clicar para ampliar
Palavras cruzadas para entreter a viagem. "Não há questões filosóficas, há questões de linguagem." - Wittgenstein "Insanity is doing the same thing over and over again, expecting different results" - Albert Einstein
clicar para ampliar
Há neste país comentadores para todos os desgostos.
Andaluzia está a vermelho no mapa do
Centro Europeu para a Prevenção da Doença. Ferro Rodrigues pediu aos
portugueses que se desloquem “de forma massiva para o Sul de Espanha e
que possam apoiar uma grande vitória de Portugal nos oitavos de final”. - aqui
Presidente Marcelo afirmou na semana passada "Fundamental é a bola"
Hoje, lê-se aqui - Euro2020: Ferro Rodrigues diz aos portugueses “que se desloquem de forma massiva” para Sevilha.
Na mesma edição do Expresso lê-se : "Lisboa deve recuar no desconfinamento e a generalidade do país permanecer na fase atual: as regras possíveis para a próxima semana"- aqui
No Público de hoje, Terceira vaga (de covid 19) trouxe défice público de 5,7% no primeiro trimestre.
"A chanceler alemã Angela Merkel lamentou esta terça-feira a ausência
de regras comuns na União Europeia, referindo-se especificamente a
Portugal e à decisão tomada pelo Governo português de abrir a porta aos
britânicos quando são cada vez mais os casos de infeção no Reino Unido
provocados pela nova variante do vírus, a variante Delta."
E aqui, no Público de hoje - vd. Um terço dos doentes internados em UCI na região de Lisboa só estava vacinado com a primeira dose
"Número de doentes internados em cuidados intensivos voltou a ultrapassar a centena. Perfil dos doentes mudou e mais de metade têm menos de 55 anos, diz presidente da comissão de acompanhamento da resposta em medicina intensiva.
Cerca de um terço dos doentes com covid-19 internados em unidades de cuidados intensivos (UCI) na região de Lisboa e Vale do Tejo (LVT), que actualmente concentra quase 70% do total de casos de pessoas em estado crítico hospitalizadas no país, já tinha iniciado o processo de vacinação mas este estava incompleto, porque tinham recebido apenas a primeira dose e alguns há pouco tempo, revela o presidente da Comissão de Acompanhamento da Resposta Nacional em Medicina Intensiva, João Gouveia, que se mostra preocupado com a “sobrecarga” que já se faz sentir nos hospitais desta região e pede o reforço das medidas não farmacológicas e o acelerar do processo de vacinação para evitar uma eventual nova vaga de covid-19.
“É preciso acelerar a vacinação e avançar com medidas para reduzir francamente a transmissão, sobretudo dentro de Lisboa”, advoga o médico. A virologista Maria João Amorim, do Instituto Gulbenkian de Ciência, frisou, a este propósito, durante um debate organizado esta terça-feira pelo PÚBLICO, que estudos recentes, nomeadamente um estudo do Instituto Pasteur (França) ainda não revisto por pares, indicam que no caso da variante Delta, que tem já uma prevalência de 70% na região de Lisboa e Vale do Tejo, “apenas se tem uma protecção robusta, a nível de infecção, duas a três semanas após a segunda dose das vacinas”.
Apesar de estarmos a falar de números pequenos - eram cerca de duas dezenas de pessoas nestas condições - estes dados acabam por corroborar a ideia de que uma única dose da vacina não confere um grau de protecção tão elevado e que, por isso, é necessário que as pessoas mantenham todos os cuidados, já mesmo depois de serem inoculadas.
O último boletim da Direcção-Geral da Saúde (DGS) indica que esta segunda-feira o número de doentes internados em unidades de cuidados intensivos voltou a ultrapassar a barreira da centena - eram 101 em todo o país - e mais de dois terços (69) estavam na região de Lisboa e Vale do Tejo (LVT), onde os hospitais já receberam instruções para aumentarem os níveis dos seus planos de contingência e estão a reforçar as vagas em UCI para doentes com covid-19.
É preciso recuar até 22 de Abril para encontrar um número mais elevado de doentes internados em unidades de cuidados intensivos (104 pacientes nesse dia). “Este [cem] é um número redondo que chama a atenção das pessoas para a importância de terem consciência de que não podemos ter um Rt [índice de transmissibilidade] acima de um com a incidência actual” e que implica já “uma sobrecarga nos hospitais de Lisboa e Vale do Tejo, ainda que não muito grande e que por enquanto não compromete a resposta habitual”, observa João Gouveia. Recorde-se que, no pico da terceira vaga da pandemia, no início deste ano, Portugal chegou a ter 904 doentes com covid-19 internados em simultâneo em cuidados intensivos.
“O perfil dos doentes mudou com a vacinação”, sublinha o médico que também preside à Sociedade Portuguesa de Cuidados Intensivos. Foi um estudo levado a cabo em LVT na semana passada que permitiu ter uma ideia mais precisa desta alteração. A maior parte dos internados, cerca de dois terços, são homens, agora mais jovens do que antes, sobretudo com problemas de hipertensão, obesidade ou diabetes, mas também há pessoas sem doenças associadas a necessitar de cuidados nestas unidades de elevada complexidade, descreve João Gouveia.
“Mais de metade dos doentes [internados nesta região] tinha menos de 55 anos. São agora francamente mais jovens e havia mesmo doentes com 25 anos e sem comorbilidades em risco de vida na semana passada”, acrescenta, repetindo que as pessoas “não podem pensar que [a covid-19] é uma gripezinha que não causa doença grave” e devem continuar com as medidas de protecção, usando máscara e evitando grandes aglomerados.
Com o aumento do número de novos casos concentrado sobretudo em LVT, os hospitais da região receberam instruções da comissão de acompanhamento da resposta em medicina intensiva e da Administração Regional de Saúde (ARS) de Lisboa e Vale do Tejo para aumentarem as vagas em cuidados intensivos e já estão a activar mais camas. Segundo o jornal i, que teve acesso à orientação enviada na semana passada aos hospitais, foi proposto que passassem de uma lotação de 71 camas de UCI dedicadas a covid-19 para 92, reduzindo as camas em UCI para doentes não-covid de 204 para 177.
De acordo com os últimos dados reportados pelos hospitais à ARS de Lisboa e Vale do Tejo, havia esta terça-feira 69 doentes em UCI e 225 em enfermaria. “Os hospitais da região continuam a dar resposta a doentes covid e não covid” e “os planos de contingência são dinâmicos e ajustáveis às necessidades resultantes da realidade epidemiológica”, sublinha a ARS, que garante que a região “possui capacidade instalada” e lembra que “o SNS funciona em rede”, podendo sempre os doentes ser transferidos para outras regiões, como aconteceu no início deste ano.
João Gouveia nota, porém, que a taxa de ocupação nos cuidados intensivos na região ronda os 77 a 78% e se aproxima já do máximo estabelecido para LVT no relatório das linhas vermelhas que traçou o número crítico de camas ocupadas por doentes com covid-19 (84 nesta região) a partir do qual a resposta a outros doentes começa a ficar afectada.
A nível nacional, estamos ainda longe do número crítico de 245 camas que podem estar ocupadas por doentes com covid-19 sem pôr em causa a resposta habitual, mas o médico avisa que a situação actual é mais complicada e que este número poderá eventualmente até ter que ser revisto se a incidência e os internamentos continuarem a crescer. “Apesar de haver capacidade em número de camas, temos vários hospitais muito desfalcados em termos de recursos humanos e o pessoal está cansado, perto do burnout [síndrome de exaustão profissional], desmotivado”, justifica.
A agravar, acrescenta, com o fim do estado de emergência, saíram muitos profissionais dos cuidados intensivos, sobretudo enfermeiros, que tinham pedido transferência para unidades públicas noutras regiões ou para hospitais privados e há ainda hospitais que aproveitaram para fazer obras de melhoramento e que, por isso, não têm actualmente disponíveis algumas das camas."
Marcelo pirou-se.
“Não há conflito” e não há “desautorização”: Costa põe fim ao pingue-pongue e Marcelo quer “todos focados” no futebol- Depois de Marcelo assumir que o “Presidente nunca é desautorizado pelo primeiro-ministro”, Costa disse aos jornalistas que “só pode” haver um equívoco e que “não vale a pena alimentar romances”. A partir de Budapeste, Marcelo chutou a polémica para canto: “Temos de estar focados” no “fundamental” — e o fundamental é a bola. - aqui
Depoimento de Pedro Queiroz Pereira liga Salgado a Marcelo - aqui
Ricardo Salgado terá procurado reforçar a relação com Marcelo Rebelo de Sousa através da namorada do atual Presidente da República, segundo o depoimento do já falecido Pedro Queiroz Pereira.
Pedro Queiroz Pereira, antigo dono da Semapa, depôs no
processo crime do Banco Espírito Santo (BES) a 31 de janeiro de 2018, meses
antes de morrer. E, nessa altura, contou vários episódios que ligam Ricardo
Salgado a Marcelo Rebelo de Sousa.
A história é contada na edição desta quinta-feira, 15 de abril, da Sábado. Segundo a revista,
Pedro Queiroz Pereira lembra que, após um conflito entre os dois, Ricardo
Salgado quis recuperar a relação com Marcelo - e tê-lo-á feito através da
namorada do atual Presidente da República, Rita Amaral Cabral.
"O dr. Ricardo Salgado pegou no departamento jurídico do Grupo Espírito Santo e mandou entregar trabalho de cobranças à dra. Rita Amaral Cabral", descreveu Queiroz Pereira, no depoimento citado pela Sábado. "Se for ao escritório da dra. Rita Amaral Cabral, verá que mais de metade, 60%, do trabalho era o BES que lho dava, o que era uma forma de comprar o professor Marcelo Rebelo de Sousa", acrescentou.
Leia Também
Ana Gomes: "O problema não é a amizade" entre Marcelo e Salgado. "O problema é a falta de justiça"
Sobre este tema, Marcelo Rebelo de Sousa afirma, em declarações à Sábado: "Eu sou incomprável e os portugueses sabem disso".
---
José Sócrates: "É altura de acabarmos com isto, Zé Alberto!!" - aqui
A temperatura subiu quando o entrevistador, José Alberto Carvalho, apertou o ex-primeiro-ministro sobre o dinheiro que recebeu em notas do amigo. Sócrates mantém que é tudo mentira.
Sábado 14 de Abril de 2021 às 22:37
Ao longo do processo da Operação Marquês, o Ministério Público teve sempre um problema: como provar que José Sócrates fora corrompido em milhões de euros. Mas o ex-primeiro-ministro teve sempre um problema do outro lado do espelho: como explicar a origem e razão de ser daquele dinheiro recebido em notas, e com conversa telefónica em código com o amigo e empresário Carlos Santos Silva. Na entrevista hoje à TVI, a temperatura em estúdio subiu quando o entrevistador foi apertando Sócrates com esta questão: o dinheiro. O do amigo com quem tinha "um papel" para seguir a conta corrente de centenas de milhares de euros, o da mãe que era "rica".
"É altura de acabarmos com isto, Zé Alberto!", afirmou Sócrates notoriamente irritado. José Alberto Carvalho tinha acabado de começar a falar sobre a conta no BES de Carlos Santos Silva, mas vinha de descrever, um a um, um mês inteiro de levantamentos dessa conta: "no dia 2 de setembro: 3 mil euros; no dia 10 de setembro: 10 mil euros; no dia 10 de setembro outra vez: mais 5 mil euros; no dia 16 de setembro: 10 mil euros; no dia 17 mil euros: 5 mil euros; no dia 18 mil euros: 5 mil euros; nos dias 23 e 27: 10 mil euros".
Leia Também
José Sócrates: "O juiz não me declarou corrupto”
Sócrates começou por dizer que era "mentira"
que esses levantamentos fossem para ele, argumentou de seguida que isso era o
que "a acusação diz" e não o juiz Ivo Rosa - que validou esses
indícios ao pronunciar o ex-primeiro-ministro por seis crimes - e mais à frente
argumentou que "nem todos esses levantamentos" eram "para
me entregar a mim".
O entrevistador citou depois os 127 levantamentos de quase um milhão de euros
feitos por Carlos Santos Silva para entregar a Sócrates, segundo a acusação,
sublinhou o facto de ser tudo feito em dinheiro e de haver escutas que mostram
conversas em código (com o uso de palavras como "fotocópias", entre
outras). O ex-primeiro-ministro afirmou que iria "rever as escutas" -
o processo corre há sete anos - e alegou falta de memória sobre o tom das
conversas. "Não tenho memória nenhuma que numa conversa com o Carlos eu
lhe tenha falado em fotocópias para lhe falar de dinheiro", afirmou.
"Não era o padrão da minha conversa com o engenheiro Carlos Santos
Silva", juntou.
As dificuldades em produzir uma narrativa consistente foram notórias e foram
irritando José Sócrates, que vinha do triunfo relativo conseguido na passada
sexta-feira, quando o juiz Ivo Rosa destruiu a maior parte da acusação do
Ministério Público - deixando-o, ainda assim, com uma ida a julgamento por pelo
seis crimes e apontando, de forma surpreendente, que terá havido um crime de
corrupção. A parte central da entrevista acabou por ser, contudo, aquela em que
o entrevistador deu uma oportunidade ao ex-primeiro-ministro de dar uma
explicação para todo aquele estranho circuito de notas - o teste não foi
passado.
Leia Também
Sócrates pede invalidade da decisão de Ivo Rosa até ao fim da semana
"Não foi vida de luxo, foi investimento em educação", afirmou a certa altura Sócrates sobre a sua vida em Paris, feita num apartamento de luxo no mais exclusivo bairro da capital francesa. Noutra parte, prometeu que levaria ao entrevistador "um almanaque de 1943 onde vem a reportagem do meu avô", e que notava como ele já era rico. Para provar que o dinheiro na conta do amigo não era dele, Sócrates fez o teste das escutas, das quais desta vez já se lembrava bem: foi por não ter reagido à falência do BES naquelas conversas gravadas, em 2014, que "provou" que o dinheiro na conta do BES do amigo Carlos Santos Silva não era dele. Entre estas explicações de geometria variável, o ex-primeiro-ministro foi recorrendo à vitimização.