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segunda-feira, outubro 30, 2017

Uma parte significativa dos fundos para a prevenção de incêndios vai parar, de forma fraudulenta, a um grupo de empresas de extinção de fogos com um passado legal mais do que duvidoso – O Cartel do Fogo.



Daniel Toledo – 19-10-2017

Parece difícil relacionar os 64 mortos, 200 feridos e 53.000 hectares que sucumbiram ao incêndio em Pedrógão Grande em junho de 2017, com uma série de reuniões informais convocadas todos os anos desde 2001 por um grupo de empresários espanhóis no hotel El Cruce, numa saída da Autovia da Andaluzia, em Manzanares (Ciudad Real). Na verdade, parece complicado relacionar as mortes de Pedrógão e a área queimada pelos incêndios em Portugal e Espanha só neste ano - 118 mil hectares em Portugal - com outras causas que não sejam a inépcia política, os interesses comerciais locais ou dos pequenos proprietários, a plantação descontrolada de eucalipto ou dos pirómanos. No entanto, tudo aponta para o facto de que os incêndios que devastam a Península Ibérica todos os anos se alimentam não apenas de oxigénio e madeira, mas sobretudo de corrupção.

Esta é a conclusão a que se chega se se estudam as investigações de corrupção na adjudicação de contratos públicos de combate a incêndios em Valência, Andaluzia, Baleares, Extremadura, Castela e Leão, Castilla-La Mancha, Galiza, Canárias, Catalunha e Aragão. Em Portugal, começam a haver denúncias de casos semelhantes, inclusivamente com os mesmos protagonistas de Espanha, representados por particulares e por trabalhadores de empresas públicas e privadas de combate a incêndios. Existe até um processo aberto desde 2015 que mantém como acusado o ex-ministro da administração interna portuguesa Miguel Macedo. É um modus operandi que se espalhou para outros países como Itália, França e até Chile, mas em todos há um denominador comum: todos têm a marca Espanha.


Artigo completo:

EL CÁRTEL DEL FUEGO. Quemando dinero público en España y Portugal, por Daniel Toledo

quinta-feira, outubro 26, 2017

TVI24 - Na Galiza, um homem gravou em vídeo o momento impressionante em que foi ateado um incêndio a uma floresta. Em poucos minutos aparecem cinco pequenas fogueiras, em linha recta e à mesma distância umas das outras ao longo da lateral de uma montanha.



Este vídeo demonstra a técnica e o grau de sofisticação na ignição de fogos, utilizando provavelmente dispositivos incendiários activados por controlo remoto, e demonstrando que existe uma máfia organizada poderosa financeiramente que está por trás destes acontecimentos - o Cartel do Fogo.

Só desta forma seria possível atear os cerca de 550 fogos num único dia - 15 de Outubro de 2017 - que em Portugal provocaram 45 mortos e 50.000 hectares ardidos. O silêncio continuado dos "nossos" políticos sobre este Cartel do Fogo, continuando a culpar pelos incêndios pirómanos com problemas mentais e queimadas feitas por agricultores, confirma a conivência de políticos de todos de todos os quadrantes com a máfia assassina que tem vindo a chacinar portugueses e a destruir o nosso país.


Galiza - O momento impressionante em que foi ateado um incêndio a uma floresta. Em poucos minutos aparecem cinco pequenas fogueiras, em linha recta e à mesma distância umas das outras ao longo da lateral de uma montanha:

segunda-feira, outubro 23, 2017

Só por ingenuidade se pode imaginar que na origem dos quase 600 fogos de 15 de Outubro de 2017 estejam pirómanos com problemas mentais ou queimadas feitas por agricultores...

No dia 15 de Outubro de 2017, quase 600 incêndios foram ateados em Portugal e provocaram até agora 44 mortos e 64.000 hectares ardidos (640 quilómetros quadrados). Só por ingenuidade se pode imaginar que na origem destes 600 fogos estejam pirómanos com problemas mentais ou queimadas feitas por agricultores... Os muitos testemunhos e a descoberta de artefactos incendiários com elevado grau de sofisticação apontam inequivocamente para um Cartel do Fogo dotado de poderosos recursos e com conivências nas cúpulas partidárias nacionais que se mantêm criminosamente em silêncio sobre esta máfia assassina.


Jornal Público – 11/2/2017 - Empresa convidada por Miguel Macedo suspeita de pertencer a organização criminosa-transnacional (Cartel do Fogo):


Uma empresa que, graças ao ex-ministro da Administração Interna Miguel Macedo, teve acesso ao caderno de encargos de um concurso público ligado ao combate aos incêndios três meses antes de ele ser público foi acusada pela justiça espanhola de fazer parte de uma organização criminosa que actuava não só no país vizinho como também em Portugal e em Itália.

No interrogatório judicial a que foi sujeito, o antigo governante garantiu desconhecer quaisquer ligações do grupo espanhol àquilo que ficou conhecido em Espanha como o Cartel do fogo. Mas isso não impediu o Ministério Público português de o acusar de vários crimes, por causa deste e de outros episódios passados na altura em que era ministro. No julgamento do processo dos vistos gold, que começa na próxima segunda-feira, responde por três crimes de prevaricação e um de tráfico de influência. Que nega, assegurando que nunca favoreceu ninguém. A empresa, porém, não chegou a apresentar qualquer proposta para o concurso, mas foi mais subcontratada pela empresa vencedora, a Everjets.

"Agi sem intenção de beneficiar fosse quem fosse", repetiu Miguel Macedo quando foi interrogado. Como explica, então, ter enviado para a Faasa, a tal empresa espanhola, o caderno de encargos do concurso público para operação e manutenção dos helicópteros Kamov, antes de tornar o documento público? Perguntaram-lhe os procuradores encarregues da investigação. Macedo respondeu que estava apenas a tentar evitar que o concurso ficasse deserto, como já tinha sucedido uma vez, e os fogos por apagar. Foi de resto por isso também que se encontrou com os responsáveis da Faasa em casa do amigo Jaime Gomes, com quem eles já mantinham relações. "Queria que fosse uma reunião informal", descreveu. Os procuradores recordaram-lhe que a empresa está envolvida neste momento num escândalo em Espanha: foi acusada, juntamente com outras cinco, de prática de cartel não só naquele país como em Portugal e Itália para vencer concursos.


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José Gomes Ferreira – SIC Notícias: "O problema dos incêndios é haver muitas ignições. O problema é alguém querer que a floresta arda. O problema é haver crime em alta escala e só não vê quem não quer."

"Porque não é feita uma auditoria para perceber quanto dinheiro é gasto no combate aéreo aos fogos; quanto dinheiro é gasto em equipamento para os bombeiros; quais são as empresas que vendem esses equipamentos; quanto é que é gasto nesse mercado... e continuam a discutir porque é que as pessoas não limpam os quintais e fazem lá queimadas. Estão a gozar com os portugueses…"


José Gomes Ferreira – SIC Notícia (3:17 m)

https://youtu.be/s6CVqZtcCt4


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Artefactos incendiários encontrados e o paradigma dos fogos em Portugal

https://youtu.be/O3FU3mbKFm4

quinta-feira, outubro 19, 2017

A conivência dos "nossos" políticos com a organização terrorista que agrediu tão barbaramente o nosso país.

Este ano, Portugal sofreu ataques de características militares por parte de um Cartel do Fogo, com recurso a engenhos sofisticados de ignição de fogos, que devastaram quase metade do país e provocaram mais de 100 mortos. O silêncio total de governantes e líderes da oposição sobre este facto, continuando a apontar como principais causas dos fogos a falta de limpeza das florestas e a acção de pirómanos com problemas mentais, revela a conivência destes políticos com a organização terrorista que agrediu tão barbaramente o nosso país.


Vieira de Leiria, domingo, 15 de Outubro às 17:00 horas

Vários comandantes de bombeiros, jornalistas e outras testemunhas viram e encontraram vários tipos de sofisticados engenhos de ignição de fogos tais como: dispositivos incendiários que eram lançados de pequenos paraquedas, dispositivos incendiários que estavam no terreno e eram activados por controlo remoto, etc. Estes engenhos puderam criar rapidamente um elevado número de grandes frentes de incêndio. No domingo, 15 de Outubro de 2017, deflagraram mais de 500 fogos em quase todo o país. Só uma poderosa organização criminosa com recurso a meios sofisticados poderia levar a cabo tal "empreendimento".

À esquerda, o vice-presidente da Liga dos Bombeiros, Adelino Gomes, um jornalista ao centro, e à direita, Marta Soares, presidente da Liga dos Bombeiros, falam da existência de uma organização terrorista e dos engenhos incendiários que encontraram e testemunharam.


Mas a esmagadora maioria dos políticos, do governo e da oposição, quando confrontados por estes factos por alguns jornalistas, esquivam-se a uma resposta directa e falam exclusivamente na falta de limpeza das florestas e na acção de pirómanos isolados com problemas mentais. Esta atitude silenciadora é claramente reveladora de conluio com o Cartel do Fogo. Estes políticos, cúmplices de assassínio e de ofensas extremamente graves ao país, devem ser julgados por crime de Traição à Pátria, Crimes contra a Humanidade, e fuzilados.

E, com raras excepções, as televisões e os jornais também silenciam a existência desta organização criminosa. Para tal, contam com equipas de "comentadores" – bandos de papagaios pagos para mentir, distorcer e omitir factos.

Alguns "comentadores"


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Jornal EL MUNDO - 15 de Outubro de 2017


... El 'cartel del fuego' - En los momentos cruciales de un macro incendio forestal, el apoyo aéreo es imprescindible. Portugal, al ser un país relativamente pequeño, incapaz de mantener una flota que pueda responder a todos los incendios registrados cada verano, recurre al sector privado. El problema surge cuando las empresas conspiran para manipular los concursos públicos, delito que la Policía Judicial lusa cree que ha sido cometido por la rama portuguesa del conocido cartel del fuego español.

La investigación de la PJ confirma la información adelantada por EL MUNDO hace un año: empresas nacionales amañaron los concursos públicos en España, Portugal e Italia.

Según fuentes judiciales, en Portugal el cartel contó con un coordinador nativo que, a lo largo de los últimos 12 años, podría haber amañado contratos públicos por valor de 821 millones de euros. El precio, obviamente inflado por muchas de las adjudicaciones, dio lugar a una investigación del Tribunal de Cuentas portugués...


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terça-feira, outubro 17, 2017

A Indústria dos Incêndios continua a lucrar e a assassinar.

A Indústria dos Incêndios utiliza fundamentalmente dois instrumentos para fomentar os seus negócios:

a) Tecnologia sofisticada para fazer despoletar rapidamente incêndios em largas frentes e;

b) Governantes que tudo fazem para sabotar os meios de combate aos incêndios.



15 de Outubro de 2017 – O secretário de Estado da Administração Interna, Jorge Gomes afirmou: "Têm de ser as próprias comunidades a ser proativas e não ficarmos todos à espera que apareçam os nossos bombeiros e aviões para nos resolver os problemas. Temos de nos autoproteger".



Segunda-feira, 16 de Outubro de 2017 – A ministra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa – "Para mim seria mais fácil, pessoalmente, ir-me embora e ter as férias que não tive, mas agora não é altura de demissões", afirmou a ministra aos jornalistas, depois de questionada várias vezes sobre as suas condições para permanecer no cargo. A ministra defendeu também que "as comunidades têm de se tornar resilientes às catástrofes".


16 de Outubro de 2017 – Uma hora depois de ter chegado à Proteção Civil, o primeiro-ministro saiu e falou aos jornalistas para garantir que a ministra da Administração Interna fica e que o problema que é preciso resolver é estrutural. Se a ministra "não tivesse condições para ficar, eu não estava aqui ao lado dela", disse António Costa, sublinhando mesmo que "é infantil pensar que consequências políticas significam demissões". E foi mais longe, o primeiro-ministro, assumindo que desastres como o de Pedrógão, em que morreram 64 pessoas, e o de hoje, em que mais cinco pessoas perderam a vida, vão continuar a acontecer.

"Desejo que não haja mais mortes", afirmou o líder do governo, "mas há muitos feridos e pessoas desaparecidas", pelo que disse não poder garantir que o número não iria aumentar. E apontou a reforma das florestas como solução para problemas que se acumulam há décadas e que não têm resolução simples ou rápida. "Seguramente situações destas vão repetir-se", disse claramente, questionado sobre a necessidade de impedir novas tragédias. "Não há soluções mágicas e não vale a pena iludir os portugueses sobre um problema que se acumulou durante décadas." “Para além disso, existem as segundas responsabilidades: os comportamentos dolosos e negligentes”, acrescentou. E os portugueses entendem, acredita Costa, como terão de perceber, "porque são adultos, que os governos não têm varinhas mágicas".


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https://youtu.be/GpqVy0GSs4k




https://youtu.be/w2nX-XPNZfY