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domingo, novembro 30, 2014

Carta aberta de Pedro Passos Coelho aos desempregados portugueses





Carta aos 19%


Artigo de Ricardo Araújo Pereira em «Novíssimas Crónicas da Boca do Inferno» (2012):

Em nome de Portugal, gostaria de agradecer o teu contributo para o sucesso económico do nosso país. Portugal tem tido um desempenho exemplar, e o ajustamento está a ser muito bem sucedido, o que não seria possível sem a tua presença permanente na fila para o centro de emprego.

Está a ser feito um enorme esforço para que Portugal recupere a confiança dos mercados e, pelos vistos, os mercados só confiam em Portugal se tu não puderes trabalhar. O teu desemprego, embora possa ser ligeiramente desagradável para ti, é medicinal para a nossa economia. Os investidores não apostam no nosso país se souberem que tu arranjaste emprego. Preferem emprestar dinheiro a pessoas desempregadas.

Antigamente, estávamos todos a viver acima das nossas possibilidades. Agora estamos só a viver, o que aparentemente continua a estar acima das nossas possibilidades. Começamos a perceber que as nossas necessidades estão acima das nossas possibilidades. A tua necessidade de arranjar um emprego está muito acima das tuas possibilidades. É possível que a tua necessidade de comer também esteja. Tens de pagar impostos acima das tuas possibilidades para poderes viver abaixo das tuas necessidades. Viver mal é caríssimo.

Não estás sozinho. O governo prepara-se para propor rescisões amigáveis a milhares de funcionários públicos. Vais ter companhia. Segundo o primeiro-ministro, as rescisões não são despedimentos, são janelas de oportunidade. O melhor é agasalhares-te bem, porque o governo tem aberto tantas janelas de oportunidade que se torna difícil evitar as correntes de ar de oportunidade.

Há quem sinta a tentação de se abeirar de uma destas janelas oportunidade e de se atirar cá para baixo. É mal pensado. Temos uma dívida enorme para pagar, e a melhor maneira de conseguir pagá-la é impedir que um quinto dos trabalhadores possa produzir. Aceita a tua função neste processo e não esperneies.

Tem calma. E não te preocupes. O teu desemprego está dentro das previsões do governo. Que diabo, isso tem de te tranquilizar de algum modo. Felizmente, a tua miséria não apanhou ninguém de surpresa, o que é excelente. A miséria previsível é a preferida de toda a gente. Repara como o governo te preparou para a crise. Se acontecer a Portugal o mesmo que ao Chipre, é deixá-los ir à tua conta bancária confiscar uma parcela dos teus depósitos. Já não tens lá nada para ser confiscado. Podes ficar tranquilo. E não tens nada que agradecer.


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Um desempregado de longa data faz compras em Lisboa coadjuvado por dois canídeos (um claro sinal de abastança).


terça-feira, novembro 12, 2013

Mais um caso fatal de abuso existencial. Sgundo se diz, será um flagelo crescente para os têm o hábito de andar mergulhados nas águas pútridas da Finança


O Céu Não Pode Esperar


Piada original rapinada ao Quino e adaptada por mim à política nacional


Sinopse

O Presidente da República Portuguesa (Aníbal Cavaco Silva) [1939 - 2013] nunca se deu conta dos problemas que atormentavam o país. Constantemente acossado por uma cara-metade saloia, odiado pela população portuguesa e tendo de conviver com um partido que o desprezava, a dado passo, o Silva já não dizia nem pensava coisa com coisa.




Quando já todos lhe diziam para desaparecer, Cavaco convenceu-se de que ainda podia persuadir as gentes de que era "O escolhido para manter Portugal em "banho-maria". Sempre hesitante, convencido de que a "Crise" era para aguentar, «ah pois era», achou que podia piorar ainda mais a situação sem um respingo de revolta da gentalha. Até que a população se fartou e lhe esticou o pernil (recorrendo a um tronco sólido de carvalho, uma corda, um nó corredio e um cavalo assustadiço).






No meio, jaz o tipo[1964 - 2013] que, igualmente a pedido da Banca, fez o papel do «Cobrador do Fraque», e que nessa tarefa reduziu os salários, as pensões e os empregos, destruiu a segurança social, a saúde e a educação, e entregou de mão beijada aos privados os monopólios públicos lucrativos. Foi espancado, empalado e incinerado quando ainda libertava CO2 pelas narinas. Apesar dos esforços do INEM para o reacender, as cinzas do Coelho já não deram fumo nem fogo.





Mais à esquerda, no jardim onde descansa agora o Silva, jaz o sujeito [1957 - 2013] que, a pedido da Banca, pediu empréstimos a juros agiotas para fazer obras faraónicas, inúteis, pornograficamente dispendiosas e com derrapagens financeiras inexplicáveis. A maior parte destas obras foi feita a meias com empresas privadas em era estabelecido que estas ficavam com os lucros e o Estado com os prejuízos. Acabou por falecer num infeliz acidente de caça, em pleno centro de Lisboa, em que cerca de uma dúzia de balas perdidas se lhe alojaram na cabeça e no coração.

quinta-feira, outubro 31, 2013

Num Estado completamente sequestrado por uma Máfia Financeira assassina, só a ação direta dos cidadãos contra os criminosos poderá libertar Portugal e os portugueses



Na imagem acima, jaz o corpo de

um banqueiro ladrão (são todos),
ou
um governante corrupto que coloca o País à disposição da Banca,
ou
um procurador-geral da República que trava investigações aos graúdos,
ou
um deputado a soldo que vota sempre a favor de interesses privados,
ou
um patrão ou um gestor, cujas empresas prosperam com os favores do Estado,
ou
um legislador (de um grande escritório de advogados) subornado,
ou 
um comentador mediático pago para mentir descaradamente
que
foi apanhado e justiçado por um grupo de cidadãos, ligados pelas redes sociais, com pouco a perder e resolutamente dispostos a aniquilar a Máfia que está a dominar e a saquear o País, e a enviar milhões de portugueses para a miséria, a fome e a morte.



Código Civil - Artigo 336.º - (Ação direta)

1. É lícito o recurso à força com o fim de realizar ou assegurar o próprio direito, quando a ação direta for indispensável, pela impossibilidade de recorrer em tempo útil aos meios coercivos normais, para evitar a inutilização prática desse direito, contanto que o agente não exceda o que for necessário para evitar o prejuízo. 2. A ação direta pode consistir na apropriação, destruição ou deterioração de uma coisa, na eliminação da resistência irregularmente oposta ao exercício do direito, ou noutro ato análogo.



Código Penal Português - Artigo 32º - Legítima defesa

Constitui legítima defesa o facto praticado como meio necessário para repelir a agressão atual e ilícita de interesses juridicamente protegidos do agente ou de terceiro.


Código Penal Português - Artigo 31º - Exclusão da ilicitude

2 - Nomeadamente, não é ilícito o facto praticado: a) Em legítima defesa; b) No exercício de um direito;


Código Penal Português - Artigo 34º - Direito de necessidade

Não é ilícito o facto praticado como meio adequado para afastar um perigo actual que ameace interesses juridicamente protegidos do agente ou de terceiro, quando se verificarem os seguintes requisitos: b) Haver sensível superioridade do interesse a salvaguardar relativamente ao interesse sacrificado; e c) Ser razoável impor ao lesado o sacrifício do seu interesse em atenção à natureza ou ao valor do interesse ameaçado.


Código Penal Português - Artigo 308º - Traição à pátria

Quem, por meio de violência, ameaça de violência, usurpação ou abuso de funções de soberania: a) Tentar separar da Mãe-Pátria, ou entregar a país estrangeiro ou submeter à soberania estrangeira, todo o território português ou parte dele; ou b) Ofender ou puser em perigo a independência do País; é punido com pena de prisão de 10 a 20 anos.


Código Penal Português - Artigo 235.º - Administração danosa 

1 - Quem, infringindo intencionalmente normas de controlo ou regras económicas de uma gestão racional, provocar dano patrimonial importante em unidade económica do sector público ou cooperativo é punido com pena de prisão até cinco anos ou com pena de multa até 600 dias.


Código Penal Português - Artigo 335º - Tráfico de influência

Quem, por si ou por interposta pessoa, com o seu consentimento ou ratificação, solicitar ou aceitar, para si ou para terceiro, vantagem patrimonial ou não patrimonial, ou a sua promessa, para abusar da sua influência, real ou suposta, com o fim de obter de entidade pública encomendas, adjudicações, contratos, empregos, subsídios, subvenções, benefícios ou outras decisões ilegais favoráveis, é punido com pena de prisão de 6 meses a 5 anos, se pena mais grave lhe não couber por força de outra disposição legal.


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Massacre do Dia de São Valentim em Chicago
A 14 de Fevereiro de 1929, foram abatidos 7 mafiosos da quadrilha chefiada por Bugs Moran


Os habitantes de um bairro nova-iorquino que se juntam para aniquilar um bando mafioso (que nunca é apanhado porque tem no bolso os políticos, os juízes e os polícias locais), estão a utilizar a violência de uma forma justa.

Um povo está a utilizar a violência de uma forma justa quando utiliza a força, porque sonegado de todas as entidades que o deveriam defender contra a Máfia do Dinheiro, acolitada por políticos corruptos, legisladores venais e comentadores a soldo, e cujos roubos financeiros descomunais destroem famílias, empresas e a economia de um país inteiro.

Num país em que os políticos, legisladores e comentadores mediáticos estão na sua esmagadora maioria a soldo do Grande Dinheiro, só existe uma solução para resolver a «Crise»... Somos 10 milhões contra algumas centenas de sanguessugas... e não há buracos suficientes para elas se esconderem...


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Fernando Madrinha - Jornal Expresso de 1/9/2007:

[...] "Não obstante, os bancos continuarão a engordar escandalosamente porque, afinal, todo o país, pessoas e empresas, trabalham para eles. [...] os poderes do Estado cedem cada vez mais espaço a poderes ocultos ou, em qualquer caso, não sujeitos ao escrutínio eleitoral. E dizem-nos que o poder do dinheiro concentrado nas mãos de uns poucos é cada vez mais absoluto e opressor. A ponto de os próprios partidos políticos e os governos que deles emergem se tornarem suspeitos de agir, não em obediência ao interesse comum, mas a soldo de quem lhes paga as campanhas eleitorais." [...]

segunda-feira, junho 03, 2013

São cada vez mais os milhares de portugueses que anseiam por determinados cortes…




Só a violência cidadã contra os esbirros de um Estado sequestrado pelo terrorismo da Alta Finança poderá devolver o país aos portugueses...

quinta-feira, fevereiro 14, 2013

Paulo Morais afirma que são colossais os encargos do Estado com as parcerias público-privadas (PPP). E acrescento: é forçoso extinguir os contratos e exterminar os criminosos que os forjaram.


Em baixo, seis membros de uma máfia que destruiu economicamente Portugal, enviando milhões para a miséria e o desemprego e muitas centenas para a morte, seja por cortes nos cuidados de saúde, por despejos, por desespero e por fome.


a) À esquerda, dois dos principais lacaios da Banca responsáveis por obras faraónicas e inúteis com o único objectivo de endidividar o país o máximo possível;

b) Ao centro, dois dos vampiros da Banca que proveram os empréstimos para a execução e exploração das ditas obras;

c) À direita, dois serviçais da Banca que têm como missão cobrar aos portugueses impostos colossais para pagar os juros agiotas e os lucros usurários que os vampiros financeiros embolsam à tripa forra.


Perante as exigências da renegociação dos contratos das Parcerias Público-Privadas (PPP’s), o governo veio rapidamente publicar um decreto-lei, o Decreto-Lei 111/2012, de 23 de Maio. Este documento garante aos privados das referidas parcerias lucros fabulosos para sempre (salvo seja, porque o povo não vai deixar que estes e outros roubos continuem).

O Decreto-Lei n.º 111/2012, de 23 de Maio, que tem por objecto a definição de normas gerais aplicáveis à intervenção do Estado na definição, concepção, preparação, lançamento, adjudicação, alteração, fiscalização e acompanhamento global das parcerias público-privadas determina que "da aplicação do presente diploma não podem resultar alterações aos contratos de parcerias já celebrados, ou derrogações [anulações] das regras nelas estabelecidas, nem modificações a procedimentos de parceria lançados até à data da sua entrada em vigor."


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Paulo Morais, professor universitário - Correio da Manhã – 12/2/2013


Parcerias? Patifaria


Aqui chegados, só há uma solução aceitável: extinguir os contratos e prender quem os forjou.

Os encargos do estado com as parcerias público-privadas (PPP) são colossais, comprometem as finanças públicas por toda uma geração e hipotecam o futuro da economia do país. Mas os governos continuam a ser cúmplices destes negócios ruinosos. O atual ministro das finanças nem sequer diminuiu a despesa com as PPP, a que estava obrigado pelo memorando de entendimento assinado com a troika. Pelo contrário, os custos não cessam de aumentar.

Nos últimos quatro anos, os encargos líquidos com as PPP quadruplicaram, atingindo por ano montantes da ordem dos dois mil milhões de euros. O valor dos compromissos futuros estima-se em mais de 24 mil milhões de euros, cerca de 15% do PIB anual. Uma calamidade!

Fingindo estar a cumprir o acordo com a troika, que obrigava a "reavaliar todas as PPP", as Finanças anunciam, aqui e além, poupanças de algumas centenas de milhões. Valores ridículos, pois representam apenas cerca de um por cento do valor dos contratos.

Mas, o que é pior, Vítor Gaspar continua a proteger os privados. Já em 2012 e por decreto-lei, determinou que da nova legislação que regulamenta as PPP, "não podem resultar alterações aos contratos de parcerias já celebrados". As rentabilidades milionárias para os privados e a sangria de recursos públicos continuam como dantes... para pior. No último relatório disponível pode apurar-se que em 2011 houve, só nas PPP rodoviárias, um desvio orçamental de 30%. Sendo as despesas correntes de cerca de oitocentos milhões de euros, os custos com pedidos de reequilíbrio financeiro são de… novecentos milhões. A variação é maior que o próprio custo! Só ao grupo Ascendi e seus financiadores foram pagos, a mais (!), quinhentos milhões de euros. Uma patifaria. As poupanças do estado com a redução salarial da função pública em 2011 foram, afinal, diretamente para os bolsos do senhor António Mota, seus associados e financiadores.

Aos acordos ruinosos das PPP, vieram, ao longo dos anos, acrescentar-se custos desmesurados, resultado de negociações conduzidas por responsáveis públicos corruptos. Aqui chegados, só há uma solução aceitável: extinguir os contratos e prender quem os forjou.


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Miguel Sousa Tavares - Expresso 07/01/2006

«Todos vimos nas faustosas cerimónias de apresentação dos projectos [Ota e o TGV], não apenas os directamente interessados - os empresários de obras públicas, os banqueiros que irão cobrar um terço dos custos em juros dos empréstimos - mas também flutuantes figuras representativas dos principais escritórios da advocacia de negócios de Lisboa. Vai chegar para todos e vai custar caro, muito caro, aos restantes portugueses. E o grande dinheiro agradece e aproveita.»

«Lá dentro, no «inner circle» do poder - político, económico, financeiro, há grandes jogadas feitas na sombra, como nas salas reservadas dos casinos. Se olharmos com atenção, veremos que são mais ou menos os mesmos de sempre.»

quinta-feira, janeiro 31, 2013

Coliformes fecais à solta na governação do país



Professor Luís Manuel Cunha

In "Jornal de Barcelos" - 10.10.2012


Os fantasmas

Esta coisa de escrever crónicas "é um jogo permanente entre o estilo e a substância". Uma luta entre "o deboche estilístico" do gozo da escrita e "a frieza analítica" do pensamento do cronista. Por isso, enquanto cidadão, só posso ver este governo como uma verdadeira praga bíblica que caiu sobre um povo que o não merecia. Mas, enquanto cronista, encaro-o como uma dádiva dos céus, um maná dos deuses, "um harém de metáforas", uma verdadeira girândola de piruetas estilísticas.

Tomemos como exemplo o ministro Gaspar. Licenciado e doutorado em Economia, fez parte da carreira em Bruxelas onde foi director do Departamento de Estudos do BCE. Por cá, passou pelo Banco de Portugal, foi chefe de gabinete de Miguel Beleza e colaborador de Braga de Macedo. É o actual ministro das Finanças. Pois bem. O cronista olha para este "talento" e que vê nele? Um retardado mental? Uma rábula com olheiras? Um pantomineiro idiota? Não me compete, enquanto cidadão, dar a resposta. Mas não posso deixar de referir a reacção ministerial à manifestação de 15 de Setembro que, repito, adjectivava os governantes onde se inclui o soporífero Gaspar, como "gatunos, mafiosos, carteiristas, chulos, chupistas, vigaristas, filhos da puta". Pois bem. Gaspar afirmou na Assembleia da República que o povo português, este mesmo povo português que assim se referia ao seu governo, "revelou-se o melhor povo do mundo e o melhor activo de Portugal"! Assumpção autocrítica de alguém que também é capaz de, lucidamente, se entender, por exemplo, como um "chulo" do país? Incapacidade congénita de interpretar o designativo metafórico de "filhos da puta"? Não me parece. Parece-me sim um exercício de cinismo, sarcástico e obsceno, de quem se está simplesmente "a cagar" para o povo que protesta. A ser assim, julgo como perfeitamente adequado repetir aqui uma passagem de um texto em forma de requerimento "poético" de 1934. Assim:



"A Nação confiou- lhe os seus destinos?... / Então, comprima, aperte os intestinos./ Se lhe escapar um traque, não se importe… / Quem sabe se o cheirá-lo nos dá sorte? / Quantos porão as suas esperanças / Num traque do ministro das Finanças?... / E quem viver aflito, sem recursos / Já não distingue os traques dos discursos." Provavelmente o sr. ministro desconhecerá a história daquele gajo que era tão feio, tão feio, que os gases andavam sempre num vaivém constante para cima e para baixo, sem saber se sair pela boca se pelo ânus, dado que os dois orifícios esteticamente se confundiam. Pois bem. O sr. ministro é o primeiro, honra lhe seja concedida, que já confunde os traques com os discursos. Os seus. Desta vez, o traque saiu-lhe pelo local de onde deveria ter saído o discurso! Ou seja e desculpar-me-ão a grosseria linguística, em vez de falar, "cagou-se". Para o povo português. Lamentavelmente.



Outro exemplar destes políticos que fazem as delícias de um cronista é Cavaco Silva. Cavaco está politicamente senil. Soletra umas solenidades de circunstância, meia-dúzia de banalidades e, limitado intelectualmente como é, permanece "amarrado à âncora da sua ignorância". Só neste contexto se compreende o espanto expresso publicamente com "o sorriso das vacas", as lamúrias por uma reforma insuficiente de 10 mil euros mensais, a constante repetição do "estou muito preocupado" e outros lugares-comuns que fazem deste parolo de Boliqueime uma fotocópia histórica de Américo Tomás, o almirante de Salazar. Já o escrevi aqui várias vezes. Na cabeça de Cavaco reina um vácuo absoluto. Pelo que, quando fala, balbucia algumas baboseiras lapalicianas reveladoras de quem não pode falar do mundo complexo em que vivemos com a inteligência de um homem de Estado. Simplesmente por que não a tem. Cavaco é uma irrelevância de quem nada há a esperar, a não ser afirmações como a recentemente proferida aquando das comemorações do 5 de Outubro de que "o futuro são os jovens deste país"! Pudera! Cavaco não surpreenderia ninguém se subscrevesse por exemplo a afirmação do Tomás ao referir- se à promulgação de um qualquer despacho número cem dizendo que lhe fora dado esse número "não por acaso mas porque ele vem não sequência de outros noventa e nove anteriores..." Tale qual.

Termino esta crónica socorrendo- me da adaptação feliz de um aforismo do comendador Marques de Correia e que diz assim: "Faz de Gaspar um novo Salazar, faz de Cavaco um novo Tomás e canta ó tempo volta para trás". É que só falta mesmo isso. Que o tempo volte para trás. Porque Salazar e Tomás já os temos por cá.

P.S.: Permitam-me a assumpção da mea culpa. Critiquei aqui violentamente José Sócrates. Mantenho o que disse. Mas hoje, comparando-o com esse garotelho sem qualquer arcaboiço para governar chamado Passos Coelho, reconheço que é como comparar merda com pudim. Para Sócrates, obviamente, a metáfora do pudim. Sinceramente, nunca pensei ter de escrever isto.



Comentário


Alto lá, Professor Luís Manuel Cunha!

Chamar merda a Passos Coelho, ainda vá, mas, comparativamente, considerar Sócrates a um pudim, isso é ir demasiado longe. Sócrates nada mais á que uma prequela coerente de Passos Coelho (ou, para os menos letrados, Passos Coelho é uma sequela lógica de Sócrates).

Dito de outra maneira - se Passos Coelho é uma merda e Sócrates um pudim, então este teria necessariamente de ser confeccionado da seguinte forma:

Ingredientes do pudim (Sócrates):

1 – Dois barris de fezes com consistência líquida;

2 – Cinco latas de esterco condensado;

3 – Quatro Kg de excrementos;


Preparação: bater tudo num liquidificador, colocar numa forma untada de caca e deixar em banho-maria durante duas horas. Quando a bosta adquirir uma consistência pastosa e esverdeada, decore com caganitas.



segunda-feira, janeiro 07, 2013

Carta de um desempregado a um PM que porfia acirradamente numa política genocida



"À medida que se for aproximando o momento da morte da minha família, maior é a probabilidade de pôr em prática tantas ideias que me vão passando pela cabeça..." - Alcides Santos - do Movimento Sem Emprego



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Caro Pedro,

Enquanto desempregado que vai rapidamente ficar sem poder dar de comer aos seus filhos, é-me difícil aceitar que promovas o meu desemprego para que eu aceite ir trabalhar por migalhas que nem chegarão para pagar o mais básico para manter a minha família. Estás a deixar-nos sem lugar nesta sociedade. Estás a condenar-nos à morte.

Gostaria que recordasses que esta minha condição não resulta da minha vontade, pois sou só um meio para que tu atinjas um único fim: baixar os salários de quem ainda trabalha. Resulta sim da tua teimosia, dos teus dogmas, da tua ideologia, das tuas crenças de que a minha morte provocará, por alguma inexplicável razão, o bem-estar dos restantes. Quer parecer-me que é esta a forma que encontras para evitar retirar àqueles que têm dinheiro acumulado e que, não encontrando forma de comprar a minha força de trabalho, não conseguem multiplicar o dinheiro que lhes sobrou. É evidente que preferes gastar dinheiro em bancos, que preferes pagar uma dívida que eu não contraí; que em vez de fomentar a indústria, a agricultura, as pescas ou as minas, preferes ir destruindo cada vez mais postos de trabalho.

O que me estás a fazer é de uma violência mortal. Considero, e tu estarás certamente de acordo, que sou obrigado a fazer tudo aquilo que estiver ao meu alcance para evitar que consigas alcançar o teu propósito.

Quero dizer-te que à medida que se for aproximando o momento da morte da minha família, que menos soluções encontre, que mais dor inflijas à minha família; maior é a probabilidade de pôr em prática tantas ideias que me vão passando pela cabeça e cujo resultado seria que tivesses o mesmo fim ao qual me estás a levar.

Para evitar o que te digo, gostaria que considerasses seriamente a possibilidade de te demitires rapidamente e deixasses o caminho livre à realização de eleições, pois sabes perfeitamente que já não tens o apoio do Povo.

Sinceramente,

quinta-feira, dezembro 20, 2012

José Gomes Ferreira, subdiretor da informação da SIC (principal canal de propaganda da Alta Finança), está a ser elevado à categoria de novo herói nacional contra a corrupção política


O jovem e mediático José Gomes Ferreira, subdiretor da informação da SIC, é a nova coqueluche mediática fabricada pelo Grande Dinheiro para "combater" a corrupção, cujo principal beneficiário é precisamente o Grande Dinheiro. O povoléu, simultaneamente fascinado e atemorizado pela coragem do jovem paladino, grita em desespero:

"Apoiemos a investigação de José Gomes Ferreira! Depressa, antes que matem o nosso menino!"



O propagandista José Gomes Ferreira acompanhado do seu alter-ego a soldo


O povoléu, de curta memória, esquece uma lição que nalguns países já tem centenas de anos:

Em qualquer «Democracia» os dois partidos do «Arco da Governação», que se sucedem ininterruptamente no Poder, não passam de um único partido que obedece exclusivamente ao Grande Dinheiro.


A fraude dos dois partidos que não passam, afinal, de um só
The Establishment's Two-Party Scam


Chris Gupta: Esta fraude consiste na fundação e financiamento pela elite do poder de dois partidos políticos que surgem aos olhos do eleitorado como antagónicos, mas que, de facto, constituem um partido único. O objectivo é fornecer aos eleitores a ilusão de liberdade de escolha política e serenar possíveis sentimentos de revolta contra a elite dominante.


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Quem me chamou a atenção para esta corajosa entrevista de José Gomes Ferreira, lembrou, oportunamente, que: «é nestes momentos que se vê a diferença entre os fala-baratos de café, Blogues e FaceBook, e os que querem agir com bases e POSSIBILIDADES concretas».

Ora, é precisamente para isso que servem os fala-baratos dos Blogues e do FaceBook, para disponibilizarem informação que é omitida, truncada e enviesada nos jornais e telejornais...

Só que, infortunadamente,  José Ferreira Gomes age como o branqueador do atual governo PSD, atirando todas as culpas da atual situação para o governo anterior de Sócrates (um biltre que, juntamente com Passos Coelho, deviam ser enforcados). Não devemos levar a mal o José. É pago para isso mesmo. Será devidamente justiçado a seu tempo.


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José Gomes Ferreira, na SIC, antes e depois das eleições legislativas de 2011 (na passagem de Sócrates para Coelho):

• Em 31 de Março: 'O pior é que os investidores, que têm o dinheiro em Singapura, em Hong-Kong e nos outros países onde há dinheiro para investir, eles sabem disto. E, portanto, estes ratings dos bancos e da nossa dívida que estão todos os dias a cair, refletem o quê? O conhecimento dos investidores desta realidade. E nós, cidadãos portugueses, andamos aqui a enganarmo-nos. Acho que já chega.'

• Em 6 de julho: '(...) só os ingénuos acreditam que esta descida do ratings da Moody’s em quatro pontos tem a ver com critérios puramente técnicos. Só os ingénuos acreditam.'


E no programa «Querida Júlia», José Gomes Ferreira defende corajosamente as atuais medidas de austeridade impostas por Passos Coelho.

quarta-feira, dezembro 05, 2012

Mário Soares avisa Passos Coelho de que "tem Portugal inteiro contra ele, que corre grandes riscos e que tenha cuidado com o que lhe possa acontecer”


Mário Soares, ex-primeiro-ministro e ex-Presidente da República, campeão dos subsídios, das instituições, dos observatórios e das fundações, que asseverou, em 2005, que Portugal só estaria no rumo certo se José Sócrates fosse eleito primeiro-ministro e que considerou, em 2010, que Pedro Passos Coelho era "um líder razoável e sensato", mostra-se agora apoquentado com a agressividade contra os políticos que grassa pelo país.





RTP - 04 Dez, 2012


O antigo Presidente da República Mário Soares escreve hoje no Diário de Notícias um artigo de opinião muito crítico de Passos Coelho, avisando-o de "que corre grandes riscos". "Tem Portugal inteiro contra ele: sacerdotes, militares, de alta e baixa patente, cientistas, académicos, universitários, rurais, sindicalistas, empresários, banqueiros, pescadores, portuários, médicos e enfermeiros e, sobretudo, a maioria dos seus próprios correligionários do PSD", acusa Soares. Para acrescentar: "O povo não existe para o primeiro-ministro e para o seu Governo. Tenha, pois, cuidado com o que lhe possa acontecer".

Num texto carregado de ataques às mais recentes decisões do Executivo, Mário Soares diz que "no Governo de Passos Coelho a regra é ninguém se entender. Desde o terceiro ministro, que devia ser segundo, Paulo Portas, até ao ministro da Segurança Social, que devia chamar-se da insegurança social, passando pelo 'Álvaro', que finalmente compreendeu que a austeridade com a recessão crescente e o desemprego a atingir 17 por cento - o terceiro mais alto da Europa -, tudo o que possamos fazer leva-nos, necessariamente, ao abismo".

Preconizando uma mudança de política, Soares ataca o Governo e não deixa de chamar a atenção para o facto de a situação estar a deteriorar-se de dia para dia: "Com o povo desesperado e, em grande parte, na miséria corre imensos riscos. É preciso e indispensável mudar de política. Com esta política - e a intervenção permanente do ministro das Finanças - tudo vai de mal a pior. São os militantes do PSD que o reconhecem. Será que seremos a Grécia? Ou pior do que ela?".

Vítor Gaspar também não é poupado no texto de Mário Soares. "O ministro das Finanças teve o gosto de voltar a fazer cortes e mais cortes, deixando a maioria dos portugueses no desemprego e a pão e água", escreve o ex-Presidente.

"Entretanto, Passos Coelho lembrou-se de que a Constituição é mais generosa em matéria de ensino do que em saúde e, vai daí, teve a ideia peregrina de anunciar que vai cortar no ensino, até agora gratuito, esquecendo-se ou ignorando o art. 74.º da Constituição, no que foi desautorizado pelo ministro da Educação. Mas isso parece não ter importância para o atual Governo, tanto que o primeiro-ministro já deu o dito pelo não dito, como está a ser seu costume", reforça.


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segunda-feira, dezembro 03, 2012

E quando os violentos começarem a ser dezenas, milhares? E se andar por aí um rastilho subterrâneo a arder, rumo ao coração de multidões, atiçado por cada novo sopro de insensibilidade, de "ai aguentas", de desvergonha autoritária?


Passos Coelho, já fez um aviso àqueles que pensam que podem agitar as coisas de modo a transformar o período que estamos a viver numa guerra com o Governo: "Pode haver quem se entusiasme com as redes sociais e com aquilo que vê lá fora, esperando trazer o tumulto para as ruas de Portugal. Em Portugal, há direito de manifestação, há direito à greve. Nós não confundiremos o exercício dessas liberdades com aqueles que pensam que podem incendiar as ruas e ajudar a queimar Portugal".



Três incendiários sofrem as consequências da política de terra queimada que elegeram para o país

Ao contrário do que pensa o ainda primeiro-ministro, ninguém pretende uma guerra com o Governo. O que um número cada vez maior de portugueses ambiciona é que os elementos que estão a "incendiar e a queimar Portugal" sejam liminarmente justiçados.


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Por Luis Rainha no blogue «Vias de Facto»


O tabu da violência


Salazar ficcionou a cómoda brandura dos nossos costumes. Franco, camarada ibérico de barbárie, resumiu-nos como uma nação de cobardes. Governo após governo apostaram no comodismo que nos levaria a preferir o resmungo clandestino às dores e ao sangue do confronto; ideia arriscada, face a um povo que tem por tradição enfrentar touros de mãos nuas.

No dia 14, a aposta começou a esgarçar-se sob uma chuva de fogo, pedras e fúria. A resposta policial foi vista pelo bom senso do costume como inevitável, exemplar até. Sempre ordeiras, as almas consensuais tranquilizaram-nos-nos: trata-se apenas de “uma dúzia” de desordeiros; malta sombria, estranha, talvez estrangeira, anarquistas, quiçá criminosos comuns, de cadastro e tudo. Haja obediência, respeitinho. O monopólio estatal da violência é coisa a venerar, pilar da ponte que vai de quem manda a quem obedece.

E quando os violentos começarem a ser dezenas, milhares? E se andar por aí um rastilho subterrâneo a arder, rumo ao coração de multidões, atiçado por cada novo sopro de insensibilidade, de "ai aguentas", de desvergonha autoritária?

Até Gandhi cartografou as fronteiras entre a cobardia e a autodefesa: "arriscaria mil vezes a violência antes de arriscar a castração de uma raça.” E a Constituição garante-nos o direito "de repelir pela força qualquer agressão, quando não seja possível recorrer à autoridade pública." Se esta se couraça e arma até aos dentes com a fúria cega de feras fardadas e bem treinadas, resta o quê?


Fim do texto de Luis Rainha


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A inutilidade do pacifismo contra genocidas encartados


Um ex-pacifista que se viu sem emprego, sem tecto e sem pão para dar aos filhos


Ouve-se muitas vezes dizer que "a violência gera violência", que "a violência nunca consegue nada" ou que "se se usar a violência para nos defendermos daqueles que nos agridem, ficamos ao nível deles". Todas estas afirmações baseiam-se na noção errada de que toda a violência é igual. Nada mais falso!

A violência tanto pode funcionar para subjugar como para libertar

Uma mulher que crave uma lima de unhas no coração de um energúmeno que a arrastou à força para um bosque com o intuito de a violar, está a utilizar a violência de uma forma justa;

Um homem que abate a tiro um assassino que lhe entrou em casa e lhe degolou a mulher, está a utilizar a violência de uma forma justa;

Um polícia que dispara contra um homicida prestes a abater um pacato cidadão, está a utilizar a violência de uma forma justa;

Os habitantes de um bairro nova-iorquino que se juntam para aniquilar um bando mafioso (que nunca é apanhado porque tem no bolso os políticos, os juízes e os polícias locais), estão a utilizar a violência de uma forma justa;

Um povo que se revolta de forma sangrenta contra a Máfia do Dinheiro, coadjuvada por políticos corruptos, legisladores venais, comentadores a soldo, e cujos roubos financeiros descomunais destroem famílias, empresas e o país inteiro, esse povo está a utilizar a violência de uma forma justa.

As sanguessugas são apenas algumas centenas e nós somos milhões. Estamos à espera de quê para as esmagar?


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Paulo Morais, professor universitário - Correio da Manhã – 6/11/2012

Os aumentos de impostos que nos martirizam e destroem a economia têm como maiores beneficiários os agiotas que contrataram empréstimos com o estado português. Todos os anos, quase dez por cento do orçamento, mais de sete mil milhões de euros, destina-se a pagar juros de dívida pública.

Ainda no tempo de Sócrates, e para alimentar as suas megalomanias, o estado financiava-se a taxas usurárias de seis e sete por cento. A banca nacional e internacional beneficiava desse mecanismo perverso que consistia em os bancos se financiarem junto do Banco Central Europeu (BCE) a um ou dois por cento para depois emprestarem ao estado português a seis.

Foi este sistema que levou as finanças à bancarrota e obrigou à intervenção externa, com assinatura do acordo com a troika, composta pelo BCE, FMI e União Europeia. [...] Mas o que o estado então assinou foi um verdadeiro contrato de vassalagem que apenas garantia austeridade. Assim, assegurou-se a continuidade dos negócios agiotas com a dívida, à custa de cortes na saúde, na educação e nos apoios sociais.

[...] A chegada de Passos Coelho ao poder não rompeu com esse paradigma. Nem por sombras. O governo optou por nem sequer renegociar os empréstimos agiotas anteriormente contratados; e continua a negociar nova dívida a juros incomportáveis.

Os políticos fizeram juras de amor aos bancos, mas os juros pagámo-los nós bem caro, pela via dum orçamento de estado que está, primordialmente, ao serviço dos verdadeiros senhores feudais da actualidade, os banqueiros."

segunda-feira, maio 14, 2012

Novas Oportunidades



Uma bala certeira num assassino corrupto pode ser uma oportunidade [de todo um povo] para mudar de vida e não tem de ser visto como [algo] negativo. Muito pelo contrário...


11-05-2012

O primeiro-ministro considerou esta sexta-feira que o desemprego pode ser «uma oportunidade para mudar de vida» e não tem de ser visto como negativo.

Presente no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, para a tomada de posse do Conselho para o Empreendedorismo e a Inovação, Pedro Passos Coelho lamentou que os portugueses tenham «aversão ao risco», dando como exemplo que a maioria dos jovens licenciados prefiram trabalhar por conta de outrem «do que empreendedores».

Para o primeiro-ministro, esta é uma conceção que «tem de ser alterada»: «Estar desempregado não pode ser, para muita gente, como é ainda hoje em Portugal, um sinal negativo. Despedir-se ou ser despedido não tem de ser um estigma, tem de representar também uma oportunidade para mudar de vida, tem de representar uma livre escolha também, uma mobilidade da própria sociedade

Pedro Passos Coelho realçou durante o seu discurso que terão que aumentar os níveis de competitividade da generalidade dos portugueses, apesar das condições atuais: «No curto prazo, no meio da crise em que estamos, claro que é preferível ter trabalho, mesmo precário, do que não ter, claro que é preferível trabalhar mais do que não trabalhar, vender mais barato do que não vender, mas o modelo para o futuro tem de ser o de acrescentar valor.»


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A manter-se ou a agravar-se a actual situação de desemprego e de pobreza, há quem aposte que não faltará nuito para que o PM se encontre a chiar e a guinchar como um láparo à beira do tacho.


Três formas pouco lamechas de lidar com um Primeiro-ministro que se obstina em enviar um povo inteiro para a miséria enquanto entrega as riquezas do país à Finança Internacional...


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Jornal ionline - 17 Fev 2012

Portugal. Há 885 novos desempregados por dia

Desemprego jovem disparou 61% em 2011, quando em todo o período entre 2002 e o final de 2010, cresceu 29%

No final de 2011, o desemprego oficial bateu os recordes e chegou a 14%, fruto de um salto trimestral nunca antes visto: mais 1,6 pontos. E a tendência, como se antecipa nas previsões do governo e da troika, é piorar.

Mas o cenário real é bem mais gravoso do que aquele que a taxa de desemprego oficial mostra. Juntando aos 771 mil desempregados – valor refere-se às pessoas sem emprego que durante o período do inquérito procuraram trabalho –, os inactivos disponíveis ou desencorajados – que não procuraram emprego –, e os trabalhadores a tempo parcial, o total chega a 1,24 milhões de pessoas sem emprego ou sem emprego a full-time. Um número que corresponde a uma taxa de desemprego ajustada de 22,6%.



Num país em que os políticos, legisladores e comentadores mediáticos estão na sua esmagadora maioria a soldo do Grande Dinheiro, só existe uma solução para resolver a «Crise»... Somos 10 milhões contra algumas centenas de parasitas...


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No Jornal Expresso de 1/9/2007, o jornalista Fernando Madrinha explica de que forma a Banca subsidia e utiliza a política e os políticos para saquear este país:

[...] «Não obstante, os bancos continuarão a engordar escandalosamente porque, afinal, todo o país, pessoas e empresas, trabalham para eles. [...] os poderes do Estado cedem cada vez mais espaço a poderes ocultos ou, em qualquer caso, não sujeitos ao escrutínio eleitoral. E dizem-nos que o poder do dinheiro concentrado nas mãos de uns poucos é cada vez mais absoluto e opressor. A ponto de os próprios partidos políticos e os governos que deles emergem se tornarem suspeitos de agir, não em obediência ao interesse comum, mas a soldo de quem lhes paga as campanhas eleitorais.» [...]


terça-feira, fevereiro 07, 2012

O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, afirmou ontem, que os portugueses devem ser «mais exigentes», «menos complacentes» e «menos piegas»...

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Num futuro que se espera ser tão próximo quanto possível, um grupo de foliões a quem, em nome da "crise", foi subtraída (a par de tudo o resto) a Terça-feira gorda de Carnaval, irá experimentalmente avaliar, sem complacência mas com exigência, o grau de pieguice de Passos Coelho.

Há quem aposte que o PM chiará e guinchará como um láparo à beira do tacho.

Três formas pouco lamechas de lidar com um Primeiro-ministro que se obstina em enviar um povo inteiro para a miséria enquanto entrega as riquezas do país à Finança Internacional...
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terça-feira, dezembro 20, 2011

Quão alta é a fasquia de sacrifícios que a carneirada deste rectângulo está disposta a aceitar?

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O Primeiro-ministro necessita urgentemente de ideias arejadas


O Menu do Governo para hoje - 20.12.2011
Rumo ao empobrecimento nacional

1 - Governo vai apresentar até Março diploma que facilita despedimentos

O Governo vai até março submeter ao Parlamento um diploma que deverá possibilitar às empresas o despedimento individual do trabalhador por inadaptação e por não cumprimento dos objetivos acordados com o colaborador.
De acordo com a nova versão do memorando de entendimento, a que Lusa teve acesso, o despedimento passará a ser significativamente mais fácil, bastando que o trabalhador não cumpra os objetivos acordados com a empresa, não se adapte ao posto de trabalho ou exista um colaborador que a empresa considere mais bem colocado para o efeito.


2 - Redução de 380 milhões na Educação com racionalização da rede e pessoal

A redução de custos na Educação, com o objetivo de poupar 380 milhões de euros, racionalizando a rede escolar e criando agrupamentos, diminuindo ao mesmo tempo as necessidades de pessoal, estão nas metas do memorando revisto da "troika".


3 - Governo terá de poupar quase o dobro com a saúde em 2012

O Governo terá de poupar quase o dobro nos custos com o setor da saúde que o estipulado na primeira revisão do memorando de entendimento com a 'troika', passando assim de 550 para 1.000 milhões de euros.


Comentário

Em vez de emigrar (como sugerem os government boys), porque não esburacar certas cabeças apostadas em oferecer a riqueza nacional a meia dúzia de agiotas e conduzir o Povo à penúria?

Que faltará ainda para que a Fome e a Miséria se sobreponham ao Medo e à Bovinidade?
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terça-feira, dezembro 06, 2011

Democracia ou Mafia? É chegado o tempo de passar das palavras aos actos

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Não há um único dia em que os actuais "governantes" portugueses (futuros funcionários bancários) não anunciem à população portuguesa um novo imposto, um novo corte, um novo sacrifício, um novo atalho para a miséria...


O ainda Primeiro-Ministro, Pedro Passos Coelho, espancado e acossado por uma multidão enfurecida que já nada tem a perder, tenta explicar que o empobrecimento geral do país a favor do enriquecimento da Banca é a única forma de sair da «Crise».


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No Jornal Expresso de 1/9/2007, o jornalista Fernando Madrinha explicou sucintamente de que forma a Banca, a mais poderosa, interligada e influente mafia do planeta, utiliza a política e os políticos para saquear os Estados Nacionais:

[...] «Não obstante, os bancos continuarão a engordar escandalosamente porque, afinal, todo o país, pessoas e empresas, trabalham para eles. [...] os poderes do Estado cedem cada vez mais espaço a poderes ocultos ou, em qualquer caso, não sujeitos ao escrutínio eleitoral. E dizem-nos que o poder do dinheiro concentrado nas mãos de uns poucos é cada vez mais absoluto e opressor. A ponto de os próprios partidos políticos e os governos que deles emergem se tornarem suspeitos de agir, não em obediência ao interesse comum, mas a soldo de quem lhes paga as campanhas eleitorais
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domingo, novembro 27, 2011

Pedro Passos Coelho: “Só saímos desta situação empobrecendo em termos relativos e até absolutos” - Isto é algo de inédito e que não tem paralelo na nossa história

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NAÇÃO VALENTE


Usando da palavra na conferência “Portugal 2012: os desafios do Orçamento do Estado”, promovido pelo Diário Económico e pela conhecida empresa de consultadoria Ernst & Young, no passado dia 25 de outubro, o primeiro-ministro Pedro Passos Coelho fez uma afirmação de exemplar franqueza: “Só saímos desta situação empobrecendo em termos relativos e até absolutos, porque o Produto Interno Bruto (PIB) já está a cair.” De igual forma, na apresentação do Orçamento do Estado para 2012, no passado dia 17 de outubro, o Ministro das Finanças, Vítor Gaspar, afirmava convicto que “O corte dos subsídios permitirá realizar a agenda de transformação estrutural que é necessária.”, rematando com um taxativo “Chegámos à hora da verdade.” Mais do que um programa de governo, é todo um projeto civilizacional que se coloca em cima da mesa. Está assim em curso aquilo que Boaventura de Sousa Santos designa por “desenvolvimento do subdesenvolvimento” (Visão, 20/10/11) [indispensável, a este propósito, a leitura do livro deste autor, recentemente publicado, Portugal – Ensaio Contra a Autoflagelação, Almedina, Coimbra, 2011, que, para além de um diagnóstico certeiro da atual situação económica e social do país, apresenta um conjunto de propostas de superação da crise que estarão certamente na agenda durante os próximos tempos].

O mote é sobejamente conhecido: tudo é feito para que, o mais rapidamente possível, o país possa “voltar aos mercados”, isto é, ao business as usual, na sustentação de uma ordem económico-financeira global extorsionária e depredadora de todas as potencialidades humanas. Entretanto procura-se assegurar, pela imposição da austeridade mais brutal, os lucros dos especuladores e da alta finança mundial. Com efeito, a ditadura dos mercados financeiros refez – ou melhor, desfez – a economia e transformou profundamente a sociedade e o discurso ideológico dominante que lhe servia de suporte. Desde os anos 80 do século XX que os investimentos financeiros puderam garantir uma rentabilidade máxima e, em grande parte, independente do processo produtivo e da chamada “economia real”. Não é só a exploração do trabalho (através da sua constante desvalorização) que se impôs como matriz do sistema capitalista. A natureza virtual do mercado financeiro e a enorme liberdade e instantaneidade da circulação do capital – as aplicações internacionalizadas dos conhecidos fundos de pensões são um bom exemplo – subordinaram o próprio capital produtivo que, desde os inícios do sistema capitalista, tinha moldado as relações sociais e assegurado a dominação política. A baixa das taxas de lucro, que atingiu picos significativos nas décadas de 1960 e 1970 (sobretudo por efeito da grave crise energética então vivida), é substituído pelos lucros das taxas de juro – através da concorrência dos sistemas fiscais e cambiais – crescentemente compensadores. O extorquir das mais-valias na produção é acrescido do esbulho dos parcos rendimentos auferidos pelos trabalhadores, num jogo de soma-zero em que os prejudicados são sempre os mesmos. Por isso, esta é uma “crise do liberalismo que galvaniza os liberais”, como sintomaticamente se lhe refere o Le Monde Diplomatique (ed. portuguesa, Outubro de 2011). A rentabilização do capital financeiro passou a ser a principal preocupação da atividade económica e o principal objetivo dos governos. Os lucros gerados pela circulação planetária do dinheiro e pela especulação financeira, alimentada pelos empréstimos internacionais – de que as notações das famigeradas agências de rating constituem instrumento essencial –, sustentam o novo poder dos “senhores do mundo”. A globalização é, em grande medida, uma sua consequência. A atual crise sistémica é seguramente uma sua criação.

A Cimeira dos líderes da União Europeia e da zona euro, que decorreu em Bruxelas no final do passado mês de outubro, decidiu a redução da dívida grega, mas fê-lo sem beliscar minimamente os interesses bancários, já que simultaneamente aprovou um plano de recapitalização dos bancos europeus num total de 108 mil milhões de euros destinado a compensar eventuais prejuízos. Aliás, a redução em cerca de 50% dos títulos de dívida pública grega visa sobretudo prevenir os perigos de default, reduzindo os valores em causa para níveis considerados sustentáveis, na ordem dos 120% do PIB grego em 2020, em vez dos 170% que se verificam atualmente. Sem esta resolução, a zona euro ficaria obrigada a assegurar o financiamento de Atenas durante várias décadas. Mais; os riscos de incumprimento devido aos juros especulativos que os credores têm vindo a exigir, obrigou o Fundo Europeu de Estabilização Financeira a acionar um mecanismo de seguro para as emissões de dívida que garante o reembolso, através de verbas comunitárias, de 20% a 25% das eventuais perdas dos investidores. Belo negócio! Para isso, o valor final do FEEF ascenderá ao bilião de euros.

A renitência com que países como Portugal, Espanha e Itália receberam o perdão da dívida grega teve uma explicação politicamente correta: a de que se instale nos investidores a dúvida sobre a capacidade de cumprimento da dívida, provocando novo disparo das taxas de juro dos empréstimos entretanto contraídos. Por isso o primeiro-ministro português rejeitou, desde logo, a ideia de uma reestruturação da dívida também para Portugal, afirmando que “Esse não é o cenário que o país deseja” já que, “enquanto os credores tivessem memória, não emprestariam nem mais um euro.” Pelo contrário, Pedro Paços Coelho não apresentou quaisquer reservas ao plano europeu de recapitalização da banca. Aliás, não há uma palavra a propósito da inexistência ou insignificância da carga fiscal sobre as transações e mais-valias financeiras, sobre os lucros das empresas ou sobre as grandes fortunas e o seu património, para não falar de medidas destinadas a um combate sério à fuga e evasão fiscais. Abundam, isso sim, as referências à austeridade generalizada e ao desmantelamento dos mecanismos de proteção social. Como sentenciou o primeiro-ministro português “não vale a pena fazer demagogia”, porque “nós sabemos que só vamos sair desta situação empobrecendo”, fazendo-nos lembrar o tristemente célebre ideal dos “pobrezinhos, mas honrados” de outros tempos. Do que não restam dúvidas é de que os poderes e interesses que nos arruinaram, vêem afinal compensado o seu esforço.

A euforia especulativa dos mercados tem vindo a obrigar vários países europeus (Grécia, Irlanda, Portugal, perspetivando-se já a possibilidade da Espanha e da Itália lhes seguirem o caminho), desde 2009, a recorrer aos planos de resgate das suas dívidas soberanas impostos pela troika constituída pelo Banco Central Europeu (BCE), o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF), sob a eufemística designação de “planos de ajustamento estrutural”. Sabe-se que, no caso português, a derrapagem da dívida pública a partir de 2008 se deveu, em grande parte, ao resgate do próprio sistema financeiro (o caso BPN – o tal que o ministro das Finanças dos governos Sócrates, Teixeira dos Santos, assegurou que não ia custar “um cêntimo” aos contribuintes – é exemplo sobejamente conhecido) e ao forte endividamento externo dos particulares, eles próprios envolvidos, por intermédio de aplicações irresponsáveis de bancos e outras instituições financeiras, na bolha especulativa dos créditos subprime com origem nos EUA, iniciativas sempre apresentadas sob a capa diáfana de “medidas de estímulo à economia”.

O que se seguiu é, infelizmente, do conhecimento de todos: uma espiral de aumento de impostos, redução de salários, precariedade e desemprego, desmantelamento do Estado social e do aparelho produtivo. A dívida pública permanece em patamares insustentáveis (círculo vicioso em que os juros exorbitantes tornam o incumprimento da dívida cada vez mais plausível, justificando o aumento exponencial dos prémios de risco por parte dos credores e a consequente subida vertiginosa das taxas de juro dos empréstimos a efetuar), sem criar quaisquer perspetivas de recuperação económica (até por efeito da retração do consumo) e, pior que isso, forçando à recessão económica, a défices orçamentais excessivos, à destruição acelerada do tecido social e, em última instância, à possibilidade de colapso e inviabilidade dos próprios países. A passagem do setor produtivo do Estado para as mãos de particulares, cujas empresas são vendidas sob pressão e a preços de saldo altamente vantajosos para os compradores, é o corolário deste caminho, cujo objetivo primordial é a minimização, a todo o custo, das perdas dos credores e dos mercados internacionais de capitais, bem como a recapitalização da banca, em claro detrimento da defesa dos interesses e da qualidade de vida das populações, colocando a questão da dívida pública no seu devido lugar. O serviço da dívida passa a esmagar o investimento público e a inviabilizar qualquer hipótese de relançamento económico.

Não admira, por isso, a provocação sarcástica da jornalista São José Almeida quando, na sua habitual crónica no jornal Público (22/10/11) – significativamente intitulada “Queimar etapas” – questiona “Por que é que o Governo não lança o debate sobre os benefícios para o sistema económico e financeiro do regresso de formas de trabalho escravo? Com o ritmo despudorado com que o poder político está a queimar etapas na persecução do objetivo de baixar o nível de vida das populações europeias, por que não avançar mais rápido ainda e discutir já o interesse e a possibilidade de uso de formas de trabalho não remunerado?” Até o insuspeito Vasco Graça Moura declarava no Diário de Notícias (26/10/11) que “A brutalidade no plano fiscal e na expropriação bárbara dos recursos das famílias só vai contribuir para socializar de vez a miséria e a desgraça.”

A preocupação exclusiva com aquilo que o economista francês Jean-Marie Harribey designa por “criação de valor para o acionista” (Le Monde Diplomatique, cit.) leva, por outro lado, a um impasse no modelo capitalista. Porque é necessariamente restrito (escassez de recursos), porque é desregulado à exaustão (o descalabro de 2008 é disso prova), porque é ainda mais arbitrário e injusto do que fases anteriores do capitalismo e porque se torna suicidário a prazo… cada vez mais curto (a submissão das populações tem limites). De um paradigma produtivista passamos a um paradigma especulativo, tão bem ilustrado na expressão “economia de casino”. Mas isto, verdadeiramente, não é vida.

Temos assim em Portugal um governo que tem como objetivo empobrecer a população. Quebra-se, desta forma, o contrato implícito entre governantes e governados, que assenta precisamente na defesa do “bem comum” e na promessa – ainda que demasiadas vezes não cumprida – da melhoria das condições de vida dos conterrâneos. É algo de inédito e que não tem paralelo na nossa história. A cereja no topo do bolo foram as recentes declarações no Brasil do secretário de Estado da Juventude e do Desporto, Alexandre Miguel Mestre, que apelou à emigração dos jovens: “Se estamos no desemprego, temos de sair da zona de conforto e ir para além das nossas fronteiras”, disse o ilustrado governante, que falava para uma plateia de representantes da comunidade portuguesa e jovens luso-brasileiros, em São Paulo (Lusa, 29/10/11). Ora, alguém pode explicar a esse responsável político espertalhaço que não só nenhum desempregado está numa “zona de conforto”, como a emigração em massa dos jovens de um país significa, antes de mais, a inadequação do modelo de sociedade adotado nesse país, bem como o evidente desajustamento das políticas públicas aí implementadas que, em última análise, poderão levar à sua ruína? Como justamente reconheceu Fernando Sobral no Jornal de Negócios (28/10/11), “O essencial desta crise é que ela decretou o fim do futuro.” Até ver…
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domingo, setembro 04, 2011

Ou aceitamos a execução do programa do Governo ou optamos simplesmente pela execução dos seus membros

Jornal Algarve: Antevendo as várias manifestações de protesto que já estão marcadas contra as medidas de austeridade do Governo PSD/CDS-PP, o primeiro-ministro fez questão de ameaçar que não será brando, em declarações no passado domingo, dia 4 de Setembro, em Campo Maior.

"Pode haver quem se entusiasme com as redes sociais e com aquilo que vê lá fora, esperando trazer o tumulto para as ruas de Portugal", disse Passos Coelho, avisando de antemão "aqueles que pensam que podem agitar as coisas de modo a transformar o período que estamos a viver numa guerra com o Governo".


Mas, ao contrário das palavras de Passos Coelho, ninguém pretende uma guerra com o Governo. O que todos ambicionam é, tão somente, a aniquilação do mesmo. E também que os criminosos e genocidas que o compõem batam com os costados na pildra por muitos e bons anos, ou, em alternativa, que entreguem a alma ao Criador (seja por doença, acidente ou justiça cidadã).


O género de notícias que se segue são praticamente diárias:

Diário Digital (31-8-2011): Governo aprovou agravamento do IRS e IRC em 2012.

Diário de Notícias (1-9-2011): Com a redução de vagas, mais de um quarto dos professores contratados que tiveram lugar o ano passado ficaram este ano sem poder dar aulas. Feitas as contas, 35 mil professores no desemprego poupam 60 milhões ao Ministério da Educação.

Diário de Notícias (7-9-2011): O Governo justificou hoje o aumento do IVA sobre a electricidade e gás natural com a crise e com "a obrigação do Estado" de cumprir a meta de 5,9 de défice este ano

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As manifestações, as palavras de ordem, os cartazes, as bandeiras e as canções de protesto não têm impacto rigorosamente nenhum nas "políticas" do Governo. Para que haja, de facto, mudança efectiva, é necessário que os políticos corruptos, os jornalistas venais e os banqueiros que os trazem a todos presos pela trela, sintam verdadeiramente na carne a fúria do desespero dos que têm salários de fome, dos desempregados, dos precários, dos reformados com pensões de miséria, dos pobres, etc...





Num artigo de Fernando Madrinha, no Jornal Expresso de 01-09-2007, há três frases que nos explicam o roubo descomunal que os bancos estão a fazer aos portugueses através dos seus políticos corruptos:

a) Os poderes do Estado cedem cada vez mais espaço a poderes ocultos ou, em qualquer caso, não sujeitos ao escrutínio eleitoral.

b) A ponto de os próprios partidos políticos e os governos que deles emergem se tornarem suspeitos de agir, não em obediência ao interesse comum, mas a soldo de quem lhes paga as campanhas eleitorais.

c) Os bancos continuarão a engordar escandalosamente porque, afinal, todo o país, pessoas e empresas, trabalham para eles.


E a somar às declarações de Fernando Madrinha, são cada vezes mais os que se questionam porque razão, dos 78 mil milhões de euros que a Troika nos emprestou a juros agiotas (de quase 6%), o Governo deu aos bancos 12 mil milhões de euros para a sua "recapitalização", e ainda lhes ofereceu mais 35 mil milhões de euros em garantias para que estes possam emitir dívida para se "financiarem".