Memórias de muitos anos de reportagens. Reflexões sobre o presente. Saudades das redacções. Histórias.
Hakuna mkate kwa freaks.
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quinta-feira, fevereiro 03, 2011
terça-feira, dezembro 14, 2010
sexta-feira, dezembro 03, 2010
segunda-feira, março 15, 2010
Publica e notoriamente antiquados
O jornal Público gaba-se de ter seis milhões e meio de leitores online por mês, mas poderia ter o triplo se houvesse alguma estratégia para a Web naquela redacção. Se há, não se nota...
Para além de alguma actualização do noticiário ao longo do dia, o jornal pouco mais faz para agradar aos leitores. É uma espécie de serviço mínimo que facilmente será ultrapassado por quem souber fazer mais e um pouco melhor. Exemplo… a página de vídeos, hoje, teve direito a 5 vídeos novos: Laetitia Sadier , a voz dos Stereolab a solo em Portugal (um vídeo retirado do YouTube); LCD Soundsystem (outro vídeo retirado do YouTube); a morte do actor Peter Graves (igualmente retirado do YouTube); uma historieta sobre um cantor russo (do YouTube, também); um institucional sobre a peça Rei Édipo, em cena no Teatro Nacional Dona Maria II (fonte: Ípsilon). Ou seja, estamos no reino do “faitdivers” e quem quiser ver notícias com imagem terá de continuar a ligar a televisão – ainda devem pensar assim, lá em Picoas.
Para além de alguma actualização do noticiário ao longo do dia, o jornal pouco mais faz para agradar aos leitores. É uma espécie de serviço mínimo que facilmente será ultrapassado por quem souber fazer mais e um pouco melhor. Exemplo… a página de vídeos, hoje, teve direito a 5 vídeos novos: Laetitia Sadier , a voz dos Stereolab a solo em Portugal (um vídeo retirado do YouTube); LCD Soundsystem (outro vídeo retirado do YouTube); a morte do actor Peter Graves (igualmente retirado do YouTube); uma historieta sobre um cantor russo (do YouTube, também); um institucional sobre a peça Rei Édipo, em cena no Teatro Nacional Dona Maria II (fonte: Ípsilon). Ou seja, estamos no reino do “faitdivers” e quem quiser ver notícias com imagem terá de continuar a ligar a televisão – ainda devem pensar assim, lá em Picoas.
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sábado, fevereiro 20, 2010
Notícia escrita por um "pé de microfone"
Acho fantástico que um jornal (qualquer um) faça eco de declarações deste tipo sem as contraditar. Para quem não sabe, o Governo regional paga, sustenta, é a razão de ser do Jornal da Madeira. Deste modo, apesar de ter um preço de capa (meramente simbólico) o jornal é, de facto, oferecido pelas esquinas do Funchal a todos quantos o queiram ler. Deste modo, AJJ não só tem o jornal nas mãos como mata qualquer tentativa de concorrência que surja. É que mais barato que o JM não é possível. Melhorzinho já não seria difícil...
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terça-feira, fevereiro 02, 2010
Calhandreiros
O Mário Crespo tem o direito de escrever o que lhe vai pela alma e o primeiro-ministro o direito de pensar que o Mário é um “débil mental”. Isto não significa que aquilo que o Mário escreveu seja verdade nem que o primeiro-ministro tenha o direito de considerar o jornalista como “um problema a solucionar”.
O problema é que esta história é, de facto, uma “calhandrice” e descortinar a verdade é das tais tarefas difíceis de concretizar, até porque cada qual tem a sua… O Mário considera a fonte credível e publicou. Mas pode estar a beber de uma fonte “inquinada”, isso não podemos avaliar porque o Mário não a revelou. Só o facto da crónica ter sido publicada num site do PSD indicia o aproveitamento político da questão.
Para mim, trata-se de um fait divers pouco dignificante. Para todos os intervenientes.
O problema é que esta história é, de facto, uma “calhandrice” e descortinar a verdade é das tais tarefas difíceis de concretizar, até porque cada qual tem a sua… O Mário considera a fonte credível e publicou. Mas pode estar a beber de uma fonte “inquinada”, isso não podemos avaliar porque o Mário não a revelou. Só o facto da crónica ter sido publicada num site do PSD indicia o aproveitamento político da questão.
Para mim, trata-se de um fait divers pouco dignificante. Para todos os intervenientes.
Ainda assim, acho que devemos escutar o piar do pássaro. Não para o repetir, mas para aprender.
sábado, janeiro 09, 2010
Cão e gatilho
Tudo indica que Manuel Alegre está prestes a anunciar a sua candidatura às próximas eleições presidenciais. O evento aproxima-se e Alegre precisa de ir ocupando terreno (leia-se atenção dos media) para tentar apresentar-se como alternativa real ao actual PR. Não li a entrevista do Expresso. Não dou dinheiro aquele tipo e a edição online só tem trampa e lantejoulas no acesso gratuito.
Mas Cavaco leu, pela certa. Para ele ainda não chegou o dia. O cadeirão é dele e não há memória de um presidente que não tenha conseguido a reeleição para o 2º mandato. Cavaco espera por uma oportunidade. Dizem que será na visita do Papa a Portugal, em Maio próximo. Os salamaleques foram combinados entre a Presidência portuguesa e o Episcopado. Até houve uma aparente indelicadeza de Cavaco, quando o anúncio da visita foi feito primeiro pela Presidência, sem esperar (como seria protocolar) pelo comunicado dos bispos. O Papa será, assim, a espoleta da campanha de Cavaco, o que será uma definitiva separação de águas perante um adversário laico, republicano e socialista.
Mas Cavaco leu, pela certa. Para ele ainda não chegou o dia. O cadeirão é dele e não há memória de um presidente que não tenha conseguido a reeleição para o 2º mandato. Cavaco espera por uma oportunidade. Dizem que será na visita do Papa a Portugal, em Maio próximo. Os salamaleques foram combinados entre a Presidência portuguesa e o Episcopado. Até houve uma aparente indelicadeza de Cavaco, quando o anúncio da visita foi feito primeiro pela Presidência, sem esperar (como seria protocolar) pelo comunicado dos bispos. O Papa será, assim, a espoleta da campanha de Cavaco, o que será uma definitiva separação de águas perante um adversário laico, republicano e socialista.
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sábado, novembro 14, 2009
A namorada
Primeiro, quero dizer que conheço a Fernanda Câncio, trabalhei com ela uns meses e julgo que terei ido a dois ou três jantares onde a Fernanda também esteve. Ou seja, não somos amigos mas aprecio as suas qualidades profissionais e agrada-me a frontalidade e a argumentação que utiliza na discussão dos pontos de vista que defende.
Posto isto, quero também dizer que acho de mau gosto, misógino até, que utilizem o argumento dela ser a “namorada do primeiro-ministro” para rebaterem as opiniões que expressa.
Na verdade, seria muito mais fácil para a Fernanda Câncio se ela se protegesse um pouco e tivesse a humildade de perceber que nem sempre a convidam pelo intelecto.
No programa “A Torto e a Direito” da TVI terá sido esse o caso. Quem eles queriam ali era mesmo a namorada do primeiro-ministro e não a jornalista Fernanda Câncio.
Foi uma armadilha que teria sido fácil evitar, caso a vaidade não lhe tivesse toldado a perspicácia.
De resto, já tinha escrito isto mesmo em Fevereiro e Abril passados.
Posto isto, quero também dizer que acho de mau gosto, misógino até, que utilizem o argumento dela ser a “namorada do primeiro-ministro” para rebaterem as opiniões que expressa.
Na verdade, seria muito mais fácil para a Fernanda Câncio se ela se protegesse um pouco e tivesse a humildade de perceber que nem sempre a convidam pelo intelecto.
No programa “A Torto e a Direito” da TVI terá sido esse o caso. Quem eles queriam ali era mesmo a namorada do primeiro-ministro e não a jornalista Fernanda Câncio.
Foi uma armadilha que teria sido fácil evitar, caso a vaidade não lhe tivesse toldado a perspicácia.
De resto, já tinha escrito isto mesmo em Fevereiro e Abril passados.
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quarta-feira, outubro 14, 2009
Muito económico
Vi hoje na Net, pela 1ª vez, o novo jornal Brasil Económico que a Ongoing (a tal empresa que comprou a TVI) acaba de lançar no Brasil, precisamente. Parece, segundo rezaram algumas crónicas cá do burgo, que se trata de um projecto que José Eduardo Moniz acompanha de perto.
Gostei do grafismo do jornal, tem boas fotos e uma paginação agradável. Tem pouca publicidade formal, digamos assim… porque anda por aí muito “jornalismo” económico que mais não é que serviço de agência de comunicação bem pago. Mas enfim, há que saber ler nas entrelinhas.
Procurei a ficha técnica e contei 63 jornalistas. Para um jornal não está mal, isto comparando com a meia dúzia de estagiários imberbes que a mesma Ongoing contratou para o novo Canal Económico que deve estrear no cabo dentro de algumas semanas. Meia dúzia de estagiários, para um canal de televisão que vai emitir 7/7 e 24/24… parece-me manifestamente insuficiente. A não ser que seja a redacção da TVI a tomar conta daquilo…
Gostei do grafismo do jornal, tem boas fotos e uma paginação agradável. Tem pouca publicidade formal, digamos assim… porque anda por aí muito “jornalismo” económico que mais não é que serviço de agência de comunicação bem pago. Mas enfim, há que saber ler nas entrelinhas.
Procurei a ficha técnica e contei 63 jornalistas. Para um jornal não está mal, isto comparando com a meia dúzia de estagiários imberbes que a mesma Ongoing contratou para o novo Canal Económico que deve estrear no cabo dentro de algumas semanas. Meia dúzia de estagiários, para um canal de televisão que vai emitir 7/7 e 24/24… parece-me manifestamente insuficiente. A não ser que seja a redacção da TVI a tomar conta daquilo…
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quinta-feira, outubro 01, 2009
Ele há coincidências do Diabo
Aguardam-se, agora, reacções veementes e preocupadas pela preservação da Liberdade de expressão. Reúnam a competente Comissão Parlamentar, faça-se ouvir a ERC, cadê os clamores dos pares deste José Manuel?, publiquem as deliberações de todas as comissões políticas, revelem os pensamentos dos maníacos da perseguição. Manela, não vais só para o Inferno, já tens companhia.
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segunda-feira, setembro 21, 2009
Mais um para o desemprego
Ou é um agente com uma agenda política escondida ou é um tonto destravado ou, então, é mais um cordeiro sacrificado pela perfídia política. Acreditem no que vos der mais jeito, mas eu não alinho em alegações de loucura temporária nem em actos motivados pelo álcool. Mesmo se 20 anos de serviços fiéis à criatura possam levar qualquer um a desvairar por completo…
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socorro tirem-me daqui
sexta-feira, setembro 18, 2009
Fontanário inquinado
Quando era pequenino e me iniciei nestas coisas do jornalismo, ensinaram-me que não se deixam perguntas no ar. Um jornalista encontra respostas para as questões que coloca e, de preferência, até mais do que uma.
Quando o Público faz manchetes tipo “Estarão os assessores da Presidência a ser vigiados?”, tripudiando todos os manuais sem procurar sequer o contraditório, era óbvio que alguma coisa estava mal naquela prosa.
Hoje, a tramóia foi desvendada na 1ªpágina do Diário de Notícias. Digamos que quase tudo o que está ali escrito deve ser verdade. E utilizo o “quase” à cautela, porque também me parece claro que o DN está a ser utilizado no contra-ataque do gabinete do primeiro-ministro. E, no final, até pode ser verdade que algum SIS ande por aí a espiar telemóveis e emails de assessores e jornalistas. Ou então, o DN que nos diga quem lhe deu a cópia do email altamente confidencial enviado por um editor do Público ao correspondente do jornal no Funchal.
Na verdade, nada disto surpreende. Já aqui deixei no blogue alguns testemunhos da manipulação exercitada por órgãos de soberania. Leiam este, só para relembrar...
Quando o Público faz manchetes tipo “Estarão os assessores da Presidência a ser vigiados?”, tripudiando todos os manuais sem procurar sequer o contraditório, era óbvio que alguma coisa estava mal naquela prosa.
Hoje, a tramóia foi desvendada na 1ªpágina do Diário de Notícias. Digamos que quase tudo o que está ali escrito deve ser verdade. E utilizo o “quase” à cautela, porque também me parece claro que o DN está a ser utilizado no contra-ataque do gabinete do primeiro-ministro. E, no final, até pode ser verdade que algum SIS ande por aí a espiar telemóveis e emails de assessores e jornalistas. Ou então, o DN que nos diga quem lhe deu a cópia do email altamente confidencial enviado por um editor do Público ao correspondente do jornal no Funchal.
Na verdade, nada disto surpreende. Já aqui deixei no blogue alguns testemunhos da manipulação exercitada por órgãos de soberania. Leiam este, só para relembrar...
O que dirá MFL disto tudo?
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terça-feira, setembro 08, 2009
Recados
As notícias já não são o que eram e, hoje, torna-se difícil confiar abertamente naquilo que lemos nos jornais ou ouvimos nas rádios e tv’s…
Hoje, por exemplo, li uma notícia que “cheira a recado” à distância… Depois de dar conta da pretensão de Manuela Moura Guedes em ser ouvida na ERC, por causa do conflito que a opõe à administração da TVI, o escriba escreve que “as negociações entre a Prisa (dona da TVI) e a Ongoing parecem correr pelo melhor” … Parecem? A quem?
Escrito assim, parece-me a mim que o recado tem um destinatário: o dono da SIC. O remetente será o dono da Ongoing. O segundo quer comprar a televisão do primeiro, a que está ligado por laços familiares e vinte e tal por cento de acções… mas como o padrinho não quer vender (talvez, afinal, se trate apenas de uma questão de preço…), o afilhado ameaça comprar a empresa rival. Assim, talvez consiga vergar a teimosia do velho.
Talvez não seja nada disto que estou para aqui a dizer e, de facto, a Ongoing queira mesmo comprar a TVI para dar cabo da SIC. Se for assim, a Prisa vai acabar por vender a quem lhe roubou o director-geral que, no âmbito do actual conflito interno, já disse cobras e lagartos dos administradores com quem conviveu durante 11 anos. Além disso, se a Ongoing comprar mesmo a TVI, esse mesmo director-geral acaba por regressar às origens e passará a ser o primeiro português a quem pagaram 3 milhões de € para ir de férias.
Entretanto, outros jornais e alguns partidos políticos alimentam a novela da suspensão do Jornal Nacional de 6ªfeira, teimando em criar um facto político onde só existe uma decisão administrativa, quer queiram, quer não...
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terça-feira, junho 30, 2009
O que vale uma borla
Não leio jornais gratuitos. Acho que o conceito de gratuito é um logro destinado a vender gato por lebre. Os ditos jornais mais não são que veículos publicitários travestidos de informação noticiosa. Não os leio e acabou-se.
Normalmente, leio os jornais na internet. A homepage do meu computador é o site EusouJornalista e é por lá que faço a primeira ronda pelos títulos. Depois, se acho que alguma coisa o justifica, vou ao quiosque e compro um jornal.
Mas, hoje, e pela 2ªvez nos últimos tempos, fui surpreendido com a oferta de um jornal. Parei num posto da BP para abastecer o carro, tomei um café e pedi o jornal i. Com o talão da despesa, o funcionário do posto deu-me o Jornal de Notícias. Há dias aconteceu-me o mesmo com o Público, oferecido num supermercado.
Acho que se trata de um estratagema inaceitável, de uma deslealdade a toda a prova. Basta que se saiba que estão a dar um determinado jornal para que todos os outros títulos deixem de ter procura. A maioria das pessoas não tem grandes convicções quanto à escolha de um jornal e se estão a dar um, sempre se poupa 1 €…
Tenho algumas dúvidas quanto aos benefícios comerciais de uma acção deste género. Será que oferecer um jornal durante algum tempo cria alguma habituação no leitor? Ou será que o valor que damos às borlas é directamente proporcional ao que esse produto nos custou?
Na verdade… eu trouxe o JN, mas ainda nem o folheei. O que eu queria mesmo era ler o i pelas razões que já expus no post anterior.
Normalmente, leio os jornais na internet. A homepage do meu computador é o site EusouJornalista e é por lá que faço a primeira ronda pelos títulos. Depois, se acho que alguma coisa o justifica, vou ao quiosque e compro um jornal.
Mas, hoje, e pela 2ªvez nos últimos tempos, fui surpreendido com a oferta de um jornal. Parei num posto da BP para abastecer o carro, tomei um café e pedi o jornal i. Com o talão da despesa, o funcionário do posto deu-me o Jornal de Notícias. Há dias aconteceu-me o mesmo com o Público, oferecido num supermercado.
Acho que se trata de um estratagema inaceitável, de uma deslealdade a toda a prova. Basta que se saiba que estão a dar um determinado jornal para que todos os outros títulos deixem de ter procura. A maioria das pessoas não tem grandes convicções quanto à escolha de um jornal e se estão a dar um, sempre se poupa 1 €…
Tenho algumas dúvidas quanto aos benefícios comerciais de uma acção deste género. Será que oferecer um jornal durante algum tempo cria alguma habituação no leitor? Ou será que o valor que damos às borlas é directamente proporcional ao que esse produto nos custou?
Na verdade… eu trouxe o JN, mas ainda nem o folheei. O que eu queria mesmo era ler o i pelas razões que já expus no post anterior.
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domingo, junho 21, 2009
Espreitar o futuro
Um blogue sem caixa de comentários é um blogue amputado. Por muito que nos custe (refiro-me aos que escrevem nos seus próprios blogues) aturar alguns chatos que por aqui aparecem, a caixa de comentários é a ponte do blogue com o resto do Mundo e é um palco privilegiado para a troca de ideias, para a discussão. Vem isto a propósito de um texto publicado no Novo Mundo e que eu gostaria de ter tido oportunidade de comentar publicamente, até para ter reacções ao meu próprio comentário.
Bom, a Isabela fala sobre o futuro dos jornais, se as edições impressas vão morrer e ser ou não substituídas por versões on line. Diz ela que não se imagina a ler o seu jornal favorito num ecrã de computador... pois eu já só leio jornais no computador e acredito que dentro de alguns anos teremos alguns novos meios de comunicação bem mais populares que os tradicionais.
De acordo com dados do Netscope, o número de visitas aos principais sites noticiosos portugueses aumentou 15 por cento nos primeiros meses de 2009, quando comparado com o período homólogo do ano passado. Os sites noticiosos mais visitados este ano foram A Bola, o Record, O Jogo, o PÚBLICO, Sapo Notícias, Correio da Manhã e o Jornal de Notícias.
Na média dos cinco primeiros meses deste ano, o PÚBLICO lidera entre os jornais generalistas, atingindo pouco mais do que cinco milhões de visitas por mês, um crescimento de 17 por cento face ao ano passado. Já no ranking relativo a Maio de 2009, o PÚBLICO ocupa também a primeira posição no segmento dos generalistas, com 5,3 milhões de visitas. Falamos do Público, um jornal que não consegue vender de modo a tornar-se um verdadeiro negócio para o seu proprietário e que só ainda não fechou porque Belmiro de Azevedo não quis.
De resto, alguns dos grandes patrões do sector acreditam que essa mudança é impossível de conter. Há dias, li uma notícia que dava conta de que Rupert Murdoch vê num futuro próximo o fim da maioria das edições em papel e a transformação dos jornais em produtos analógicos, com actualização constante de notícias. Não haverá volta a dar-lhe, é uma questão geracional, os jovens já não compram jornais mas lêem no computador, no notebook, no iPhone.
Esta revolução já está em marcha. Já há exemplos, como nos EUA e na Finlândia, por exemplo, de jornais que abandonaram o papel para se dedicarem em exclusivo à internet.
Em Portugal, essa mudança ainda não aconteceu, ainda nenhum jornal se atreveu a abandonar o papel, mas todos os principais órgãos de comunicação social têm uma versão net, quer sejam jornais, revistas, rádios ou canais de televisão. E não se limitam a difundir texto, mesmo os jornais e as rádios incluem notícias vídeo nos seus sites, o que revela o formato futuro dos órgãos de comunicação social, que deixarão de se diferenciar em imprensa escrita, rádio ou tv, para serem todos tudo isso ao mesmo tempo.
Alguns jornalistas portugueses mais empreendedores, julgo que empurrados pelo desemprego e a falta de perspectiva de voltarem a ser assalariados, já estão a ensaiar os seus próprios sites noticiosos. Chamo a atenção para o Jornal do Pau, o Diário2.com ou, se quiserem ver uma coisa estrangeira, a Current TV americana. Espreitem… é o futuro.
Bom, a Isabela fala sobre o futuro dos jornais, se as edições impressas vão morrer e ser ou não substituídas por versões on line. Diz ela que não se imagina a ler o seu jornal favorito num ecrã de computador... pois eu já só leio jornais no computador e acredito que dentro de alguns anos teremos alguns novos meios de comunicação bem mais populares que os tradicionais.
De acordo com dados do Netscope, o número de visitas aos principais sites noticiosos portugueses aumentou 15 por cento nos primeiros meses de 2009, quando comparado com o período homólogo do ano passado. Os sites noticiosos mais visitados este ano foram A Bola, o Record, O Jogo, o PÚBLICO, Sapo Notícias, Correio da Manhã e o Jornal de Notícias.
Na média dos cinco primeiros meses deste ano, o PÚBLICO lidera entre os jornais generalistas, atingindo pouco mais do que cinco milhões de visitas por mês, um crescimento de 17 por cento face ao ano passado. Já no ranking relativo a Maio de 2009, o PÚBLICO ocupa também a primeira posição no segmento dos generalistas, com 5,3 milhões de visitas. Falamos do Público, um jornal que não consegue vender de modo a tornar-se um verdadeiro negócio para o seu proprietário e que só ainda não fechou porque Belmiro de Azevedo não quis.
De resto, alguns dos grandes patrões do sector acreditam que essa mudança é impossível de conter. Há dias, li uma notícia que dava conta de que Rupert Murdoch vê num futuro próximo o fim da maioria das edições em papel e a transformação dos jornais em produtos analógicos, com actualização constante de notícias. Não haverá volta a dar-lhe, é uma questão geracional, os jovens já não compram jornais mas lêem no computador, no notebook, no iPhone.
Esta revolução já está em marcha. Já há exemplos, como nos EUA e na Finlândia, por exemplo, de jornais que abandonaram o papel para se dedicarem em exclusivo à internet.
Em Portugal, essa mudança ainda não aconteceu, ainda nenhum jornal se atreveu a abandonar o papel, mas todos os principais órgãos de comunicação social têm uma versão net, quer sejam jornais, revistas, rádios ou canais de televisão. E não se limitam a difundir texto, mesmo os jornais e as rádios incluem notícias vídeo nos seus sites, o que revela o formato futuro dos órgãos de comunicação social, que deixarão de se diferenciar em imprensa escrita, rádio ou tv, para serem todos tudo isso ao mesmo tempo.
Alguns jornalistas portugueses mais empreendedores, julgo que empurrados pelo desemprego e a falta de perspectiva de voltarem a ser assalariados, já estão a ensaiar os seus próprios sites noticiosos. Chamo a atenção para o Jornal do Pau, o Diário2.com ou, se quiserem ver uma coisa estrangeira, a Current TV americana. Espreitem… é o futuro.
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quinta-feira, junho 04, 2009
Como o Le Monde fala de nós
Au Portugal, les "recibos verdes" incarnent l'extrême précarité du travail – titula hoje o jornal francês Le Monde, revelando uma originalidade vergonhosa que em França não existe.
Não que em frança não exista muito trabalho precário, temporário, em part-time, mas o que não existe é um regime laboral onde o trabalhador não só está completamente desamparado face às prepotências patronais como abandonado pelo próprio Estado, não beneficiando da maioria dos direitos que cabe a um assalariado.
Em França não existem recibos verdes. Nem de cor nenhuma. O que existe é o chamado CDD – contrato de trabalho a termo – que pode ser celebrado por apenas um dia. Se uma empresa precisa de alguém apenas por 1 dia, ou para suprir uma falta pontual, celebra esse contrato de trabalho com o trabalhador e, assim, tanto a empresa como o trabalhador pagam os respectivos impostos. A empresa cumpre com a sua responsabilidade social, o trabalhador vai descontando para a reforma, para o fundo de desemprego, para a segurança social. Trata-se de um regime bastante mais equitativo que esta escravatura a recibo verde a que estamos sujeitos em Portugal.
O artigo traça um panorama negro para os trabalhadores portugueses : « pour le Portugal plus de chômage, plus de précarité, moins de pouvoir d'achat, le tout avec un déficit public et une dette creusés. »
Não que em frança não exista muito trabalho precário, temporário, em part-time, mas o que não existe é um regime laboral onde o trabalhador não só está completamente desamparado face às prepotências patronais como abandonado pelo próprio Estado, não beneficiando da maioria dos direitos que cabe a um assalariado.
Em França não existem recibos verdes. Nem de cor nenhuma. O que existe é o chamado CDD – contrato de trabalho a termo – que pode ser celebrado por apenas um dia. Se uma empresa precisa de alguém apenas por 1 dia, ou para suprir uma falta pontual, celebra esse contrato de trabalho com o trabalhador e, assim, tanto a empresa como o trabalhador pagam os respectivos impostos. A empresa cumpre com a sua responsabilidade social, o trabalhador vai descontando para a reforma, para o fundo de desemprego, para a segurança social. Trata-se de um regime bastante mais equitativo que esta escravatura a recibo verde a que estamos sujeitos em Portugal.
O artigo traça um panorama negro para os trabalhadores portugueses : « pour le Portugal plus de chômage, plus de précarité, moins de pouvoir d'achat, le tout avec un déficit public et une dette creusés. »
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quinta-feira, maio 28, 2009
Decisão sem consequências
Como seria de esperar, a ERC condenou a TVI por má conduta ético-deontológica. Diz o comunicado da ERC, que “em causa estão sete peças de três edições do Jornal Nacional de sexta da TVI, que foram analisadas pelos serviços técnicos da ERC depois de terem sido apresentadas 13 queixas na ERC sobre essas edições do serviço noticioso. Todas as queixas têm como elemento comum o facto de acusarem a TVI de violar deveres ético-legais do jornalismo, designadamente de falta de rigor e de isenção, em peças jornalísticas que apresentam o Primeiro-Ministro ou outras pessoas ligadas ao Governo e ao PS como protagonistas.”
A ERC apreciou 13 queixas que lhe foram dirigidas, uma das quais pelo deputado Arons de Carvalho, entre os dias 16 de Fevereiro e 30 de Março de 2009. Não sabemos se haverá mais queixas do mesmo teor, mas é possível que haja. E, sendo assim, é possível que a TVI continue a levar com cartões amarelos. Só que, neste caso, a acumulação de cartões amarelos não dá direito nem a suspensão nem a expulsão do jogo, ou seja, nada disto tem consequências e a TVI poderá continuar a fazer o que tem feito sem problemas, para além de alguma censura pública.
Tudo isto é bom para as audiências (amanhã, o país inteiro vai estar sintonizado na TVI às 20 horas), pelo menos enquanto não houver uma decisão judicial inequívoca em relação aos problemas que envolvem o primeiro-ministro, nomeadamente o caso Freeport e o caso Cova da Beira, este último ainda por explorar devidamente pela média se o compararmos com o tratamento dado ao Freeport.
Voltando ao contencioso ERC/TVI, é óbvio que perante acusações de falta de isenção e imparcialidade, o Jornal Nacional de 6ªfeira não tem salvação possível. Agora, na minha opinião, pese embora a ERC seja, alegadamente, um órgão independente do governo, não se livra da fama de pau mandado e… são legítimas as leituras políticas sobre as decisões que toma. Não faltarão clamores contra esta decisão condenatória que muitos não hesitarão em apelidar de censória. É por isso que este género de conflito deve ser dirimido na barra do tribunal. Onde os arguidos têm direito a defesa e os condenados direito a recurso.
A ERC apreciou 13 queixas que lhe foram dirigidas, uma das quais pelo deputado Arons de Carvalho, entre os dias 16 de Fevereiro e 30 de Março de 2009. Não sabemos se haverá mais queixas do mesmo teor, mas é possível que haja. E, sendo assim, é possível que a TVI continue a levar com cartões amarelos. Só que, neste caso, a acumulação de cartões amarelos não dá direito nem a suspensão nem a expulsão do jogo, ou seja, nada disto tem consequências e a TVI poderá continuar a fazer o que tem feito sem problemas, para além de alguma censura pública.
Tudo isto é bom para as audiências (amanhã, o país inteiro vai estar sintonizado na TVI às 20 horas), pelo menos enquanto não houver uma decisão judicial inequívoca em relação aos problemas que envolvem o primeiro-ministro, nomeadamente o caso Freeport e o caso Cova da Beira, este último ainda por explorar devidamente pela média se o compararmos com o tratamento dado ao Freeport.
Voltando ao contencioso ERC/TVI, é óbvio que perante acusações de falta de isenção e imparcialidade, o Jornal Nacional de 6ªfeira não tem salvação possível. Agora, na minha opinião, pese embora a ERC seja, alegadamente, um órgão independente do governo, não se livra da fama de pau mandado e… são legítimas as leituras políticas sobre as decisões que toma. Não faltarão clamores contra esta decisão condenatória que muitos não hesitarão em apelidar de censória. É por isso que este género de conflito deve ser dirimido na barra do tribunal. Onde os arguidos têm direito a defesa e os condenados direito a recurso.
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quarta-feira, maio 13, 2009
O Bom Patrão
O que sabem os jornalistas uns dos outros? Dos problemas que defrontamos, das pressões, das angústias… Seremos alguns milhares, exercitamo-nos na mesma profissão, mas cada um de nós é uma ilha e quase não nos apercebemos do que se passa nas proximidades. Às vezes, nem na proximidade mais próxima que é a redacção onde trabalhamos.
Vem isto a propósito de um email que recebi de um amigo, também ele jornalista. Dava-me a conhecer um artigo publicado no Jornal de Negócios, em 24 de Novembro passado, a propósito do que se passa no BPN. O artigo é assinado pelo jornalista Camilo Lourenço (1ªfoto), ex-director da revista Exame, onde ele relata as circunstâncias em que foi despedido pelo Dr.Balsemão, na sequência de uma notícia publicada em primeiríssima mão nessa revista, em 2001, onde se alertava para actos de má gestão no BPN.
Logo após a publicação dessa notícia, que fez a manchete dessa edição da Exame, Dias Loureiro conversou com Pinto Balsemão e a revista teve um novo director algum tempo depois. A revista pediu desculpa ao BPN e a vida continuou a sorrir a todos, menos ao jornalista despedido, é claro.
Sete anos passados, sabemos quem tinha razão e sabemos quem enganou, aldrabou, manipulou e quem encobriu tudo isso. O que se passou no BPN, e também no BPP, não será obra de um homem só, mas de um grupo que se conluiou para lucrar de modo ilícito com o dinheiro dos incautos depositantes.
Mas as águas estão separadas. Hoje, só continua enganado quem quer. Balsemão beneficiou injustamente da imagem do “bom patrão”, do empresário que respeitava o critério jornalístico e que não se imiscuía nos conteúdos dos órgãos de que era proprietário e administrador. Uma mentira alimentada pelo próprio, ainda hoje, quando se autoproclama “jornalista”. Pois, não consta que o Dr. Balsemão tencione agora readmitir o jornalista que injustamente despediu ou, sequer, pedir-lhe desculpa.
Pena é que estas situações continuem rodeadas pela penumbra silenciosa do medo e da reverência que os jornalistas prestam a Balsemão.
Vem isto a propósito de um email que recebi de um amigo, também ele jornalista. Dava-me a conhecer um artigo publicado no Jornal de Negócios, em 24 de Novembro passado, a propósito do que se passa no BPN. O artigo é assinado pelo jornalista Camilo Lourenço (1ªfoto), ex-director da revista Exame, onde ele relata as circunstâncias em que foi despedido pelo Dr.Balsemão, na sequência de uma notícia publicada em primeiríssima mão nessa revista, em 2001, onde se alertava para actos de má gestão no BPN.
Logo após a publicação dessa notícia, que fez a manchete dessa edição da Exame, Dias Loureiro conversou com Pinto Balsemão e a revista teve um novo director algum tempo depois. A revista pediu desculpa ao BPN e a vida continuou a sorrir a todos, menos ao jornalista despedido, é claro.
Sete anos passados, sabemos quem tinha razão e sabemos quem enganou, aldrabou, manipulou e quem encobriu tudo isso. O que se passou no BPN, e também no BPP, não será obra de um homem só, mas de um grupo que se conluiou para lucrar de modo ilícito com o dinheiro dos incautos depositantes.
Mas as águas estão separadas. Hoje, só continua enganado quem quer. Balsemão beneficiou injustamente da imagem do “bom patrão”, do empresário que respeitava o critério jornalístico e que não se imiscuía nos conteúdos dos órgãos de que era proprietário e administrador. Uma mentira alimentada pelo próprio, ainda hoje, quando se autoproclama “jornalista”. Pois, não consta que o Dr. Balsemão tencione agora readmitir o jornalista que injustamente despediu ou, sequer, pedir-lhe desculpa.
Pena é que estas situações continuem rodeadas pela penumbra silenciosa do medo e da reverência que os jornalistas prestam a Balsemão.
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quinta-feira, maio 07, 2009
quinta-feira, março 05, 2009
Ir à bola
Quem diria… mas vão ser os futebolistas a dar-nos uma lição de solidariedade e cidadania. Na 4ªfeira, a notícia foi despoletada pelo apelo à greve geral feito pelo plantel do Estrela da Amadora, cujos jogadores têm salários em atraso.
O problema do Estrela não deve ser caso único, pela certa. Mas as reacções de apoio à greve não se fizeram esperar e chegaram de onde menos se esperaria, ou seja, de alguns dos mais bem pagos jogadores nacionais, casos de Nuno Gomes, do Benfica, ou de Marco Caneira, do Sporting.
Como duvido que os clubes consigam cumprir com o que acordam, não só com os jogadores com quem celebram contratos de trabalho, mas também com a sua própria massa associativa, a quem pedem que votem orçamentos e contas… tudo indica que vai haver uma greve geral de futebolistas no início da próxima época.
Em muitas classes profissionais, este tipo de solidariedade e união seria muito bem vindo e espantaria menos. No caso dos jornalistas, por exemplo… onde solidariedade foi coisa pouco vista e sentida na recente greve que decorreu na Controlinvest. Tal como disse um jornalista visitante deste blog, “a greve foi o que foi, como o são todas as greves da classe. Umbiguismo a rodos nas redacções; os mais velhos já esqueceram o que é a solidariedade, os mais novos duvido que alguma vez o venham a saber.”
Vou passar a ir à bola.
Como duvido que os clubes consigam cumprir com o que acordam, não só com os jogadores com quem celebram contratos de trabalho, mas também com a sua própria massa associativa, a quem pedem que votem orçamentos e contas… tudo indica que vai haver uma greve geral de futebolistas no início da próxima época.
Em muitas classes profissionais, este tipo de solidariedade e união seria muito bem vindo e espantaria menos. No caso dos jornalistas, por exemplo… onde solidariedade foi coisa pouco vista e sentida na recente greve que decorreu na Controlinvest. Tal como disse um jornalista visitante deste blog, “a greve foi o que foi, como o são todas as greves da classe. Umbiguismo a rodos nas redacções; os mais velhos já esqueceram o que é a solidariedade, os mais novos duvido que alguma vez o venham a saber.”
Vou passar a ir à bola.
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