que já sabemos





Que os leitores me desculpem o exagero imagético.
Não é uma boa maneira para traduzir a ficção em que nos encontramos?
Yellen subiu as taxas de juro. À entrada de um abrandamento. Global.
E com a Europa à porta de taxas negativas...
Em que canal passa o "Twilight Zone"?

sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Pelo espelho retrovisor

Certos cenários não passam de cantigas de embalar

Julgando olhar para a frente, os demiurgos que comandam e controlam o sistema parecem ver apenas o reflexo do espelho retrovisor. Os próximos metros que temos pela frente, na estrada sinistra que percorremos, revelam-se muito difíceis.
Esta breve entrevista a Kyle Bass demonstra que não estamos plenamente conscientes do que há ainda para corrigir nos mercados emergentes, preciosos auxiliares da bolha financeira e exportadores de bens que por cá compramos.
Até quando conseguiremos ouvir ou ler as previsões de "crescimento moderado" ou "consolidação da situação macroeconómica", que os demiurgos não se cansam de projectar para a Europa ou para os EUA, sem resposta crítica?
Terá sido a decisão de Yellen um primeiro sinal do falhanço da Narrativa?



quinta-feira, 25 de junho de 2015

Radar

Uma visão integrada do estado das coisas à escala global - economia, política e finança - por Jim Rickards.
Concorde-se ou não com todas as teses que defende, o enquadramento que apresenta é muito credível e consequente.
Siga-se, atentamente, a descrição dos diferentes momentos da Grande Narrativa em pouco mais de seis minutos.