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22/09/2015

Moradores das zonas noturnas de Lisboa convidam Medina a dormir com eles



In Observador (21.9.2015)
Por João Pedro Pincha

«Moradores do Cais do Sodré, Bairro Alto, Bica, Santos e Príncipe Real dizem que a atual situação é "insustentável". Leia aqui a carta aberta que enviaram ao presidente da câmara.

Os moradores das zonas de diversão noturna de Lisboa (Bairro Alto, Santos, Cais do Sodré, Bica e Príncipe Real) estão cansados de ter à porta de casa um festival que dura “52 semanas por ano” e que, afirmam, é um “pesadelo”. Por esse motivo, escreveram uma carta aberta ao presidente da Câmara Municipal de Lisboa, a quem pedem ações que limitem o ruído, a criminalidade e o consumo de álcool em excesso nas ruas do centro da cidade. Mais, convidam Fernando Medina a passar uma noite com eles, “de forma a viver a ‘experiência’ completa”.

Desde janeiro que está em vigor um despacho camarário que limita a venda de álcool para a rua a partir da 1h e estabelece horários mais rígidos para os estabelecimentos de diversão noturna e lojas de conveniência do Cais do Sodré, Santos e Bica. Tais limitações não se aplicam ao Bairro Alto. Como o Observador explicou na altura, na famosa “rua cor-de-rosa” pouca coisa mudou. E, passados alguns meses dessas novas regras, ninguém parecia contente. Agora, os moradores reforçam o desagrado perante a situação.

Leia a carta aberta na íntegra:

"Sr. Presidente da Câmara Municipal de Lisboa,

Sabe qual é a diferença entre um festival de música e a “noite” lisboeta? Quem não vive no Bairro Alto, Bica, Cais do Sodré, Príncipe Real ou Santos poderá estranhar a pergunta. Quem lá vive sabe que ambos são fenómenos de massas, que juntam dezenas de milhares de pessoas por noite. E que em ambos se ouve música, se canta e se grita ao ar livre até de madrugada. A diferença é esta: o primeiro decorre durante 3 dias por ano num descampado; o segundo durante pelo menos 3 dias por semana, 52 semanas por ano, em zonas residenciais.

Qualquer pessoa consegue imaginar o pesadelo que seria dormir junto ao recinto de um festival de música. Pois é esse mesmo pesadelo que vivem os moradores do centro histórico todos os fins de semana: multidões concentradas na via pública; bares que passam música sem cumprirem com os requisitos de insonorização legais; “concertos” improvisados de madrugada no meio da rua; praxes académicas ruidosas; condutores que buzinam seja a que hora for.

São noites a fio sem conseguir dormir; a tentar adormecer crianças que acordam assustadas com a gritaria na rua; a ligar para a polícia que não atende ou invoca a ausência de meios para intervir. Mais a criminalidade, os desacatos permanentes, os assaltos e o tráfico de droga; e o dia seguinte, que é de calamidade pública.

A lei do ruído é claríssima: o descanso noturno começa a partir das 20h com ruído moderado até às 23h. A partir das 23h a regra é o silêncio. A exceção ocorre apenas para atividades temporárias, desde que munidas de licença especial de ruído, que deve ser concedida com carácter excecional.

A CML dispõe de suficientes articulados legais para resolver a questão de forma simples e célere, em parceria com as demais entidades com responsabilidades nesta matéria. Infelizmente, opta há já vários anos pela inércia, permitindo que seja esmagado o nosso direito constitucionalmente protegido ao sossego, e isto apesar das queixas apresentadas, dos testemunhos divulgados, das reportagens realizadas.

Não nos opomos ao divertimento nem à exploração lucrativa do comércio noturno; opomo-nos sim a que o preço seja a nossa saúde. São inúmeras as famílias que já abandonaram os nossos bairros, desesperadas com o barulho. É essencial estancar a hemorragia, sob pena de vermos o centro histórico desertificado.

O despacho 140/2015 que reduz o horário de abertura de bares foi um primeiro passo, ainda que tímido, no reconhecimento de que a situação atual é insustentável. É urgente ir muito além.

É por isso, Sr. Presidente da CML, que vimos formalmente convida-lo a fazer connosco uma visita guiada à publicitada e aplaudida noite de Lisboa. Muito nos honraria ainda se aceitasse dormir numa das nossas casas, de forma a viver a “experiência” completa. Compreenderia então a urgência de tomar medidas muito mais ambiciosas para repor o equilíbrio entre os direitos dos moradores, o comportamento dos utentes da noite, e a atividade lúdica e económica noturna. A começar por:

– A adoção urgente de regras e procedimentos com vista ao cumprimento da lei do ruído e respetiva fiscalização;
– A restrição e uniformização dos horários dos estabelecimentos de venda de bebidas alcoólicas para horários compatíveis com o direito dos moradores ao descanso;
– O fim do licenciamento zero nos bairros históricos;
– A realização de uma campanha de civismo, que recorde regras básicas de vivência em sociedade, como não gritar nem urinar na via pública.

Sr. Presidente: estamos, como sempre, disponíveis e empenhados em colaborar consigo para melhorar a qualidade de vida na fantástica cidade que é Lisboa. Nós cumprimos com o nosso dever de cidadania ativa; cabe-lhe agora a si cumprir com o seu: defender os direitos básicos de todos os seus munícipes.

Isabel Sá da Bandeira, Mª João Podgorny, Miguel Sepúlveda, A.M Aqui Mora Gente"»

04/12/2014


O desenho e a apresentação estão bem feitos, os pressupostos e os objectivos escritos imaculadamente, aliás. Para mim, o pior é ver o que se prepara para dois "filet mignon", como agora se diz: o tal de quarteirão dos Marianos (ex-Fábrica Constância - respeita o PDM? ou o PP é só para o contornar?) e, claro, o quartel dos bombeiros da Av. D. Carlos e, colateralmente e pior, o que se para Monsanto, novamente ...

31/10/2014

Lisboa. Câmara quer proibir álcool nas ruas a partir da uma da manhã


In I Online (31.10.2014)
Por Marta Cerqueira

«Proposta da câmara prevê que lojas de conveniência e mercearias passem a fechar às 22 horas

À notícia sobre o encurtamento dos horários dos bares lisboetas junta-se agora uma nova proposta da câmara municipal que prevê o controlo do consumo de álcool nas ruas. Autarquia quer que apenas seja permitida a venda de bebidas para consumo no exterior dos estabelecimentos até à 1 da manhã, todos os dias. No despacho camarário publicado ontem lê-se ainda que o não cumprimento desta norma leve a que o estabelecimento tenha uma restrição temporária de horário para as 23 horas.

A câmara tinha já avançado com a intenção de reduzir os horários dos espaços nocturnos, com um fecho máximo previsto para as 2 horas entre domingo e quinta-feira e as 3 horas às sextas, sábados e vésperas de feriado. A excepção é feita apenas para estabelecimentos com espaço de dança legalizado, como o Tokio, o Jamaica, o Viking ou o Musicbox, que podem manter-se em funcionamento até às 4 da manhã todos os dias.

O despacho, assinado pelo vereador com o pelouro da Higiene Urbana, Duarte Cordeiro, dedica uma alínea às lojas de conveniência e mercearias, cujo horário de funcionamento fica restrito entre as 8h e as 22h. Actualmente, estas lojas podem estar abertas até à meia-noite.

Gonçalo Riscado, da associação de comerciantes do Cais do Sodré, acredita que esta será a única forma de controlar o espaço público. “As queixas dos moradores referem-se não ao que se passa no interior dos bares, mas sim ao que acontece nas ruas”, explica ao i. O responsável acredita, no entanto, que a restrição de venda de álcool para o exterior dos estabelecimentos deveria ser aplicada a toda a cidade.

“Delimitando a medida a certas ruas, corremos o risco de os focos problemáticos passarem para outras zonas da cidade, até mesmo para as ruas ao lado das visadas no documento”, garante.

O despacho está disponível desde ontem para consulta pública durante os próximos 15 dias úteis.»

04/02/2013

POSTAIS DO CONDE BARÃO



Cenário típico de uma Zona Especial de Protecção de Monumento Nacional em Lisboa. Largo do Conde Barão, na zona urbana do Parlamento da República Portuguesa.

16/09/2009

SINAIS DA MADRAGOA

Se estes equipamentos obsoletos estivessem nas faixas de rodagem já teriam sido removidos para não prejudicar os automóveis. Mas como no passeio circula esse cidadão de segunda classe chamado «peão», teremos de ter paciência. A CML já foi alertada, aguardamos intervenção.

30/08/2009

LISBON: «cheerfully decrepit» & «chicly scruffy»

É cada vez mais comum ver Lisboa descrita na imprensa estrangeira com adjectivos que tentam, em simultâneo, atrair visitantes e prepará-los para a degradação e desmazelo que vão encontrar na capital portuguesa. Quem escreve sobre Lisboa tem sempre que se debater com essa realidade ingrata da cidade. A história, a topografia e o património são atraentes mas o estado das coisas é, demasiadas vezes, repugnante.

Na última edição da Travel + Leisure (Agosto 2009), uma das revistas líderes na área do turismo, Lisboa vem mais uma vez ambiguamente descrita como «cheerfully decrepit» e «chicly scruffy». Como compreendemos a dificuldade da autora, Maria Shollenbarger! Em anos anteriores, e noutras revistas, Lisboa tem sido classificada como «shabby chic» e até «grubby glam». Lisboa é frequentemente referida como a «dowdy old city» um cenário urbano reduzido a «frayed charm».
Para quem nos visita, será um cenário cómico e bizarro que diverte - uma espécie de safari urbano em plena União Europeia. Mas para quem aqui nasceu, vive e trabalha pode ser deprimente. Algo de muito errado, estrutural, se passa com a nossa cidade (as nossas cidades...) considerando que Portugal faz parte de uma comunidade de países desenvolvidos desde 1986.


Foto: Imagem que abre o artigo de 4 páginas da Travel + Leisure (Rua de Santa Cruz, Bairro do Castelo); reparar no típico detalhe lisboeta do carro estacionado em local proibido, numa zona que é suposto ser de acesso condicionado e gerida pela Emel.

25/05/2009

Horário prolongado de bar motiva críticas

Comerciantes e moradores de Santos e Avenida D. Carlos I, em Lisboa, queixam-se do "barulho" provocado pelos jovens que frequentam um bar que mantém portas abertas até ao início da tarde todos os fins-de-semana.

É sábado, são 10 horas e a padaria da Avenida D.Carlos I já está aberta há três horas. Ao som de música 'house' os clientes vão entrando para comprar pão fresco pela manhã, mas permanecem pouco tempo no estabelecimento, situado mesmo ao lado do Bar Alive, que, ao fim-de-semana, está aberto das 22 às 4.00 e das 7.00 às 13 horas, as chamadas 'after hours', ou seja, um segmento de uma festa ou evento que acontece fora do horário convencional.

O facto de o Bar Alive só encerrar às 13 horas tem incomodado moradores e comerciantes da zona que prepararam um abaixo-assinado para entregar no Governo Civil de Lisboa, com mais de 200 assinaturas.

O café Tirolesa de Santos está aberto todos os dias da semana, excepto ao domingo, desde as 7.00 horas.

O gerente lamenta o facto de ter de abrir o estabelecimento duas horas mais tarde ao sábado, devido à "confusão e barulho" que a "malta jovem" provoca depois de uma noite de diversão, que se prolonga até ao início da tarde.

"Abríamos sempre às 7 horas, depois passámos a abrir às 8 e agora antes das 9 não vale a pena termos o estabelecimento aberto", disse à Lusa o dono do café, que acusa as autoridades de "nada fazerem" para remediar a situação.

O restaurante e café A Botica, situado na Avenida D.Carlos I, opta por deixar sempre as mesas postas para almoçar, mesmo quando abre às 7 ou às 8 horas, dependendo do ambiente que os gerentes encontram ao chegar à avenida.

"É uma maneira de tentarmos preservar o estabelecimento", disse um dos gerentes, que acusa os jovens de "desestabilizadores".

Contactado pela Lusa, um dos gerentes do Bar Alive compreende a revolta dos moradores e comerciantes daquela zona, mas garante que o estabelecimento tem as licenças em dia, que está "bem insonorizado" e que nunca houve qualquer problema com a polícia. "Compreendo que o ambiente fora do bar possa causar alguns problemas e transtornos, mas, quanto a isso, nada podemos fazer", disse Nelson Afonso, que afirma estar "solidário" e se disponibiliza para falar com qualquer lesado, pois apenas falou com o presidente da Junta de Freguesia de Santos-o-Velho.

Segundo Paulo Monteiro, da junta de freguesia, desde o início do ano que moradores, comerciantes e gerentes do bar "não se entendem" e o "problema continua por se resolver".

In JN

22/04/2009

Um projecto inédito para reabilitar o Jardim de Santos

A ExperimentaDesign e a Câmara Municipal de Lisboa com protocolo para a reabilitação e dinamização do jardim.

Um dos projectos especiais da ExperimentaDesign Lisboa 2009 é a reabilitação e dinamização do Jardim de Santos, em colaboração com a CML. Seguindo a linha de pensamento desta edição do evento, com o seu apelo à acção, a ExperimentaDesign está a delinear um plano desenvolvido por uma equipa de criadores portugueses.

O projecto integra estratégias e soluções nas áreas de arquitectura paisagista, design de equipamento, design de luz, design de som, design de comunicação e sinalética.

O plano de revitalização, formulado conjuntamente pela Experimenta e a CML, prevê o redesenho do Jardim de Santos, numa área de 390 metros quadrados, em que se enquadrarão novo mobiliário urbano, equipamentos lúdicos, sinalética e um quiosque para serviço de restauração com uma componente de divulgação cultural.

O inédito projecto pretende assim reposicionar o Jardim de Santos enquanto espaço de lazer tanto para os residentes como para os visitantes de todas as faixas etárias, dinamizando o local para utilização tanto de dia como à noite.

Principal espaço verde público numa área densamente ocupada, a ideia é tornar o Jardim de Santos num espaço cosmopolita, com as suas zonas verdes preservadas e o acréscimo de mais-valia arquitectónica e de design, numa zona que já é referência na cidade como Santos Design District.

Para este projecto multidisciplinar a Experimenta convidou o designer Fernando Brízio, o atelier Pedrita, o arquitecto paisagis- ta João Gomes da Silva, o músico e designer de som Rui Gato, o designer de luz José Álvaro Correia e o designer gráfico António Gomes.

In DN

07/01/2009

Jardim de Santos com cara nova para a ExperimentaDesign

O Jardim de Santos, em Lisboa, vai ser reabilitado por designers, arquitectos e músicos por ocasião da 5ª ExperimentaDesign, a bienal multidisciplinar que regressa a 9 de Setembro à capital. A iniciativa é fruto de um protocolo entre a Experimenta - Associação para a Promoção do Design e Cultura de Projecto e a Câmara Municipal de Lisboa (CML), um acordo “pro bono” “rigorosamente sem qualquer ónus” financeiro adicional “para a CML”, garantiu a presidente da bienal, Guta Moura Guedes. A autarquia é a principal financiadora da ExperimentaDesign até 2013.

O protocolo foi assinado a 18 e Dezembro e a primeira apresentação dos contornos práticos do projecto ao executivo camarário tem lugar no dia 27, apesar de o plano ter sido formulado em conjunto pela Experimenta e pela CML. Em causa está uma intervenção no jardim, sustentável a nível ambiental, com o objectivo de “abrir caminho a novas dinâmicas de utilização e vivência do jardim” de 390 m2, criando um espaço verde, de arquitectura e design, mas que não obrigará ao encerramento do mesmo durante os trabalhos.

Foram convidados para intervir no jardim o designer Fernando Brízio, o atelier de design Pedrita, o arquitecto paisagista João Gomes da Silva, o músico e designer de som Rui Gato, o designer de luz José Álvaro Correia e o designer gráfico António Gomes. A ideia é criar novo mobiliário urbano, equipamentos lúdicos, nova sinalética e um quiosque de restauração e divulgação cultural, tudo para manter o jardim, que fica junto à zona de bares de Santos muito frequentada por jovens, no activo durante dia e noite.

A intervenção no Jardim de Santos tem também como objectivo dinamizar o acesso ao Tejo através da ponte pedonal da zona, bem como favorecer as ligações à zona envolvente, da rua das Janelas Verdes aos Paços do Concelho, passando pela frente Tejo. A organização cultural sem fins lucrativos sublinha ainda que o projecto vai ao encontro de um dos objectivos da bienal: deixar "um legado para a cidade", diz a Experimenta em comunicado.

Este é o primeiro projecto conhecido para o regresso da bienal a Lisboa, depois do cancelamento da edição de 2007 por falta de apoio orçamental da autarquia, então liderada por Carmona Rodrigues. A 5ª ExperimentaDesign vai decorrer entre 9 de Setembro e 8 de Novembro em Lisboa, depois de ter tido uma pré-edição de aquecimento em Setembro de 2008 e uma passagem por Amesterdão no mesmo mês. O tema da 5ª bienal é "It’s About Time" e vai contar com um apoio orçamental de variadas fontes.

A ExperimentaDesign 2009 conta com um apoio de 250 mil euros da EDP e, graças ao protocolo tripartido que vigora até 2013 com os ministérios da Cultura e da Economia e com a Câmara de Lisboa, tem garantido apoio de 200 mil euros por edição da Cultura. Para as seis edições protocoladas, a Economia entra com 750 mil euros e a CML participa com 1,5 milhões de euros. O orçamento da 5ª edição está ainda a ser trabalhado, disse hoje Guta Moura Guedes ao PÚBLICO, e só será finalizado dentro de um mês, sobretudo devido à espera pela aprovação da nova lei que regulamenta os contratos de trabalho.
In Publico.pt

A utilização das expressões "mobiliário urbano" e "design" no mesmo paragrafo inspiram-me medo

05/12/2008

Santos Design District comemora três anos

In Diário de Notícias (6/12/2008)
LUÍS FILIPE RODRIGUES
TIAGO LOURENÇO

«Lojas aderentes com programação especial durante o fim-de-semana
A 6 de Dezembro de 2005, uma série de lojas do bairro de Santos uniu-se sob a designação de Santos Design District (SDD). O conceito pretendia distinguir esta zona de outras áreas da capital, sob um denominador comum: o design. Amanhã, os aderentes assinalam o terceiro aniversário da associação com uma programação especial e um horário alargado, mas também com promoções, produtos exclusivos e outras surpresas. As comemorações continuam pelo fim-de-semana, até segunda-feira. [...]»


Ora aí está um dos poucos casos de sucesso (e poderia ter ainda mais) desta Lisboa deprimente.

16/11/2008

Horários do Bairro com maior controlo

A Polícia Municipal de Lisboa anunciou o reforço de agentes que vão andar a vigiar as horas a que fecham os bares do Bairro Alto. Os comerciantes, e até alguns moradores, temem que se esteja a "matar"a zona.

Bruno Pereira, 27 anos, trabalha há dois no Jurgens Bar, na Rua do Diário de Notícias. Ontem, quando confrontado, pelo JN, com o anúncio de que a Polícia Municipal (PM) vai reforçar o dispositivo de agentes para verificar se todos os estabelecimentos cumprem os novos horários, não hesitou: "Agora que obrigam os bares a fechar mais cedo é que metem mais polícia? Antes ninguém verificava os horários e aí, sim, havia muitos abusos. E andávamos a pagar por mais polícias".

Ainda só passaram duas semanas desde que a Câmara de Lisboa impôs novos horários no Bairro Alto, com os bares a ter que fechar às 2 horas e as discotecas às 4 horas, ao fim-de-semana. Mas só há uma discoteca no Bairro, o Frágil, na Rua da Atalaia. A polémica está para durar. É que, dizem vários dos interpelados, "as pessoas trabalham até às 20 horas, vão a casa mudar de roupa, chegam tarde para jantar nos restaurantes, e depois só lá para a 1.00 hora é que vão para os bares". Um agente da PM reconheceu ao JN: "A noite aqui começa tarde".

Já alguns residentes, como Joaquim Francisco, 76 anos, há mais de 30 anos a morar na Travessa do Poço da Cidade, desdenham destas medidas: "Eles fecham as portas, mas depois os clientes ficam lá dentro até mais tarde". E diz mesmo que o "ruído não incomoda muito, apenas a sujidade".

Também há comerciantes, caso de Jaime Godinho, 41 anos, dono do "41", que se dizem pouco incomodados com as alterações, embora este reconheça perdas de facturação ao fim-de-semana na ordem dos 20%. "Há três anos que abro as portas às 18 horas e nunca fechava depois das três", explicou.

Já Sabine Grün, 44 anos, uma alemã que explora uma loja de roupa na Rua das Salgadeiras e mora no Bairro, foi mais directa: "O problema é a recolha do lixo, que é péssima, isso é que devia mudar". Já sobre a noite do Bairro, diz que "é fantástica, tal como descrevem os guias de turismo". O problema do barulho, para Sabine, "é como viver ao lado do aeroporto". "As pessoas têm de se habituar". E dá o exemplo de Barcelona. "Era uma cidade fantástica para sair à noite, mas leis iguais a estas tornaram-na insuportável" .

In JN

Onde a PM fazia falta era a fiscalizar o estacionamento na zona de Santos que nas noites de sexta e sábado se apodera do largo Vitorino Damásio (sim, esse mesmo que tem um parque subterrâneo) do passeio em redor do Jardim de Santos e dos passeio no cruzamento entre a Rua das Janelas Verdes e a Calçada Ribeiro Santos

13/06/2007

Serviço Público

Em dia de S. António, relembra-se que o santo padroeiro de Lisboa é S. Vicente...
Ver a lenda (em versões diferentes, como é próprio das lendas...) aqui, aqui e aqui.