O Outono vai-se embora e, para que perdure, deixo aqui estas lágrimas de outono.
É a minha estação do ano preferida, a que mais me emociona, na que me sinto mais feliz.
Estes versos como um até breve, e que venham muitos mais!
Desde os Jardins POLIFILO de Valência...
ARREPIO OUTONAL
Chove,
faz frio,
o céu ficou vermelho,
o campo triste;
ficou encharcado,
arrepio outonal!
Tudo é diferente.
Céus cinzentos,
quase pretos.
Fortes ventos,
folhas caídas,
árvores nuas.
Encheu-se tudo de folhas,
as que ainda ficam!
algo desfeitas e amareladas,
dão a nota outonal.
A erva ficou
coberta dum manto ocre.
A saraiva cobriu o jardim,
maltratou as plantas.
Algumas notas coloridas
embelezam velhos recantos:
são as cores do momento!
A neve pintou de branco,
caminhos e telhados.
Isto sim é Outono!
Pareceu-me cruel
e, ao mesmo tempo, fugaz:
mas é Outono!
ESCALOFRÍO OTOÑAL
Llueve,
hace frío,
el cielo enrojece,
el campo entristece;
quedó encharcado
¡escalofrío otoñal!
Todo es diferente.
Cielos grises,
casi negros.
Fuertes vientos,
hojas caídas,
árboles desnudos,
¡Todo se llenó de hojas,
las que aún quedan!
algo rotas y amarillentas
dan la nota otoñal.
La hierva se ha quedado
cubierta de un manto ocre.
El granizo cubrió el jardín,
maltrató las plantas.
Algunas notas de color
embelezan viejos rincones:
¡son los colores del momento!
La nieve pintó de blanco,
caminos y tejados.
¡Esto si es otoño!
Me pareció cruel
y, a la vez, fugaz:
¡pero es otoño!
Ante o atento olhar do gato, uma tímida flor de trevo surge do pouco de verde que se mantém deste Outono.
Muita sorte e a melhor saúde.