O projecto Volta ao Mundo em Arroios continua (recorde-se a semana de Cabo Verde) a trazer para o centro da cidade e a celebrar a multiculturalidade que compõe esta nova super-freguesia lisboeta, com habitantes de 60 nacionalidades. Estivemos na apresentação da Semana do Bangladesh para conhecer um pouco mais da gastronomia e cultura deste país com uma ligação histórica secular com Portugal.
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segunda-feira, 19 de janeiro de 2015
segunda-feira, 4 de agosto de 2014
Polónia
Quem me acompanha pelo Instagram, viu alguns dos momentos das minhas férias na Polónia. Passámos por Varsóvia e Cracóvia, percorrendo de comboio as planícies cultivadas do país. Foi a viagem em que mais aproveitamos para conhecer a gastronomia local, até porque os preços são permissivos, neste antigo país do antigo bloco comunista. Enquanto conhecíamos este país tão devastado pela II Guerra, íamos somando as especialidades de uma gastronomia bastante baseada na carne mas onde os pickles e o endro fazem as suas maravilhas. É influenciada pela cultura de Leste mas também pela da Europa Central, e em qualquer lado se encontra uma tarte de maçã... O serviço foi mais acolhedor nos restaurantes de Cracóvia, porque nas refeições mais ligeiras em pontos mais turísticos de Varsóvia encontrámos alguns rostos demasiado fechados... O (meu) destaque vai para a sopa fria de beterraba (chłodnik) e o bife tártaro. Férias são férias!
Vista de um mercado de rua em Cracóvia; pretzels na rua em Cracóvia e servido num bar com mostarda à antiga e pickle de pepino; mercado
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Sopa de beterraba com dumplings (quente); zurek; pernil de porco com sauerkraut e batatas à Cracóvia (com endro); frango estufado com tomilho
A Marmita Lisboeta está
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quinta-feira, 17 de julho de 2014
#Days
A minha ausência do blog deve-se a duas coisas principais: uma viagem de trabalho a Inglaterra e a aproximação das férias, com o que isso implica de terminar tarefas. Por isso, o registo dos dias refere-se a essa viagem, que me mostrou que não tenho saudades dos três meses que vivi em Inglaterra, sobretudo em termos de poluição e de comida... Mas houve opções interessantes e momentos engraçados.
Como já sugeri por aqui, a minha opção em Inglaterra quando ando pela rua são as refeições do Marks & Spencer, que tem algumas combinações interessantes: aqui foi uma salada de bulgur com falafel, feta e tomate cherry e hummus |
Marmite (você) e um coração, no buffet do pequeno-almoço do hotel onde fiquei: como não amar? |
quarta-feira, 25 de junho de 2014
[Guest blogger] Salada de beringela, by Flores de Oliveira
A Gilberta, ou Gila, como é mais conhecida na blogosfera, é a autora do lindíssimo blog Flores de Oliveira. Está há três anos com a família em Omã, um país de cultura e clima muito diferentes de Portugal. "Mas é um país seguro e com pessoas simpáticas, há uma grande
comunidade de expatriados. Esta relação com pessoas de tantos lugares
diferentes é muito enriquecedora".
A relação com as marmitas é a de mãe: "preparo marmita todos os dias para a minha
filha, que tem de levar o almoço para a escola. Aqui
temos de ter em atenção que as temperaturas são bastante altas e mesmo levando
o almoço nas lancheiras térmicas tentamos não colocar nada que seja mais
susceptível de estragar. Fruta fresca, saladas com massa
e vegetais, hambúrgueres (de vegetais ou frango) costumam funcionar bem", partilha a Gila.
Quando perguntamos do que sente saudades em relação à gastronomia portuguesa, diz: "sinto falta de tudo em relação à gastronomia! As
frutas e os legumes próprios de cada estação, o bacalhau, a broa de milho, a
couve galega..." Mas do novo país já adoptou definitivamente as especiarias, que antes usava pouco, e ervas aromáticas como a menta em pratos salgados, as tâmaras e a romã.
Dessa terra quente, onde "as estações do ano sabem todas a Verão", a Gila envia-nos uma salada que casa na
perfeição com umas sardinhas assadas na brasa e que tem esses novos sabores que ela já adoptou do país que a acolheu. Mas o Verão português fica numa memória: "faz-me lembrar das
sardinhadas que nesta altura do ano acontecem por todo lado aí em Portugal: aqui também temos sardinhas, mas sabem diferente!" A saudade é a memória do que nos faz felizes.
Salada de beringela, by Flores de Oliveira
(serve 4)
4 beringelas médias
2 cebolinhas novas,
cortadas em rodelas fininhas
2 dentes de alho finamente
picados
sumo de 1 limão (ou mais,
a gosto)
sal q.b.
20 tomates cereja,
cortados em quartos
1 mão cheia de salsa, finamente picada
1 mão cheia de menta,
finamente picada
1 mão cheia de grãos de
romã
azeite extra virgem
Picar as beringelas com um
garfo. Grelhar na brasa, virando constantemente, até começar a murchar (pode
também grelhar as beringelas no forno, usando o Grill no máximo). Colocar num
coador e deixar arrefecer. Retirar a casca e cortar em pedaços pequenos.
Colocar a beringela numa
taça e acrescentar as cebolinhas, o alho, o sumo de limão, o sal e os tomates.
Envolver tudo cuidadosamente.
Salpicar com a salsa, a
menta, os grãos de romã e regar com um fio de azeite. Servir de imediato.
sexta-feira, 20 de junho de 2014
[Guest blogger] Pavlova com xarope de cereja, by Lemon & Vanilla
A Lia é uma pessoa especial. Quer dizer, sei que é uma blogger especial, que movimenta a blogosfera da culinária lusófona, mas não a conheço. Mas pelos comentários e apoio que dá a este blog, e a tantos outros, só pode ser especial. E quando comecei a pensar num tema para a série de Guest bloggers de início de estação, neste princípio de Verão que se anuncia para amanhã, pensei no Dia de Portugal e nas Festas Populares. E logo pensei nas bloggers que estão fora de Portugal mas sempre tão presentes - e a Lia estava nessa lista, ela que nos presenteia, a partir da Escócia, com as suas receitas e interpretações de receitas dos muitos livros de culinária que tem, no seu blog renovado Lemon & Vanilla.
Está nesse país há sete anos e antes de emigrar era marmiteira assídua, levando saladas ou sobras do jantar do dia anterior. Agora, prepara as marmitas para os seus filhos levarem para a escola, normalmente "uma sanduíche que inclua alface ou outras verduras, tomates cereja, fruta (como uvas ou morangos, fruta que não oxide), sumo ou água". Num país marcado pelos take aways e refeições prontas, e com problemas de saúde entre a população em termos de obesidade, a família tenta aproveitar a diversidade de produtos a que se tem acesso na Escócia, e em casa "experimentamos
variadíssimos tipos de cozinha cá em casa". Não adoptaram completamente a cozinha britânica nem esqueceram a portuguesa, diz.
Por isso, quando se fala de saudades de Portugal, em termos de cozinha a Lia diz que sente sobretudo falta do peixe grelhado, difícil de encontrar naquele país à venda como inteiro. "Outra das
coisas que sinto falta, especialmente no Verão, é da nossa fruta sumarenta, doce
e deliciosa, nomeadamente as cerejas, as nêsperas e a melancia!!" Assim, preparou para o nosso desafio uma lindíssima Pavlova com cerejas, com uma receita da Donna Hay, uma escolha certeira! Obrigada, Lia: as cerejas portuguesas esperam por ti!
Pavlova com xarope de cereja, by Donna Hay (in Donna Hay magazine (Dec. - Jan. 2012).
(para 8 a 10 pessoas):
Para a pavlova
225ml claras de ovo (cerca de 6 claras)
330g açúcar refinado branco
1 1/2 colheres de chá de vinagre de vinho branco
375ml natas, batidas
400g cerejas
Para o xarope de cereja:
220g açúcar refinado branco
250ml água
150g cerejas, descaroçadas
Para a pavlova
Aquecer o forno a 150ºC. Desenhar um círculo de 26cm de diâmetro em cima de
uma folha de papel vegetal e colocá-la (lado do lápis virado para baixo) em
cima de uma tabuleiro.
Numa batedeira eléctrica, bater as claras em castelo e quando firmes,
começar a adicionar o açúcar, 1 colher de sopa de cada vez, batendo entre cada
adição, até todo o açúcar estar incorporado.
Quando terminar de adicionar o açúcar, bater por mais 6 minutes ou até a
mistura estar espessa e brilhante.
Adicionar o vinagre e bater por mais 2 minutos ou até a mistura estar
brilhante.
Colocar colheradas da mistura dentro do círculo desenhado, reduzir a
temperatura do forno para os 120ºC e cozer a pavlova por cerca de 1 hora e 30
minutos.
Passado esse tempo, desligar o forno e deixar a pavlova lá dentro até estar
completamente fria.
No momento de servir, colocar a pavlova num prato de serviço, cobrir com as
natas batidas, decorar com as cerejas e regar com o xarope de cereja.
Para o xarope de cereja:
Colocar o açúcar e a água num tacho e aquecer, mexendo sempre, sobre lume
brando, até o açúcar estar dissolvido.
Levantar o lume, adicionar as cerejas, deixar levantar fervura e cozer por
cerca de 10 ou 15 minutos, ou até que o líquido esteja espesso e com
consistência de xarope.
Coar, descartar as cerejas, deixar arrefecer o xarope e reservar até ser
necessário.
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