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O Sol está hoje no meu Ascendente. Um 'pequeno nada' que me deixa sempre muito feliz

18 de maio de 2013 · 5 comentários


O 18 de Maio [às vezes é a 19] é aquele dia do ano que gosto muito. Um momento único, uma vez por ano, no mapa de qualquer um de nós, variando os dias consoante os mapas. Tudo isto porque hoje o Sol em trânsito está conjunto ao meu Ascendente (no grau 27º 48' de Touro), iluminando todo o meu mapa e a minha vida.


Nem imaginam o quanto me sinto feliz com este pequeno nada, por este pequeno acontecimento. Ocorrem sempre coisas boas nos dias anteriores e nos seguintes. Voltou a acontecer! Estou mesmo sorridente.


Os amigos mais antigos deste blogue talvez se lembrem da ilustração acima, que é sempre a mesma que uso para «este» dia especial, desde que criei o blogue. Pode comprovar aquiaqui - aqui - aqui - aqui. Um gemeniano também tem as suas rotinazinhas.

Não imaginam como me sinto feliz com este pequeno nada. Por isso, aqui ficam os meus agradecimentos:

- Grato a quem vem a este blogue e também aos que comigo interagem no «Facebook», «Google+» e também, aos que convivemos no chão deste nosso planeta.

- Grato aos amigos que fui fazendo. Grato aos «inimigos» que fui colectando, também.

- Grato às minhas irmãs. Grato ao meu gato Preto.

- Grato à Astrid Annabelle, minha alma irmã neste planeta e em toda a Criação, desde a Origem dos Tempos. Grato a mim mesmo, por cada vez me aceitar melhor.

- Grato a todos os astrólogos e praticantes ou estudantes de astrologia. Grato à astrologia e aos clientes, às pessoas e amigos que vou tendo e que aceitam o meu trabalho. Uma especial gratidão à Luísa Sal e ao «Cristal de Cura»; ela sabe o porquê.


- Grato aos astrólogos, colaboradores, visitantes e leitores do site «Escola de Astrologia Nova-Lis». Este site já não me pertence, pois foi doado ao universo. Já nem sequer faço a sua manutenção. Quando surgiu, foi um prenúncio dos Novos Tempos para o movimento astrológico em língua portuguesa no Sec. XXI.

- Grato a todas as pessoas que compartilham o grupo privado «Ilha», no Facebook. Grato a todos aqueles que reconhecem o trabalho que desenvolvo, desinteressadamente. Grato ao universo por me ajudar a viver de forma prazenteira.

- Grato pelo bem que me faz escutar este mantra delicioso - «Gayatri Mantra» [ou estas versões: aqui - aqui -aqui]. Das minhas vidas hindus. Fechem os olhos e oiçam. Grato pela canção que em mim ressoa como representativa de muitas minhas reencarnações passadas, o olhar para o Alto e o Além: «Les temps des cathedralles». 


- Grato à energia intrínseca do «Cova do Urso», como parte integrante de mim mesmo. 

- Grato aos meus entes falecidos e à minha comitiva espiritual.

- Grato a Jesus, que amo incondicionalmente.

- Finalmente, Grato a Deus. Como sabem, diz-se assim: «Graças a Deus».

Envio, espalho, reparto, partilho e recebo bençãos de todos e para todos.

Muito obrigado por todos que fizeram, fazem e farão parte desta minha caminhada, nesta minha última reencarnação, neste planeta que eu amo.

Abraços + beijos a todos.

António

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Somos infelizes?

1 de maio de 2013 · 39 comentários

Já vivi e trabalhei por esse mundo fora: em África, América do Sul, centro da Europa, ilhas atlânticas (Canárias, Açores e Madeira) e também já viajei muito, por muitos países e regiões do globo e posso garantir-vos que a maioria não foram as viagens típicas para turistas. Conheço pessoas de todas as raças e credos.

Tudo isto para vos dizer que considero os ocidentais as pessoas mais infelizes que encontrei na vida. Enquanto astrólogo lido com clientes que trazem os seus problemas. Por tudo e por nada queixam-se amargamente. Por dá cá aquela palha, ficam desanimados e contrariados. Arranjam depressões por qualquer coisa. Obviamente, a maioria dos meus clientes pode pagar a consulta (já tive casos especiais que mostraram o oposto) e nem sabe o que é passar dificuldades sérias.

Os pontos essenciais da astrologia moderna assenta bastante nestas bases: auto-conhecimento e auto-estima. Sobretudo para quem pode pagar consultas, cursos, workshops, seminários, etc. Os que não podem, nicles! Por isso gosto mesmo da internet: ninguém paga para ler estas coisas. A propósito, vou abrir aqui no blogue uma secção de donativos... :)

Os astrólogos mais modernos gostam de dizer que falam para a consciência dos seus clientes. Eu sou um deles, mas procuro fazê-lo moderadamente. Hoje em dia isso é comummente aceite. Ainda bem que assim é, caso contrário ainda seríamos mais infelizes. Pelo menos existe o sonho... Os astrólogos tradicionais adoram dar zumba no caneco nestas ideias. Como se fossem os donos da razão.

O que a maioria dos astrólogos modernos não gosta de dizer é que estes ensinamentos têm por base este conceito: se estudarmos o nosso mapa (muito, muito) enveredamos pelo auto-conhecimento que nos vai permitir conhecermo-nos a nós mesmos e aos outros (muito, muito) e que esta premissa irá resultar num aparente processo (muito acelerado) de auto-estima. Até aqui, tudo bem. [??!!??] Mas qual o conceito base que não sendo ensinado, está subjacente a tudo isto?

Que esse auto-conhecimento (a tal da consciência) mais a auto-estima nos conduzirão a um tremendo sucesso na vida.


Nada mais equivocado! Continuaremos todos à procura do costume: do amor impossível, do dinheirito e de alguma boa saúde. Somos mesmo seres humanos in working progress.

Estudemos astrologia e comecemos pelo básico. Se eu tenho no mapa natal uma quadratura Lua-Marte, isso quer dizer qualquer coisa, certo? É necessário aprender estas coisas, muito antes de estudarmos coisas muito sofisticadas como, por exemplo, os asteróides.

Este texto foi primeiramente publicado no dia 31-3-2009.

De repente, apetece-me muito fatias douradas

14 de outubro de 2012 · 0 comentários



De repente, apetece-me muito fatias douradas

Neste fim-de-semana chuvoso, tenho passado o dia a desejar fatias douradas.

Por isso, lembrei-me deste post, que publiquei em 9 Dezembro 2008.


Comecemos por uma questão básica. Desde há uns anos, nesta fase da minha vida, deixei de achar piada à época natalícia. Há uns anos tomei uma decisão estranha para esta época do ano – não dar prendas de Natal. A consequência foi óbvia – deixei de receber prendas. Uff! Foi um descanso.

Não foi uma decisão radical. Correspondeu a um lento processo de afastamento de uma prática comum no mundo ocidental.

Nunca fui apreciador de shopping. Aborrece-me andar às compras. Nem sempre fui assim. No passado era um lufa-lufa tremendo, esgotante, na época natalícia. Aos poucos, entrei na fase seguinte: comprar tudo na mesma loja. Depois, passei para a fase de restringir as prendas apenas à família e ao pessoal da editora. A seguir passei ao «modo prendas apenas para as crianças da família». Por fim, também parei com isso. Foi um processo que durou vários anos. A família percebeu e respeitou.

No entanto, nesta altura do ano, perco-me com fatias douradas bem feitas. Em frente à minha casa há uma pastelaria que as faz de forma excelente. Como ando a tirar um auto-curso de culinária, tentei fazê-las eu próprio, no sábado passado. Era melhor ter ficado quieto.

Ainda não percebi o que me faz ser tão mau cozinheiro. Será pelo facto de a minha Vénus [ainda por cima na casa 2] apenas fazer dois aspectos natais? Conjunção a Úrano e um quincôncio a Quíron, na 7? Estou enganado ou os assuntos culinários pertencem à casa 2? Saturno na IV e Neptuno na V. Aparentemente, escolhi o lado de ser mau cozinheiro. 


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Estará o Moçambique islâmico a 'talibanizar-se'?

31 de janeiro de 2012 · 1 comentários


Estará o Moçambique islâmico a 'talibanizar-se'?

«No jornal 'Notícias' [de Moçambique], a 14 de Janeiro de 2012, um jornalista escreveu uma coluna de opinião sobre um crime ocorrido em Pemba, Cabo Delgado: uma mulher que entrou num espaço reservado aos ritos de iniciação de rapazes, foi “punida” por ordem do responsável pela cerimónia, que ordenou uma violação colectiva. Ela foi sexualmente violada por 17 homens.

A polícia inicialmente tentou intervir, chegando a deter os violadores, mas foi avisada para não se imiscuir no assunto. Não se conhece o desfecho final do caso.»

«O autor do artigo defende como merecida a “punição” decretada pelo “líder espiritual” e concretizada pelos seus “soldados”: “Ninguém moral e tradicionalmente condenou a punição aplicada à senhora, ainda que severa, porque as instituições são compostas por pessoas que sabem de que se trata”.»

«Este caso lembra a violação colectiva de uma jovem ordenada por um conselho tribal numa zona rural do Paquistão, em 2002. Só que o desfecho no Paquistão foi o opróbrio nacional e internacional, e o julgamento e condenação dos violadores e dos membros do conselho tribal envolvidos.»

Quer ler mais sobre este assunto impressionante e os comentários dos leitores, assim como as opiniões do próprio autor da coluna? Clique aqui, no site da «WLSA Moçambique - Mulher e Lei na África Austral».

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Gabriel, adeus meu amigo

4 de abril de 2011 · 37 comentários


Setembro 1998 - 4 Abril 2011

Gabriel, meu companheiro, até à próxima.
Não me esquecerei desta nossa viagem juntos.
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O 7 desafios

21 de janeiro de 2011 · 47 comentários


A arKana do blogue «Locais Sagrados», lançou-me o desafio dos 7...

7 coisas que tenho de fazer antes de morrer:

- conhecer pessoalmente a minha amiga Astrid
- viver parte do ano na Patagónia argentina
- ir à Antártida
- emagrecer ainda mais
- devido à minha idade, 'arrumar' a minha editora para não deixar problemas aos que cá ficam
- jantar no restaurante 'Eleven Madison Park Restaurante' (Nova Iorque)
- ter umas férias no 'Huvafen Fushi' (Maldivas)

7 coisas que mais digo:

- Tibério, vamos tomar o comprimido.
- Já chega, Gabriel, vai dormir.
- 'Editora Anjo Dourado, bom dia / boa tarde'
- Obrigado, muito obrigado
- Graças a Deus
- Vamos com calma!
- Gosto muito de ti.

7 coisas que faço bem:

- Falar e escrever
- Tratar de animais
- Ver cinema
- Astrologia e consultas
- Seguir a minha intuição
- Fazer a minha vida sem me preocupar com o que os demais pensam (e alguns pensam cobras e lagartos)
- Beber muita água diariamente

7 defeitos:

- 'mandar às urtigas' umas quantas pessoas
- não ser politicamente correcto (tantas inimizades que me isso me trouxe, mesmo na blogoesfera)
- detalhista
- demasiado crédulo (agora muito menos, não porque esteja na defensiva, mas porque só ligo a quem me interessa)
-os outros 3 defeitos, não digo, só para não dizer tudo...

7 coisas que adoro:

- ler bons textos
- o Tibério, o Preto, o Gabriel e os animais em geral
- ter boa vontade
- andar de sandálias, mesmo no inverno
- um chocolate bem quentinho
- andar descalço em cima de relva
- ver bons filmes

7 coisas que detesto:

- fanatismo
- falsos gurus [espirituais, culturais, sociais, etc.]
- abusos da minha boa vontade
- ver o Tibério doente
- ter calor
- ler má poesia (mas isto é muito subjectivo, claro!)


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A morte, Vénus e a Lua

24 de agosto de 2010 · 8 comentários


Passei recentemente por dois acontecimentos tristes: no dia 21 de Julho, foi o falecimento do meu compadre e no dia 20 de Agosto, foi o desencarne do meu cunhado. Eu sou daquele tipo de astrólogos que não está sempre a olhar para os seus próprios mapas. Passam semanas que nem olho para os meus trânsitos. Mas desta vez resolvi olhar com muita atenção, atendendo aos dois falecimentos tão recentes e tentar perceber as coisas astrológicas.

Este blogue está praticamente inundado com assuntos de Vénus [exemplos: aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, mas há mais] e habitualmente tenho escrito sobre amor, relacionamentos ou sexualidade e a respectiva complexidade destes assuntos. Não me recordo de ter associado este planeta à morte. Tive que aprender a duras penas. Não que Vénus possa causar a morte, mas significando que podemos passar por momentos de dor e perda com a morte de alguém.

Em termos meramente físicos, sem qualquer pensamento metafísico pelo meio, a morte de alguém próximo, significa simplesmente que perdemos essa pessoa. Isso dói. Mas não me quero alongar mais por aí, pois a minha intenção é fazer deste post um instrumento de trabalho para quem se dedica à astrologia avançada.

Todos nós ouvimos falar ou lemos sobre a Grande Cruz de Agosto. Que, no meu mapa pessoal, tem estado a fazer uma enorme pressão na minha Vénus natal, que está no grau 4 de Câncer, Casa 2. Enquanto Quadratura T tem sido sempre a ser espremido ao máximo. Para quem pratica astrologia avançada já percebeu o filme desta minha Vénus: Plutão a fazer uma oposição na casa 8, o sítio da morte; Saturno (na casa 5, os afectos, ou falta deles), Úrano e Júpiter (na casa 11, a dos amigos) a fazerem quadratura. Simples, não é?

Num dos posts mencionados mais atrás escrevi isto: 'Quando Vénus recebe uma oposição de Plutão, podemos esperar uma etapa muito ligada às experiências da afectividade, mas nem sempre com um tom muito feliz, podendo surgir problemas, com soluções pouco razoáveis.' Este era o enunciado teórico da situação. Num outro post também mencionado acima, escrevi isto: 'Isto pode acontecer se os teu trânsitos indicarem que a tua Vénus natal está a receber uma oposição de Plutão. E depende muito da tua Lua natal, que não esteja em situação de incompatibilidade com Vénus natal.'

E não é que a Lua, em ambos os falecimentos teve a função simbólica de fazer o 'disparo'? Em ambas as ocasiões, as horas dos falecimentos coincidem com a Lua em trânsito opondo-se a Vénus, a fazer uma conjunção a Plutão em trânsito, ambos em Capricórnio, na Casa 8, o espaço onde, entre outras coisas, se trata dos assuntos ligados à morte. Quando estava em Quarto Crescente. As duas mortes estão separadas apenas por 29 dias, o que perfaz o ciclo completo da Lua. No caso do meu compadre, a Lua estava nessa conjunção 'antes' de tocar em Plutão e no caso do meu cunhado, estava 'depois'.

Em ambos os casos, essa Lua em trânsito fazia uma quadratura ao meu Neptuno natal, a exigir de mim, maior interiorização, maior aceitação, pois o meu papel era estar presente ao lado de duas mulheres importantes na minha vida: a Rosa Maria, minha irmã e a Manuela, minha comadre.

Que acontecerá na última volta destes trânsitos? Nem quero pensar nisso.

A vida nesta reencarnação e neste planeta, praticamente resume-se à aprendizagem das emoções e dos sentimentos. E de como aceitamos as situações.

Relacionamentos, Amizades e Parcerias sob a dinâmica de Pluão t em oposição a Vénus n

18 de junho de 2010 · 13 comentários

Relacionamentos, amizade e parcerias.
Plutão em trânsito em oposição a Vénus natal


Os vários apontamentos astrológicos que menciono mais abaixo não são de minha autoria, pois decidi valer-me de um nome muito famoso nos EUA: a astróloga Gina Ronco, que explica muito bem estas situações.É um trânsito, que pode não acontecer na vida de todas as pessoas, e quando ocorre, é uma única vez na vida. Talvez por isso, seja tão intenso.

«É muito provável que durante este período astrológico lhe surjam crises nas suas relações sentimentais, podendo mesmo haver uma transformação radical do seu comportamento nestes sectores. A sua necessidade de aumentar o seu bem-estar, ou de melhorar a sua alegria de viver passará por um período de revisão das situações já existentes antes desta influência se ter manifestado, chegando muitas vezes a ter que partir de novo do zero.

»Pode também significar que atingiu o limite das suas possibilidades amorosas, tanto no aspecto físico como no psicológico, deixando de interessar aos seus possíveis parceiros. Esta situação depende da idade, porque para pessoas já maduras poderá corresponder ao momento em que se desinteresse por assuntos amorosos, e se ainda é jovem, poderá apenas significar uma crise na sua capacidade de interessar os parceiros.

»Para os jovens e adultos maduros as relações tornam-se mais intensas, levando por vezes a uma tendência romântica demasiado obsessiva. Os desejos sexuais exigem satisfação, o que pode levá-lo(a) a forçar os seus parceiros a situações e soluções que muitas vezes não desejam, produzindo problemas e muitas vezes separações.

»De qualquer modo esta etapa está muito ligada à afectividade, mas sempre com um tom infeliz, ligada a problemas, com soluções pouco razoáveis, ou então a amizades ou mesmo romances que terminam mal.

»Tenha cuidado com todas as formas de associação, de sociedade, de ligação com outras pessoas porque têm muitas possibilidades delas serem destrutivas, prejudiciais, ou no mínimo negativas para si. Se tem sócios, ou se está ligado a alguém por interesses comuns, neste momento irá sentir grandes mudanças, que só serão positivas para si se as abordar com muita tranquilidade, com muita precaução e sem emotividade.

»Se tentar manipular alguém com quem mantenha relações de amizade ou pareceria, é muito possível que perca a sua amizade ou a sua estima. Desejos que não pode reprimir, quer sexuais quer românticos, põem em perigo as ligações, os contactos já existentes com pessoas que o(a) podem interessar.

»É também um período em que poderá sentir-se atraído por um amor, ou mesmo para uma paixão, que pode ser potencialmente prejudicial, ou mesmo destrutivo da sua carreira, do seu bem-estar. A melhor maneira de passar este período astrológico sem grandes problemas é tornar mais racionais os seus impulsos, impedir que as suas paixões o ceguem e ser menos emotivo no seu relacionamento com outros.


»Comece, portanto, qualquer envolvimento romântico ou criativo com a maior cautela. Obsessão, ciúme e manipulação, podem aparecer nas suas relações, no seu casamento, nas suas simples ligações. Mas as mudanças nas suas relações já existentes podem vir a causar-lhe dificuldades devido a falta de confiança que é muito possível que se instale no seu cônjuge, nas suas ligações ou mesmo apenas nos seus sócios.»





A vivenciar Marte em trânsito em conjunção a Plutão

15 de janeiro de 2010 · 40 comentários

A minha geração [tenho 60 anos] tem Plutão em Leão. No meu caso, no grau 14. Também sabemos que Marte está actualmente em movimento retrógrado no signo de Leão. Portanto, nas últimas semanas Marte tem andado a rondar Plutão. Como estou a relatar o meu caso pessoal, refiro-me a um período concreto: Novembro e Dezembro 2009. Janeiro e 1ª semana de Fevereiro 2010. E a seguir, de 18 Abril a 20 Maio 2010. Convenhamos que é um longuíssimo período de tempo para um planeta rápido como Marte!

Ainda em 2010 chegará a vez às gerações com Plutão em Virgem, Balança, Escorpião e Sagitário. Portanto, Marte contactará todas as gerações possíveis: os cinquentões, os quarentões, os trintões, assim como os jovens dos vintes e a seguir os mais jovens. Todos seremos confrontados com um trânsito similar. A vantagem destas gerações, ao longo deste ano, é que não terão Marte retrógrado. Será uma ‘operação’ certeira. Enquanto a geração de Plutão em Leão, apanhou em cheio com esta retrogradação.

De dois em dois anos sinto na minha vida esta força cósmica a funcionar. É um trânsito que põe a minha vontade pessoal em causa. É um trânsito agressivo, por isso, é necessário ter a cautela para não irmos atrás desse estado emocional. É a oportunidade de aprendermos a nos vigiarmos.

Vejo este trânsito como uma possibilidade de aprendermos a dominar o nosso ego, que será posto à prova, sempre, mas sempre de forma dura ou violenta. Digamos apenas que pode haver alguns atenuantes às pessoas que nas suas cartas natais apresentem estas características: se Plutão tiver aspectos natais facilitadores com os planetas pessoais (Sol, Lua, Mercúrio, Vénus e Marte).

Em contrapartida, se os aspectos natais forem desafiadores, o melhor mesmo é prepararem-se para uma época eventualmente mais conturbada. E, no campo extremo, se Plutão não fizer nenhum aspecto natal maior aos planetas pessoais, então, os picos do desafio serão muito maiores. É o meu caso, pois no meu mapa natal, não tenho aspectos maiores e apenas um quintil a Marte.

Questões que podem surgir neste trânsito:

- Possibilidade de acidentes físicos. E não pensem apenas em desastres de viação. Todo o género de acidentes pode ocorrer. Passei por isto a semana passada – escorreguei numa escada de um prédio de habitação e caí. Passei pela situação de estar perto de um acidente cardíaco.

- Possibilidade de exaltações em ambientes de grupos, quer físicos, quer virtuais. Aconteceu-me.

- A compulsão pode estar presente. Quer da parte da pessoa sobre outras, quer sendo alvo da compulsão ou agressividade de outros. Neste caso, recebi um email de alguém fora de si, acusando a minha editora (claro: eu) de sermos os maiores responsáveis por vários males do mundo. Nunca tinha visto um email assim. Foi uma boa oportunidade para aprender a ficar sossegado e a não reagir a situações destas.

- Não me aconteceu, mas a pessoa pode ser vítima de assaltos, sobretudo se os aspectos em progressão estiverem desarmónicos.

- Há a considerar a possibilidade de outras situações onde a violência e a agressividade estejam presentes. Não apenas a física, mas a verbal e a emocional. Também passei por presenciar isso, numa reunião, que supostamente deveria ser calma e descontraída.

Pelo lado positivo temos que perceber que a natureza deste trânsito traz consigo uma energia que pode ser aproveitada para realizar tarefas que exijam esforço físico, desporto, destacar-se em actividades grupais.

Após a aprendizagem e se a pessoa não ficar a lamentar-se, verificam-se mudanças internas, que a levam a aprender a aquietar-se e a perceber que o ego é útil e necessário para a construção da nossa vida, mas não lhe devemos atribuir demasiada importância, para podermos escutar com atenção os nossos estados de alma.

Razia dentro do 'Cova do Urso'

6 de dezembro de 2009 · 28 comentários


É bem verdade quando se diz que não podemos dar nada como certo. De repente, acontece algo inesperado e tudo se transforma. Vem isto a propósito da grande razia que aconteceu aqui no 'Cova do Urso'. Uma razia silenciosa aos olhos dos leitores. Uma razia absolutamente interna ao blogue. Não foi um acontecimento isolado, pois afectou milhares de bloguistas em todo o mundo.

Fruto de um bug do próprio Blogger.com, o servidor que aloja gratuitamente os blogues blogspot.com.

Como é usual, eu tenho uma conta Google a que dei o meu próprio nome - «António Rosa». Com esta conta eu acedia a uma série de serviços Google, incluindo este blogue. Desde o dia 24 de Novembro que não consigo entrar no back office do meu blogue com aquela conta. O último post que consegui criar foi no dia 23, o «Selos, Beijos e Abraços». No entanto, consigo aceder aos demais serviços Google com esta conta. E dentro do próprio blogue consigo aceder a todos os campos, excepto os campos de 'edição' - publicar posts novos e aceder aos anteriores.

Fui ao fórum de dúvidas do Blogger.com e lá estavam inúmeras pessoas preocupadas com este assunto e a perguntarem como resolver. Lá apareceu uma ajuda: criar outra conta Google e colocá-la como autor e administrador do blogue, a par da conta antiga. Assim surgiu a nova conta «António Rosa (Tib)». (Tib), de Tibério, o nome do meu pastor alemão.

Desde o dia 24, os novos posts publicados já foram com esta última conta.

Continuamos sem saber quando este bug do Blogger será solucionado.

Entretanto, deste blogue, desapareceram inúmeros posts, outros ficaram deformados ou truncados e sumiram cerca de 13.000 comentários, restando mil e poucos. Se o bug for resolvido, pode ser que tudo seja reposto. Já lá vão 12 dias.

Dicionário Místico - Inferno e punições

12 de novembro de 2009 · 42 comentários


Já tem um certo tempo que pretendo abordar a ideia de «inferno», mas não tenho encontrado uma forma que me distanciasse de credos religiosos e sem que este texto possa parecer um julgamento. É muito ténue esta linha divisória entre aquilo que acreditamos e o que os outros aceitam como válido nas suas crenças espirituais e religiosas.

Parece que, mais do que um lugar, o Inferno é um estado de consciência, pois as torturas sofridas pelas almas rebeldes reflectem o horror dos actos cometidos durante a sua estadia na Terra, cuja recordação as atormenta constantemente. Só esta noção de «almas rebeldes» incomoda-me muito, quanto mais a ideia de julgamento sobre o «horror dos actos cometidos». Não acredito neste sistema punitivo.

Na tradição cristã, o Inferno é um lugar cujo conceito é uma mistura do Sheol hebraico, uma caverna tenebrosa para onde vão todas as almas quando morrem e onde esperam o Juízo Final, e o Gehenna dos gregos, onde os espíritos de pessoas maléficas recebem o castigo das suas culpas. Cá estamos novamente à volta do conceito de punição, tão arreigado de conceitos ideológicos.

A descrição que o Cristianismo nos faz do Inferno é muito parecida com Hades, da mitologia grega, um lugar sombrio e subterrâneo, regido pelo deus Plutão. As imagens cristãs das labaredas do Inferno são bastante recentes (cerca de 2.000 anos) pois provêm do 'Novo Testamento', especialmente do «Apocalipse», onde o Inferno é descrito como um lago fervente de fogo e enxofre e que, segundo S. João, é a segunda morte.

O mais interessante no conceito cristão do Inferno é que só são condenados a estes tormentos eternos os espíritos rebeldes, aqueles que se recusam arrepender dos seus pecados. Outra ideia que contrario - a noção de pecado.

Parece que no arrependimento está a redenção do espírito, segunda as linhas cristãs. Quando um pecador se arrepende das suas más acções na Terra, o seu espírito não é condenado a ferver para sempre no lago de fogo e enxofre descrito no «Apocalipse». Este espírito passa para o Purgatório, onde é purificado das suas ofensas e pecados. Obviamente, tudo isto é uma treta pegada, do género: se fores bonzinho, dou-te um chocolate.

Ainda continuando com as teorias cristãs, a estadia de um espírito no Purgatório depende da gravidade das suas faltas na sua vida terrena. Mas se o seu arrependimento for sincero, não interessa quão terríveis tenham sido as suas faltas, pois acabarão por ser apagadas pelos seus sofrimentos.

Conseguem imaginar o que estas ideias produzem na humanidade mais ligada à cultura católica e cristã? São, no mínimo, 4.000 anos de castração emocional e mental, a impregnarem a nossa psique, em sucessivas reencarnações, de todas estas ideias completamente absurdas.

Com estes conceitos não há evolução espiritual. Há apenas medo à possível punição.

Deixem-me suspirar de alívio, por ter conseguido escrever este texto.


Este blog vai encerrar ao público por 2 dias

23 de julho de 2009 · 23 comentários

Photobucket

Este blogue vai entrar amanhã em obras de infraestruturas e, por isso, vai ficar encerrado ao público durante 2 dias. Quando regressarmos, terá o mesmo aspecto que tem agora, pois o template apenas será refrescado, mantendo o mesmo design (que gosto muito), mas sem os problemas internos que actualmente está a provocar. Os amigos mais próximos irão notar uma diferença subtil. :) Até domingo. Bom fim-de-semana a todos.

Que las hay, hay!

18 de abril de 2009 · 27 comentários

No meu deambular pela blogoesfera clicando nos linques, fui parar ao blogue «Quem conta um conto». Na lista de linques deste blogue encontrei o nome «Anjo Dourado». Fiquei curioso, pois é o nome da minha editora. Ao clicar nesse «Anjo Dourado» encontrei-me no blogue «África Minha». Fiquei espantado! O meu coração deu um salto, pois o URL é este: http://anjonovalis.blogspot.com/ - Publica apenas fotografias de África.

«anjo-novalis.com» [com hífen] é um dos endereços que temos usado no site da editora. Os emails usados na editora foram durante anos assim: geral@anjo-novalis.com e ainda funcionam [e irão funcionar por muito tempo] por reencaminhamento para o novo nome. Estamos a construir um novo site da editora que tem este endereço: «anjodourado.pt».
Pode-se entrar no site das editoras usando qualquer um destes 2 endereços:

http://www.livrosnovalis.com
http://www.anjo-novalis.com
O endereço do novo site, ainda em construção:

http://www.anjodourado.pt
Os endereços acima funcionarão com reencaminhamento,
devido a milhares de leitores terem esses endereços nos seus favoritos.


O que posso garantir é que o blogue «África Minha» não me pertence, nem assino como «Mr. free», nem faço ideia quem seja.

Senti um desajustamento dentro de mim, uma coisa estranha. Gostaria muito de saber a história que estará por trás e porque alguém terá decidido usar um nome que tradicionalmente pertence à nossa casa.

Tudo isto é muito estranho. Que las hay, hay!

As minhas progressões terciárias

2 de fevereiro de 2009 · 14 comentários

Todos conhecemos as progressões. As duas mais utilizadas são as «progressões secundárias» e as «progressões terciárias». São ferramentas de imensa utilidade para se fazerem previsões muito precisas, quase milimétricas.

Calculamos as «progressões secundárias» a partir dos anos de vida que temos, pois é baseada nas nossas revoluções solares, sendo que uma revolução solar equivale a uma rotação da Terra, após o nosso nascimento. Se alguém tem 36 anos, significa que está a viver a sua 36ª revolução solar. Para este exemplo, o mapa calculado é o equivalente ao mapa do seu 36º dia de vida: 1 ano = 1 dia.

Com as «progressões terciárias», os cálculos são outros. Baseiam-se na revolução lunar. Cada revolução lunar que vivemos corresponde a 1 rotação após o nosso nascimento. Analisando-se assim: 1 mês lunar = 1 dia. Não esqueçamos que um mês lunar não é o mesmo que um mês de calendário. Um mês lunar tem a duração aproximada de 27 dias e 7 horas.

Tanta explicação técnica para comentar que as minhas progressões terciárias (a análise do posicionamento da Lua) para hoje estão neste estado: Lua progredida em Peixes, na casa 10, super desafiante [quadraturas e oposições] a Marte, Saturno, Quíron e Ascendente natais.

Foi o dia escolhido por mim, para concretizar uma decisão muito difícil, pensada, reflectida e muito ponderada nas últimas semanas e que representa o dia mais difícil que me foi dado viver desde que tenho a editora.

Felizmente, esta minha escolha teve o apoio da mesma Lua progredida com aspectos suaves a Vénus, Júpiter e Úrano natais. Não é nada fácil dispensarmos alguém
e termos que dizer adeus a quem nos acompanhou profissionalmente nos últimos anos.

Mais logo, em casa, deixarei cair uma lagrimazinha. São caminhos que se separam. É a vida em movimento.

Tibério

15 de janeiro de 2009 · 42 comentários


O Tibério já está em casa.
Contrariado, claro! Está muito queixoso,
pois preferia estar de plantão à porta da sua enamorada.

Muito obrigado, «terrAmena»
a sua ajuda foi preciosa para o localizar.


Muito obrigado a todos.

O Tibério desapareceu ontem, 14 de Janeiro, às 07h00. Portanto, há 24 horas que anda por aí. Deve estar apaixonado e não sai da rua da sua eleita. É a terceira vez em 9 anos que o faz. Em 2004, durante 5 dias. Em Janeiro de 2008, esteve fora 2 dias. O meu bairro conhece-o bem e tenho tido informações da vizinhança. Não o viram, ainda.


Olho para os trânsitos desse momento e vejo que além da oposição Plutão - Vénus, nesse momento a Lua em trânsito estava cercada por Saturno natal e pelo Saturno em trânsito, todos em Virgem, o signo que trata dos animais. Não tenho cabeça para ver mais.

Quando Plutão transita pelos seus domínios - casa 8 [Parte 1]

6 de janeiro de 2009 · 51 comentários

É um texto muito longo e algo desagradável para leitores mais sensíveis. Não perca tempo a ler, pois escrevi-o para tomar consciência de mim mesmo e para a minha própria memória futura. Escondê-lo em vez de o publicar seria pactuar com as minhas próprias trevas. A.R.
Parte 1
O obscuro caminho para casa

Vou tentar passar para aqui o resultado da minha experiência pessoal com o trânsito de Plutão pela minha casa 8, que tecnicamente acontece desde Janeiro de 2005, pois a cúspide está a 23º 32’ de Sagitário. Em boa verdade, tenho em conta 3 a 5 graus antes da cúspide, pois são os graus mínimos que os planetas trabalham intensamente na sua aproximação a uma nova casa. Plutão não foge à regra. Portanto, em rigor, considero a minha experiência deste trânsito a partir de Setembro de 2004, quando Plutão estava no grau 18 de Sagitário. Tinha eu 54 anos.

Não recomendo a ninguém esta experiência numa fase tão avançada da vida. É um desnudar completo, sem ter no mínimo um biombo de sombras chinesas para sentirmos uma aparente protecção. É mesmo o desnudar completo, que magoa muito. Quando somos mais jovens, tudo tem um sabor diferente. Como vou a caminho do 5º ano [em 2009] deste trânsito nada doce sai do que falo por experiência própria. Actualmente já não existe amargura em mim, pois tenho aprendido a aceitar-me. Apenas tento desligar-me de situações menos luminosas que ainda transporto dentro de mim.

Se há casa onde se confrontam os temas que mais profundamente alteram a «vida» de Plutão é quando ele passa pelos seus próprios domínios, neste caso, a casa 8. Não nos resta outra possibilidade que fazer uma visita muito prolongada ao nosso mundo subterrâneo e primevo (em certos casos) e ao nosso mundo mais interno (em outros casos), sempre com o propósito de investigarmos aqueles pensamentos que se encontram enraizados e integrar os sentimentos que não conseguimos aceitar de forma consciente.

Quando Plutão está nos seus domínios, na casa 8, ficamos demasiado susceptíveis para fazermos projecções de qualidade nas outras pessoas. Inconscientemente escolhemos algumas delas que representam o nosso lado mais obscuro e que ainda não tenhamos tido a força e a coragem de examinar. E são tantos cantos obscuros! A tendência é embirrarmos e ‘lutarmos’ com essas pessoas quando elas reflectem bem esse nosso lado mais sombrio. Que péssimas recordações isto me trouxe dos anos 2004/5. Tudo isto foi coincidente com uma conjunção de Plutão à Lua, em que pelo caminho perdi as mulheres da minha vida.

Existe em nós uma realidade crua, primordial, intensa e escondida que fomos suprimindo ao longo dos anos e acabámos por saber conviver com esta função obscura, aceitando-a e acabando por vivermos bem assim. Na verdade, fazemos isto: ou consideramos estas nossas facetas como “más” e tentamos esconder (o que é impossível) ou temos medo que se tornem sufocantes, se as expressarmos abertamente. Para afugentar esses medos é que estou a publicar este texto, o mais revelador de sempre, de mim mesmo.

Quando muito se fala em «paz interior», gostaria muito de saber se as pessoas consideram que essa paz é mesmo genuína, total e completa ou, pelo contrário, é uma paz nublada, pois escondemos por baixo de uma aparente beatitude e de muita conversa zen, o que de mais sombrio e pesado transportamos no íntimo. Eu reconheço que fiz milhentas vezes isso mesmo: tapei o meu inferno pessoal com um aparente manto de paz. Uma aparente paz no zen for me. Hoje, a situação melhorou, pois aprendi a expor-me mais, bastante indiferente ao que os outros pensam ou comentam. Isso aliviou-me e sossegou-me.

No entanto, usando as mesmas armas intensifiquei a prática da meditação que, aos poucos, muito me tem ajudado a purgar todo o lixo psíquico que transporto, curando-me lentamente. Não considero que tenha atingido essa tal «paz interior», essa situação zen. Nem sei se alguma vez conseguirei. Mas os diálogos com Ele aumentaram e já falamos com mais facilidade. Hoje, sinto em mim uma maior religiosidade, sem nenhuma religião a intermediar. Hoje é mais uma conversa tu-cá-tu-lá. Actualmente já Lhe consigo dizer coisas como esta: «Tenta entender-me um bocadinho que seja.» Eu sei que Ele me escuta. Quando consigo escutá-Lo é o meu lado divino a funcionar deixando-me muito sereno. Aqui fica uma experiência minha: quantas vezes estive em processos de meditação colectiva e em vez de me juntar à tentativa de elevação da vibração do grupo, estava mentalmente muito ocupado a vibrar em ondas de desejo sexual. Coisas da casa 8, como sabem! Nunca tive qualquer dificuldade em meditar quando consigo aquietar a minha mente. Nem nunca pertenci àquele grupo de pessoas que dizem não conseguir meditar. Consigo na boa (Lua na 8) e é nesses momentos que falo com Ele.

Claro que tenho muitos momentos de acalmia, sim. De alguma serenidade, sim. O trânsito teria que ir surtindo efeito! Plutão na minha 8 não me deixa dar atenção ao conformismo generalizado do «espiritualmente correcto». Sei que posso ser desancado, mas tinha que ser sincero. Enquanto não reconhecemos de bom grado e com simplicidade (não mental, mas do coração) a existência desse mundo subterrâneo em nós mesmos, pomos em perigo o nosso bem-estar psicológico e interno. E, claramente, também comprometemos o nosso lado espiritual.

Quem passa por este trânsito sabe que nos preocupam as capas mais profundas da nossa oitava casa, pois contradizem a imagem apresentável e aparentemente imaculada com que mostramos ao mundo. Não só ao mundo. Também aos nossos mais próximos, aquelas pessoas das casas 3, 4, 5, 7 e 11. Este trânsito de Plutão põe pressão em todas as partes envolvidas. É a altura de nos desvelarmos. Sabemos que temos que o fazer. Mas não sabemos como, pois fomos treinados uma vida inteira para escondermos o nosso verdadeiro interior. Como estilhaçar voluntariamente a nossa bela imagem tão cuidadosamente construída ao longo de anos?

Podermos encher-nos de coragem (e vale a pena fazê-lo) e, simplesmente, dizer isto: «Sim, isto faz parte de mim, pois eu também sou este tipo safado». Sem que nos auto-julguemos severamente e aceitando o julgamento dos outros pode ser o começo de um processo de cura interna, que demorará anos a efectivar-se. Acreditem, quando chegamos a este ponto, já estamos fora de prazo. Completamente. Não na idade, mas no ego, que fica muito maltratado. Seguir negando as facetas primitivas e vitais da nossa natureza interna, dá-lhes um tremendo poder destrutivo sobre nós e de forma tão misteriosa que o destino intervém com mão pesada.

A vida deu-me imensas oportunidades para aprender isto, pois a minha actividade profissional de 30 anos de editor de livros e, especialmente desde 2000, de editor de livros espirituais, deu-me a ocasião de conviver e conhecer os maiores egos que se possam imaginar. Bom, mas eu não fui nenhum santinho, pois tenho estado no meio deles. Também fiz as minhas maldades e cheguei a julgar-me o maior, por os publicar. Que coisa mais tola e insignificante. A astrologia foi uma cura tremenda para mim.

As pessoas que tenham planetas na casa 8 e enfrentam este trânsito, sabem bem o quão infame pode ser Plutão. Derruba tudo. Destrói para reconstruir. É um processo doloroso. Se a pessoa entra naquela coisa da vitimização e começa a dizer «ai, coitadinho de mim», pode ter a certeza que vai levar na cabeça e bem forte. A simbologia de cada planeta tocado por Plutão não voltará a ser a mesma, pois entra numa oitava superior, de maior elevação. Por exemplo, os trânsitos de Úrano e Neptuno não garantem esta mesma eficácia plutónica.

Este processo plutónico não se resume à simples questão de introduzirmos algumas «atitudes positivas» que vejo tão frequentemente e que eu também tentei. Plutão assegura-se que sintamos profundamente todas essas transformações. Não há forma de brincar às escondidas como eventualmente podemos fazer com Neptuno, por exemplo. Algumas pessoas não estão preparadas para isto. Tenho visto tanta gente entrar em profunda depressão durante os anos que dura um longo trânsito de Plutão pela sua casa 8.

Somos atirados para caminhos fantasmagóricos que no passado conseguimos evitar. O mais certo é termos que enfrentar material interno que durante muito tempo evitámos cuidadosamente tratar. Chega sempre a hora. Plutão sabe que essas feridas dolorosas tão ciosamente guardadas e enterradas não estão curadas. Plutão sabe que essas feridas se não forem resolvidas têm uma vida própria de vampirismo, pois estão sempre a sugar-nos, esgotando-nos psicologicamente. Não se resolvem como nos programas do «Dr. Phil». Era bom que fosse. Aquilo é entertainment! A energia que se encontra presa em nós sem ventilação é a exactamente aquilo que Plutão pretende libertar. Sigamos a corrente vulcânica… pois, após a libertação, vem a reciclagem.

Certamente começaremos este trânsito admitindo para nós mesmos que talvez tenhamos guardo rancores sobre incidentes duros ou traumáticos do nosso passado. No meu caso foi lembrar-me com imensa nitidez do tempo em que andei na guerra colonial entre 1970 e 1973. Pela primeira vez na vida entrei em contacto com a morte violenta provocada por um conflito armado. Tive que purgar todas estas memórias três décadas depois. Ninguém queria acreditar que eu subitamente sentia e manifestava uma raiva por um assunto que eu pensava estar resolvido. Foi tudo muito vivencial e epidérmico. Dou por mim a ser contactado por pessoas que andaram comigo nessa guerra e que eu tinha perdido o contacto há dezenas de anos. É muito estranho.

Senti que necessitava fazer o perdão a mim mesmo de uma época violenta em que fui atirado para uma guerra salazarista com a qual não me identificava e que nem sequer tinha consciência porque era alistado à força com uma arma mortífera nas mãos.

Imensas pessoas do nosso passado passam perante a nossa mente ou aparecem fisicamente para percebemos que muitas situações não tinham ficado bem resolvidas. Pacificar e perdoar foi uma tarefa difícil. Ainda costuma ser. É o momento em que fazemos a limpeza aos nossos sentimentos. Não vale a pena ficarmos enraivecidos ao descobrirmos que afinal ainda temos que concluir tarefas do passado que não terminámos. O melhor é encerrar esses dossiers. Encerrá-los bem, sem egoísmo, com generosidade.

O resto da nossa carta determinará se podemos suportar e levar a bom termo esta experiência.

Dentro de dias publicarei a continuação deste artigo:

Parte 2 – Sexo, amores, dinheiro, justiça e morte

Update
Tencionava fazê-lo, mas a verdade é que nunca o completei.
É o meu próprio trânsito e faltou-me ânimo para tal.

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O voo da águia

4 de janeiro de 2009 · 25 comentários

Este texto circula na net há muito tempo e é bastante conhecido. Já o tenho há 4 anos. Ninguém conhece o seu autor. Há alunos meus que se devem recordar de uma aula de Plutão, em que utilizei este texto como base para o tema plutónico da renovação e transformação.

A águia é a ave que possui a maior longevidade da espécie. Chega a viver 70 anos! Mas para chegar a essa idade, aos 40 anos ela tem que tomar uma séria e difícil decisão...

Aos 40 anos ela está com as unhas compridas e flexíveis e não consegue mais agarrar as presas das quais se alimenta. O bico alongado e pontiagudo curva-se. Apontando contra o peito estão as asas envelhecidas e pesadas em função da grossura das penas. Voar já é precário e muito difícil.

Então a águia só tem duas alternativas: 1) Morrer ou 2) Enfrentar um doloroso processo de renovação que irá durar 150 dias.

Esse processo consiste em voar para o alto de uma montanha e recolher-se num ninho próximo a um paredão onde ela não necessite voar. Então, após encontrar esse lugar, a águia começa a bater com o bico no paredão até conseguir arrancá-lo.

Após arrancá-lo, espera que nasça o novo bico, com o qual vai arrancar as suas unhas demasiado compridas e flexíveis. Quando as novas unhas começam a nascer, ela passa a arrancar as velhas penas. E só após cinco meses neste processo de transformação sai para o famoso voo de renovação e para viver então mais 30 anos.

Na nossa vida, muitas vezes, temos de nos resguardar por algum tempo e começar um processo de renovação arrancando o que há de velho no nosso mundo primordial e subterrâneo. Os trânsitos de Plutão são férteis nestes acontecimentos.

Para que continuemos a voar um voo de vitória, devemos desprender-nos de lembranças, costumes e outras tradições que nos causaram dor. Somente livres do peso do passado, poderemos aproveitar o resultado valioso que uma renovação sempre traz.

Apeteceu-me publicar este texto, pois tenho estado a preparar um longuíssimo artigo sobre o trânsito de Plutão na minha casa 8 (desde 2004) que mais tem parecido com o arrancar das penas e das unhas da águia. Não tem sido fácil purgar as energias obscuras e absolutamente primevas que carrego no meu subterrâneo.



Vénus também pode ser atribulada

16 de dezembro de 2008 · 21 comentários

Quando Vénus recebe uma oposição de Plutão, podemos esperar uma etapa muito ligada às experiências da afectividade, mas nem sempre com um tom muito feliz, podendo surgir problemas, com soluções pouco razoáveis, isto para não falar de romances que não terminam bem. Diga-se também, que não sei muito bem o que seja isso de romances que terminam bem.

Se temos sócios, ou se estamos ligados a alguém por interesses comuns, neste trânsito há a possibilidade de sentirmos grandes mudanças, que só serão positivas para nós se as abordarmos com muita tranquilidade, com muita precaução e sem emotividade.

Para os jovens e adultos maduros as relações tornam-se mais intensas, levando por vezes a uma tendência romântica demasiado obsessiva. Os desejos sexuais exigem satisfação, o que pode levar as pessoas a forçarem os seus parceiros a situações e soluções que muitas vezes não desejam, produzindo problemas e muitas vezes separações.

A vida nesta reencarnação e neste planeta, praticamente resume-se à aprendizagem das emoções e dos sentimentos.

[O estar ali esta foto não significa que Bush esteja a passar por este trânsito.]

Entrámos em «modo festas felizes»

9 de dezembro de 2008 · 39 comentários

Comecemos por uma questão básica. Desde há uns anos, nesta fase da minha vida, deixei de achar piada à época natalícia. Há uns anos tomei uma decisão estranha para esta época do ano – não dar prendas de Natal. A consequência foi óbvia – deixei de receber prendas. Uff! Foi um descanso.

Não foi uma decisão radical. Correspondeu a um lento processo de afastamento de uma prática comum no mundo ocidental.

Nunca fui apreciador de shopping. Aborrece-me andar às compras. Nem sempre fui assim. No passado era um lufa-lufa tremendo, esgotante, na época natalícia. Aos poucos, entrei na fase seguinte: comprar tudo na mesma loja. Depois, passei para a fase de restringir as prendas apenas à família e ao pessoal da editora. A seguir passei ao «modo prendas apenas para as crianças da família». Por fim, também parei com isso. Foi um processo que durou vários anos. A família percebeu e respeitou.

No entanto, nesta altura do ano, perco-me com fatias douradas bem feitas. Em frente à minha casa há uma pastelaria que as faz de forma excelente. Como ando a tirar um auto-curso de culinária, tentei fazê-las eu próprio, no sábado passado. Era melhor ter ficado quieto.

Ainda não percebi o que me faz ser tão mau cozinheiro. Será pelo facto de a minha Vénus [ainda por cima na casa 2] apenas fazer dois aspectos natais? Conjunção a Úrano e um quincôncio a Quíron, na 7? Estou enganado ou os assuntos culinários pertencem à casa 2?

A polémica afirmação de Manuela Ferreira Leite

19 de novembro de 2008 · 18 comentários

A polémica afirmação de Manuela Ferreira Leite no dia 17 de Novembro de 2008, sobre Portugal:

«Eu não acredito em reformas, quando se está em democracia [pausa]. Quando não se está em democracia é outra conversa, eu digo como é que é e faz-se [pausa]. E até não sei se a certa altura não é bom haver seis meses sem democracia, mete-se tudo na ordem e depois então venha a democracia.»

Manuela Ferreira Leite - 3/12/1940 - Lisboa

Vamos ver o seu estado mental e emocional nesse dia. Comecemos pela mente:

- Neptuno em trânsito (21º Aquário) em severa quadratura a Mercúrio natal (21º Escorpião). Aprendamos com as partidas solventes de Neptuno. Nunca melhor dito que aquilo saiu-lhe sem ela pensar. Uma afirmação perigosa e nada democrática. Uma mulher que anda por aí a dizer que não revela o seu programa de governo para não a copiarem... Ai, Neptuno, Neptuno, que esta mulher pensa que Portugal é o quintal dela.

- Mercúrio combusto em trânsito (22º Escorpião) em conjunção ao seu Mercúrio natal (21º Escorpião). Aprendamos o que um estado combusto pode fazer a uma pessoa. Pode ferver tanto que desnorteia.

- Vénus em trânsito (7º Capricórnio) a fazer uma semi-quadratura a Mercúrio (21º Escorpião). Aprendamos o que Capricórnio pode representar de dureza e mau feitio. Basta pensarmos que Júpiter em Capricórnio está em queda, para percebermos as coisas saturninas. Capricornianos elevados são a perfeição quase absoluta. Não é este o caso.

E quanto às emoções que me referi acima? Olhemos para a Lua desse dia, no mapa da presidente do PSD, à hora do seu discurso desajeitado. Aprendamos o que é uma Lua em Leão, em trânsito e absolutamente peregrina. Uma Lua em Leão normal é mais ou menos assim. "Prestem-me atenção. Admirem-me. Respeitem-me. Honrem-me. Aplaudam-me. Eu sou show." Quando absolutamente peregrina, pode ser desmedida. Foi o que aconteceu. Hoje, toda a imprensa portuguesa não fala de outra coisa - conseguiu ter todos os holofotes apontados para ela. Pelas piores razões que conhecemos. Foi uma péssima performance e mereceu ser assobiada e pateada.

Minha senhora, eu sei o que é viver em ditadura. Não quero isso na minha vida, nem na de ninguém. Nem sequer durante os tais 6 meses. Salazar começou assim e aguentámos 48 anos.

Gostam da ilustração? :)

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18 de maio de 2013

O Sol está hoje no meu Ascendente. Um 'pequeno nada' que me deixa sempre muito feliz


O 18 de Maio [às vezes é a 19] é aquele dia do ano que gosto muito. Um momento único, uma vez por ano, no mapa de qualquer um de nós, variando os dias consoante os mapas. Tudo isto porque hoje o Sol em trânsito está conjunto ao meu Ascendente (no grau 27º 48' de Touro), iluminando todo o meu mapa e a minha vida.


Nem imaginam o quanto me sinto feliz com este pequeno nada, por este pequeno acontecimento. Ocorrem sempre coisas boas nos dias anteriores e nos seguintes. Voltou a acontecer! Estou mesmo sorridente.


Os amigos mais antigos deste blogue talvez se lembrem da ilustração acima, que é sempre a mesma que uso para «este» dia especial, desde que criei o blogue. Pode comprovar aquiaqui - aqui - aqui - aqui. Um gemeniano também tem as suas rotinazinhas.

Não imaginam como me sinto feliz com este pequeno nada. Por isso, aqui ficam os meus agradecimentos:

- Grato a quem vem a este blogue e também aos que comigo interagem no «Facebook», «Google+» e também, aos que convivemos no chão deste nosso planeta.

- Grato aos amigos que fui fazendo. Grato aos «inimigos» que fui colectando, também.

- Grato às minhas irmãs. Grato ao meu gato Preto.

- Grato à Astrid Annabelle, minha alma irmã neste planeta e em toda a Criação, desde a Origem dos Tempos. Grato a mim mesmo, por cada vez me aceitar melhor.

- Grato a todos os astrólogos e praticantes ou estudantes de astrologia. Grato à astrologia e aos clientes, às pessoas e amigos que vou tendo e que aceitam o meu trabalho. Uma especial gratidão à Luísa Sal e ao «Cristal de Cura»; ela sabe o porquê.


- Grato aos astrólogos, colaboradores, visitantes e leitores do site «Escola de Astrologia Nova-Lis». Este site já não me pertence, pois foi doado ao universo. Já nem sequer faço a sua manutenção. Quando surgiu, foi um prenúncio dos Novos Tempos para o movimento astrológico em língua portuguesa no Sec. XXI.

- Grato a todas as pessoas que compartilham o grupo privado «Ilha», no Facebook. Grato a todos aqueles que reconhecem o trabalho que desenvolvo, desinteressadamente. Grato ao universo por me ajudar a viver de forma prazenteira.

- Grato pelo bem que me faz escutar este mantra delicioso - «Gayatri Mantra» [ou estas versões: aqui - aqui -aqui]. Das minhas vidas hindus. Fechem os olhos e oiçam. Grato pela canção que em mim ressoa como representativa de muitas minhas reencarnações passadas, o olhar para o Alto e o Além: «Les temps des cathedralles». 


- Grato à energia intrínseca do «Cova do Urso», como parte integrante de mim mesmo. 

- Grato aos meus entes falecidos e à minha comitiva espiritual.

- Grato a Jesus, que amo incondicionalmente.

- Finalmente, Grato a Deus. Como sabem, diz-se assim: «Graças a Deus».

Envio, espalho, reparto, partilho e recebo bençãos de todos e para todos.

Muito obrigado por todos que fizeram, fazem e farão parte desta minha caminhada, nesta minha última reencarnação, neste planeta que eu amo.

Abraços + beijos a todos.

António

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1 de maio de 2013

Somos infelizes?

Já vivi e trabalhei por esse mundo fora: em África, América do Sul, centro da Europa, ilhas atlânticas (Canárias, Açores e Madeira) e também já viajei muito, por muitos países e regiões do globo e posso garantir-vos que a maioria não foram as viagens típicas para turistas. Conheço pessoas de todas as raças e credos.

Tudo isto para vos dizer que considero os ocidentais as pessoas mais infelizes que encontrei na vida. Enquanto astrólogo lido com clientes que trazem os seus problemas. Por tudo e por nada queixam-se amargamente. Por dá cá aquela palha, ficam desanimados e contrariados. Arranjam depressões por qualquer coisa. Obviamente, a maioria dos meus clientes pode pagar a consulta (já tive casos especiais que mostraram o oposto) e nem sabe o que é passar dificuldades sérias.

Os pontos essenciais da astrologia moderna assenta bastante nestas bases: auto-conhecimento e auto-estima. Sobretudo para quem pode pagar consultas, cursos, workshops, seminários, etc. Os que não podem, nicles! Por isso gosto mesmo da internet: ninguém paga para ler estas coisas. A propósito, vou abrir aqui no blogue uma secção de donativos... :)

Os astrólogos mais modernos gostam de dizer que falam para a consciência dos seus clientes. Eu sou um deles, mas procuro fazê-lo moderadamente. Hoje em dia isso é comummente aceite. Ainda bem que assim é, caso contrário ainda seríamos mais infelizes. Pelo menos existe o sonho... Os astrólogos tradicionais adoram dar zumba no caneco nestas ideias. Como se fossem os donos da razão.

O que a maioria dos astrólogos modernos não gosta de dizer é que estes ensinamentos têm por base este conceito: se estudarmos o nosso mapa (muito, muito) enveredamos pelo auto-conhecimento que nos vai permitir conhecermo-nos a nós mesmos e aos outros (muito, muito) e que esta premissa irá resultar num aparente processo (muito acelerado) de auto-estima. Até aqui, tudo bem. [??!!??] Mas qual o conceito base que não sendo ensinado, está subjacente a tudo isto?

Que esse auto-conhecimento (a tal da consciência) mais a auto-estima nos conduzirão a um tremendo sucesso na vida.


Nada mais equivocado! Continuaremos todos à procura do costume: do amor impossível, do dinheirito e de alguma boa saúde. Somos mesmo seres humanos in working progress.

Estudemos astrologia e comecemos pelo básico. Se eu tenho no mapa natal uma quadratura Lua-Marte, isso quer dizer qualquer coisa, certo? É necessário aprender estas coisas, muito antes de estudarmos coisas muito sofisticadas como, por exemplo, os asteróides.

Este texto foi primeiramente publicado no dia 31-3-2009.

14 de outubro de 2012

De repente, apetece-me muito fatias douradas



De repente, apetece-me muito fatias douradas

Neste fim-de-semana chuvoso, tenho passado o dia a desejar fatias douradas.

Por isso, lembrei-me deste post, que publiquei em 9 Dezembro 2008.


Comecemos por uma questão básica. Desde há uns anos, nesta fase da minha vida, deixei de achar piada à época natalícia. Há uns anos tomei uma decisão estranha para esta época do ano – não dar prendas de Natal. A consequência foi óbvia – deixei de receber prendas. Uff! Foi um descanso.

Não foi uma decisão radical. Correspondeu a um lento processo de afastamento de uma prática comum no mundo ocidental.

Nunca fui apreciador de shopping. Aborrece-me andar às compras. Nem sempre fui assim. No passado era um lufa-lufa tremendo, esgotante, na época natalícia. Aos poucos, entrei na fase seguinte: comprar tudo na mesma loja. Depois, passei para a fase de restringir as prendas apenas à família e ao pessoal da editora. A seguir passei ao «modo prendas apenas para as crianças da família». Por fim, também parei com isso. Foi um processo que durou vários anos. A família percebeu e respeitou.

No entanto, nesta altura do ano, perco-me com fatias douradas bem feitas. Em frente à minha casa há uma pastelaria que as faz de forma excelente. Como ando a tirar um auto-curso de culinária, tentei fazê-las eu próprio, no sábado passado. Era melhor ter ficado quieto.

Ainda não percebi o que me faz ser tão mau cozinheiro. Será pelo facto de a minha Vénus [ainda por cima na casa 2] apenas fazer dois aspectos natais? Conjunção a Úrano e um quincôncio a Quíron, na 7? Estou enganado ou os assuntos culinários pertencem à casa 2? Saturno na IV e Neptuno na V. Aparentemente, escolhi o lado de ser mau cozinheiro. 


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31 de janeiro de 2012

Estará o Moçambique islâmico a 'talibanizar-se'?


Estará o Moçambique islâmico a 'talibanizar-se'?

«No jornal 'Notícias' [de Moçambique], a 14 de Janeiro de 2012, um jornalista escreveu uma coluna de opinião sobre um crime ocorrido em Pemba, Cabo Delgado: uma mulher que entrou num espaço reservado aos ritos de iniciação de rapazes, foi “punida” por ordem do responsável pela cerimónia, que ordenou uma violação colectiva. Ela foi sexualmente violada por 17 homens.

A polícia inicialmente tentou intervir, chegando a deter os violadores, mas foi avisada para não se imiscuir no assunto. Não se conhece o desfecho final do caso.»

«O autor do artigo defende como merecida a “punição” decretada pelo “líder espiritual” e concretizada pelos seus “soldados”: “Ninguém moral e tradicionalmente condenou a punição aplicada à senhora, ainda que severa, porque as instituições são compostas por pessoas que sabem de que se trata”.»

«Este caso lembra a violação colectiva de uma jovem ordenada por um conselho tribal numa zona rural do Paquistão, em 2002. Só que o desfecho no Paquistão foi o opróbrio nacional e internacional, e o julgamento e condenação dos violadores e dos membros do conselho tribal envolvidos.»

Quer ler mais sobre este assunto impressionante e os comentários dos leitores, assim como as opiniões do próprio autor da coluna? Clique aqui, no site da «WLSA Moçambique - Mulher e Lei na África Austral».

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4 de abril de 2011

Gabriel, adeus meu amigo


Setembro 1998 - 4 Abril 2011

Gabriel, meu companheiro, até à próxima.
Não me esquecerei desta nossa viagem juntos.
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21 de janeiro de 2011

O 7 desafios


A arKana do blogue «Locais Sagrados», lançou-me o desafio dos 7...

7 coisas que tenho de fazer antes de morrer:

- conhecer pessoalmente a minha amiga Astrid
- viver parte do ano na Patagónia argentina
- ir à Antártida
- emagrecer ainda mais
- devido à minha idade, 'arrumar' a minha editora para não deixar problemas aos que cá ficam
- jantar no restaurante 'Eleven Madison Park Restaurante' (Nova Iorque)
- ter umas férias no 'Huvafen Fushi' (Maldivas)

7 coisas que mais digo:

- Tibério, vamos tomar o comprimido.
- Já chega, Gabriel, vai dormir.
- 'Editora Anjo Dourado, bom dia / boa tarde'
- Obrigado, muito obrigado
- Graças a Deus
- Vamos com calma!
- Gosto muito de ti.

7 coisas que faço bem:

- Falar e escrever
- Tratar de animais
- Ver cinema
- Astrologia e consultas
- Seguir a minha intuição
- Fazer a minha vida sem me preocupar com o que os demais pensam (e alguns pensam cobras e lagartos)
- Beber muita água diariamente

7 defeitos:

- 'mandar às urtigas' umas quantas pessoas
- não ser politicamente correcto (tantas inimizades que me isso me trouxe, mesmo na blogoesfera)
- detalhista
- demasiado crédulo (agora muito menos, não porque esteja na defensiva, mas porque só ligo a quem me interessa)
-os outros 3 defeitos, não digo, só para não dizer tudo...

7 coisas que adoro:

- ler bons textos
- o Tibério, o Preto, o Gabriel e os animais em geral
- ter boa vontade
- andar de sandálias, mesmo no inverno
- um chocolate bem quentinho
- andar descalço em cima de relva
- ver bons filmes

7 coisas que detesto:

- fanatismo
- falsos gurus [espirituais, culturais, sociais, etc.]
- abusos da minha boa vontade
- ver o Tibério doente
- ter calor
- ler má poesia (mas isto é muito subjectivo, claro!)


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24 de agosto de 2010

A morte, Vénus e a Lua


Passei recentemente por dois acontecimentos tristes: no dia 21 de Julho, foi o falecimento do meu compadre e no dia 20 de Agosto, foi o desencarne do meu cunhado. Eu sou daquele tipo de astrólogos que não está sempre a olhar para os seus próprios mapas. Passam semanas que nem olho para os meus trânsitos. Mas desta vez resolvi olhar com muita atenção, atendendo aos dois falecimentos tão recentes e tentar perceber as coisas astrológicas.

Este blogue está praticamente inundado com assuntos de Vénus [exemplos: aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, mas há mais] e habitualmente tenho escrito sobre amor, relacionamentos ou sexualidade e a respectiva complexidade destes assuntos. Não me recordo de ter associado este planeta à morte. Tive que aprender a duras penas. Não que Vénus possa causar a morte, mas significando que podemos passar por momentos de dor e perda com a morte de alguém.

Em termos meramente físicos, sem qualquer pensamento metafísico pelo meio, a morte de alguém próximo, significa simplesmente que perdemos essa pessoa. Isso dói. Mas não me quero alongar mais por aí, pois a minha intenção é fazer deste post um instrumento de trabalho para quem se dedica à astrologia avançada.

Todos nós ouvimos falar ou lemos sobre a Grande Cruz de Agosto. Que, no meu mapa pessoal, tem estado a fazer uma enorme pressão na minha Vénus natal, que está no grau 4 de Câncer, Casa 2. Enquanto Quadratura T tem sido sempre a ser espremido ao máximo. Para quem pratica astrologia avançada já percebeu o filme desta minha Vénus: Plutão a fazer uma oposição na casa 8, o sítio da morte; Saturno (na casa 5, os afectos, ou falta deles), Úrano e Júpiter (na casa 11, a dos amigos) a fazerem quadratura. Simples, não é?

Num dos posts mencionados mais atrás escrevi isto: 'Quando Vénus recebe uma oposição de Plutão, podemos esperar uma etapa muito ligada às experiências da afectividade, mas nem sempre com um tom muito feliz, podendo surgir problemas, com soluções pouco razoáveis.' Este era o enunciado teórico da situação. Num outro post também mencionado acima, escrevi isto: 'Isto pode acontecer se os teu trânsitos indicarem que a tua Vénus natal está a receber uma oposição de Plutão. E depende muito da tua Lua natal, que não esteja em situação de incompatibilidade com Vénus natal.'

E não é que a Lua, em ambos os falecimentos teve a função simbólica de fazer o 'disparo'? Em ambas as ocasiões, as horas dos falecimentos coincidem com a Lua em trânsito opondo-se a Vénus, a fazer uma conjunção a Plutão em trânsito, ambos em Capricórnio, na Casa 8, o espaço onde, entre outras coisas, se trata dos assuntos ligados à morte. Quando estava em Quarto Crescente. As duas mortes estão separadas apenas por 29 dias, o que perfaz o ciclo completo da Lua. No caso do meu compadre, a Lua estava nessa conjunção 'antes' de tocar em Plutão e no caso do meu cunhado, estava 'depois'.

Em ambos os casos, essa Lua em trânsito fazia uma quadratura ao meu Neptuno natal, a exigir de mim, maior interiorização, maior aceitação, pois o meu papel era estar presente ao lado de duas mulheres importantes na minha vida: a Rosa Maria, minha irmã e a Manuela, minha comadre.

Que acontecerá na última volta destes trânsitos? Nem quero pensar nisso.

A vida nesta reencarnação e neste planeta, praticamente resume-se à aprendizagem das emoções e dos sentimentos. E de como aceitamos as situações.

18 de junho de 2010

Relacionamentos, Amizades e Parcerias sob a dinâmica de Pluão t em oposição a Vénus n

Relacionamentos, amizade e parcerias.
Plutão em trânsito em oposição a Vénus natal


Os vários apontamentos astrológicos que menciono mais abaixo não são de minha autoria, pois decidi valer-me de um nome muito famoso nos EUA: a astróloga Gina Ronco, que explica muito bem estas situações.É um trânsito, que pode não acontecer na vida de todas as pessoas, e quando ocorre, é uma única vez na vida. Talvez por isso, seja tão intenso.

«É muito provável que durante este período astrológico lhe surjam crises nas suas relações sentimentais, podendo mesmo haver uma transformação radical do seu comportamento nestes sectores. A sua necessidade de aumentar o seu bem-estar, ou de melhorar a sua alegria de viver passará por um período de revisão das situações já existentes antes desta influência se ter manifestado, chegando muitas vezes a ter que partir de novo do zero.

»Pode também significar que atingiu o limite das suas possibilidades amorosas, tanto no aspecto físico como no psicológico, deixando de interessar aos seus possíveis parceiros. Esta situação depende da idade, porque para pessoas já maduras poderá corresponder ao momento em que se desinteresse por assuntos amorosos, e se ainda é jovem, poderá apenas significar uma crise na sua capacidade de interessar os parceiros.

»Para os jovens e adultos maduros as relações tornam-se mais intensas, levando por vezes a uma tendência romântica demasiado obsessiva. Os desejos sexuais exigem satisfação, o que pode levá-lo(a) a forçar os seus parceiros a situações e soluções que muitas vezes não desejam, produzindo problemas e muitas vezes separações.

»De qualquer modo esta etapa está muito ligada à afectividade, mas sempre com um tom infeliz, ligada a problemas, com soluções pouco razoáveis, ou então a amizades ou mesmo romances que terminam mal.

»Tenha cuidado com todas as formas de associação, de sociedade, de ligação com outras pessoas porque têm muitas possibilidades delas serem destrutivas, prejudiciais, ou no mínimo negativas para si. Se tem sócios, ou se está ligado a alguém por interesses comuns, neste momento irá sentir grandes mudanças, que só serão positivas para si se as abordar com muita tranquilidade, com muita precaução e sem emotividade.

»Se tentar manipular alguém com quem mantenha relações de amizade ou pareceria, é muito possível que perca a sua amizade ou a sua estima. Desejos que não pode reprimir, quer sexuais quer românticos, põem em perigo as ligações, os contactos já existentes com pessoas que o(a) podem interessar.

»É também um período em que poderá sentir-se atraído por um amor, ou mesmo para uma paixão, que pode ser potencialmente prejudicial, ou mesmo destrutivo da sua carreira, do seu bem-estar. A melhor maneira de passar este período astrológico sem grandes problemas é tornar mais racionais os seus impulsos, impedir que as suas paixões o ceguem e ser menos emotivo no seu relacionamento com outros.


»Comece, portanto, qualquer envolvimento romântico ou criativo com a maior cautela. Obsessão, ciúme e manipulação, podem aparecer nas suas relações, no seu casamento, nas suas simples ligações. Mas as mudanças nas suas relações já existentes podem vir a causar-lhe dificuldades devido a falta de confiança que é muito possível que se instale no seu cônjuge, nas suas ligações ou mesmo apenas nos seus sócios.»





15 de janeiro de 2010

A vivenciar Marte em trânsito em conjunção a Plutão

A minha geração [tenho 60 anos] tem Plutão em Leão. No meu caso, no grau 14. Também sabemos que Marte está actualmente em movimento retrógrado no signo de Leão. Portanto, nas últimas semanas Marte tem andado a rondar Plutão. Como estou a relatar o meu caso pessoal, refiro-me a um período concreto: Novembro e Dezembro 2009. Janeiro e 1ª semana de Fevereiro 2010. E a seguir, de 18 Abril a 20 Maio 2010. Convenhamos que é um longuíssimo período de tempo para um planeta rápido como Marte!

Ainda em 2010 chegará a vez às gerações com Plutão em Virgem, Balança, Escorpião e Sagitário. Portanto, Marte contactará todas as gerações possíveis: os cinquentões, os quarentões, os trintões, assim como os jovens dos vintes e a seguir os mais jovens. Todos seremos confrontados com um trânsito similar. A vantagem destas gerações, ao longo deste ano, é que não terão Marte retrógrado. Será uma ‘operação’ certeira. Enquanto a geração de Plutão em Leão, apanhou em cheio com esta retrogradação.

De dois em dois anos sinto na minha vida esta força cósmica a funcionar. É um trânsito que põe a minha vontade pessoal em causa. É um trânsito agressivo, por isso, é necessário ter a cautela para não irmos atrás desse estado emocional. É a oportunidade de aprendermos a nos vigiarmos.

Vejo este trânsito como uma possibilidade de aprendermos a dominar o nosso ego, que será posto à prova, sempre, mas sempre de forma dura ou violenta. Digamos apenas que pode haver alguns atenuantes às pessoas que nas suas cartas natais apresentem estas características: se Plutão tiver aspectos natais facilitadores com os planetas pessoais (Sol, Lua, Mercúrio, Vénus e Marte).

Em contrapartida, se os aspectos natais forem desafiadores, o melhor mesmo é prepararem-se para uma época eventualmente mais conturbada. E, no campo extremo, se Plutão não fizer nenhum aspecto natal maior aos planetas pessoais, então, os picos do desafio serão muito maiores. É o meu caso, pois no meu mapa natal, não tenho aspectos maiores e apenas um quintil a Marte.

Questões que podem surgir neste trânsito:

- Possibilidade de acidentes físicos. E não pensem apenas em desastres de viação. Todo o género de acidentes pode ocorrer. Passei por isto a semana passada – escorreguei numa escada de um prédio de habitação e caí. Passei pela situação de estar perto de um acidente cardíaco.

- Possibilidade de exaltações em ambientes de grupos, quer físicos, quer virtuais. Aconteceu-me.

- A compulsão pode estar presente. Quer da parte da pessoa sobre outras, quer sendo alvo da compulsão ou agressividade de outros. Neste caso, recebi um email de alguém fora de si, acusando a minha editora (claro: eu) de sermos os maiores responsáveis por vários males do mundo. Nunca tinha visto um email assim. Foi uma boa oportunidade para aprender a ficar sossegado e a não reagir a situações destas.

- Não me aconteceu, mas a pessoa pode ser vítima de assaltos, sobretudo se os aspectos em progressão estiverem desarmónicos.

- Há a considerar a possibilidade de outras situações onde a violência e a agressividade estejam presentes. Não apenas a física, mas a verbal e a emocional. Também passei por presenciar isso, numa reunião, que supostamente deveria ser calma e descontraída.

Pelo lado positivo temos que perceber que a natureza deste trânsito traz consigo uma energia que pode ser aproveitada para realizar tarefas que exijam esforço físico, desporto, destacar-se em actividades grupais.

Após a aprendizagem e se a pessoa não ficar a lamentar-se, verificam-se mudanças internas, que a levam a aprender a aquietar-se e a perceber que o ego é útil e necessário para a construção da nossa vida, mas não lhe devemos atribuir demasiada importância, para podermos escutar com atenção os nossos estados de alma.

6 de dezembro de 2009

Razia dentro do 'Cova do Urso'


É bem verdade quando se diz que não podemos dar nada como certo. De repente, acontece algo inesperado e tudo se transforma. Vem isto a propósito da grande razia que aconteceu aqui no 'Cova do Urso'. Uma razia silenciosa aos olhos dos leitores. Uma razia absolutamente interna ao blogue. Não foi um acontecimento isolado, pois afectou milhares de bloguistas em todo o mundo.

Fruto de um bug do próprio Blogger.com, o servidor que aloja gratuitamente os blogues blogspot.com.

Como é usual, eu tenho uma conta Google a que dei o meu próprio nome - «António Rosa». Com esta conta eu acedia a uma série de serviços Google, incluindo este blogue. Desde o dia 24 de Novembro que não consigo entrar no back office do meu blogue com aquela conta. O último post que consegui criar foi no dia 23, o «Selos, Beijos e Abraços». No entanto, consigo aceder aos demais serviços Google com esta conta. E dentro do próprio blogue consigo aceder a todos os campos, excepto os campos de 'edição' - publicar posts novos e aceder aos anteriores.

Fui ao fórum de dúvidas do Blogger.com e lá estavam inúmeras pessoas preocupadas com este assunto e a perguntarem como resolver. Lá apareceu uma ajuda: criar outra conta Google e colocá-la como autor e administrador do blogue, a par da conta antiga. Assim surgiu a nova conta «António Rosa (Tib)». (Tib), de Tibério, o nome do meu pastor alemão.

Desde o dia 24, os novos posts publicados já foram com esta última conta.

Continuamos sem saber quando este bug do Blogger será solucionado.

Entretanto, deste blogue, desapareceram inúmeros posts, outros ficaram deformados ou truncados e sumiram cerca de 13.000 comentários, restando mil e poucos. Se o bug for resolvido, pode ser que tudo seja reposto. Já lá vão 12 dias.

12 de novembro de 2009

Dicionário Místico - Inferno e punições


Já tem um certo tempo que pretendo abordar a ideia de «inferno», mas não tenho encontrado uma forma que me distanciasse de credos religiosos e sem que este texto possa parecer um julgamento. É muito ténue esta linha divisória entre aquilo que acreditamos e o que os outros aceitam como válido nas suas crenças espirituais e religiosas.

Parece que, mais do que um lugar, o Inferno é um estado de consciência, pois as torturas sofridas pelas almas rebeldes reflectem o horror dos actos cometidos durante a sua estadia na Terra, cuja recordação as atormenta constantemente. Só esta noção de «almas rebeldes» incomoda-me muito, quanto mais a ideia de julgamento sobre o «horror dos actos cometidos». Não acredito neste sistema punitivo.

Na tradição cristã, o Inferno é um lugar cujo conceito é uma mistura do Sheol hebraico, uma caverna tenebrosa para onde vão todas as almas quando morrem e onde esperam o Juízo Final, e o Gehenna dos gregos, onde os espíritos de pessoas maléficas recebem o castigo das suas culpas. Cá estamos novamente à volta do conceito de punição, tão arreigado de conceitos ideológicos.

A descrição que o Cristianismo nos faz do Inferno é muito parecida com Hades, da mitologia grega, um lugar sombrio e subterrâneo, regido pelo deus Plutão. As imagens cristãs das labaredas do Inferno são bastante recentes (cerca de 2.000 anos) pois provêm do 'Novo Testamento', especialmente do «Apocalipse», onde o Inferno é descrito como um lago fervente de fogo e enxofre e que, segundo S. João, é a segunda morte.

O mais interessante no conceito cristão do Inferno é que só são condenados a estes tormentos eternos os espíritos rebeldes, aqueles que se recusam arrepender dos seus pecados. Outra ideia que contrario - a noção de pecado.

Parece que no arrependimento está a redenção do espírito, segunda as linhas cristãs. Quando um pecador se arrepende das suas más acções na Terra, o seu espírito não é condenado a ferver para sempre no lago de fogo e enxofre descrito no «Apocalipse». Este espírito passa para o Purgatório, onde é purificado das suas ofensas e pecados. Obviamente, tudo isto é uma treta pegada, do género: se fores bonzinho, dou-te um chocolate.

Ainda continuando com as teorias cristãs, a estadia de um espírito no Purgatório depende da gravidade das suas faltas na sua vida terrena. Mas se o seu arrependimento for sincero, não interessa quão terríveis tenham sido as suas faltas, pois acabarão por ser apagadas pelos seus sofrimentos.

Conseguem imaginar o que estas ideias produzem na humanidade mais ligada à cultura católica e cristã? São, no mínimo, 4.000 anos de castração emocional e mental, a impregnarem a nossa psique, em sucessivas reencarnações, de todas estas ideias completamente absurdas.

Com estes conceitos não há evolução espiritual. Há apenas medo à possível punição.

Deixem-me suspirar de alívio, por ter conseguido escrever este texto.


23 de julho de 2009

Este blog vai encerrar ao público por 2 dias

Photobucket

Este blogue vai entrar amanhã em obras de infraestruturas e, por isso, vai ficar encerrado ao público durante 2 dias. Quando regressarmos, terá o mesmo aspecto que tem agora, pois o template apenas será refrescado, mantendo o mesmo design (que gosto muito), mas sem os problemas internos que actualmente está a provocar. Os amigos mais próximos irão notar uma diferença subtil. :) Até domingo. Bom fim-de-semana a todos.

18 de abril de 2009

Que las hay, hay!

No meu deambular pela blogoesfera clicando nos linques, fui parar ao blogue «Quem conta um conto». Na lista de linques deste blogue encontrei o nome «Anjo Dourado». Fiquei curioso, pois é o nome da minha editora. Ao clicar nesse «Anjo Dourado» encontrei-me no blogue «África Minha». Fiquei espantado! O meu coração deu um salto, pois o URL é este: http://anjonovalis.blogspot.com/ - Publica apenas fotografias de África.

«anjo-novalis.com» [com hífen] é um dos endereços que temos usado no site da editora. Os emails usados na editora foram durante anos assim: geral@anjo-novalis.com e ainda funcionam [e irão funcionar por muito tempo] por reencaminhamento para o novo nome. Estamos a construir um novo site da editora que tem este endereço: «anjodourado.pt».
Pode-se entrar no site das editoras usando qualquer um destes 2 endereços:

http://www.livrosnovalis.com
http://www.anjo-novalis.com
O endereço do novo site, ainda em construção:

http://www.anjodourado.pt
Os endereços acima funcionarão com reencaminhamento,
devido a milhares de leitores terem esses endereços nos seus favoritos.


O que posso garantir é que o blogue «África Minha» não me pertence, nem assino como «Mr. free», nem faço ideia quem seja.

Senti um desajustamento dentro de mim, uma coisa estranha. Gostaria muito de saber a história que estará por trás e porque alguém terá decidido usar um nome que tradicionalmente pertence à nossa casa.

Tudo isto é muito estranho. Que las hay, hay!

2 de fevereiro de 2009

As minhas progressões terciárias

Todos conhecemos as progressões. As duas mais utilizadas são as «progressões secundárias» e as «progressões terciárias». São ferramentas de imensa utilidade para se fazerem previsões muito precisas, quase milimétricas.

Calculamos as «progressões secundárias» a partir dos anos de vida que temos, pois é baseada nas nossas revoluções solares, sendo que uma revolução solar equivale a uma rotação da Terra, após o nosso nascimento. Se alguém tem 36 anos, significa que está a viver a sua 36ª revolução solar. Para este exemplo, o mapa calculado é o equivalente ao mapa do seu 36º dia de vida: 1 ano = 1 dia.

Com as «progressões terciárias», os cálculos são outros. Baseiam-se na revolução lunar. Cada revolução lunar que vivemos corresponde a 1 rotação após o nosso nascimento. Analisando-se assim: 1 mês lunar = 1 dia. Não esqueçamos que um mês lunar não é o mesmo que um mês de calendário. Um mês lunar tem a duração aproximada de 27 dias e 7 horas.

Tanta explicação técnica para comentar que as minhas progressões terciárias (a análise do posicionamento da Lua) para hoje estão neste estado: Lua progredida em Peixes, na casa 10, super desafiante [quadraturas e oposições] a Marte, Saturno, Quíron e Ascendente natais.

Foi o dia escolhido por mim, para concretizar uma decisão muito difícil, pensada, reflectida e muito ponderada nas últimas semanas e que representa o dia mais difícil que me foi dado viver desde que tenho a editora.

Felizmente, esta minha escolha teve o apoio da mesma Lua progredida com aspectos suaves a Vénus, Júpiter e Úrano natais. Não é nada fácil dispensarmos alguém
e termos que dizer adeus a quem nos acompanhou profissionalmente nos últimos anos.

Mais logo, em casa, deixarei cair uma lagrimazinha. São caminhos que se separam. É a vida em movimento.

15 de janeiro de 2009

Tibério


O Tibério já está em casa.
Contrariado, claro! Está muito queixoso,
pois preferia estar de plantão à porta da sua enamorada.

Muito obrigado, «terrAmena»
a sua ajuda foi preciosa para o localizar.


Muito obrigado a todos.

O Tibério desapareceu ontem, 14 de Janeiro, às 07h00. Portanto, há 24 horas que anda por aí. Deve estar apaixonado e não sai da rua da sua eleita. É a terceira vez em 9 anos que o faz. Em 2004, durante 5 dias. Em Janeiro de 2008, esteve fora 2 dias. O meu bairro conhece-o bem e tenho tido informações da vizinhança. Não o viram, ainda.


Olho para os trânsitos desse momento e vejo que além da oposição Plutão - Vénus, nesse momento a Lua em trânsito estava cercada por Saturno natal e pelo Saturno em trânsito, todos em Virgem, o signo que trata dos animais. Não tenho cabeça para ver mais.

6 de janeiro de 2009

Quando Plutão transita pelos seus domínios - casa 8 [Parte 1]

É um texto muito longo e algo desagradável para leitores mais sensíveis. Não perca tempo a ler, pois escrevi-o para tomar consciência de mim mesmo e para a minha própria memória futura. Escondê-lo em vez de o publicar seria pactuar com as minhas próprias trevas. A.R.
Parte 1
O obscuro caminho para casa

Vou tentar passar para aqui o resultado da minha experiência pessoal com o trânsito de Plutão pela minha casa 8, que tecnicamente acontece desde Janeiro de 2005, pois a cúspide está a 23º 32’ de Sagitário. Em boa verdade, tenho em conta 3 a 5 graus antes da cúspide, pois são os graus mínimos que os planetas trabalham intensamente na sua aproximação a uma nova casa. Plutão não foge à regra. Portanto, em rigor, considero a minha experiência deste trânsito a partir de Setembro de 2004, quando Plutão estava no grau 18 de Sagitário. Tinha eu 54 anos.

Não recomendo a ninguém esta experiência numa fase tão avançada da vida. É um desnudar completo, sem ter no mínimo um biombo de sombras chinesas para sentirmos uma aparente protecção. É mesmo o desnudar completo, que magoa muito. Quando somos mais jovens, tudo tem um sabor diferente. Como vou a caminho do 5º ano [em 2009] deste trânsito nada doce sai do que falo por experiência própria. Actualmente já não existe amargura em mim, pois tenho aprendido a aceitar-me. Apenas tento desligar-me de situações menos luminosas que ainda transporto dentro de mim.

Se há casa onde se confrontam os temas que mais profundamente alteram a «vida» de Plutão é quando ele passa pelos seus próprios domínios, neste caso, a casa 8. Não nos resta outra possibilidade que fazer uma visita muito prolongada ao nosso mundo subterrâneo e primevo (em certos casos) e ao nosso mundo mais interno (em outros casos), sempre com o propósito de investigarmos aqueles pensamentos que se encontram enraizados e integrar os sentimentos que não conseguimos aceitar de forma consciente.

Quando Plutão está nos seus domínios, na casa 8, ficamos demasiado susceptíveis para fazermos projecções de qualidade nas outras pessoas. Inconscientemente escolhemos algumas delas que representam o nosso lado mais obscuro e que ainda não tenhamos tido a força e a coragem de examinar. E são tantos cantos obscuros! A tendência é embirrarmos e ‘lutarmos’ com essas pessoas quando elas reflectem bem esse nosso lado mais sombrio. Que péssimas recordações isto me trouxe dos anos 2004/5. Tudo isto foi coincidente com uma conjunção de Plutão à Lua, em que pelo caminho perdi as mulheres da minha vida.

Existe em nós uma realidade crua, primordial, intensa e escondida que fomos suprimindo ao longo dos anos e acabámos por saber conviver com esta função obscura, aceitando-a e acabando por vivermos bem assim. Na verdade, fazemos isto: ou consideramos estas nossas facetas como “más” e tentamos esconder (o que é impossível) ou temos medo que se tornem sufocantes, se as expressarmos abertamente. Para afugentar esses medos é que estou a publicar este texto, o mais revelador de sempre, de mim mesmo.

Quando muito se fala em «paz interior», gostaria muito de saber se as pessoas consideram que essa paz é mesmo genuína, total e completa ou, pelo contrário, é uma paz nublada, pois escondemos por baixo de uma aparente beatitude e de muita conversa zen, o que de mais sombrio e pesado transportamos no íntimo. Eu reconheço que fiz milhentas vezes isso mesmo: tapei o meu inferno pessoal com um aparente manto de paz. Uma aparente paz no zen for me. Hoje, a situação melhorou, pois aprendi a expor-me mais, bastante indiferente ao que os outros pensam ou comentam. Isso aliviou-me e sossegou-me.

No entanto, usando as mesmas armas intensifiquei a prática da meditação que, aos poucos, muito me tem ajudado a purgar todo o lixo psíquico que transporto, curando-me lentamente. Não considero que tenha atingido essa tal «paz interior», essa situação zen. Nem sei se alguma vez conseguirei. Mas os diálogos com Ele aumentaram e já falamos com mais facilidade. Hoje, sinto em mim uma maior religiosidade, sem nenhuma religião a intermediar. Hoje é mais uma conversa tu-cá-tu-lá. Actualmente já Lhe consigo dizer coisas como esta: «Tenta entender-me um bocadinho que seja.» Eu sei que Ele me escuta. Quando consigo escutá-Lo é o meu lado divino a funcionar deixando-me muito sereno. Aqui fica uma experiência minha: quantas vezes estive em processos de meditação colectiva e em vez de me juntar à tentativa de elevação da vibração do grupo, estava mentalmente muito ocupado a vibrar em ondas de desejo sexual. Coisas da casa 8, como sabem! Nunca tive qualquer dificuldade em meditar quando consigo aquietar a minha mente. Nem nunca pertenci àquele grupo de pessoas que dizem não conseguir meditar. Consigo na boa (Lua na 8) e é nesses momentos que falo com Ele.

Claro que tenho muitos momentos de acalmia, sim. De alguma serenidade, sim. O trânsito teria que ir surtindo efeito! Plutão na minha 8 não me deixa dar atenção ao conformismo generalizado do «espiritualmente correcto». Sei que posso ser desancado, mas tinha que ser sincero. Enquanto não reconhecemos de bom grado e com simplicidade (não mental, mas do coração) a existência desse mundo subterrâneo em nós mesmos, pomos em perigo o nosso bem-estar psicológico e interno. E, claramente, também comprometemos o nosso lado espiritual.

Quem passa por este trânsito sabe que nos preocupam as capas mais profundas da nossa oitava casa, pois contradizem a imagem apresentável e aparentemente imaculada com que mostramos ao mundo. Não só ao mundo. Também aos nossos mais próximos, aquelas pessoas das casas 3, 4, 5, 7 e 11. Este trânsito de Plutão põe pressão em todas as partes envolvidas. É a altura de nos desvelarmos. Sabemos que temos que o fazer. Mas não sabemos como, pois fomos treinados uma vida inteira para escondermos o nosso verdadeiro interior. Como estilhaçar voluntariamente a nossa bela imagem tão cuidadosamente construída ao longo de anos?

Podermos encher-nos de coragem (e vale a pena fazê-lo) e, simplesmente, dizer isto: «Sim, isto faz parte de mim, pois eu também sou este tipo safado». Sem que nos auto-julguemos severamente e aceitando o julgamento dos outros pode ser o começo de um processo de cura interna, que demorará anos a efectivar-se. Acreditem, quando chegamos a este ponto, já estamos fora de prazo. Completamente. Não na idade, mas no ego, que fica muito maltratado. Seguir negando as facetas primitivas e vitais da nossa natureza interna, dá-lhes um tremendo poder destrutivo sobre nós e de forma tão misteriosa que o destino intervém com mão pesada.

A vida deu-me imensas oportunidades para aprender isto, pois a minha actividade profissional de 30 anos de editor de livros e, especialmente desde 2000, de editor de livros espirituais, deu-me a ocasião de conviver e conhecer os maiores egos que se possam imaginar. Bom, mas eu não fui nenhum santinho, pois tenho estado no meio deles. Também fiz as minhas maldades e cheguei a julgar-me o maior, por os publicar. Que coisa mais tola e insignificante. A astrologia foi uma cura tremenda para mim.

As pessoas que tenham planetas na casa 8 e enfrentam este trânsito, sabem bem o quão infame pode ser Plutão. Derruba tudo. Destrói para reconstruir. É um processo doloroso. Se a pessoa entra naquela coisa da vitimização e começa a dizer «ai, coitadinho de mim», pode ter a certeza que vai levar na cabeça e bem forte. A simbologia de cada planeta tocado por Plutão não voltará a ser a mesma, pois entra numa oitava superior, de maior elevação. Por exemplo, os trânsitos de Úrano e Neptuno não garantem esta mesma eficácia plutónica.

Este processo plutónico não se resume à simples questão de introduzirmos algumas «atitudes positivas» que vejo tão frequentemente e que eu também tentei. Plutão assegura-se que sintamos profundamente todas essas transformações. Não há forma de brincar às escondidas como eventualmente podemos fazer com Neptuno, por exemplo. Algumas pessoas não estão preparadas para isto. Tenho visto tanta gente entrar em profunda depressão durante os anos que dura um longo trânsito de Plutão pela sua casa 8.

Somos atirados para caminhos fantasmagóricos que no passado conseguimos evitar. O mais certo é termos que enfrentar material interno que durante muito tempo evitámos cuidadosamente tratar. Chega sempre a hora. Plutão sabe que essas feridas dolorosas tão ciosamente guardadas e enterradas não estão curadas. Plutão sabe que essas feridas se não forem resolvidas têm uma vida própria de vampirismo, pois estão sempre a sugar-nos, esgotando-nos psicologicamente. Não se resolvem como nos programas do «Dr. Phil». Era bom que fosse. Aquilo é entertainment! A energia que se encontra presa em nós sem ventilação é a exactamente aquilo que Plutão pretende libertar. Sigamos a corrente vulcânica… pois, após a libertação, vem a reciclagem.

Certamente começaremos este trânsito admitindo para nós mesmos que talvez tenhamos guardo rancores sobre incidentes duros ou traumáticos do nosso passado. No meu caso foi lembrar-me com imensa nitidez do tempo em que andei na guerra colonial entre 1970 e 1973. Pela primeira vez na vida entrei em contacto com a morte violenta provocada por um conflito armado. Tive que purgar todas estas memórias três décadas depois. Ninguém queria acreditar que eu subitamente sentia e manifestava uma raiva por um assunto que eu pensava estar resolvido. Foi tudo muito vivencial e epidérmico. Dou por mim a ser contactado por pessoas que andaram comigo nessa guerra e que eu tinha perdido o contacto há dezenas de anos. É muito estranho.

Senti que necessitava fazer o perdão a mim mesmo de uma época violenta em que fui atirado para uma guerra salazarista com a qual não me identificava e que nem sequer tinha consciência porque era alistado à força com uma arma mortífera nas mãos.

Imensas pessoas do nosso passado passam perante a nossa mente ou aparecem fisicamente para percebemos que muitas situações não tinham ficado bem resolvidas. Pacificar e perdoar foi uma tarefa difícil. Ainda costuma ser. É o momento em que fazemos a limpeza aos nossos sentimentos. Não vale a pena ficarmos enraivecidos ao descobrirmos que afinal ainda temos que concluir tarefas do passado que não terminámos. O melhor é encerrar esses dossiers. Encerrá-los bem, sem egoísmo, com generosidade.

O resto da nossa carta determinará se podemos suportar e levar a bom termo esta experiência.

Dentro de dias publicarei a continuação deste artigo:

Parte 2 – Sexo, amores, dinheiro, justiça e morte

Update
Tencionava fazê-lo, mas a verdade é que nunca o completei.
É o meu próprio trânsito e faltou-me ânimo para tal.

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4 de janeiro de 2009

O voo da águia

Este texto circula na net há muito tempo e é bastante conhecido. Já o tenho há 4 anos. Ninguém conhece o seu autor. Há alunos meus que se devem recordar de uma aula de Plutão, em que utilizei este texto como base para o tema plutónico da renovação e transformação.

A águia é a ave que possui a maior longevidade da espécie. Chega a viver 70 anos! Mas para chegar a essa idade, aos 40 anos ela tem que tomar uma séria e difícil decisão...

Aos 40 anos ela está com as unhas compridas e flexíveis e não consegue mais agarrar as presas das quais se alimenta. O bico alongado e pontiagudo curva-se. Apontando contra o peito estão as asas envelhecidas e pesadas em função da grossura das penas. Voar já é precário e muito difícil.

Então a águia só tem duas alternativas: 1) Morrer ou 2) Enfrentar um doloroso processo de renovação que irá durar 150 dias.

Esse processo consiste em voar para o alto de uma montanha e recolher-se num ninho próximo a um paredão onde ela não necessite voar. Então, após encontrar esse lugar, a águia começa a bater com o bico no paredão até conseguir arrancá-lo.

Após arrancá-lo, espera que nasça o novo bico, com o qual vai arrancar as suas unhas demasiado compridas e flexíveis. Quando as novas unhas começam a nascer, ela passa a arrancar as velhas penas. E só após cinco meses neste processo de transformação sai para o famoso voo de renovação e para viver então mais 30 anos.

Na nossa vida, muitas vezes, temos de nos resguardar por algum tempo e começar um processo de renovação arrancando o que há de velho no nosso mundo primordial e subterrâneo. Os trânsitos de Plutão são férteis nestes acontecimentos.

Para que continuemos a voar um voo de vitória, devemos desprender-nos de lembranças, costumes e outras tradições que nos causaram dor. Somente livres do peso do passado, poderemos aproveitar o resultado valioso que uma renovação sempre traz.

Apeteceu-me publicar este texto, pois tenho estado a preparar um longuíssimo artigo sobre o trânsito de Plutão na minha casa 8 (desde 2004) que mais tem parecido com o arrancar das penas e das unhas da águia. Não tem sido fácil purgar as energias obscuras e absolutamente primevas que carrego no meu subterrâneo.



16 de dezembro de 2008

Vénus também pode ser atribulada

Quando Vénus recebe uma oposição de Plutão, podemos esperar uma etapa muito ligada às experiências da afectividade, mas nem sempre com um tom muito feliz, podendo surgir problemas, com soluções pouco razoáveis, isto para não falar de romances que não terminam bem. Diga-se também, que não sei muito bem o que seja isso de romances que terminam bem.

Se temos sócios, ou se estamos ligados a alguém por interesses comuns, neste trânsito há a possibilidade de sentirmos grandes mudanças, que só serão positivas para nós se as abordarmos com muita tranquilidade, com muita precaução e sem emotividade.

Para os jovens e adultos maduros as relações tornam-se mais intensas, levando por vezes a uma tendência romântica demasiado obsessiva. Os desejos sexuais exigem satisfação, o que pode levar as pessoas a forçarem os seus parceiros a situações e soluções que muitas vezes não desejam, produzindo problemas e muitas vezes separações.

A vida nesta reencarnação e neste planeta, praticamente resume-se à aprendizagem das emoções e dos sentimentos.

[O estar ali esta foto não significa que Bush esteja a passar por este trânsito.]

9 de dezembro de 2008

Entrámos em «modo festas felizes»

Comecemos por uma questão básica. Desde há uns anos, nesta fase da minha vida, deixei de achar piada à época natalícia. Há uns anos tomei uma decisão estranha para esta época do ano – não dar prendas de Natal. A consequência foi óbvia – deixei de receber prendas. Uff! Foi um descanso.

Não foi uma decisão radical. Correspondeu a um lento processo de afastamento de uma prática comum no mundo ocidental.

Nunca fui apreciador de shopping. Aborrece-me andar às compras. Nem sempre fui assim. No passado era um lufa-lufa tremendo, esgotante, na época natalícia. Aos poucos, entrei na fase seguinte: comprar tudo na mesma loja. Depois, passei para a fase de restringir as prendas apenas à família e ao pessoal da editora. A seguir passei ao «modo prendas apenas para as crianças da família». Por fim, também parei com isso. Foi um processo que durou vários anos. A família percebeu e respeitou.

No entanto, nesta altura do ano, perco-me com fatias douradas bem feitas. Em frente à minha casa há uma pastelaria que as faz de forma excelente. Como ando a tirar um auto-curso de culinária, tentei fazê-las eu próprio, no sábado passado. Era melhor ter ficado quieto.

Ainda não percebi o que me faz ser tão mau cozinheiro. Será pelo facto de a minha Vénus [ainda por cima na casa 2] apenas fazer dois aspectos natais? Conjunção a Úrano e um quincôncio a Quíron, na 7? Estou enganado ou os assuntos culinários pertencem à casa 2?

19 de novembro de 2008

A polémica afirmação de Manuela Ferreira Leite

A polémica afirmação de Manuela Ferreira Leite no dia 17 de Novembro de 2008, sobre Portugal:

«Eu não acredito em reformas, quando se está em democracia [pausa]. Quando não se está em democracia é outra conversa, eu digo como é que é e faz-se [pausa]. E até não sei se a certa altura não é bom haver seis meses sem democracia, mete-se tudo na ordem e depois então venha a democracia.»

Manuela Ferreira Leite - 3/12/1940 - Lisboa

Vamos ver o seu estado mental e emocional nesse dia. Comecemos pela mente:

- Neptuno em trânsito (21º Aquário) em severa quadratura a Mercúrio natal (21º Escorpião). Aprendamos com as partidas solventes de Neptuno. Nunca melhor dito que aquilo saiu-lhe sem ela pensar. Uma afirmação perigosa e nada democrática. Uma mulher que anda por aí a dizer que não revela o seu programa de governo para não a copiarem... Ai, Neptuno, Neptuno, que esta mulher pensa que Portugal é o quintal dela.

- Mercúrio combusto em trânsito (22º Escorpião) em conjunção ao seu Mercúrio natal (21º Escorpião). Aprendamos o que um estado combusto pode fazer a uma pessoa. Pode ferver tanto que desnorteia.

- Vénus em trânsito (7º Capricórnio) a fazer uma semi-quadratura a Mercúrio (21º Escorpião). Aprendamos o que Capricórnio pode representar de dureza e mau feitio. Basta pensarmos que Júpiter em Capricórnio está em queda, para percebermos as coisas saturninas. Capricornianos elevados são a perfeição quase absoluta. Não é este o caso.

E quanto às emoções que me referi acima? Olhemos para a Lua desse dia, no mapa da presidente do PSD, à hora do seu discurso desajeitado. Aprendamos o que é uma Lua em Leão, em trânsito e absolutamente peregrina. Uma Lua em Leão normal é mais ou menos assim. "Prestem-me atenção. Admirem-me. Respeitem-me. Honrem-me. Aplaudam-me. Eu sou show." Quando absolutamente peregrina, pode ser desmedida. Foi o que aconteceu. Hoje, toda a imprensa portuguesa não fala de outra coisa - conseguiu ter todos os holofotes apontados para ela. Pelas piores razões que conhecemos. Foi uma péssima performance e mereceu ser assobiada e pateada.

Minha senhora, eu sei o que é viver em ditadura. Não quero isso na minha vida, nem na de ninguém. Nem sequer durante os tais 6 meses. Salazar começou assim e aguentámos 48 anos.

Gostam da ilustração? :)

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