Uma nova variante do jogo chega ao topo da pirâmide da justiça portuguesa.
André Ventura estará a bater palmas;
Ouves, Ana Gomes?
Mais um divertimento em tempos de pandemia.
Novo Presidente do Tribunal Constitucional considera homossexuais uma "inexpressiva minoria" e rejeita promoção das "respectivas ideias"
"Uma coisa é a tolerância para com as minorias e outra, bem diferente, a
promoção das respetivas ideias: os homossexuais não são nenhuma
vanguarda iluminada, nenhuma elite. Não estão destinados a crescer e a
expandir-se até os heterossexuais serem, eles próprios, uma minoria. E
nas sociedades democráticas são as minorias que são toleradas pela
maioria - não o contrário. (...) A verdade - que o chamado lobby
gay gosta de ignorar - é que os homossexuais não passam de uma
inexpressiva minoria, cuja voz é enorme e despropositadamente ampliada
pelos media".
...
O professor escrevia este texto na sequência de uma
polémica que envolveu o professor Paulo Otero, na Faculdade de Direito
de Lisboa, que decidiu propor um enunciado de exame sobre o casamento
poligâmico entre humanos e entre humanos e animais vertebrados
domésticos como "um complemento" à lei do casamento gay.
João
Caupers assegurava no entanto não ser "adepto" de "nenhuma forma de
discriminação, contra quem quer que seja", e ser-lhe "indiferente" que
os amigos "sejam homossexuais, heterossexuais, católicos, agnósticos,
republicanos ou monárquicos", considerando que "as minorias devem ser
tratadas com dignidade e sem preconceito, tanto pelo Estado, como pelos
outros cidadãos".
"É-me indiferente que os meus amigos
sejam homossexuais, heterossexuais, católicos, agnósticos, republicanos
ou monárquicos. Os homossexuais merecem-me o mesmo respeito que os
vegetarianos ou os adeptos do Dalai Lama. São minorias que, como, como
tais, devem ser tratadas com dignidade e sem preconceito, tanto pelo
Estado, como pelos outros cidadãos. (...) A minha tolerância para com os
homossexuais não me faria aceitar, por exemplo, que a um filho meu
adolescente fosse “ensinado” na escola que desejar raparigas ou rapazes
era uma mera questão de gosto, assim como preferir jeans Wrangler aos
Lewis ou a Sagres à Superbock".
...
"O novo presidente do Tribunal Constitucional faz também
questão de sublinhar o uso do termo "homossexuais". "Rejeito o uso da
palavra gay, a que recorrem os bem pensantes para “adoçar” a dureza
agreste dos termos vernáculos portugueses que lhe são sinónimos. Mudar o
nome da coisa não muda a coisa", justifica.
O Diário de Notícias
tentou chegar à fala com João Caupers, nomeadamente para saber se
continua a subscrever o escreveu há quase 11 anos, mas sem sucesso."