Os relacionamentos

23 de novembro de 2013 · 8 comentários



Informação sobre este texto

Este artigo foi publicado no meu já desaparecido blogue «Postais da Novalis» em Junho de 2006. Foi ligeiramente adaptado para ser publicado no «Cova do Urso» em 17 Agosto de 2008, e republicado 2 anos depois, a 17 Agosto 2010. Decidi republicá-lo agora, 23 Novembro 2013, sete anos depois da sua primeira publicação, pois há muitos novos leitores que não o conhecem. Muito obrigado por prestigiarem tanto este artigo. A.R.

Recomendação pessoal

A leitura deste artigo torna-se mais aliciante se, ao mesmo tempo, ouvir o cantor português Carlos Paião, a cantar «Cinderela». 



No século 18, o químico francês Antoine Lavoisier, nas suas investigações científicas, descobriu que "na natureza nada se perde, tudo se transforma". A mesma lei aplica-se a nós, seres humanos, aos nossos sentimentos e, portanto, também, aos nossos relacionamentos amorosos. Por ser uma lei do universo, não se consegue contrariá-la.

Ou é cumprida ou não. Deve ser entendida, sentida e aprofundada. Se assim for, o “resto” acontece com naturalidade, se existirem as condições apropriadas.

No entanto, atrevo-me a dizer que a maioria de nós não conseguimos entender-nos com os nossos próprios sentimentos amorosos, nem com esta lei aplicada à nossa própria vida.

E criamos obstáculos à execução da mesma, entrando frequentemente, em situações de extrema frustração e/ou depressão, que conduzem a outras situações. Que fique claro, caros leitores/as, que ao longo da minha vida, também não consegui entender esta lei e, muito menos, aplicá-la. Hoje, simplesmente, conheço e vivencio as consequências dessa "falta de atenção" às coisas que me estiveram potencialmente destinadas. E este "destinadas" não tem qualquer conotação com fatalismo. A astrologia explica isto de forma magistral.

Continuemos, por favor. Se "na natureza nada nada se perde, tudo se transforma", então façamos a pergunta essencial: que tudo é este que se transforma? A resposta é simples: a energia. Que transforma a sua forma. Porque é de energia que estamos a falar. A energia é sempre a mesma, o que muda é a forma como se apresenta. Simples. A energia do amor, também. Aquilo que vocês chamam de "amor". Aquilo que acham que é o amor.

Sabemos que os rios, mares e lagos são água em estado líquido. É energia na forma líquida. Também sabemos que o gelo é água em estado sólido. É energia na forma sólida. Igualmente sabemos que o vapor é água em estado gasoso. É energia na forma gasosa. Estas imagens pertencem ao nosso quotidiano. Em casa, todos sabemos utilizar esta energia (água) nas suas diferentes formas. O factor que processa a transformação nessas diversas formas é apenas a temperatura. Ao encontrar as condições apropriadas, a energia muda sempre de forma. Sempre. É uma lei do universo. Nas relações amorosas, também. É a mesma lei.

Outro exemplo conhecido: uma semente é um óvulo já fecundado e quando fertilizado, contém um embrião a partir do qual surge uma planta que crescerá, se encontrar as condições apropriadas. Essa planta dará uma flor que, por sua vez, contém sementes. É o ciclo completo da natureza. Estamos sempre a falar da mesma energia, em que apenas muda a forma. A mesma energia em forma de semente, planta e flor. Nas relações amorosas, também. Em astrologia estamos sempre a falar de ciclos.

Quando pensamos em água, não temos dificuldade em pensar nela como sendo energia. A humanidade tem sabido utilizar esta energia. Porque conseguimos ver a água. Tal como vemos a semente, a planta e a flor. E vemos as diferentes mudanças de formas. Isto conseguimos compreender.

Há energias que não se conseguem ver. O ar que respiramos, a brisa, o vento. Mas sabemos que existe. Não possui energia sólida. É subtil. Mas não tão subtil, ao ponto de não se sentir no nosso próprio corpo, que vibra perfeitamente com a brisa que nos toca, ou o vento que nos fustiga.



Com os sentimentos amorosos dos seres humanos é exactamente da mesma maneira. Não se consegue ver, mas está lá. O sentimento que tu chamas de amor está contigo, desde o momento que nasceste. É uma energia invisível que não te abandona nunca. Expressa-se de formas diferentes. É aqui que podem residir alguns equívocos: achares que o amor que dedicas aos teus pais, teus irmãos, teus filhos e amigos são coisas muito diferentes do amor que sentes pelo companheiro/a. Tudo é a energia do amor, que expressas de formas diferentes. Porque as condições são diferentes.

Por acaso não amas os teus filhos, independentemente da idade que tenham? Então? Em que ficamos? Claro que, quando eles são bébes tens que cuidar deles de uma forma diferente, de quando, mais tarde, são crianças, adolescentes ou adultos. No entanto, o amor é o mesmo. A forma como o expressas é que difere. Disso, não duvidas, pois não? Esse amor acompanha-te ao longo da tua vida. Não desaparece. Se as sogras olhassem para as noras e genros com apreço e gratidão, por estas e estes amarem os filhos/as que elas pariram, criaram, cuidaram e amam... Com as noras e genros, o mesmo. Pois, então! A maioria de nós não consegue pôr a funcionar o 4º Raio da Criação - tentar a Harmonia através do Conflito.

Estou sempre a falar do mesmo: novas vibrações, nova era, novas energias, aquilo que chamamos de espiritualidade... É disto que eu falo, por exemplo, com os exemplos que dei até ao momento, neste texto. Somos nós quem deve iniciar essa mudança. E este "nós", sou eu e "tu", que me estás a ler. A aprendizagem é total e global, porque estamos todos na mesma nave - o planeta Terra. É esta nave que nos está a ensinar a... amar. Aliás, sempre ensinou. E nós, cegos e surdos aos seus ensinamentos. Qualquer dia, escreverei aqui, sobre o significado holístico e metafísico da doença que chamamos "cancro", para ficares a saber que está associada à falta de amor ou, pelo menos, à sensação que se pode ter de faltar amor. É por isto que estudo astrologia. Para entender...

Cresceste e aprendeste a dar nomes diferentes à mesma energia que conheces pelo nome de amor. Amor de mãe. Amor de irmão. Amor filial. Ao amor de amigo, chamas amizade. No entanto, só pensas e classificas de “amor-amor” quando se trata do teu companheiro/a, do teu namorado/a, da pessoa com quem fazes sexo. E iludes-te, pensando que é o amor verdadeiro. Como se as outras formas de amor não fossem verdadeiras. Lá saberás o motivo, talvez porque fazes sexo com esse ser que te acompanha. O sexo faz falta, todos sabemos e gostamos. É bom e é uma energia muito positiva. Daí ter surgido a frase: “fazer amor” que, como saberás, é uma invenção da humanidade, porque o amor não se faz, vive-se. Eventualmente, fazes sexo com o ser amado, o que é diferente. Imagino que não te passa pela cabeça fazer sexo com os teus familiares e amigos [deixemos de fora as excepções negativas, que confirmam a regra, por favor]. Por estas e outras razões, talvez aches que aquilo que sentes pelo companheiro/a é o único e verdadeiro amor.

No ocidente [que conheço melhor] as pessoas são treinadas a acreditarem na ilusão. São múltiplos e enfadonhos os exemplos de ilusão. Anotemos alguns pequenos exemplos que eu tenho ouvido ao longo da vida, sobretudo do lado feminino: “é a minha alma gémea”, “é o único amor da minha vida”, “é o grande amor da minha vida”, “não consigo viver sem ele”, “que vai ser de mim, sem ele?”, “apetece-me morrer porque ele tem outra”. É um tédio. Assim está meia humanidade. Completamente dependente de uma forma de expressão e, sobretudo, de outra pessoa.

Há sempre o secreto sonho de encontrarmos a cara metade com quem se criará uma relação tão duradoura, como a dos nossos avós. Hoje, o exemplo já tem que ser com os avós… Há uns anos podíamos dar os nossos pais, como exemplo de uma relação duradoura. São outros tempos. Não que sejam melhores, apenas diferentes. A energia mudou…

Duas pessoas conhecem-se, sentem-se mutuamente atraídas e iniciam uma relação que se transforma em amorosa.

"Ele lá lhe disse a medo: 'O meu nome é Pedro e o teu qual é?'
Ela corou um pouquinho e respondeu baixinho: 'Sou a Cinderela'" *

*["Cinderela" de Carlos Paião]

Têm em comum uma característica: sentem que alguma coisa dentro deles se alterou. É um sentimento a surgir. É a energia do amor a criar uma nova forma. Essa energia sempre lá esteve. Pertence ao teu Ser único e insubstituível. Simplesmente, está a mudar de forma. Tal como acontece com a água e a semente, a energia do amor toma nova forma por ter encontrado as condições apropriadas.

É exactamente aqui que se geram os maiores equívocos, por desconhecimento, das pessoas. A partir deste momento, entram em jogo outros factores de enorme importância. Entra muita coisa ao barulho, à confusão, que pode turvar essa relação. Habitualmente, esses factores conseguem contaminar a relação amorosa. Quando esta confusão está instalada muitas pessoas vão ao astrólogo/a lamentarem-se das suas vidas. E pedem sinastrias, na esperança que os astros arranjem o que elas próprias estragaram...




Porque a pessoa ao sentir que irrompe um sentimento amoroso dentro de si, encontra-se incapaz de se auto-analisar. Está disposta a se entregar a esse sentimento. Isso é muito bom.

"E, num desses momentos, houve sentimentos a falar por si.
Ele pegou na mão dela: "Sabes, Cinderela, eu gosto de ti..." *
*["Cinderela" de Carlos Paião]

Se nós fizéssemos tudo para manter a energia amorosa nessa forma de pureza inicial... Se os sentimentos se ficassem por aqui... Simplesmente, que se amassem, que amassem e se deixassem amar pelo outro... É uma oportunidade única e especial que os aparelhos do corpo físico possuem para entrarem em sintonia fina com a alma. Simplesmente, amar. Mas não é assim que, habitualmente, processamos. Quando esse sentimento aparenta ser correspondido, parece entrar em imediatamente em funcionamento os mecanismos que só atrapalham o relacionamento: a personalidade de cada um, o ego exacerbado, a mente e as emoções.

A lei diz que na natureza nada se perde, tudo se transforma. Essa nova forma do sentimento que surge, não é percebido como simplesmente “amor”, mas sim, entendido, como sendo “um amor exclusivo por aquela pessoa”, não sobrando nada para ela própria. Assim, dificilmente, o relacionamento poderá sobreviver. É apenas uma questão de tempo… Porque nos esquecemos de partilhar assim:

"E dividem a merenda, tal como uma prenda que se dá nos anos." *
*["Cinderela" de Carlos Paião]

O resto é feito por uma certa incapacidade de auto-conhecimento de cada um de nós. Se a pessoa acreditar que esse amor é apenas para ser dedicado ao outro, não percebe que, se não se amar primeiro, se não tiver a sua auto-estima bem trabalhada, não está a fazer nenhuma partilha, mas sim uma entrega submissa, cega e sem sentido. Nem sequer é uma dádiva. Simplesmente, está a criar uma enorme dependência pelo outro/a, que será fatal a esse relacionamento. [Talvez esteja na altura de ires a uma consulta de um/a astrólogo/a capaz. Já agora, aproveita e escolhe bem. Se não conheces ninguém, vai à minha lista de linques astrológicos e escolhe. Os melhores estão lá.]

Continuando. O “resto” é confundido com uma miríade de emoções e pensamentos, que são completamente independentes do sentimento amoroso. É nesta fase que se criam as dependências, tão nefastas nos relacionamentos. Praticamente, desde o início, que a relação pode ter entrado em derrapagem, desequilibrando-se, descentrando-se.

Fica assim criado o caminho certeiro para que a energia do amor volte a arrefecer, iniciando nova transformação, recolhendo-se ao sacrário do coração, por não encontrar as condições apropriadas para o seu desenvolvimento.

“Ele é meu”, “ela é minha”. Atitudes de posse, de autoridade, com todas as emoções e pensamentos negativos que isso acarreta. No início, tudo parece bonito, mas aos poucos entram os restantes factores alheios à energia amorosa. Os ciúmes, o poder, o controle, a dependência, a ausência de respeito recíproco, as acusações, etc. Todas estas questões estão muito estudadas e não é minha pretensão explicar estas coisas, aqui. Repararam que até ao momento já mencionei a natureza de todos os planetas e signos do zodíaco? Se estudas astrologia, procura bem.

Se a semente é uma energia que vai transformando a forma até surgir a flor, porque razão, o amor não pode ir assumindo formas diferentes? Porque razão, numa relação amorosa, os parceiros não dão oportunidade a que essa energia (o amor) adquira uma forma realmente amorosa?

Talvez porque todas aquelas atitudes tomadas pela personalidade, ego, mente e emoções - os ciúmes, o controle, a dependência, a ausência de respeito recíproco, as acusações... - foram esticadas ao excesso e passaram a dominar o relacionamento, por vezes de forma tão encapotada que até parece estar tudo bem. Quando não está.

Onde ficou aquela energia que desde o início vocês chamaram de amor?

O amor ficou tapado, entulhado, coberto, cheio de lixo psíquico e mental; escureceu, perdeu brilho, retirou-se, já não está presente. Em suma, voltou a mudar de forma.

E, assim, instala-se o vazio da alma. Mais uma vez, caíste na armadilha de acreditares que apenas és o corpo que tens. Ilusão, pura ilusão. Que consigas fazer melhor, da próxima vez que te enamorares. Sim, porque a vida vai dar-te outra oportunidade. Fica atento/a. Dá uma oportunidade a ti mesmo/a. Mas tenta não repetir o mesmo. Tenta melhorar.

Por favor, não me apareças nas consultas de astrologia, a quereres saber quando te vais apaixonar novamente... pois o mais certo é ouvires coisas sobre Saturno e Plutão - :) - e certamente ficarás desiludido/a. No entanto, o Universo é generoso e dar-te-á outra oportunidade. Presta a tua atenção ao assunto e confirmarás o que digo.






Letra completa de «Cinderela» de Carlos Paião:

* Eles são duas crianças a viver esperanças, a saber sorrir.
Ela tem cabelos louros, ele tem tesouros para repartir.

Numa outra brincadeira passam mesmo à beira sempre sem falar.
Uns olhares envergonhados e são namorados sem ninguém pensar.

Foram juntos outro dia, como por magia, no autocarro, em pé.
Ele lá lhe disse, a medo: "O meu nome é Pedro e o teu qual é?"

Ela corou um pouquinho e respondeu baixinho: "Sou a Cinderela".
Quando a noite o envolveu ele adormeceu e sonhou com ela...

Então,
Bate, bate coração
Louco, louco de ilusão
A idade assim não tem valor.
Crescer,
vai dar tempo p'ra aprender,
Vai dar jeito p'ra viver
O teu primeiro amor.

Cinderela das histórias a avivar memórias, a deixar mistério
Já o fez andar na lua, no meio da rua e a chover a sério.

Ela, quando lá o viu, encharcado e frio, quase o abraçou.
Com a cara assim molhada ninguém deu por nada, ele até chorou...

Então,
Bate, bate coração
Louco, louco de ilusão
A idade assim não tem valor.
Crescer,
vai dar tempo p'ra aprender,
Vai dar jeito p'ra viver
O teu primeiro amor.

E agora, nos recreios, dão os seus passeios, fazem muitos planos.
E dividem a merenda, tal como uma prenda que se dá nos anos.

E, num desses momentos, houve sentimentos a falar por si.
Ele pegou na mão dela: "Sabes, Cinderela, eu gosto de ti..."

Então,
Bate, bate coração
Louco, louco de ilusão
A idade assim não tem valor.
Crescer,
vai dar tempo p'ra aprender,
Vai dar jeito p'ra viver
O teu primeiro amor.

"Cinderela" de Carlos Paião





Se quiser comentar, por favor, clique aqui.
Ficarei muito agradecido.



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Cova do Urso - 6º aniversário - 2007-2013

22 de novembro de 2013 · 30 comentários



Cova do Urso
O blogue de António Rosa
22/11/2007 a  22/11/2013

6 anos ao Serviço





Muito agradecido a todos os amigos,
leitores e visitantes.


Este urso foi o 1º avatar que usei na internet,
nos idos de 2003 e foi-me oferecido pela amiga
Ma Jivan Prabhuta


O nome do blogue tem a ver com esta imagem,
que já era usada por mim no tempo do meu antigo blogue
«Postais da Novalis».



Muito obrigado a todos.





O grande pecado: Não tenho Twitter






Este ano de 2013 escolhi não divulgar os números do blogue,
à semelhança do que fiz o ano passado



UPDATE

A amiga Astrid Annabelle, do blogue
«Navegante do Infinito»
dedicou um post de parabéns ao
«Cova do Urso».
Fiquei muito feliz e agradecido.




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Como entender as retrogradações quando se analisam os aspectos aplicativos e separativos? Antes de mais, o que é a aplicação?

16 de novembro de 2013 · 0 comentários

 
Como entender as retrogradações quando se analisam os aspectos aplicativos e separativos? Antes de mais, o que é a aplicação? «É o movimento de um planeta em direcção a outro planeta, cúspide de casa ou ponto sensível quando se aproxima da formação de um aspecto entre ambos. Ambos os planetas podem estar directos, um directo e outro retrógrado, ou ambos retrógrados. O termo aplicação mútua é usado quando um planeta directo está aplicando a um outro que esta retrógrado, portanto cada um deles vai em direcção ao outro. O planeta mais rápido, independentemente da direção do movimento, 'lança os seus raios' para aspectar o mais lento. Aplicação é o oposto de Separação.» ["Glossário" de Bárbara Abramo]

Se a aplicação se faz quando o planeta mais rápido está retrógrado, isto indica que a pessoa dona do mapa está perante duas possibilidades (o tal livre arbítrio): 1) ou vai facilitar o assunto, podendo ficar alguma frustração pela vontade de ter dificultado 2) ou decide dificultar a realização (conforme o aspecto e as recepções) da coisa desejada, mudando de posição, opinião, atitude. Habitualmente, a tendência é dificultar, resistir.

Se a aplicação se faz com os dois planetas retrógrados (apesar de haver sempre um planeta que é mais rápido do que o outro), são os dois que influenciam a modificação da posição da pessoa, tornando o assunto mais tenso pela necessidade de integração de ambas energias.

Num mapa natal é frequente vermos casos opostos, em que determinado aspecto aplicativo não se formou na hora de nascimento porque o planeta mais rápido, no momento que o ia fazer, tornou-se retrógrado. Este é o caso típico e algo confuso, devido às orbes que cada pessoa utiliza. Eu uso orbes bastante apertadas.

O mesmo acontece num trânsito ou progressão: é uma experiência comum, que tendencialmente faz fracassar algo que estava perto da realização. Quando o aspecto se formar, tempos depois, será um trânsito "limpinho" e fácil de realizar. Às vezes, as pessoas dizem frases significativas como esta: «À segunda, é de vez.» O complicado é quando um planeta faz 3ª, 4ª ou 5ª passagem nessa aplicação ou separação. É um bailado complexo que merece uma análise separada.

Qualquer aspecto aplicativo diz respeito a um futuro próximo (dependendo da natureza dos planetas), enquanto o aspecto separativo tem um significado de algo já passado. Quando visto num mapa natal, podemos dizer do separativo: já integrado, algo inato. Enquanto aspecto aplicativo: é literalmente a promessa do mapa, o potencial da pessoa.

Se num mapa natal há um aspecto aplicativo com um dos planetas em situação de retrógrado (a tal promessa do mapa, o tal potencial da pessoa), podemos afirmar que esta promessa ou potencial poderá realizar-se quando o mesmo aspecto se formar em arco solar, trânsito ou progredido, nos momentos indicados pelas efemérides e técnicas astrológicas, quer por retrogradação de um dos planetas ou dos dois. Para a promessa se realizar e o potencial se cumprir, deveria significar que a pessoa fará a revisão da sua atitude.

Tenho sensação que isto ficou um pouco tecnicista. Que acham? Podem comentar, por favor? O tema é importante e muito técnico. Lamento.
 
A.R. 
Escrito e publicado no site «Escola de Astrologia Nova-Lis» em 01 Janeiro 2009 às 20:09.

Neptuno ficou directo no dia 14 Novembro 2013, em 02º35' de Peixes - Algumas considerações

15 de novembro de 2013 · 2 comentários

Rio Caldo, Portugal, encontrado no blogue 'terrasbouro.blogspot.com'

Neptuno, entre outras coisas é o planeta da compaixão, da imaginação e da divindade, mas também é associado com ilusões, auto-engano e vícios. Nos últimos cinco meses, durante Neptuno retrógrado, temos convenientemente sido capazes de esquivarmos do mundo exterior, para escaparmos ao que a realidade tem realizado por nós.

Durante este Neptuno retrógrado, fizemos na nossa mente uma grande misturada com reminiscências do passado e reflexões sobre as experiências emocionais que nos convenceram que somos bons a escaparmos, desde que possamos usar a nostalgia e pedaços da nossa imaginação, de modo a podermos recriar os nossos sonhos, alguns deles, co-criadores.

Tente fazer uma pergunta a si mesmo, parecida com esta: «O que você está a tentar aceitar e adaptar-se, para que a vida e o amor fluam sem problemas novamente?» Parece simples responder, não é? Para mim tem algo de complicado.

Neptuno estacionário desde quarta-feira, tem estado a incentivar-nos a seguir em frente, a fim de voltarmos para o mundo real. Nem mais. Acabou-se uma das temporadas mais espectaculares que o ser humano pode ter vivido nos últimos 10 anos. É hora de regressarmos e pisar o chão do planeta. Porque é aqui que a nossa reencarnação se realiza.

Este regresso ao chão só nos fará bem se podemos levar o que aprendemos nos últimos meses sobre nós mesmos, as  nossas fantasias, e talvez até mesmo os nossos delírios - para que possamos combinar as nossas ilusões e sonhos com a realidade que nos espera.

Algo dentro de nós tem sido tão perceptível e nos tem impelido a mudarmos poderosamente. E como essas vibrações continuam a encontrar buracos abertos nos nossos corações e nas nossas mentes, podemos querer reflectir sobre que partes de nós temos suavizado nos últimos cinco meses. O que estamos a tentar aceitar e adaptar-se ... para que a vida e o amor fluam sem problemas novamente?

É como uma grande massa de água que liberta o seu próprio controle, de modo que novas águas se ramifiquem e possam cobrir mais território. Nós também podemos misturar, fluindo e crescendo em águas cristalinas ... sem nunca perdermos a nossa conexão ao Todo. A ilustração que escolhi está intimamente ligada a esta frase.

Porque nós temos sido capazes de fundir-nos com as nossas vibrações internas, ainda estamos contando com a batida do nosso coração, e os sussurros da nossa verdadeira alma. Estas memórias, fantasias e inspirações são tudo o que nos resta para mantermos a fé - que espero nos possa trazer 'de volta para casa'.

Ao abraçarmos os nossos divinos e as necessárias experiências emocionais, podemos sobreviver ao mundo cruel da realidade e das responsabilidades. Essas tentações neptunianas doces serão experimentados como 'dissolver' de volta às nossas alucinações e inspirações de cura através da poesia, misticismo, actividades artísticas, vícios, meditação, intuição, a mente, a criatividade, música, espiritualidade, religião e o nosso espaço celeste da divindade.



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Um novo ciclo para a humanidade [Plutão em Capricórnio, saindo de Sagitário]

12 de novembro de 2013 · 6 comentários





Aviso actual de 2013: como este artigo foi escrito em 2007, existe logo à partida uma diferença de 6 anos. Quando encontrarem referências em que digo, por exemplo, há '15 anos', não se esqueça de acrescentar estes 6 anos. Não mexi no original.

A história da humanidade é feita, também, de ciclos breves, que marcam milhões de pessoas para sempre. O ciclo é breve no tempo, mas é definitivo no ser humano.

Peço aos mais crescidos que tentem se lembrar de como eram a nível espiritual e que vida tinham no início dos anos 90. Há 15, 16 anos atrás. Comparem-na com o que são hoje e com a vida que têm actualmente. Muitos de vós, tentem comparar as convicções de então e as que hoje possuem. Nem sequer estou a falar da vida material, apenas das convicções espirituais. 
Foi no início dos anos 90 que se deram as explosões mundiais conhecidas como canalizações comKryon” e “Conversas com Deus”. É também nos anos 90, que J.J. Hurtak se torna mais conhecido, com a sua visão mais científica da espiritualidade, do Livro de Enoch. E surge Aurelia Jones e um infindável número de autores em todo o mundo. No Brasil, já haviam surgido Trigueirinho e Rodrigo Romo, que se tornaram mais conhecido nos anos 90. Em Portugal, também logo no início da mesma década, surge André Louro de Almeida [pintor, músico, escritor, palestrante], com o seu intenso trabalha de divulgação e interiorização espiritual. Para quem aprecia, e não tendo as mesmas características, podemos incluir o autor Paulo Coelho, que na mesma década de 90, foi promovido a fenómeno planetário, com a sua escrita espiritual zen. Entre nós, em Portugal, no início deste século, deu-se um fenómeno local equivalente com os livros "Este Jesus Cristo Que Vos Fala", de Alexandra Solnado, e, pouco depois surgem outras obras de vários autores, nomeadamente, Vitorino de SousaÉ a época dourada das canalizações e da orientação espiritual vinda do outro lado do véu.

Quando Plutão entrou em Sagitário, em 1995, já vinha iniciando (5 graus antes a este signo) a preparação da humanidade para enfrentar outras filosofias de vida. Apenas falando em Portugal, há 15 anos, a maioria das pessoas não sabia que havia formas diferentes de sentir e praticar a espiritualidade, para além das convencionais, associadas às diversas religiões maioritárias. A malha terrestre estava a alargar-se e, surgem, como cogumelos, uma plêidade de videntes, mediuns e leitores de oráculos, uns mais mediáticos do que outros, que prometem mundos e fundos aos seus clientes. A astrologia também inicia uma lenta e segura caminhada na recuperação da sua credibilidade milenar, entratento tão maltratada, por por razões de oportunismo e ignorância. O tarot é, finalmente, encarado e praticado com mais seriedade.

A bruxaria passa a ser assunto corrente e é anunciada nas revistas e jornais, com os desmandos que conhecemos. As organizações herméticas tentam sem grande sucesso, manterem-se herméticas. Não há como. Surge a wicca, ainda tímida, a dar os seus primeiros passos, sem grandes fundamentos populares, continuando reduzida a expressões minúsculas.

Simbolicamente falando, Plutão fez o trabalho transformador correspondente a esse breve ciclo, e hoje, assistimos à implantação do fenómeno oposto. Em nenhuma era da humanidade houve tanta abundância informativa sobre espiritualidade e esoterismo. Eu e os meus colaboradores, as nossa editoras, com os livros e sites, somos outro exemplo do que foi o trabalho de Plutão em Sagitário. Apenas pretendemos divulgar ideias. Agora já estamos a aprender na carne o que será Plutão em Capricórnio. Fala-se abertamente de espiritualidade, em todo o lado, fora dos “conventos” tradicionais.

Se observarmos com atenção, estamos perante um “movimento” único, como se de uma onda gigantesca se tratasse. Nunca houve tantos terapeutas para o corpo e espírito, como agora. Com uma infinidade de especialidades. Com máquinas credíveis e sofisticadas.Nunca houve uma época como esta que atravessamos, em que a maioria das pessoas sente possuir um “dom” especial. E possuem, seja o que for. Mas não são “especiais”, por isso. Pensam que são especiais, o que é diferente. E dizem e escrevem as maiores barbaridades. Os spa's e os health centres, além dos fitness e maquinaria diversa, oferecem conforto para a alma, nos seus banhos, terapias com pedras, óleos e massagens especiais com a prática de yoga. Nunca tanta gente tentou saber qual era a sua missão nesta reencarnação. Nunca houve tantos orientadores espirituais, assim como nunca tantos canalizadores se deram a conhecer, como nos dias de hoje. Nunca tantos livros, discos, filmes, revistas, sites, blogues, cursos, palestras e seminários trataram de temas espirituais. Pelo meio, também sabemos que existe alguma confusão sobre estes assuntos. Dúvidas, receios, medos. É natural. E nunca se assistiu a uma crise de valores tão profunda e radical. O auto-convencimento ainda impera...

O breve ciclo de Plutão em Sagitário fez que tudo isto acontecesse. Conseguiu espalhar a bênção de nos descobrirmos mais do que um mero corpo físico. O próximo ciclo colocará as coisas no seu lugar definitivo. Será como se uma rede fina viesse separar o trigo do joio.

É Plutão a chegar a Capricórnio.

Com este ciclo vamos assistir a uma concentração, a uma fina peneiragem do que não serve, sobrevivendo o que tiver realmente uma "sontonia fina". Muitos desaparecerão, ficando apenas aqueles que estiverem a trabalhar o seu interno. Todas as pessoas que conheço que têm estado empenhadas nesta caminhada, passaram ou estão a passar por situações de crise enorme, a testar se são capazes de sobreviver a essa "sintonia fina". É extremamente doloroso. E vai continuar a ser...

Estamos no início de uma importantíssima alteração nos nossos conceitos básicos sobre HierarquiaAutoridade e Respeito. Essa alteração vai ser cada vez mais sentida na carne, na experiência da vida. São os “tempos chegados”. E tem data marcada e será inexorável no seu cumprimento. Já se nota que está a funcionar [em Fevereiro de 2007, encontra-se a 2 graus de Capricórnio], mas a partir do início de 2008 o novo ciclo estará aí, a funcionar em pleno.

Estas alterações forçar-nos-ão a reavaliar internamente os nossos critérios a respeito "do que" ouvir, "em que" acreditar, "onde" colocar nossas atenções e "a quem" nos colocarmos à disposição.

Cooperação será a tónica de uma nova abordagem colectiva de relacionamentos hierárquicos, não como reacção à autoridade, mas como resposta às necessidades de se assumir a própria responsabilidade diante da vida que nos cerca.

Paternalismos não mais caberão nas nossas expectativas: aquele ser austero, que mantém tudo nos trilhos, está a desaparecer.

Num primeiro momento haverá muito medo e insegurança, (já se nota no desemprego e na crise económica) mas com o tempo, as transformações das estruturas internas e externas mostrar-se-ão suportáveis e até benéficas, consoante formos percebendo que a transformação do que é velho em novo é inexorável, dolorosa e necessária. Sempre foi assim.

O poder será dos que têm "boa vontade", já que só será exercido na medida em que for permitido.

Status será dos que souberem "Fazer" e souberem "Ser" e não apenas dos que sabem "Ter".

"Ter" será substituído por "Ser" na escala de valores do inconsciente colectivo. Poder aquisitivo será um acessório, não mais uma premissa.

Dificuldades? Sim, muitas. Principalmente antes de termos estabelecido as nossas novas referências em termos de segurança e estabilidade.

A nova estabilidade só virá quando percebermos que nada na natureza é permanente, e quando nos pudermos entregar à aventura de confiar em nós mesmos, na certeza de que o novo conceito de Respeito nos abrigará quando surgirem obstáculos.

São outros tempos que chegam. As novas organizações estão a chegar e a entrar, decididos a substituírem os velhos paradigmas de políticas sociais e económicas que já não funcionam. Ong's, permacultura, preço justo, associativismo responsável, etc., estão a surgir como resposta aos Estados em falência. É um Plutão Transformador, que já está a (re)estabelecer novas leis, novos códigos de conduta para a humanidade. É uma rede fina que vem trazer uma nova ordem mais subtil, uma nova energia, mais de acordo com Gaia, a nossa nave, na qual somos apenas mais um ao serviço da mesma.

O tempo dirá...

[Este artigo foi publicado em Fevereiro de 2007 no meu apagado blogue "Astrologia para Todos" -
e em 25 Dezembro 2008 no meu site 'Escola de Astrologia Nova-Lis' e foi colocado no meu blogue 
a 12 Novembro 2013, para memória futura. - A.R.] 


Se quiser escrever algum comentário, pode clicar aqui.



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A crença que Júpiter só sabe ser bonzinho e expansivo, é um tremendo equívoco.

8 de novembro de 2013 · 5 comentários

Minha terra, ilha de Moçambique, foto do sr. Mamad Selemane
http://www.facebook.com/mamadselemanes


Júpiter ficou retrógrado no dia 7 Novembro no grau 20º31' de Caranguejo / Câncer. Iremos viver situações muito curiosas. Devemos cuidar da nossa percepção: coisas como 'ela é uma garota simples' ou então 'ele é um bom moço sem complicações', podem ser reveladoras das nossas sentenças sem termos a menor noção dos abismos contidos em todo o ser humano. Iremos viver situações em que a 'verdade' é mais emocional do que objectiva. Permaneceremos sequiosos de segurança afectiva, e passaremos por conflitos interiores que somos incapaz de analisarmos em nos equivocarmos.

Limpeza cármica deste movimento retrógrado: O céu pede-lhe que tente superar as sua emoções para viver num plano mais objectivo (mais prático). E isto não significa MENOS espiritualidade.

Querermos acreditar profundamente que Júpiter, por ser o planeta benfeitor e o mais expansivo do zodíaco, torna-se um equívoco ao imaginarmos que mesmo em situações tensas, continua a ser um 'bonzinho'. Entramos, mais uma vez no reino das percepções.

Só quero dizer isto e é uma metáfora, claro: Se este Júpiter passar por cima de um pomar carregado de fruta, claro que espalhará o suave e bom perfume da fruta [expansivo + benéfico?]. Mas este mesmo Júpiter ao passar por cima de uma lixeira, espalhará o intenso e terrível cheiro desse local [expansivo + maléfico?].

Aceita assim?


Trânsito de Vénus em Capricórnio de Novembro/2013 a Março/2014

7 de novembro de 2013 · 6 comentários

Banff National Park, Canada

Vénus ingressou em Capricórnio, no grau zero (claro!) no dia 5 Novembro 2013 e ficará retrógrado em 22 Dezembro próximo, no grau 28º59' deste signo, e por lá permanecerá até 5 Março 2014. Terminará o seu movimento retrógrado em 31 Janeiro 2014. Serão 92 dias em Capricórnio. É dose!!! O signo dos afectos no signo mais saturnino do zodíaco. Em plena época das festas natalícias.

Vénus desloca-se aproximadamente um grau por dia (excepto quando está retrógrado ou em alteração de movimento), e a sua deslocação ao longo do zodíaco é de cerca de um ano, ficando cerca de um mês em cada signo. Faz a sua retrogradação uma vez a cada 16 meses, durante cerca de 40 dias.

Será um trânsito intenso, pois a razão estará mais activa do que os afectos, até que durante 40 dias, ainda em Capricórnio, Vénus precisará de segurar a onda. Haverá uma tendência a que as pessoas apreciem um pouco em demasia a questão do 'status' e da riqueza para se sentirem em maior segurança emocional. Portanto, já podemos prever um acréscimo de consumo de 'revistas del corazón', assim como sites e blogues dedicados a essa matéria. Porquê? Para que nos sintamos mais iguais, àqueles a quem atribuímos 'status' e riqueza. A fama não pertence a Capricórnio, portanto, os meramente famosos, porque sim, do género das meninas e meninos dos 'Big Brothers', não terão muita saída. 

Este trânsito e muito na fase de retrogradação, impele a pessoa para um eventual cônjuge mais idoso, que simboliza a autoridade que conheceu em outras vidas. Tem uma tendência a não esquecer nada, a nada perdoar e a se comportar de maneira muito austera, frustrante para a pessoa e para os outros. Deve superar o medo de dar, e de se dar. Este é precisamente um dos casos em que a família é para uma prova cármica.

É um trânsito de equívocos: o 'eu' fica um bocadinho abalado, pois a mente pretende fazer-se ouvir, através das regras e meios de Capricórnio. A atracção por restaurantes caros e locais de prestígio é muito acentuada. Não será uma época de muitos casamentos. As demonstrações públicas de afecto não serão vistas na mesma quantidade que no resto do ano e a justificação será a do frio no Hemisfério Norte ou excesso de calor no Hemisfério Sul.

Mal aspectada no trânsito, esta Vénus em Capricórnio podem provocar na pessoa sensações que não são as habituais: o desejo de se sentirem superiores às pessoas comuns. Devido à regência de Saturno em Capricórnio, este trânsito pode sentir que reprime as suas emoções e a sua sexualidade, mas, na verdade, as pessoas serão muito capazes de serem muito sensuais na vida particular.

Notar-se-á um ar de solidão generalizado, gerando um mistério subtil que pode agrada aos outros. As crianças nascidas com Vénus em Capricórnio são portadoras de uns traços clássicos bem delineados da beleza grega, sempre muito aplaudida.

Se Vénus estiver sob tensão neste trânsito de Capricórnio, é possível haver frieza emocional e preocupação excessiva com propriedades e bens materiais. Os motivos ocultos e interesseiros podem substituir os sentimentos; o casamento pode ser realizado por interesses financeiros e 'status'.



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Em Novembro e Dezembro 2013, algumas mudanças no céu que convém não esquecermos

· 2 comentários

Minha terra, ilha de Moçambique. Foto do sr. Nelson Rodrigues.

Mercúrio deixará o seu movimento retrógrado no próximo dia 10 Novembro, quando chegar ao grau 2º30' de Escorpião. Teremos maior sossego e as coisas que falham à nossa volta não serão tão graves. Ele ainda ficará 'estacionário' uns dias, mas depressa tudo se recomporá.

Júpiter ficou retrógrado no dia 7 Novembro no grau 20º31' de Caranguejo / Câncer. Iremos viver situações muito curiosas. Devemos cuidar da nossa percepção: 'ela é uma garota simples' ou então 'ele é um bom moço sem complicações' - ditamos as nossas sentenças sem termos a menor noção dos abismos de perversidade contidos em todo o ser humano. Iremos viver situações em que a 'verdade' é mais emocional do que objectiva. Permaneceremos sequiosos de segurança afectiva, e passaremos por conflitos interiores que somos incapaz de analisarmos em nos equivocarmos. Limpeza cármica deste movimento retrógrado: O céu pede-lhe que tente superar as sua emoções para viver num plano mais objectivo (mais prático).

Neptuno passará a directo no dia 14 Novembro no grau 2º35' de Peixes. Menos confusão para enfrentarmos melhor esta época natalícia que se aproxima. 

Quíron, que há vários anos tem acompanhado Neptuno no céu, ficará directo a 20 Novembro no grau 9º07' de Peixes. A ligação com as entidades poderão processar-se de melhor maneira. Estejam atentos ao diálogo interno.

Para Dezembro a situação será insólita, pois além de termos a habitual passagem a directo de Úrano, no dia 18 Dezembro no grau 8º35' de Carneiro / Áries, teremos também a retrogradação de Vénus no dia 28º59' de Capricórnio. Em plenas festas natalícias de 2013. Que quererá dizer? Menos prendas e menos beijinhos? 



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Conheça o Adesivo Verde, plante árvores e neutralize o CO²

6 de novembro de 2013 · 5 comentários

Clicar para aumentar e poder ler melhor.
Adesivo Verde, Plante Árvores! - Mais Árvores = Menos CO2


Uma campanha especial para podermos colaborar com o plantio de árvores na Mata Atlântica no Brasil. Um post como este vai valer que alguém lá, se encarregue de plantar uma árvore em nome do 'Cova do Urso'. Leia com atenção este texto explicativo da 'Adesivo Verde':

"Adesivo Verde, Plante Árvores!" é um projeto colaborativo sem fins lucrativos que tem recebido vários apoios. O objetivo é conscientizar as pessoas da importância da reflorestação para o meio ambiente. Nosso projeto pretende plantar 100 árvores até o final do ano e para isso precisamos da sua ajuda!

Você pode participar plantando uma árvore e assim contribuir para neutralizar as emissões de CO²!!

Cada participante incluso se reverte em uma árvore plantada pelo SOS mata atlântica, e a divulgação promove mais plantio. Você tem o poder de influenciar, então por que não usá-lo para incentivar a mudança



Se me está a ler e tem um blogue e também quer participar, deixo aqui o modo de funcionamento.

Como participar:

1) Escreva um post no seu blog ou site sobre o tema “Adesivo Verde, Por Favor” e inserir uma chamada no final para outras pessoas participarem, linkando com essa página. A nossa sugestão é: "Conheça o Adesivo Verde, plante árvores e neutralize o CO²!"
   
2) Envie um email para adesivoverde@adesiva.me com o link do post e nós plantamos uma árvore para você!

Bem simples, não é?

Participe, também.


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23 de novembro de 2013

Os relacionamentos



Informação sobre este texto

Este artigo foi publicado no meu já desaparecido blogue «Postais da Novalis» em Junho de 2006. Foi ligeiramente adaptado para ser publicado no «Cova do Urso» em 17 Agosto de 2008, e republicado 2 anos depois, a 17 Agosto 2010. Decidi republicá-lo agora, 23 Novembro 2013, sete anos depois da sua primeira publicação, pois há muitos novos leitores que não o conhecem. Muito obrigado por prestigiarem tanto este artigo. A.R.

Recomendação pessoal

A leitura deste artigo torna-se mais aliciante se, ao mesmo tempo, ouvir o cantor português Carlos Paião, a cantar «Cinderela». 



No século 18, o químico francês Antoine Lavoisier, nas suas investigações científicas, descobriu que "na natureza nada se perde, tudo se transforma". A mesma lei aplica-se a nós, seres humanos, aos nossos sentimentos e, portanto, também, aos nossos relacionamentos amorosos. Por ser uma lei do universo, não se consegue contrariá-la.

Ou é cumprida ou não. Deve ser entendida, sentida e aprofundada. Se assim for, o “resto” acontece com naturalidade, se existirem as condições apropriadas.

No entanto, atrevo-me a dizer que a maioria de nós não conseguimos entender-nos com os nossos próprios sentimentos amorosos, nem com esta lei aplicada à nossa própria vida.

E criamos obstáculos à execução da mesma, entrando frequentemente, em situações de extrema frustração e/ou depressão, que conduzem a outras situações. Que fique claro, caros leitores/as, que ao longo da minha vida, também não consegui entender esta lei e, muito menos, aplicá-la. Hoje, simplesmente, conheço e vivencio as consequências dessa "falta de atenção" às coisas que me estiveram potencialmente destinadas. E este "destinadas" não tem qualquer conotação com fatalismo. A astrologia explica isto de forma magistral.

Continuemos, por favor. Se "na natureza nada nada se perde, tudo se transforma", então façamos a pergunta essencial: que tudo é este que se transforma? A resposta é simples: a energia. Que transforma a sua forma. Porque é de energia que estamos a falar. A energia é sempre a mesma, o que muda é a forma como se apresenta. Simples. A energia do amor, também. Aquilo que vocês chamam de "amor". Aquilo que acham que é o amor.

Sabemos que os rios, mares e lagos são água em estado líquido. É energia na forma líquida. Também sabemos que o gelo é água em estado sólido. É energia na forma sólida. Igualmente sabemos que o vapor é água em estado gasoso. É energia na forma gasosa. Estas imagens pertencem ao nosso quotidiano. Em casa, todos sabemos utilizar esta energia (água) nas suas diferentes formas. O factor que processa a transformação nessas diversas formas é apenas a temperatura. Ao encontrar as condições apropriadas, a energia muda sempre de forma. Sempre. É uma lei do universo. Nas relações amorosas, também. É a mesma lei.

Outro exemplo conhecido: uma semente é um óvulo já fecundado e quando fertilizado, contém um embrião a partir do qual surge uma planta que crescerá, se encontrar as condições apropriadas. Essa planta dará uma flor que, por sua vez, contém sementes. É o ciclo completo da natureza. Estamos sempre a falar da mesma energia, em que apenas muda a forma. A mesma energia em forma de semente, planta e flor. Nas relações amorosas, também. Em astrologia estamos sempre a falar de ciclos.

Quando pensamos em água, não temos dificuldade em pensar nela como sendo energia. A humanidade tem sabido utilizar esta energia. Porque conseguimos ver a água. Tal como vemos a semente, a planta e a flor. E vemos as diferentes mudanças de formas. Isto conseguimos compreender.

Há energias que não se conseguem ver. O ar que respiramos, a brisa, o vento. Mas sabemos que existe. Não possui energia sólida. É subtil. Mas não tão subtil, ao ponto de não se sentir no nosso próprio corpo, que vibra perfeitamente com a brisa que nos toca, ou o vento que nos fustiga.



Com os sentimentos amorosos dos seres humanos é exactamente da mesma maneira. Não se consegue ver, mas está lá. O sentimento que tu chamas de amor está contigo, desde o momento que nasceste. É uma energia invisível que não te abandona nunca. Expressa-se de formas diferentes. É aqui que podem residir alguns equívocos: achares que o amor que dedicas aos teus pais, teus irmãos, teus filhos e amigos são coisas muito diferentes do amor que sentes pelo companheiro/a. Tudo é a energia do amor, que expressas de formas diferentes. Porque as condições são diferentes.

Por acaso não amas os teus filhos, independentemente da idade que tenham? Então? Em que ficamos? Claro que, quando eles são bébes tens que cuidar deles de uma forma diferente, de quando, mais tarde, são crianças, adolescentes ou adultos. No entanto, o amor é o mesmo. A forma como o expressas é que difere. Disso, não duvidas, pois não? Esse amor acompanha-te ao longo da tua vida. Não desaparece. Se as sogras olhassem para as noras e genros com apreço e gratidão, por estas e estes amarem os filhos/as que elas pariram, criaram, cuidaram e amam... Com as noras e genros, o mesmo. Pois, então! A maioria de nós não consegue pôr a funcionar o 4º Raio da Criação - tentar a Harmonia através do Conflito.

Estou sempre a falar do mesmo: novas vibrações, nova era, novas energias, aquilo que chamamos de espiritualidade... É disto que eu falo, por exemplo, com os exemplos que dei até ao momento, neste texto. Somos nós quem deve iniciar essa mudança. E este "nós", sou eu e "tu", que me estás a ler. A aprendizagem é total e global, porque estamos todos na mesma nave - o planeta Terra. É esta nave que nos está a ensinar a... amar. Aliás, sempre ensinou. E nós, cegos e surdos aos seus ensinamentos. Qualquer dia, escreverei aqui, sobre o significado holístico e metafísico da doença que chamamos "cancro", para ficares a saber que está associada à falta de amor ou, pelo menos, à sensação que se pode ter de faltar amor. É por isto que estudo astrologia. Para entender...

Cresceste e aprendeste a dar nomes diferentes à mesma energia que conheces pelo nome de amor. Amor de mãe. Amor de irmão. Amor filial. Ao amor de amigo, chamas amizade. No entanto, só pensas e classificas de “amor-amor” quando se trata do teu companheiro/a, do teu namorado/a, da pessoa com quem fazes sexo. E iludes-te, pensando que é o amor verdadeiro. Como se as outras formas de amor não fossem verdadeiras. Lá saberás o motivo, talvez porque fazes sexo com esse ser que te acompanha. O sexo faz falta, todos sabemos e gostamos. É bom e é uma energia muito positiva. Daí ter surgido a frase: “fazer amor” que, como saberás, é uma invenção da humanidade, porque o amor não se faz, vive-se. Eventualmente, fazes sexo com o ser amado, o que é diferente. Imagino que não te passa pela cabeça fazer sexo com os teus familiares e amigos [deixemos de fora as excepções negativas, que confirmam a regra, por favor]. Por estas e outras razões, talvez aches que aquilo que sentes pelo companheiro/a é o único e verdadeiro amor.

No ocidente [que conheço melhor] as pessoas são treinadas a acreditarem na ilusão. São múltiplos e enfadonhos os exemplos de ilusão. Anotemos alguns pequenos exemplos que eu tenho ouvido ao longo da vida, sobretudo do lado feminino: “é a minha alma gémea”, “é o único amor da minha vida”, “é o grande amor da minha vida”, “não consigo viver sem ele”, “que vai ser de mim, sem ele?”, “apetece-me morrer porque ele tem outra”. É um tédio. Assim está meia humanidade. Completamente dependente de uma forma de expressão e, sobretudo, de outra pessoa.

Há sempre o secreto sonho de encontrarmos a cara metade com quem se criará uma relação tão duradoura, como a dos nossos avós. Hoje, o exemplo já tem que ser com os avós… Há uns anos podíamos dar os nossos pais, como exemplo de uma relação duradoura. São outros tempos. Não que sejam melhores, apenas diferentes. A energia mudou…

Duas pessoas conhecem-se, sentem-se mutuamente atraídas e iniciam uma relação que se transforma em amorosa.

"Ele lá lhe disse a medo: 'O meu nome é Pedro e o teu qual é?'
Ela corou um pouquinho e respondeu baixinho: 'Sou a Cinderela'" *

*["Cinderela" de Carlos Paião]

Têm em comum uma característica: sentem que alguma coisa dentro deles se alterou. É um sentimento a surgir. É a energia do amor a criar uma nova forma. Essa energia sempre lá esteve. Pertence ao teu Ser único e insubstituível. Simplesmente, está a mudar de forma. Tal como acontece com a água e a semente, a energia do amor toma nova forma por ter encontrado as condições apropriadas.

É exactamente aqui que se geram os maiores equívocos, por desconhecimento, das pessoas. A partir deste momento, entram em jogo outros factores de enorme importância. Entra muita coisa ao barulho, à confusão, que pode turvar essa relação. Habitualmente, esses factores conseguem contaminar a relação amorosa. Quando esta confusão está instalada muitas pessoas vão ao astrólogo/a lamentarem-se das suas vidas. E pedem sinastrias, na esperança que os astros arranjem o que elas próprias estragaram...




Porque a pessoa ao sentir que irrompe um sentimento amoroso dentro de si, encontra-se incapaz de se auto-analisar. Está disposta a se entregar a esse sentimento. Isso é muito bom.

"E, num desses momentos, houve sentimentos a falar por si.
Ele pegou na mão dela: "Sabes, Cinderela, eu gosto de ti..." *
*["Cinderela" de Carlos Paião]

Se nós fizéssemos tudo para manter a energia amorosa nessa forma de pureza inicial... Se os sentimentos se ficassem por aqui... Simplesmente, que se amassem, que amassem e se deixassem amar pelo outro... É uma oportunidade única e especial que os aparelhos do corpo físico possuem para entrarem em sintonia fina com a alma. Simplesmente, amar. Mas não é assim que, habitualmente, processamos. Quando esse sentimento aparenta ser correspondido, parece entrar em imediatamente em funcionamento os mecanismos que só atrapalham o relacionamento: a personalidade de cada um, o ego exacerbado, a mente e as emoções.

A lei diz que na natureza nada se perde, tudo se transforma. Essa nova forma do sentimento que surge, não é percebido como simplesmente “amor”, mas sim, entendido, como sendo “um amor exclusivo por aquela pessoa”, não sobrando nada para ela própria. Assim, dificilmente, o relacionamento poderá sobreviver. É apenas uma questão de tempo… Porque nos esquecemos de partilhar assim:

"E dividem a merenda, tal como uma prenda que se dá nos anos." *
*["Cinderela" de Carlos Paião]

O resto é feito por uma certa incapacidade de auto-conhecimento de cada um de nós. Se a pessoa acreditar que esse amor é apenas para ser dedicado ao outro, não percebe que, se não se amar primeiro, se não tiver a sua auto-estima bem trabalhada, não está a fazer nenhuma partilha, mas sim uma entrega submissa, cega e sem sentido. Nem sequer é uma dádiva. Simplesmente, está a criar uma enorme dependência pelo outro/a, que será fatal a esse relacionamento. [Talvez esteja na altura de ires a uma consulta de um/a astrólogo/a capaz. Já agora, aproveita e escolhe bem. Se não conheces ninguém, vai à minha lista de linques astrológicos e escolhe. Os melhores estão lá.]

Continuando. O “resto” é confundido com uma miríade de emoções e pensamentos, que são completamente independentes do sentimento amoroso. É nesta fase que se criam as dependências, tão nefastas nos relacionamentos. Praticamente, desde o início, que a relação pode ter entrado em derrapagem, desequilibrando-se, descentrando-se.

Fica assim criado o caminho certeiro para que a energia do amor volte a arrefecer, iniciando nova transformação, recolhendo-se ao sacrário do coração, por não encontrar as condições apropriadas para o seu desenvolvimento.

“Ele é meu”, “ela é minha”. Atitudes de posse, de autoridade, com todas as emoções e pensamentos negativos que isso acarreta. No início, tudo parece bonito, mas aos poucos entram os restantes factores alheios à energia amorosa. Os ciúmes, o poder, o controle, a dependência, a ausência de respeito recíproco, as acusações, etc. Todas estas questões estão muito estudadas e não é minha pretensão explicar estas coisas, aqui. Repararam que até ao momento já mencionei a natureza de todos os planetas e signos do zodíaco? Se estudas astrologia, procura bem.

Se a semente é uma energia que vai transformando a forma até surgir a flor, porque razão, o amor não pode ir assumindo formas diferentes? Porque razão, numa relação amorosa, os parceiros não dão oportunidade a que essa energia (o amor) adquira uma forma realmente amorosa?

Talvez porque todas aquelas atitudes tomadas pela personalidade, ego, mente e emoções - os ciúmes, o controle, a dependência, a ausência de respeito recíproco, as acusações... - foram esticadas ao excesso e passaram a dominar o relacionamento, por vezes de forma tão encapotada que até parece estar tudo bem. Quando não está.

Onde ficou aquela energia que desde o início vocês chamaram de amor?

O amor ficou tapado, entulhado, coberto, cheio de lixo psíquico e mental; escureceu, perdeu brilho, retirou-se, já não está presente. Em suma, voltou a mudar de forma.

E, assim, instala-se o vazio da alma. Mais uma vez, caíste na armadilha de acreditares que apenas és o corpo que tens. Ilusão, pura ilusão. Que consigas fazer melhor, da próxima vez que te enamorares. Sim, porque a vida vai dar-te outra oportunidade. Fica atento/a. Dá uma oportunidade a ti mesmo/a. Mas tenta não repetir o mesmo. Tenta melhorar.

Por favor, não me apareças nas consultas de astrologia, a quereres saber quando te vais apaixonar novamente... pois o mais certo é ouvires coisas sobre Saturno e Plutão - :) - e certamente ficarás desiludido/a. No entanto, o Universo é generoso e dar-te-á outra oportunidade. Presta a tua atenção ao assunto e confirmarás o que digo.






Letra completa de «Cinderela» de Carlos Paião:

* Eles são duas crianças a viver esperanças, a saber sorrir.
Ela tem cabelos louros, ele tem tesouros para repartir.

Numa outra brincadeira passam mesmo à beira sempre sem falar.
Uns olhares envergonhados e são namorados sem ninguém pensar.

Foram juntos outro dia, como por magia, no autocarro, em pé.
Ele lá lhe disse, a medo: "O meu nome é Pedro e o teu qual é?"

Ela corou um pouquinho e respondeu baixinho: "Sou a Cinderela".
Quando a noite o envolveu ele adormeceu e sonhou com ela...

Então,
Bate, bate coração
Louco, louco de ilusão
A idade assim não tem valor.
Crescer,
vai dar tempo p'ra aprender,
Vai dar jeito p'ra viver
O teu primeiro amor.

Cinderela das histórias a avivar memórias, a deixar mistério
Já o fez andar na lua, no meio da rua e a chover a sério.

Ela, quando lá o viu, encharcado e frio, quase o abraçou.
Com a cara assim molhada ninguém deu por nada, ele até chorou...

Então,
Bate, bate coração
Louco, louco de ilusão
A idade assim não tem valor.
Crescer,
vai dar tempo p'ra aprender,
Vai dar jeito p'ra viver
O teu primeiro amor.

E agora, nos recreios, dão os seus passeios, fazem muitos planos.
E dividem a merenda, tal como uma prenda que se dá nos anos.

E, num desses momentos, houve sentimentos a falar por si.
Ele pegou na mão dela: "Sabes, Cinderela, eu gosto de ti..."

Então,
Bate, bate coração
Louco, louco de ilusão
A idade assim não tem valor.
Crescer,
vai dar tempo p'ra aprender,
Vai dar jeito p'ra viver
O teu primeiro amor.

"Cinderela" de Carlos Paião





Se quiser comentar, por favor, clique aqui.
Ficarei muito agradecido.



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22 de novembro de 2013

Cova do Urso - 6º aniversário - 2007-2013



Cova do Urso
O blogue de António Rosa
22/11/2007 a  22/11/2013

6 anos ao Serviço





Muito agradecido a todos os amigos,
leitores e visitantes.


Este urso foi o 1º avatar que usei na internet,
nos idos de 2003 e foi-me oferecido pela amiga
Ma Jivan Prabhuta


O nome do blogue tem a ver com esta imagem,
que já era usada por mim no tempo do meu antigo blogue
«Postais da Novalis».



Muito obrigado a todos.





O grande pecado: Não tenho Twitter






Este ano de 2013 escolhi não divulgar os números do blogue,
à semelhança do que fiz o ano passado



UPDATE

A amiga Astrid Annabelle, do blogue
«Navegante do Infinito»
dedicou um post de parabéns ao
«Cova do Urso».
Fiquei muito feliz e agradecido.




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16 de novembro de 2013

Como entender as retrogradações quando se analisam os aspectos aplicativos e separativos? Antes de mais, o que é a aplicação?

 
Como entender as retrogradações quando se analisam os aspectos aplicativos e separativos? Antes de mais, o que é a aplicação? «É o movimento de um planeta em direcção a outro planeta, cúspide de casa ou ponto sensível quando se aproxima da formação de um aspecto entre ambos. Ambos os planetas podem estar directos, um directo e outro retrógrado, ou ambos retrógrados. O termo aplicação mútua é usado quando um planeta directo está aplicando a um outro que esta retrógrado, portanto cada um deles vai em direcção ao outro. O planeta mais rápido, independentemente da direção do movimento, 'lança os seus raios' para aspectar o mais lento. Aplicação é o oposto de Separação.» ["Glossário" de Bárbara Abramo]

Se a aplicação se faz quando o planeta mais rápido está retrógrado, isto indica que a pessoa dona do mapa está perante duas possibilidades (o tal livre arbítrio): 1) ou vai facilitar o assunto, podendo ficar alguma frustração pela vontade de ter dificultado 2) ou decide dificultar a realização (conforme o aspecto e as recepções) da coisa desejada, mudando de posição, opinião, atitude. Habitualmente, a tendência é dificultar, resistir.

Se a aplicação se faz com os dois planetas retrógrados (apesar de haver sempre um planeta que é mais rápido do que o outro), são os dois que influenciam a modificação da posição da pessoa, tornando o assunto mais tenso pela necessidade de integração de ambas energias.

Num mapa natal é frequente vermos casos opostos, em que determinado aspecto aplicativo não se formou na hora de nascimento porque o planeta mais rápido, no momento que o ia fazer, tornou-se retrógrado. Este é o caso típico e algo confuso, devido às orbes que cada pessoa utiliza. Eu uso orbes bastante apertadas.

O mesmo acontece num trânsito ou progressão: é uma experiência comum, que tendencialmente faz fracassar algo que estava perto da realização. Quando o aspecto se formar, tempos depois, será um trânsito "limpinho" e fácil de realizar. Às vezes, as pessoas dizem frases significativas como esta: «À segunda, é de vez.» O complicado é quando um planeta faz 3ª, 4ª ou 5ª passagem nessa aplicação ou separação. É um bailado complexo que merece uma análise separada.

Qualquer aspecto aplicativo diz respeito a um futuro próximo (dependendo da natureza dos planetas), enquanto o aspecto separativo tem um significado de algo já passado. Quando visto num mapa natal, podemos dizer do separativo: já integrado, algo inato. Enquanto aspecto aplicativo: é literalmente a promessa do mapa, o potencial da pessoa.

Se num mapa natal há um aspecto aplicativo com um dos planetas em situação de retrógrado (a tal promessa do mapa, o tal potencial da pessoa), podemos afirmar que esta promessa ou potencial poderá realizar-se quando o mesmo aspecto se formar em arco solar, trânsito ou progredido, nos momentos indicados pelas efemérides e técnicas astrológicas, quer por retrogradação de um dos planetas ou dos dois. Para a promessa se realizar e o potencial se cumprir, deveria significar que a pessoa fará a revisão da sua atitude.

Tenho sensação que isto ficou um pouco tecnicista. Que acham? Podem comentar, por favor? O tema é importante e muito técnico. Lamento.
 
A.R. 
Escrito e publicado no site «Escola de Astrologia Nova-Lis» em 01 Janeiro 2009 às 20:09.

15 de novembro de 2013

Neptuno ficou directo no dia 14 Novembro 2013, em 02º35' de Peixes - Algumas considerações

Rio Caldo, Portugal, encontrado no blogue 'terrasbouro.blogspot.com'

Neptuno, entre outras coisas é o planeta da compaixão, da imaginação e da divindade, mas também é associado com ilusões, auto-engano e vícios. Nos últimos cinco meses, durante Neptuno retrógrado, temos convenientemente sido capazes de esquivarmos do mundo exterior, para escaparmos ao que a realidade tem realizado por nós.

Durante este Neptuno retrógrado, fizemos na nossa mente uma grande misturada com reminiscências do passado e reflexões sobre as experiências emocionais que nos convenceram que somos bons a escaparmos, desde que possamos usar a nostalgia e pedaços da nossa imaginação, de modo a podermos recriar os nossos sonhos, alguns deles, co-criadores.

Tente fazer uma pergunta a si mesmo, parecida com esta: «O que você está a tentar aceitar e adaptar-se, para que a vida e o amor fluam sem problemas novamente?» Parece simples responder, não é? Para mim tem algo de complicado.

Neptuno estacionário desde quarta-feira, tem estado a incentivar-nos a seguir em frente, a fim de voltarmos para o mundo real. Nem mais. Acabou-se uma das temporadas mais espectaculares que o ser humano pode ter vivido nos últimos 10 anos. É hora de regressarmos e pisar o chão do planeta. Porque é aqui que a nossa reencarnação se realiza.

Este regresso ao chão só nos fará bem se podemos levar o que aprendemos nos últimos meses sobre nós mesmos, as  nossas fantasias, e talvez até mesmo os nossos delírios - para que possamos combinar as nossas ilusões e sonhos com a realidade que nos espera.

Algo dentro de nós tem sido tão perceptível e nos tem impelido a mudarmos poderosamente. E como essas vibrações continuam a encontrar buracos abertos nos nossos corações e nas nossas mentes, podemos querer reflectir sobre que partes de nós temos suavizado nos últimos cinco meses. O que estamos a tentar aceitar e adaptar-se ... para que a vida e o amor fluam sem problemas novamente?

É como uma grande massa de água que liberta o seu próprio controle, de modo que novas águas se ramifiquem e possam cobrir mais território. Nós também podemos misturar, fluindo e crescendo em águas cristalinas ... sem nunca perdermos a nossa conexão ao Todo. A ilustração que escolhi está intimamente ligada a esta frase.

Porque nós temos sido capazes de fundir-nos com as nossas vibrações internas, ainda estamos contando com a batida do nosso coração, e os sussurros da nossa verdadeira alma. Estas memórias, fantasias e inspirações são tudo o que nos resta para mantermos a fé - que espero nos possa trazer 'de volta para casa'.

Ao abraçarmos os nossos divinos e as necessárias experiências emocionais, podemos sobreviver ao mundo cruel da realidade e das responsabilidades. Essas tentações neptunianas doces serão experimentados como 'dissolver' de volta às nossas alucinações e inspirações de cura através da poesia, misticismo, actividades artísticas, vícios, meditação, intuição, a mente, a criatividade, música, espiritualidade, religião e o nosso espaço celeste da divindade.



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12 de novembro de 2013

Um novo ciclo para a humanidade [Plutão em Capricórnio, saindo de Sagitário]





Aviso actual de 2013: como este artigo foi escrito em 2007, existe logo à partida uma diferença de 6 anos. Quando encontrarem referências em que digo, por exemplo, há '15 anos', não se esqueça de acrescentar estes 6 anos. Não mexi no original.

A história da humanidade é feita, também, de ciclos breves, que marcam milhões de pessoas para sempre. O ciclo é breve no tempo, mas é definitivo no ser humano.

Peço aos mais crescidos que tentem se lembrar de como eram a nível espiritual e que vida tinham no início dos anos 90. Há 15, 16 anos atrás. Comparem-na com o que são hoje e com a vida que têm actualmente. Muitos de vós, tentem comparar as convicções de então e as que hoje possuem. Nem sequer estou a falar da vida material, apenas das convicções espirituais. 
Foi no início dos anos 90 que se deram as explosões mundiais conhecidas como canalizações comKryon” e “Conversas com Deus”. É também nos anos 90, que J.J. Hurtak se torna mais conhecido, com a sua visão mais científica da espiritualidade, do Livro de Enoch. E surge Aurelia Jones e um infindável número de autores em todo o mundo. No Brasil, já haviam surgido Trigueirinho e Rodrigo Romo, que se tornaram mais conhecido nos anos 90. Em Portugal, também logo no início da mesma década, surge André Louro de Almeida [pintor, músico, escritor, palestrante], com o seu intenso trabalha de divulgação e interiorização espiritual. Para quem aprecia, e não tendo as mesmas características, podemos incluir o autor Paulo Coelho, que na mesma década de 90, foi promovido a fenómeno planetário, com a sua escrita espiritual zen. Entre nós, em Portugal, no início deste século, deu-se um fenómeno local equivalente com os livros "Este Jesus Cristo Que Vos Fala", de Alexandra Solnado, e, pouco depois surgem outras obras de vários autores, nomeadamente, Vitorino de SousaÉ a época dourada das canalizações e da orientação espiritual vinda do outro lado do véu.

Quando Plutão entrou em Sagitário, em 1995, já vinha iniciando (5 graus antes a este signo) a preparação da humanidade para enfrentar outras filosofias de vida. Apenas falando em Portugal, há 15 anos, a maioria das pessoas não sabia que havia formas diferentes de sentir e praticar a espiritualidade, para além das convencionais, associadas às diversas religiões maioritárias. A malha terrestre estava a alargar-se e, surgem, como cogumelos, uma plêidade de videntes, mediuns e leitores de oráculos, uns mais mediáticos do que outros, que prometem mundos e fundos aos seus clientes. A astrologia também inicia uma lenta e segura caminhada na recuperação da sua credibilidade milenar, entratento tão maltratada, por por razões de oportunismo e ignorância. O tarot é, finalmente, encarado e praticado com mais seriedade.

A bruxaria passa a ser assunto corrente e é anunciada nas revistas e jornais, com os desmandos que conhecemos. As organizações herméticas tentam sem grande sucesso, manterem-se herméticas. Não há como. Surge a wicca, ainda tímida, a dar os seus primeiros passos, sem grandes fundamentos populares, continuando reduzida a expressões minúsculas.

Simbolicamente falando, Plutão fez o trabalho transformador correspondente a esse breve ciclo, e hoje, assistimos à implantação do fenómeno oposto. Em nenhuma era da humanidade houve tanta abundância informativa sobre espiritualidade e esoterismo. Eu e os meus colaboradores, as nossa editoras, com os livros e sites, somos outro exemplo do que foi o trabalho de Plutão em Sagitário. Apenas pretendemos divulgar ideias. Agora já estamos a aprender na carne o que será Plutão em Capricórnio. Fala-se abertamente de espiritualidade, em todo o lado, fora dos “conventos” tradicionais.

Se observarmos com atenção, estamos perante um “movimento” único, como se de uma onda gigantesca se tratasse. Nunca houve tantos terapeutas para o corpo e espírito, como agora. Com uma infinidade de especialidades. Com máquinas credíveis e sofisticadas.Nunca houve uma época como esta que atravessamos, em que a maioria das pessoas sente possuir um “dom” especial. E possuem, seja o que for. Mas não são “especiais”, por isso. Pensam que são especiais, o que é diferente. E dizem e escrevem as maiores barbaridades. Os spa's e os health centres, além dos fitness e maquinaria diversa, oferecem conforto para a alma, nos seus banhos, terapias com pedras, óleos e massagens especiais com a prática de yoga. Nunca tanta gente tentou saber qual era a sua missão nesta reencarnação. Nunca houve tantos orientadores espirituais, assim como nunca tantos canalizadores se deram a conhecer, como nos dias de hoje. Nunca tantos livros, discos, filmes, revistas, sites, blogues, cursos, palestras e seminários trataram de temas espirituais. Pelo meio, também sabemos que existe alguma confusão sobre estes assuntos. Dúvidas, receios, medos. É natural. E nunca se assistiu a uma crise de valores tão profunda e radical. O auto-convencimento ainda impera...

O breve ciclo de Plutão em Sagitário fez que tudo isto acontecesse. Conseguiu espalhar a bênção de nos descobrirmos mais do que um mero corpo físico. O próximo ciclo colocará as coisas no seu lugar definitivo. Será como se uma rede fina viesse separar o trigo do joio.

É Plutão a chegar a Capricórnio.

Com este ciclo vamos assistir a uma concentração, a uma fina peneiragem do que não serve, sobrevivendo o que tiver realmente uma "sontonia fina". Muitos desaparecerão, ficando apenas aqueles que estiverem a trabalhar o seu interno. Todas as pessoas que conheço que têm estado empenhadas nesta caminhada, passaram ou estão a passar por situações de crise enorme, a testar se são capazes de sobreviver a essa "sintonia fina". É extremamente doloroso. E vai continuar a ser...

Estamos no início de uma importantíssima alteração nos nossos conceitos básicos sobre HierarquiaAutoridade e Respeito. Essa alteração vai ser cada vez mais sentida na carne, na experiência da vida. São os “tempos chegados”. E tem data marcada e será inexorável no seu cumprimento. Já se nota que está a funcionar [em Fevereiro de 2007, encontra-se a 2 graus de Capricórnio], mas a partir do início de 2008 o novo ciclo estará aí, a funcionar em pleno.

Estas alterações forçar-nos-ão a reavaliar internamente os nossos critérios a respeito "do que" ouvir, "em que" acreditar, "onde" colocar nossas atenções e "a quem" nos colocarmos à disposição.

Cooperação será a tónica de uma nova abordagem colectiva de relacionamentos hierárquicos, não como reacção à autoridade, mas como resposta às necessidades de se assumir a própria responsabilidade diante da vida que nos cerca.

Paternalismos não mais caberão nas nossas expectativas: aquele ser austero, que mantém tudo nos trilhos, está a desaparecer.

Num primeiro momento haverá muito medo e insegurança, (já se nota no desemprego e na crise económica) mas com o tempo, as transformações das estruturas internas e externas mostrar-se-ão suportáveis e até benéficas, consoante formos percebendo que a transformação do que é velho em novo é inexorável, dolorosa e necessária. Sempre foi assim.

O poder será dos que têm "boa vontade", já que só será exercido na medida em que for permitido.

Status será dos que souberem "Fazer" e souberem "Ser" e não apenas dos que sabem "Ter".

"Ter" será substituído por "Ser" na escala de valores do inconsciente colectivo. Poder aquisitivo será um acessório, não mais uma premissa.

Dificuldades? Sim, muitas. Principalmente antes de termos estabelecido as nossas novas referências em termos de segurança e estabilidade.

A nova estabilidade só virá quando percebermos que nada na natureza é permanente, e quando nos pudermos entregar à aventura de confiar em nós mesmos, na certeza de que o novo conceito de Respeito nos abrigará quando surgirem obstáculos.

São outros tempos que chegam. As novas organizações estão a chegar e a entrar, decididos a substituírem os velhos paradigmas de políticas sociais e económicas que já não funcionam. Ong's, permacultura, preço justo, associativismo responsável, etc., estão a surgir como resposta aos Estados em falência. É um Plutão Transformador, que já está a (re)estabelecer novas leis, novos códigos de conduta para a humanidade. É uma rede fina que vem trazer uma nova ordem mais subtil, uma nova energia, mais de acordo com Gaia, a nossa nave, na qual somos apenas mais um ao serviço da mesma.

O tempo dirá...

[Este artigo foi publicado em Fevereiro de 2007 no meu apagado blogue "Astrologia para Todos" -
e em 25 Dezembro 2008 no meu site 'Escola de Astrologia Nova-Lis' e foi colocado no meu blogue 
a 12 Novembro 2013, para memória futura. - A.R.] 


Se quiser escrever algum comentário, pode clicar aqui.



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8 de novembro de 2013

A crença que Júpiter só sabe ser bonzinho e expansivo, é um tremendo equívoco.

Minha terra, ilha de Moçambique, foto do sr. Mamad Selemane
http://www.facebook.com/mamadselemanes


Júpiter ficou retrógrado no dia 7 Novembro no grau 20º31' de Caranguejo / Câncer. Iremos viver situações muito curiosas. Devemos cuidar da nossa percepção: coisas como 'ela é uma garota simples' ou então 'ele é um bom moço sem complicações', podem ser reveladoras das nossas sentenças sem termos a menor noção dos abismos contidos em todo o ser humano. Iremos viver situações em que a 'verdade' é mais emocional do que objectiva. Permaneceremos sequiosos de segurança afectiva, e passaremos por conflitos interiores que somos incapaz de analisarmos em nos equivocarmos.

Limpeza cármica deste movimento retrógrado: O céu pede-lhe que tente superar as sua emoções para viver num plano mais objectivo (mais prático). E isto não significa MENOS espiritualidade.

Querermos acreditar profundamente que Júpiter, por ser o planeta benfeitor e o mais expansivo do zodíaco, torna-se um equívoco ao imaginarmos que mesmo em situações tensas, continua a ser um 'bonzinho'. Entramos, mais uma vez no reino das percepções.

Só quero dizer isto e é uma metáfora, claro: Se este Júpiter passar por cima de um pomar carregado de fruta, claro que espalhará o suave e bom perfume da fruta [expansivo + benéfico?]. Mas este mesmo Júpiter ao passar por cima de uma lixeira, espalhará o intenso e terrível cheiro desse local [expansivo + maléfico?].

Aceita assim?


7 de novembro de 2013

Trânsito de Vénus em Capricórnio de Novembro/2013 a Março/2014

Banff National Park, Canada

Vénus ingressou em Capricórnio, no grau zero (claro!) no dia 5 Novembro 2013 e ficará retrógrado em 22 Dezembro próximo, no grau 28º59' deste signo, e por lá permanecerá até 5 Março 2014. Terminará o seu movimento retrógrado em 31 Janeiro 2014. Serão 92 dias em Capricórnio. É dose!!! O signo dos afectos no signo mais saturnino do zodíaco. Em plena época das festas natalícias.

Vénus desloca-se aproximadamente um grau por dia (excepto quando está retrógrado ou em alteração de movimento), e a sua deslocação ao longo do zodíaco é de cerca de um ano, ficando cerca de um mês em cada signo. Faz a sua retrogradação uma vez a cada 16 meses, durante cerca de 40 dias.

Será um trânsito intenso, pois a razão estará mais activa do que os afectos, até que durante 40 dias, ainda em Capricórnio, Vénus precisará de segurar a onda. Haverá uma tendência a que as pessoas apreciem um pouco em demasia a questão do 'status' e da riqueza para se sentirem em maior segurança emocional. Portanto, já podemos prever um acréscimo de consumo de 'revistas del corazón', assim como sites e blogues dedicados a essa matéria. Porquê? Para que nos sintamos mais iguais, àqueles a quem atribuímos 'status' e riqueza. A fama não pertence a Capricórnio, portanto, os meramente famosos, porque sim, do género das meninas e meninos dos 'Big Brothers', não terão muita saída. 

Este trânsito e muito na fase de retrogradação, impele a pessoa para um eventual cônjuge mais idoso, que simboliza a autoridade que conheceu em outras vidas. Tem uma tendência a não esquecer nada, a nada perdoar e a se comportar de maneira muito austera, frustrante para a pessoa e para os outros. Deve superar o medo de dar, e de se dar. Este é precisamente um dos casos em que a família é para uma prova cármica.

É um trânsito de equívocos: o 'eu' fica um bocadinho abalado, pois a mente pretende fazer-se ouvir, através das regras e meios de Capricórnio. A atracção por restaurantes caros e locais de prestígio é muito acentuada. Não será uma época de muitos casamentos. As demonstrações públicas de afecto não serão vistas na mesma quantidade que no resto do ano e a justificação será a do frio no Hemisfério Norte ou excesso de calor no Hemisfério Sul.

Mal aspectada no trânsito, esta Vénus em Capricórnio podem provocar na pessoa sensações que não são as habituais: o desejo de se sentirem superiores às pessoas comuns. Devido à regência de Saturno em Capricórnio, este trânsito pode sentir que reprime as suas emoções e a sua sexualidade, mas, na verdade, as pessoas serão muito capazes de serem muito sensuais na vida particular.

Notar-se-á um ar de solidão generalizado, gerando um mistério subtil que pode agrada aos outros. As crianças nascidas com Vénus em Capricórnio são portadoras de uns traços clássicos bem delineados da beleza grega, sempre muito aplaudida.

Se Vénus estiver sob tensão neste trânsito de Capricórnio, é possível haver frieza emocional e preocupação excessiva com propriedades e bens materiais. Os motivos ocultos e interesseiros podem substituir os sentimentos; o casamento pode ser realizado por interesses financeiros e 'status'.



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Em Novembro e Dezembro 2013, algumas mudanças no céu que convém não esquecermos

Minha terra, ilha de Moçambique. Foto do sr. Nelson Rodrigues.

Mercúrio deixará o seu movimento retrógrado no próximo dia 10 Novembro, quando chegar ao grau 2º30' de Escorpião. Teremos maior sossego e as coisas que falham à nossa volta não serão tão graves. Ele ainda ficará 'estacionário' uns dias, mas depressa tudo se recomporá.

Júpiter ficou retrógrado no dia 7 Novembro no grau 20º31' de Caranguejo / Câncer. Iremos viver situações muito curiosas. Devemos cuidar da nossa percepção: 'ela é uma garota simples' ou então 'ele é um bom moço sem complicações' - ditamos as nossas sentenças sem termos a menor noção dos abismos de perversidade contidos em todo o ser humano. Iremos viver situações em que a 'verdade' é mais emocional do que objectiva. Permaneceremos sequiosos de segurança afectiva, e passaremos por conflitos interiores que somos incapaz de analisarmos em nos equivocarmos. Limpeza cármica deste movimento retrógrado: O céu pede-lhe que tente superar as sua emoções para viver num plano mais objectivo (mais prático).

Neptuno passará a directo no dia 14 Novembro no grau 2º35' de Peixes. Menos confusão para enfrentarmos melhor esta época natalícia que se aproxima. 

Quíron, que há vários anos tem acompanhado Neptuno no céu, ficará directo a 20 Novembro no grau 9º07' de Peixes. A ligação com as entidades poderão processar-se de melhor maneira. Estejam atentos ao diálogo interno.

Para Dezembro a situação será insólita, pois além de termos a habitual passagem a directo de Úrano, no dia 18 Dezembro no grau 8º35' de Carneiro / Áries, teremos também a retrogradação de Vénus no dia 28º59' de Capricórnio. Em plenas festas natalícias de 2013. Que quererá dizer? Menos prendas e menos beijinhos? 



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6 de novembro de 2013

Conheça o Adesivo Verde, plante árvores e neutralize o CO²

Clicar para aumentar e poder ler melhor.
Adesivo Verde, Plante Árvores! - Mais Árvores = Menos CO2


Uma campanha especial para podermos colaborar com o plantio de árvores na Mata Atlântica no Brasil. Um post como este vai valer que alguém lá, se encarregue de plantar uma árvore em nome do 'Cova do Urso'. Leia com atenção este texto explicativo da 'Adesivo Verde':

"Adesivo Verde, Plante Árvores!" é um projeto colaborativo sem fins lucrativos que tem recebido vários apoios. O objetivo é conscientizar as pessoas da importância da reflorestação para o meio ambiente. Nosso projeto pretende plantar 100 árvores até o final do ano e para isso precisamos da sua ajuda!

Você pode participar plantando uma árvore e assim contribuir para neutralizar as emissões de CO²!!

Cada participante incluso se reverte em uma árvore plantada pelo SOS mata atlântica, e a divulgação promove mais plantio. Você tem o poder de influenciar, então por que não usá-lo para incentivar a mudança



Se me está a ler e tem um blogue e também quer participar, deixo aqui o modo de funcionamento.

Como participar:

1) Escreva um post no seu blog ou site sobre o tema “Adesivo Verde, Por Favor” e inserir uma chamada no final para outras pessoas participarem, linkando com essa página. A nossa sugestão é: "Conheça o Adesivo Verde, plante árvores e neutralize o CO²!"
   
2) Envie um email para adesivoverde@adesiva.me com o link do post e nós plantamos uma árvore para você!

Bem simples, não é?

Participe, também.


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