Símbolo [glifo] para 'retrógrado'
Lista dos planetas retrógrados em 2013
Planeta
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Retrógrado
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Directo
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Mercúrio
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23 Fevereiro
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19º 52' a 05º 38’ Peixes
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17 Março
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Mercúrio
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26 Junho
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23º 06' a 13º 62’ Caranguejo
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20 Julho
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Mercúrio
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21 Outubro
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18º 23' a 02º 30´Escorpião
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10 Novembro
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Vénus
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21 Dezembro
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28º 58’ a 13º 33’ Capricórnio
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31 Janeiro 2014
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Júpiter
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4 Outubro 2012
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16º 23´ a 06º 20´Gémeos
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30 Janeiro 2013
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Júpiter
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7 Novembro
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20º 30´ a 10º 26’ Caranguejo
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6 Março 2014
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Saturno
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18 Fevereiro
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11º 31’ a 04º 49’ Escorpião
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8 Julho
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Úrano
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17 Julho
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12º 31’ a 08º 35´ Carneiro
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17 Dezembro
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Neptuno
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7 Junho
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05º 22´ a 02º 34’ Peixes
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13 Novembro
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Plutão
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12 Abril
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11º 35´ a 08º 59´Capricórnio
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20 Setembro
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Sobre os planetas retrógrados
Vamos analisar o que é isso de planetas retrógrados. Há astrólogos que afirmam e com bastante razão que os planetas retrógrados têm a sua função mais dirigida para a operacionalidade interior da mente, pois as mudanças são operadas interiormente antes de se manifestarem no mundo exterior, dando uma certa introversão.
A minha visão sobre os “retros” e os signos interceptados vai no mesmo caminho. Sinto haver uma similitude, tendo em conta que uns são os actores da peça de teatro (os planetas) e outros são o cenário (signos – energias).
Para mim é nos planetas retrógrados e nos signos interceptados que vejo a “Inteligência Superior” a funcionar através da Astrologia, como linguagem meta-superior ou divina.
Procuro ver os retrógrados para além da “função interior da mente”. Entendo como sendo um estado de alma. Nesse sentido suspeito que ultrapassa a mente, indo directo às emoções, porque é destas que parte a vibração de como vivemos na crosta do planeta.
Um planeta retrógrado está nessa situação de retrógrado, de igual maneira para os 3 corpos da materialidade do ser humano - físico, mental e emocional. Por serem os corpos descartáveis de Nós mesmos, enquanto Seres. Porque a aprendizagem do ser humano é feita através da interacção da energia do planeta com os corpos da materialidade.
Em linguagem corrente podemos chamar “medo” a esse aprisionamento do retrógrado. Existe “ali” uma certa dificuldade em se realizar. As “coisas” têm que ser feitas dentro de um registo peculiar que difere de planeta para planeta.
Um retrógrado ou um interceptado, para mim, é como se quisesse dizer: “tens que fazer o exame para poderes prosseguir os estudos”. Que estudos? Os de mim mesmo. Acredito que sou apenas um corpo e vivo apenas para o materialismo mais imediato? Ou acredito que sou uma Alma provisoriamente num corpo, para fazer a experiência da fisicalidade?
É nesta subtil divisão que o retrógrado pode manifestar-me ou há um certo trânsito e transcendo-me... Habitualmente, com dor e sofrimento. Porque tenho que Me merecer a Mim mesmo. É aqui que entram as múltiplas definições de “destino”. E foi nesta base que a astrologia perdeu credibilidade no fim do século 19 até aos anos 80, quando Plutão ajudou a que esta arte fosse recuperada e massificada.
A irredutibilidade do chamado “destino” enquanto “obrigação” de cumprirmos o que supostamente nos é atribuído. Ou esse “destino”, enquanto construtor da minha própria vida”. É aqui que os trânsitos dos retrógrados me obrigam a escolher.
- Ou escolho repetir e repetir e repetir. E aí estamos perante aquilo que se chama (e bem) de “função interior da mente”. E repito, repito, repito… sem querer ver que estou sempre a cair no mesmo padrão limitativo.
É mais óbvio de constatar quando o planeta está Rx no natal. É a percepção equivocada que Eu sou apenas o meu corpo e gero os padrões repetitivos que atraio para mim mesmo e que me faz "pensar" e "dizer" que "não tenho sorte", ou que "tenho azar" (no amor, na saúde, no trabalho, etc.)
- Ou escolho não repetir. E aí estamos perante a função superior do Ser, através da Alma. Conseguimos sair dos padrões. Realizando e reconstruindo o próprio destino. Aqui Plutão e Saturno em trânsito têm uma enorme responsabilidade na actuação desse retro, levando com eles o lixo psíquico que temos em enorme quantidade.
Tenho encontrado muitos casos em que os retrógrados são trabalhados durante ou após o trânsito de Plutão em quadratura a ele próprio. Também dou muita atenção à passagem de Plutão pelas casas de água e ângulos. Na minha maneira de ver, a passagem de um Plutão pela casa 12 é claramente uma mudança total. São vários anos, sendo os mais importantes quando entra ou quando sai da 12.
Se a pessoa deixar fluir todas as emoções que Plutão carrega, o mais certo é haver uma libertação da personalidade porque houve uma “infusão da alma”.
A nossa alma aproveita essas oportunidades astrológicas para “carregar as nossas baterias” (infusão energética) que faz mudar a vida da pessoa. Ou transcendem-se a eles próprios e fazem algo marcante na vida e começam a ter uma carreira fulgurante, ou ficam "presos" às regras da sociedade - a caminho de uma tremenda infelicidade. Já me alonguei demasiado e não sei se me expliquei bem.
A análise espiritual dos planetas retrógrado
Os planetas retrógrados no mapa natal representam vidas passadas em que o ego foi dominante e o Ser Espiritual não desenvolveu adequadamente a sua missão principal: a evolução espiritual. Instalou-se o medo, que perdura como memória cármica, nesta vida. Pode ter gerado padrões repetitivos de comportamento que perdura até hoje. E é nesta encarnação que surge o propósito de haver a libertação desse medo.
Os aspectos natais desses planetas retrógrados representam níveis particulares e específicos de resistência do ego, como memórias de possíveis medos com origem cármica.
A escolha do Espírito, antes de encarnar nesta vida, é uma proposta enorme e desafiante: a libertação desses pesados medos cármicos.
Com essa libertação dar-se-á o reencontro com o Ser Espiritual podendo, então, o Ser Humano escolher fazer o que deve ser feito, desde que sentido pelo coração e validado pela intuição.
Os trânsitos a esses planetas retrógrados podem significar os momentos mais adequados para:
a) A libertação desses medos cármicos.
b) Ou o acentuar do domínio dos mesmos.
[Este não é um texto novo, pois já tinha sido publicado no meu site 'Escola de Astrologia Nova-Lis' e posteriormente, aqui no blogue. Aqui.]
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