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Agradecemos muito a visita de todos, concordando ou não com os posts e com os pontos de vista apresentados em cada um. Criamos o blog justamente com esse intuito, para nos posicionarmos a respeito de alguns temas e se possível estimular a reflexão, sem nunca ofender.
Sabemos que alguns assuntos são polêmicos, e muitas vezes já discordância entre os próprios borrifadores! Sabendo disso, estamos sempre abertos e inclusive apreciamos quando recebemos comentários com contra-argumentações aos nossos posts, pois queremos aqui um espaço de discussão e aprofundamento para que cada um possa formar sua opinião.
Por favor, continuem lendo! Agora começarei minha borrifação (que terá uma aplicação prática no final!)
Atualmente eu analiso o mercado musical com duas grandes tendências, uma relativa ao consumo da música, cada vez mais direcionado para a internet e formato digital (o site do iTunes, por exemplo, teve um aumento de 27% nas vendas em 2008); e outra à produção, que está cada vez mais democrática e acessível, com a proliferação de selos, gravadoras independentes, e até mesmo com produções que podem ser feitas em casa ou em mini-estúdios.
Devido à miopia, ou até teimosia das grandes gravadoras, esses novos modelos continuam crescendo.
Ambas são proporcionadas pelos avanços tecnológicos da internet e se juntarmos uma produção mais fácil com um meio mais democrático para disponibilizar as músicas gravadas, chegamos a "maravilhosos fenômenos" como Mallu Magalhães.
Meu ponto nesse post focará na atual produção musical. Na verdade, nem tão atual assim, mas que agora deve aumentar.
Sintetizadores, samplers, entre outras tecnologias começaram a ser muito utilizadas no rock progressivo, no final da década de 60 e início da década de 70, época essa em que era necessário se diferenciar para fazer sucesso, e não fazer exatamente a mesma coisa que todas as outras bandas, como hoje em dia. O que acontece é que nessa época o processo de gravação de um álbum, especificamente de rock progressivo, era muito lento e muito caro, por exigir extremo perfeccionismo dos engenheiros de som e dos músicos. O resultado? Álbuns clássicos e primorosos, porém caros. É dessa época a frase de David Gilmour, guitarrista da banda Pink Floyd: "O equipamento não deve se sobressair (...) Estas coisas dependem de como você as controla, se você as está controlando, e não o contrário (...) O equipamento não pensa o que fazer. Não pode se controlar" É exatamente o ponto de vista que defendo aqui.
Bandas sabiam usar a tecnologia como extensões para sua criatividade, mas o que dizer hoje em dia se qualquer cantorzinho medíocre consegue ajustar uma desafinada em um programa de edição de áudio? Ou as bandas são substituídas por DJs, em alguns estilos musicais que usam apenas sons de computadores, ou a facilidade de gravação e divulgação de material está trazendo a tona bandas que não conseguem sequer tocar 3 acordes ao vivo, afinal, em estúdio, todos os erros no estúdio foram corrigidos, mas no palco...
Fico aqui pensando qual será o álbum clássico que deixaremos para nossos netos, e nessas horas tenho dó do Alan Parson, pois quanto mais fácil e democrático é a produção, mais filtros de qualidade devemos ter.
Agora, mais do que falar, esse blogueiro quer provar como é possível isso acontecer!
Pra isso, nós, os borrifadores, pedimos a colaboração de todos, para que uma composição feita em 30 minutos e gravada em outros 30 minutos seja o próximo hit do carnaval, e seja então a prova de que qualquer um consegue fazer uma música imbecil, com uma letra mais imbecil ainda, sem conhecimento musical algum, gravar num computador e ainda fazer sucesso, afinal, somos medíocres também!
Segue então uma música de autoria dos borrifadores, chamada Bang Bang Bang.
Apreciem!