In Observador (21.9.2015)
Por João Pedro Pincha
Leia a carta aberta na íntegra:
"Sr. Presidente da Câmara Municipal de Lisboa,
Isabel Sá da Bandeira, Mª João Podgorny, Miguel Sepúlveda, A.M Aqui Mora Gente"»
Um blogue do Movimento Fórum Cidadania Lisboa, que se destina a aplaudir, apupar, acusar, propor e dissertar sobre tudo quanto se passe de bom e de mau na nossa capital, tendo como única preocupação uma Lisboa pelos lisboetas e para os lisboetas. Prometemos não gastar um cêntimo do erário público em campanhas, nem dizer mal por dizer. Lisboa tem mais uma voz. Junte-se a nós!
Leia a carta aberta na íntegra:
"Sr. Presidente da Câmara Municipal de Lisboa,
Isabel Sá da Bandeira, Mª João Podgorny, Miguel Sepúlveda, A.M Aqui Mora Gente"»
O desenho e a apresentação estão bem feitos, os pressupostos e os objectivos escritos imaculadamente, aliás. Para mim, o pior é ver o que se prepara para dois "filet mignon", como agora se diz: o tal de quarteirão dos Marianos (ex-Fábrica Constância - respeita o PDM? ou o PP é só para o contornar?) e, claro, o quartel dos bombeiros da Av. D. Carlos e, colateralmente e pior, o que se para Monsanto, novamente ...
«Proposta da câmara prevê que lojas de conveniência e mercearias passem a fechar às 22 horas
À notícia sobre o encurtamento dos horários dos bares lisboetas junta-se agora uma nova proposta da câmara municipal que prevê o controlo do consumo de álcool nas ruas. Autarquia quer que apenas seja permitida a venda de bebidas para consumo no exterior dos estabelecimentos até à 1 da manhã, todos os dias. No despacho camarário publicado ontem lê-se ainda que o não cumprimento desta norma leve a que o estabelecimento tenha uma restrição temporária de horário para as 23 horas.
A câmara tinha já avançado com a intenção de reduzir os horários dos espaços nocturnos, com um fecho máximo previsto para as 2 horas entre domingo e quinta-feira e as 3 horas às sextas, sábados e vésperas de feriado. A excepção é feita apenas para estabelecimentos com espaço de dança legalizado, como o Tokio, o Jamaica, o Viking ou o Musicbox, que podem manter-se em funcionamento até às 4 da manhã todos os dias.
O despacho, assinado pelo vereador com o pelouro da Higiene Urbana, Duarte Cordeiro, dedica uma alínea às lojas de conveniência e mercearias, cujo horário de funcionamento fica restrito entre as 8h e as 22h. Actualmente, estas lojas podem estar abertas até à meia-noite.
Gonçalo Riscado, da associação de comerciantes do Cais do Sodré, acredita que esta será a única forma de controlar o espaço público. “As queixas dos moradores referem-se não ao que se passa no interior dos bares, mas sim ao que acontece nas ruas”, explica ao i. O responsável acredita, no entanto, que a restrição de venda de álcool para o exterior dos estabelecimentos deveria ser aplicada a toda a cidade.
“Delimitando a medida a certas ruas, corremos o risco de os focos problemáticos passarem para outras zonas da cidade, até mesmo para as ruas ao lado das visadas no documento”, garante.
O despacho está disponível desde ontem para consulta pública durante os próximos 15 dias úteis.»
Comerciantes e moradores de Santos e Avenida D. Carlos I, em Lisboa, queixam-se do "barulho" provocado pelos jovens que frequentam um bar que mantém portas abertas até ao início da tarde todos os fins-de-semana.
É sábado, são 10 horas e a padaria da Avenida D.Carlos I já está aberta há três horas. Ao som de música 'house' os clientes vão entrando para comprar pão fresco pela manhã, mas permanecem pouco tempo no estabelecimento, situado mesmo ao lado do Bar Alive, que, ao fim-de-semana, está aberto das 22 às 4.00 e das 7.00 às 13 horas, as chamadas 'after hours', ou seja, um segmento de uma festa ou evento que acontece fora do horário convencional.
O facto de o Bar Alive só encerrar às 13 horas tem incomodado moradores e comerciantes da zona que prepararam um abaixo-assinado para entregar no Governo Civil de Lisboa, com mais de 200 assinaturas.
O café Tirolesa de Santos está aberto todos os dias da semana, excepto ao domingo, desde as 7.00 horas.
O gerente lamenta o facto de ter de abrir o estabelecimento duas horas mais tarde ao sábado, devido à "confusão e barulho" que a "malta jovem" provoca depois de uma noite de diversão, que se prolonga até ao início da tarde.
"Abríamos sempre às 7 horas, depois passámos a abrir às 8 e agora antes das 9 não vale a pena termos o estabelecimento aberto", disse à Lusa o dono do café, que acusa as autoridades de "nada fazerem" para remediar a situação.
O restaurante e café A Botica, situado na Avenida D.Carlos I, opta por deixar sempre as mesas postas para almoçar, mesmo quando abre às 7 ou às 8 horas, dependendo do ambiente que os gerentes encontram ao chegar à avenida.
"É uma maneira de tentarmos preservar o estabelecimento", disse um dos gerentes, que acusa os jovens de "desestabilizadores".
Contactado pela Lusa, um dos gerentes do Bar Alive compreende a revolta dos moradores e comerciantes daquela zona, mas garante que o estabelecimento tem as licenças em dia, que está "bem insonorizado" e que nunca houve qualquer problema com a polícia. "Compreendo que o ambiente fora do bar possa causar alguns problemas e transtornos, mas, quanto a isso, nada podemos fazer", disse Nelson Afonso, que afirma estar "solidário" e se disponibiliza para falar com qualquer lesado, pois apenas falou com o presidente da Junta de Freguesia de Santos-o-Velho.
Segundo Paulo Monteiro, da junta de freguesia, desde o início do ano que moradores, comerciantes e gerentes do bar "não se entendem" e o "problema continua por se resolver".
In JN
A ExperimentaDesign e a Câmara Municipal de Lisboa com protocolo para a reabilitação e dinamização do jardim.
Um dos projectos especiais da ExperimentaDesign Lisboa 2009 é a reabilitação e dinamização do Jardim de Santos, em colaboração com a CML. Seguindo a linha de pensamento desta edição do evento, com o seu apelo à acção, a ExperimentaDesign está a delinear um plano desenvolvido por uma equipa de criadores portugueses.
O projecto integra estratégias e soluções nas áreas de arquitectura paisagista, design de equipamento, design de luz, design de som, design de comunicação e sinalética.
O plano de revitalização, formulado conjuntamente pela Experimenta e a CML, prevê o redesenho do Jardim de Santos, numa área de 390 metros quadrados, em que se enquadrarão novo mobiliário urbano, equipamentos lúdicos, sinalética e um quiosque para serviço de restauração com uma componente de divulgação cultural.
O inédito projecto pretende assim reposicionar o Jardim de Santos enquanto espaço de lazer tanto para os residentes como para os visitantes de todas as faixas etárias, dinamizando o local para utilização tanto de dia como à noite.
Principal espaço verde público numa área densamente ocupada, a ideia é tornar o Jardim de Santos num espaço cosmopolita, com as suas zonas verdes preservadas e o acréscimo de mais-valia arquitectónica e de design, numa zona que já é referência na cidade como Santos Design District.
Para este projecto multidisciplinar a Experimenta convidou o designer Fernando Brízio, o atelier Pedrita, o arquitecto paisagis- ta João Gomes da Silva, o músico e designer de som Rui Gato, o designer de luz José Álvaro Correia e o designer gráfico António Gomes.
In DN
A Polícia Municipal de Lisboa anunciou o reforço de agentes que vão andar a vigiar as horas a que fecham os bares do Bairro Alto. Os comerciantes, e até alguns moradores, temem que se esteja a "matar"a zona.
Bruno Pereira, 27 anos, trabalha há dois no Jurgens Bar, na Rua do Diário de Notícias. Ontem, quando confrontado, pelo JN, com o anúncio de que a Polícia Municipal (PM) vai reforçar o dispositivo de agentes para verificar se todos os estabelecimentos cumprem os novos horários, não hesitou: "Agora que obrigam os bares a fechar mais cedo é que metem mais polícia? Antes ninguém verificava os horários e aí, sim, havia muitos abusos. E andávamos a pagar por mais polícias".
Ainda só passaram duas semanas desde que a Câmara de Lisboa impôs novos horários no Bairro Alto, com os bares a ter que fechar às 2 horas e as discotecas às 4 horas, ao fim-de-semana. Mas só há uma discoteca no Bairro, o Frágil, na Rua da Atalaia. A polémica está para durar. É que, dizem vários dos interpelados, "as pessoas trabalham até às 20 horas, vão a casa mudar de roupa, chegam tarde para jantar nos restaurantes, e depois só lá para a 1.00 hora é que vão para os bares". Um agente da PM reconheceu ao JN: "A noite aqui começa tarde".
Já alguns residentes, como Joaquim Francisco, 76 anos, há mais de 30 anos a morar na Travessa do Poço da Cidade, desdenham destas medidas: "Eles fecham as portas, mas depois os clientes ficam lá dentro até mais tarde". E diz mesmo que o "ruído não incomoda muito, apenas a sujidade".
Também há comerciantes, caso de Jaime Godinho, 41 anos, dono do "41", que se dizem pouco incomodados com as alterações, embora este reconheça perdas de facturação ao fim-de-semana na ordem dos 20%. "Há três anos que abro as portas às 18 horas e nunca fechava depois das três", explicou.
Já Sabine Grün, 44 anos, uma alemã que explora uma loja de roupa na Rua das Salgadeiras e mora no Bairro, foi mais directa: "O problema é a recolha do lixo, que é péssima, isso é que devia mudar". Já sobre a noite do Bairro, diz que "é fantástica, tal como descrevem os guias de turismo". O problema do barulho, para Sabine, "é como viver ao lado do aeroporto". "As pessoas têm de se habituar". E dá o exemplo de Barcelona. "Era uma cidade fantástica para sair à noite, mas leis iguais a estas tornaram-na insuportável" .
In JN
Onde a PM fazia falta era a fiscalizar o estacionamento na zona de Santos que nas noites de sexta e sábado se apodera do largo Vitorino Damásio (sim, esse mesmo que tem um parque subterrâneo) do passeio em redor do Jardim de Santos e dos passeio no cruzamento entre a Rua das Janelas Verdes e a Calçada Ribeiro Santos