No dia 15 de Outubro de 2017, quase 600 incêndios foram ateados em Portugal e provocaram até agora 44 mortos e 64.000 hectares ardidos (640 quilómetros quadrados). Só por ingenuidade se pode imaginar que na origem destes 600 fogos estejam pirómanos com problemas mentais ou queimadas feitas por agricultores... Os muitos testemunhos e a descoberta de artefactos incendiários com elevado grau de sofisticação apontam inequivocamente para um Cartel do Fogo dotado de poderosos recursos e com conivências nas cúpulas partidárias nacionais que se mantêm criminosamente em silêncio sobre esta máfia assassina.
Jornal Público – 11/2/2017 - Empresa convidada por Miguel Macedo suspeita de pertencer a organização criminosa-transnacional (Cartel do Fogo):
Uma empresa que, graças ao ex-ministro da Administração Interna Miguel Macedo, teve acesso ao caderno de encargos de um concurso público ligado ao combate aos incêndios três meses antes de ele ser público foi acusada pela justiça espanhola de fazer parte de uma organização criminosa que actuava não só no país vizinho como também em Portugal e em Itália.
No interrogatório judicial a que foi sujeito, o antigo governante garantiu desconhecer quaisquer ligações do grupo espanhol àquilo que ficou conhecido em Espanha como o Cartel do fogo. Mas isso não impediu o Ministério Público português de o acusar de vários crimes, por causa deste e de outros episódios passados na altura em que era ministro. No julgamento do processo dos vistos gold, que começa na próxima segunda-feira, responde por três crimes de prevaricação e um de tráfico de influência. Que nega, assegurando que nunca favoreceu ninguém. A empresa, porém, não chegou a apresentar qualquer proposta para o concurso, mas foi mais subcontratada pela empresa vencedora, a Everjets.
"Agi sem intenção de beneficiar fosse quem fosse", repetiu Miguel Macedo quando foi interrogado. Como explica, então, ter enviado para a Faasa, a tal empresa espanhola, o caderno de encargos do concurso público para operação e manutenção dos helicópteros Kamov, antes de tornar o documento público? Perguntaram-lhe os procuradores encarregues da investigação. Macedo respondeu que estava apenas a tentar evitar que o concurso ficasse deserto, como já tinha sucedido uma vez, e os fogos por apagar. Foi de resto por isso também que se encontrou com os responsáveis da Faasa em casa do amigo Jaime Gomes, com quem eles já mantinham relações. "Queria que fosse uma reunião informal", descreveu. Os procuradores recordaram-lhe que a empresa está envolvida neste momento num escândalo em Espanha: foi acusada, juntamente com outras cinco, de prática de cartel não só naquele país como em Portugal e Itália para vencer concursos.
Jornal Público – 11/2/2017 - Empresa convidada por Miguel Macedo suspeita de pertencer a organização criminosa-transnacional (Cartel do Fogo):
Uma empresa que, graças ao ex-ministro da Administração Interna Miguel Macedo, teve acesso ao caderno de encargos de um concurso público ligado ao combate aos incêndios três meses antes de ele ser público foi acusada pela justiça espanhola de fazer parte de uma organização criminosa que actuava não só no país vizinho como também em Portugal e em Itália.
No interrogatório judicial a que foi sujeito, o antigo governante garantiu desconhecer quaisquer ligações do grupo espanhol àquilo que ficou conhecido em Espanha como o Cartel do fogo. Mas isso não impediu o Ministério Público português de o acusar de vários crimes, por causa deste e de outros episódios passados na altura em que era ministro. No julgamento do processo dos vistos gold, que começa na próxima segunda-feira, responde por três crimes de prevaricação e um de tráfico de influência. Que nega, assegurando que nunca favoreceu ninguém. A empresa, porém, não chegou a apresentar qualquer proposta para o concurso, mas foi mais subcontratada pela empresa vencedora, a Everjets.
"Agi sem intenção de beneficiar fosse quem fosse", repetiu Miguel Macedo quando foi interrogado. Como explica, então, ter enviado para a Faasa, a tal empresa espanhola, o caderno de encargos do concurso público para operação e manutenção dos helicópteros Kamov, antes de tornar o documento público? Perguntaram-lhe os procuradores encarregues da investigação. Macedo respondeu que estava apenas a tentar evitar que o concurso ficasse deserto, como já tinha sucedido uma vez, e os fogos por apagar. Foi de resto por isso também que se encontrou com os responsáveis da Faasa em casa do amigo Jaime Gomes, com quem eles já mantinham relações. "Queria que fosse uma reunião informal", descreveu. Os procuradores recordaram-lhe que a empresa está envolvida neste momento num escândalo em Espanha: foi acusada, juntamente com outras cinco, de prática de cartel não só naquele país como em Portugal e Itália para vencer concursos.
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José Gomes Ferreira – SIC Notícias: "O problema dos incêndios é haver muitas ignições. O problema é alguém querer que a floresta arda. O problema é haver crime em alta escala e só não vê quem não quer."
"Porque não é feita uma auditoria para perceber quanto dinheiro é gasto no combate aéreo aos fogos; quanto dinheiro é gasto em equipamento para os bombeiros; quais são as empresas que vendem esses equipamentos; quanto é que é gasto nesse mercado... e continuam a discutir porque é que as pessoas não limpam os quintais e fazem lá queimadas. Estão a gozar com os portugueses…"
"Porque não é feita uma auditoria para perceber quanto dinheiro é gasto no combate aéreo aos fogos; quanto dinheiro é gasto em equipamento para os bombeiros; quais são as empresas que vendem esses equipamentos; quanto é que é gasto nesse mercado... e continuam a discutir porque é que as pessoas não limpam os quintais e fazem lá queimadas. Estão a gozar com os portugueses…"
José Gomes Ferreira – SIC Notícia (3:17 m)
https://youtu.be/s6CVqZtcCt4
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Artefactos incendiários encontrados e o paradigma dos fogos em Portugal
https://youtu.be/O3FU3mbKFm4
https://youtu.be/s6CVqZtcCt4
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Artefactos incendiários encontrados e o paradigma dos fogos em Portugal
https://youtu.be/O3FU3mbKFm4