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Tuesday, October 01, 2024

MEMORIAL DA MAGNÓLIA x SOULANGEANA "ALEXANDRINA"

 



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Esta magnólia, "Plantada por Sua Excelência o Presidente da República Portuguesa, Professor Doutor Marcelo Rebelo de Sousa" em "21 de Março de 2016, Dia Mundial da Árvore", não tem folhas e, obviamente, nem flores. 
Tem líquenes, que a tomaram de assalto, mesmo à beira Palácio Nacional de Mafra, também conhecido por Convento de Mafra.
 
Não é caso inédito, é um caso paradigmático do investimento público que se esgota no acto da criação e no desleixo da manutenção. Não é excepção, é regra.

Mas, afinal, há ou não há, hoje, sobreiros e carvalhos no pinhal de Leiria?
 
Na Serra da Boa Viagem, Figueira da Foz, na área ardida há muitos mais anos, hoje há um bastio denso de acácias sem préstimo; 
Na área ardida pelo fogo que pegou na Peninha (Serra de Sintra) há meia dúzia de anos, e se alastrou até às dunas da Cresmina, apareceu a boa vontade de braço dado com a incompetência e o oportunismo a ensinar às criancinhas como se plantam árvores. Se se salvou alguma, é difícil dar por isso.

Friday, September 13, 2024

O JOGO DA CABRA CEGA

"Estudo do Observatório Permanente da Justiça apurou que 15% dos magistrados têm burnout. Há pelo menos 100 profissionais ausentes por ano devido a problemas de saúde, incluindo a mental."

Não admira que a cabra cega, com tantos que participam no jogo, a puxá-la cada um para o lado dos seus próprios interesses, esteja tonta de tantas voltas que dá às cegas.
São voltas a mais, e ninguém, dos que podem alterar as regras do jogo, arrisca mexer uma palha.
E a cabra continua, naturalmente, a desequilibrar-se.

De saída do cargo, a Procuradora-Geral da República Lucília Gago reafirmou perante os deputados na Assembleia da República o que já tinha afirmado numa entrevista de Vitor Gonçalves para a RTP3 há algum tempo: o Ministério Público tem intervindo de forma irrepreensível e não deve ser alterada a sua estrutura orgânica, a sua independência funcional, nem os processos de intervenção. 
Resumidamente, segundo Lucília Gago: a profusão de críticas de que o MP tem sido alvo carecem de racionalidade e a observação feita pela Ministra, Júdice, da Justiça sobre a necessidade de  “arrumação da casa (do MP )“ foi precipitada.

Da Ministra Júdice não se ouviu, desde então, mais nada sobre o assunto. Percebe-se a ausência interventiva de Júdice sobre a questão  considerando que Lucília Gago será substituida a curto prazo.
Mas já não se compreende a ausência de notícias sobre o assunto mais abordado pelos partidos concorrentes nas últimas eleições legislativas: a contundente corrupção. Porquê? Por que razão todos os, que de um modo ou outro, sacaram a mesma arma arma, agora se calam?

É neste contexto que a substituição de Lucília Gago assume a maior relevância para o progreesoo social e económico porque não há crescimento económico e social se o pilar da Justiça se apresenta deteriorado pelo tempo e pelas agressões que tem sido e contiua a ser vítima de interesses privados com desprezo total dos interesses da sociedade como um todo.

A proposta de nomeação cabe ao governo, a nomeação, ao Presidente da República.
Lucília Gago foi nomeada por Marcelo Rebelo de Sousa por proposta de António Costa, primeiro-ministro, substituindo Joana Marques Vidal. A suspeita de que a nomeação de Gago e a não renovação do mandato de Marques Vidal pode não ser mais do que isso, uma suspeita de nomeação de alguém maleável, uma característica que notoriamente Marques Vidal não possuía.

Espera-se que seja quem for próximo PGR compreenda que a “casa” do Ministério Pública requer uma arrumação total, para usar a expressão da Ministra Júdice.
E que, atendendo à proximidade do fim do seu mandato, o Presidente da Republica se capacite, uma vez por todas, que o nome do próximo ou próxima PGR seja o que for consensual entre os principais partidos,
abstendo-se de impor a sua própria opinião.

Durante os dois mandatos como PR, Marcelo Rebelo de Sousa opinou muito sobre a Justiça mas não soube ou não foi capaz de influenciar a mudança do rumo errático da Justiça em Portugal. E agora é tarde.
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Thursday, September 12, 2024

FALAR CLARO

Grande Entrevista: - Gouveia e Melo - Os portugueses conheceram-no pelo seu trabalho no processo de vacinação da COVID 19. É atualmente Chefe do Estado Maior da Armada.

Foi assim que Vítor Gonçalves entrevistou Gouveia e Melo, muito sobretudo porque tem sido muito referenciado como possível próximo Presidente da República. Uma hipótese que praticamente teve a sua origem logo que foi reconhecidamente bem sucedida a sua capacidade e determinação de organizar o combate civil a um fantasma que assustou a generalidade dos portuguses e, afinal, quae todos os povos do mundo: a pandemia “covid 19”. 
A ciência tinha feito um trabalho notável na criação de vacina contra o flagelo, ainda que muitos a tenham descreditado. Uma vez criada a vacina, tratava-se de organizar o combate operacional com a arma disponibizada pela ciência. Gouveia e Melo, uma vez incumbido de organizar e dirigir esse combate, foi, inquestionavelmente, bem sucedido e os portugueses, em geral, reconhecm-lhe esse mérito. 

Não sendo muito evidente que outra personalidade possa, mais reconhecidamente, assumir funções para presidir à República, Gouveia e Melo tem vindo a ser colocado pelas sondagens como preferido pelos portugueses para a função. Haverá outros com estatura e mérito equiparado. Talvez Guterres, se Guterres se dispuser a candidatar-se renunciando às actuais funções de Secretário-Geral das Nações Unidas para as quais foi eleito até meados de 2026; as presidenciais em Portugal ocorrerão em Janeiro de 2026.

Vítor Gonçalves perguntou a Gouveia e Melo se pensa em candidatar-se à presidência da Republica.
Insistiu na pergunta alterando-lhe, repetidamente, a forma sem alterar o objetivo de ouvir de Gouveia e Melo uma resposta precisa. Não conseguiu: Gouveia e Melo, invocando razões da sua condição militar, escusou-se a dizer não e, pelas mesmas razões, não se afirmou candidato enquanto não chegar o tempo que, segundo ele, ainda não chegou para assumir publicamente uma posição sobre a possibilidade de ser candidado em Janeiro de 2026.

Vítor Gonçalves deslocou a entrevista para uma questão também, se não ainda mais, relevante nas actuais circunstâncias de iminência de um enfrentamento bélico generalizado na Europa face à escalada da ofensiva russa na Ucrânia susceptível de envolver a NATO.

Devem os portugueses envolver-se num eventual confronto da Rússia contra qualquer país da NATO?
Resposta inequívoca de Gouveia e Melo: sim. Sei que ninguém quererá ouvir que tropas portuguesas participem numa guerra. Os militares não gostam da guerra. Mas não podem ignorar que ou nos defendemos ou seremos esmagados. Não podemos, não devemos, renunciar a combater se as ameaças de confronto se concretizarem. Devemos preparar-nos para essa hipótese e falar claro aos portugueses. É fundamental falar claro.
Gouveia e Melo foi, a este respeito, muito claro. 
Duvido que outro eventual candidato seja capaz de tanta clareza acerca de um assunto incómodo, impopular, porque preferirão continuar a assobiar para o ar.




Saturday, May 25, 2024

DEMOCRACIA CONTRA DEMOCRACIA

Há neste país comentadores para todos os desgostos. 

De futebol. Começam de manhã, continuam pela noite fora. Não aprecio, mas tropeço com eles quando, por mero acaso, ligo a TV com qualquer outro propósito. Nem a entrada do VAR (vídeo assistant referee, árbitro assistente de vídeo) desanimou os profissionais comentadores da arte.
Trata-se de uma função de treinador de bancada, que já promoveu gente ao patamar político. O prof Ventura começou por aí e promete vir a ser primeiro-ministro. O que não me espantaria, tal a publicidade promocional gratuita proporcionada pelos outros partidos. 
Apoquenta-me mais a apatia, ou o propósito?, não dos deputados portugueses no Parlamento Europeu, são apenas 21 entre 750, perante a Rússia de Putin, declaradamente em economia de guerra.  
 
Mas é no comentário político que é quase impossível evitar, a menos que se desligue a nossa atenção, ainda que breve, dos noticiários domésticos em qualquer meio de comunicação social.
Agora, que estamos em vaga de campanha eleitoral para as eleições europeias, o prof Ventura levantou uma polémica, arte em que é mestre, sobre os dez anos previstos para a construção do Talvez Alcochete: se os turcos, que não são propriamente os mais trabalhadores do mundo construiram um novo aeroporto em cinco anos porque razão, nós portugueses, levamos dez anos a fazer o mesmo?
(Abro aqui um parêntesis para declaração de desinteresses: além do mais, pela minha idade, não tenho a mínima esperança de algum dia ir apanhar o avião a Talvez Alcochete).
Logo se levantou uma densa poeira de protestos porque o presidente da Assembleia da República tinha deixado sem reparo a "alarvidade" do prof Ventura. Terá sido mesmo alarvidade ou uma acusação, fundamentada ou não, de Ventura à menor produtividade dos portugueses quando comparada, por exemplo, com a dos turcos? 
Mas a pergunta do prof Ventura, aparentemente pertinente, ficou sem resposta. Ganhou o Ventura em todos os sentidos perante quem, como eu, considera o prof Ventura um provocador, especialista em tirar vantagens da complacência democrática.
 
Anteontem, voltei a ver, já não via há algum tempo, um programa de "análise política", o assunto prometia, e eu suportei ouvir a primeira parte. O apresentador, moderador, começou por apresentar um vídeo onde, com muita clarividência e algum sentido de humor se demonstrava o que é evidente para quem quer não usa antolhos: o aproveitamento que os detractores da democracia, os inimigos da democracia, aqueles que pretendem destruí-la usam, abusam, a sua complacência para, por dentro dela, a corroer e acabar por matar.
Sentam-se nesta mesa mais ou menos redonda, quatro comentadores e o moderador.
No primeiro tema é abordada a repisada a decisão do actual presidente da Assembleia da República perante a intervenção, histriónica como sempre, do prof Ventura sobre a índole trabalhadora dos turcos: conseguiram em cinco anos construir um aeroporto novo, enquanto o aeroporto de Talvez Alcochete levará dez.
A primeira participante, considerou decisão de Aguiar-Branco correcta, e recordou que o uso das provocações, dos insultos, entre políticos em países onde o pensamento e a sua expressão pública é livre, foi iniciado durante a campanha, sórdida, das presidenciais de 2016, que Trump ganharia. Os canais subterrâneos de mentiras, das "fake news", até pelo nome se percebe a origem, potenciaram e espalharam-se por todo o mundo onde as deixaram correr... em nome do valor maior da democracia: da liberdade de pensamento e a sua expressão pública. 
("Democracy Dies in Darkness", "A democracia morre na escuridão", é o premonitório slogan do Washington Post)
Para o segundo participante, Aguiar-Branco refugiou-se num argumento político quando estava em causa um crime previsto no Código Penal.
Para o terceiro participante, comentador a tempo inteiro, Aguiar-Branco esteve mal. Não devia ter deixado passar a intervenção do prof Ventura sem uma advertência, coisa para que tem competência.
O quarto participante, geralmente baralhado nos argumentos se tem as câmaras à frente, não disse que sim nem não se Aguiar-Branco teve razão ou não. 
Desliguei a televisão. 
 
Mais anedóticos que estes programas de formação política da boa, mas politicamente ignara,  população deste país, são os painéis de comentadores, geralmente quatro, que entram ao serviço no fim de cada debate entre, neste caso,  os candidatos a deputados europeus. 
Anedóticos porque se supõem ungidos para explicar o que cada candidato afirmou, deste modo influenciando as decisões dos ouvintes, provavelmente   eleitores. Com que direito? 
Mas mais que as explicações de suas excelências são as notas que, como professores examinadores das palavras dos candidatos, atribuem classificações! Com que direito?
Não sabemos. Mas se toda a gente cala, devem estar escorados na liberdade de expressão, a tal que tanto dá vida como pode matar a democracia.
 
Em Portugal o ofício de comentador já produziu, além do mais, um Presidente da República.
Durante anos e anos, semanalmente, o "Grande Comentador", comentava sobre tudo e mais alguma coisa, com particular incidência no desempenho dos actores políticos em palco, a que atribuía notas classificativas, era comentador professor.
Depois passava às previsões, era comentador profeta.
A terminar a conversa em família, sem contraditório, mostrava os livros que tinha recebido, que ele transferiria para uma biblioteca no concelho da sua família de origem, onde foi deputado municipal.
Frequentemente, obsequiava a jornalista interlocutora, passiva, com brindes suscitados pelas oportunidades das ocasiões e ofertas recebidas dos seus admiradores. Eram passatempos felizes, que lhe aureleavam a imagem, num crescendo irreversível de um carisma que punha os atentos e veneradores ouvintes de boca aberta. Tinha-se tornado num raro fenómenos de popularidade ímpar.
 
Anos antes, candidatara-se à presidência da Câmara Municipal da capital, perdeu sem apelo nem agravo, mas tinha-se esforça do por vencer, chegando a lançar-se às águas do rio para demonstrar a sua determinação mesmo se as águas onde exibiu o mergulho estivessem poluídas. 
Alguém, não sei quem, um dia resumiu o "Grande Comentador" como "aquele que sabe tudo mas não sabe mais nada".
O que não era verdade, porque candidatou-se à presidência da República e ganhou sem qualquer investimento em artifícios de campanha, num país que se enche de cartazes, outdoors que tapam os horizontes, que custam certamente uns largos milhares, brindes de cacaracá, arruadas medievais, concertos para excitação dos fiéis, enfim, demonstrações pacóvias sem força capaz de resistir à presença persistente de uma conversa fiada na televisão.

E foi eleito Presidente, sorridente, atingiu o auge da popularidade beijocando a torto e a direito, não dispensando nem recusando selfies sem conta. O primeiro-ministro ajustou-se à personalidade aristocrática do presidente, chegando a protege-lo (da chuva ou do sol, não me recordo) com o chapéu aberto. Reeleito sem oposição com estatura popular, continuou a beijocar e selfiear, para atingir o grau de incontestado de o melhor de todos.
Tanta ânsia de popularidade, levou-o a escorregar em acções e declarações opacas, e o melhor de sempre esforça-se para não submergir nas águas em que agora mergulhou.
 
Mas deixou marca indelével que muitos adoptam como objectivo do seu trabalho comentador.
O país, não só este país, o mundo, sobretudo no mundo ocidental, onde os valores eram aquilatados pela dignidade da democracia, sustentada na liberdade de pensamento e da sua expressão pública é hoje vítima à espera de um golpe fatal que aproveita a sua permissividade. Com ampla e desavergonhada ampliação dos media, que vivem dos réditos que a mentira, a falta de decoro, a imunidade que protege os instigadores de notícias, obtidas junto de "fontes fidedignas" que ninguém conhece mas geralmente suspeitas, num ciclo vicioso que auto se alimenta.

Monday, May 06, 2024

PARA A HISTÓRIA DA INSANIDADE DA POLÍTICA EM PORTUGAL

O Cartoon de António    

A família 

                                                     (clicar na imagem para a aumentar)

Sunday, November 12, 2023

DE QUE COR É O HIDROGÉNIO VERDE?

O hidrogénio verde não tem cor, é incolor. 
E inodoro, inflamável e insolúvel na água. 
É a substância mais simples e mais abundante no universo, faz parte de tudo o que nos rodeia.
 
Provavelmente, a esmagadora maioria dos portugueses não sabe responder  à pergunta "de que cor é o hidrogénio verde?"
E do lítio. 
E do Data Center em Sines, "o maior investimento em Portugal, cerca de 3,5 mil milhões de euros a seguir à Volkswagen Autoeuropa", cerca de 2 mil milhões, iniciado em Palmela há 32 anos.
 
Significa isto que durante três décadas, Portugal não aliciou nenhum investimento de envergadura significativa. Ouviu-se que o investimento estrangeiro atingiu a casa dos largos milhões, mas a esmagadora maioria dele canalizado para o imobiliário, em grande parte já construído, ou investimento financeiro em empresas reprivatizadas. Para novos investimentos reprodutivos, pouco ou quase nada.

E, de um momento para o outro, há menos de uma semana, rebentaram suspeitas de negócios chorudos acerca do hidrogénio verde, do lítio, sobretudo, do Data Center de Sines, levantadas por uma NOTA PARA A COMUNICAÇÃO SOCIAL - Inquérito DCIAP, divulgada pelo Gabinete de Imprensa da Procuradoria-Geral da República, datada de 7 de Novembro de 2023. Poucas horas depois era anunciada uma comunicação do Primeiro-Ministro ao País às 14 horas desse dia.

E começou a avalanche:
- Demitiu-se o Primeiro-Ministro
- Foram feitas buscas, incluindo nas instalações do Primeiro-Ministro
- No gabinete do chefe de gabinete do Primeiro-Ministro foram encontrados 75800 euros em numerário.
- O Primeiro-Ministro demite o seu chefe de gabinete.
- Foram detidos suspeitos de delitos não revelados
- Começaram os interrogatórios, há dois ou três detidos a aguardar eventuais medidas de coação.
- Um Ministro é constituído arguido, mas garante que não se demite.
 
O Presidente da República decide só aceitar formalmente a demissão do Primeiro-Ministro depois de aprovado o Orçamento de Estado para o próximo ano, dissolver a Assembleia da República e convocar eleições para 10 de Março de 2024.

Entretanto, o Ministério Público, passou a enviar, (é o seu entretenimento favorito há largos anos) para a comunicação social transcrições de escutas de diálogos entre intervenientes nos processos de concretização dos investimentos na exploração de duas minas de lítio em Boticas, de instalação das condições de utilização do hidrogénio verde e da construção do Data Center em Sines. 
Isto foi o que, de mais relevante, entendi até ontem sobre o desenrolar da avalanche política engendrada por um comunicado quase substancialmente lacónico da Procuradoria-Geral da República. 
Não há notícia, até ao momento em que escrevo, meio dia de hoje, que alguém, para além do já demitido chefe de gabinete do Primeiro-Ministro, tenha sido corrompido de forma flagrante e substancial. 
Até o demitido chefe de gabinete foi apanhado com uma ninharia de 75800 euros. Além de corrupto, o indivíduo mostrou ser um corrupto de terceira categoria. Merecia umas valentes bofetadas em público pela sua estúpida falta de estatura na matéria. 

O que nos vale é que hoje temos um derby futebolístico que vai distrair os portugueses para o lado que eles mais gostam de se deitar.
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* 12 de Novembro de 2023, 11:57
Erro de transcrição que levou que o nome de António Costa e Silva surgisse erradamente referido como António Costa foi apontado aos jornalistas pelo advogado de Diogo Lacerda Machado.
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12 de Novembro de 2023, 18:00 
Holandês que convenceu Galamba a apostar no hidrogénio quer distância de Portugal
Ao Negócios, o CEO do Resilient Group, Marc Rechter (que em 2019 apresentou o hidrogénio verde ao Governo de Costa), disse agora estar "certo que que ainda há muitas coisas para descobrir, mas não me compete a mim. Estou muito ocupado com projetos de energia" fora de Portugal.- aqui
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12 de Novembro de 2023. 00:37
Democracia sufocada - Cândida Almeida ex-directora do DCIAP
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12 de Novembro

Friday, January 07, 2022

O JOGO DA CABRA CEGA

“Superjuiz” reagiu à queixa junto do Conselho Superior da Magistratura acusando Ivo Rosa de, com as suas decisões, colocar agentes encobertos em perigo de vida. 
 
E ninguém tem mão neles.
"À Justiça o que é da Justiça", afirma António Costa, sacudindo as mãos.

Friday, June 25, 2021

HAVEMOS DE IR A SEVILHA!

 

Com Sevilha no vermelho, Marcelo sai em socorro de Ferro e dos apelos à deslocação massiva

Andaluzia está a vermelho no mapa do Centro Europeu para a Prevenção da Doença. Ferro Rodrigues pediu aos portugueses que se desloquem “de forma massiva para o Sul de Espanha e que possam apoiar uma grande vitória de Portugal nos oitavos de final”. - aqui

Thursday, June 24, 2021

IRRESPONSÁVEIS AO MAIS ALTO NÍVEL

Presidente Marcelo afirmou na semana passada "Fundamental é a bola"

Hoje, lê-se aqui - Euro2020: Ferro Rodrigues diz aos portugueses “que se desloquem de forma massiva” para Sevilha. 


Na mesma edição do Expresso lê-se : "Lisboa deve recuar no desconfinamento e a generalidade do país permanecer na fase atual: as regras possíveis para a próxima semana"- aqui

E ainda no Expresso:  Covid-19. O maior número de casos dos últimos 4 meses, região de Lisboa concentra mais de 2/3: o surto em Portugal, em gráficos e mapas O boletim da Direção-Geral da Saúde contabiliza, nas últimas 24 horas, dois mortes e 1556 infetados, sendo 1049 (67,4%) oriundos de Lisboa e Vale do Tejo. Há 106 doentes nos cuidados intensivos, um novo pico dos últimos dois meses (mais 6 pessoas face a quarta-feira)

No Público de hoje, Terceira vaga (de covid 19) trouxe défice público de 5,7% no primeiro trimestre.


Wednesday, June 23, 2021

FRANÇA 2 - PORTUGAL 0

 
 

 
Fundamental é a bola, afirmou, irresponsavelmente, Presidente Marcelo há uma semana.   
Portugal pode perder por dois golos contra a França e passar aos oitavos do Euro, segundo as contas dos medíocres, na véspera do jogo de hoje.


Hoje lê-se aquiMerkel critica Portugal por ter aberto a porta aos britânicos

"A chanceler alemã Angela Merkel lamentou esta terça-feira a ausência de regras comuns na União Europeia, referindo-se especificamente a Portugal e à decisão tomada pelo Governo português de abrir a porta aos britânicos quando são cada vez mais os casos de infeção no Reino Unido provocados pela nova variante do vírus, a variante Delta."

E aqui, no Público de hoje - vd. Um terço dos doentes internados em UCI na região de Lisboa só estava vacinado com a primeira dose

"Número de doentes internados em cuidados intensivos voltou a ultrapassar a centena. Perfil dos doentes mudou e mais de metade têm menos de 55 anos, diz presidente da comissão de acompanhamento da resposta em medicina intensiva.

Cerca de um terço dos doentes com covid-19 internados em unidades de cuidados intensivos (UCI) na região de Lisboa e Vale do Tejo (LVT), que actualmente concentra quase 70% do total de casos de pessoas em estado crítico hospitalizadas no país, já tinha iniciado o processo de vacinação mas este estava incompleto, porque tinham recebido apenas a primeira dose e alguns há pouco tempo, revela o presidente da Comissão de Acompanhamento da Resposta Nacional em Medicina Intensiva, João Gouveia, que se mostra preocupado com a “sobrecarga” que já se faz sentir nos hospitais desta região e pede o reforço das medidas não farmacológicas e o acelerar do processo de vacinação para evitar uma eventual nova vaga de covid-19. 

“É preciso acelerar a vacinação e avançar com medidas para reduzir francamente a transmissão, sobretudo dentro de Lisboa”, advoga o médico. A virologista Maria João Amorim, do Instituto Gulbenkian de Ciência, frisou, a este propósito, durante um debate organizado esta terça-feira pelo PÚBLICO, que estudos recentes, nomeadamente um estudo do Instituto Pasteur (França) ainda não revisto por pares, indicam que no caso da variante Delta, que tem já uma prevalência de 70% na região de Lisboa e Vale do Tejo, “apenas se tem uma protecção robusta, a nível de infecção, duas a três semanas após a segunda dose das vacinas”.

Apesar de estarmos a falar de números pequenos - eram cerca de duas dezenas de pessoas nestas condições - estes dados acabam por corroborar a ideia de que uma única dose da vacina não confere um grau de protecção tão elevado e que, por isso, é necessário que as pessoas mantenham todos os cuidados, já mesmo depois de serem inoculadas. 

O último boletim da Direcção-Geral da Saúde (DGS) indica que esta segunda-feira o número de doentes internados em unidades de cuidados intensivos voltou a ultrapassar a barreira da centena - eram 101 em todo o país - e mais de dois terços (69) estavam na região de Lisboa e Vale do Tejo (LVT), onde os hospitais já receberam instruções para aumentarem os níveis dos seus planos de contingência e estão a reforçar as vagas em UCI para doentes com covid-19. 

É preciso recuar até 22 de Abril para encontrar um número mais elevado de doentes internados em unidades de cuidados intensivos (104 pacientes nesse dia). “Este [cem] é um número redondo que chama a atenção das pessoas para a importância de terem consciência de que não podemos ter um Rt [índice de transmissibilidade] acima de um com a incidência actual” e que implica já “uma sobrecarga nos hospitais de Lisboa e Vale do Tejo, ainda que não muito grande e que por enquanto não compromete a resposta habitual”, observa João Gouveia. Recorde-se que, no pico da terceira vaga da pandemia, no início deste ano, Portugal chegou a ter 904 doentes com covid-19 internados em simultâneo em cuidados intensivos. 

“O perfil dos doentes mudou com a vacinação”, sublinha o médico que também preside à Sociedade Portuguesa de Cuidados Intensivos. Foi um estudo levado a cabo em LVT na semana passada que permitiu ter uma ideia mais precisa desta alteração. A maior parte dos internados, cerca de dois terços, são homens, agora mais jovens do que antes, sobretudo com problemas de hipertensão, obesidade ou diabetes, mas também há pessoas sem doenças associadas a necessitar de cuidados nestas unidades de elevada complexidade, descreve João Gouveia. 

"São agora francamente mais jovens"

“Mais de metade dos doentes [internados nesta região] tinha menos de 55 anos. São agora francamente mais jovens e havia mesmo doentes com 25 anos e sem comorbilidades em risco de vida na semana passada”, acrescenta, repetindo que as pessoas “não podem pensar que [a covid-19] é uma gripezinha que não causa doença grave” e devem continuar com as medidas de protecção, usando máscara e evitando grandes aglomerados.

Com o aumento do número de novos casos concentrado sobretudo em LVT, os hospitais da região receberam instruções da comissão de acompanhamento da resposta em medicina intensiva e da Administração Regional de Saúde (ARS) de Lisboa e Vale do Tejo para aumentarem as vagas em cuidados intensivos e já estão a activar mais camas. Segundo o jornal i, que teve acesso à orientação enviada na semana passada aos hospitais, foi proposto que passassem de uma lotação de 71 camas de UCI dedicadas a covid-19 para 92, reduzindo as camas em UCI para doentes não-covid de 204 para 177.

De acordo com os últimos dados reportados pelos hospitais à ARS de Lisboa e Vale do Tejo, havia esta terça-feira 69 doentes em UCI e 225 em enfermaria. “Os hospitais da região continuam a dar resposta a doentes covid e não covid” e “os planos de contingência são dinâmicos e ajustáveis às necessidades resultantes da realidade epidemiológica”, sublinha a ARS, que garante que a região “possui capacidade instalada” e lembra que “o SNS funciona em rede”, podendo sempre os doentes ser transferidos para outras regiões, como aconteceu no início deste ano.

João Gouveia nota, porém, que a taxa de ocupação nos cuidados intensivos na região ronda os 77 a 78% e se aproxima já do máximo estabelecido para LVT no relatório das linhas vermelhas que traçou o número crítico de camas ocupadas por doentes com covid-19 (84 nesta região) a partir do qual a resposta a outros doentes começa a ficar afectada.

A nível nacional, estamos ainda longe do número crítico de 245 camas que podem estar ocupadas por doentes com covid-19 sem pôr em causa a resposta habitual, mas o médico avisa que a situação actual é mais complicada e que este número poderá eventualmente até ter que ser revisto se a incidência e os internamentos continuarem a crescer. “Apesar de haver capacidade em número de camas, temos vários hospitais muito desfalcados em termos de recursos humanos e o pessoal está cansado, perto do burnout [síndrome de exaustão profissional], desmotivado”, justifica.

A agravar, acrescenta, com o fim do estado de emergência, saíram muitos profissionais dos cuidados intensivos, sobretudo enfermeiros, que tinham pedido transferência para unidades públicas noutras regiões ou para hospitais privados e há ainda hospitais que aproveitaram para fazer obras de melhoramento e que, por isso, não têm actualmente disponíveis algumas das camas."

Wednesday, June 16, 2021

FUNDAMENTAL É A BOLA

 Marcelo pirou-se.

“Não há conflito” e não há “desautorização”: Costa põe fim ao pingue-pongue e Marcelo quer “todos focados” no futebol- Depois de Marcelo assumir que o “Presidente nunca é desautorizado pelo primeiro-ministro”, Costa disse aos jornalistas que “só pode” haver um equívoco e que “não vale a pena alimentar romances”. A partir de Budapeste, Marcelo chutou a polémica para canto: “Temos de estar focados” no “fundamental” — e o fundamental é a bola. - aqui



Covid-19. Região de Lisboa regista quase 70% dos novos casos em Portugal (e as seis mortes do dia): o surto em Portugal, em gráficos e mapas

Os seis óbitos foram todos registados em Lisboa e Vale do Tejo, bem como 928 das 1350 infetados a nível nacional (68,7% do total) - aqui

Thursday, April 15, 2021

NA ALDEIA DA ROUPA SUJA

Depoimento de Pedro Queiroz Pereira liga Salgado a Marcelo - aqui

Ricardo Salgado terá procurado reforçar a relação com Marcelo Rebelo de Sousa através da namorada do atual Presidente da República, segundo o depoimento do já falecido Pedro Queiroz Pereira.

Pedro Queiroz Pereira, antigo dono da Semapa, depôs no processo crime do Banco Espírito Santo (BES) a 31 de janeiro de 2018, meses antes de morrer. E, nessa altura, contou vários episódios que ligam Ricardo Salgado a Marcelo Rebelo de Sousa.

A história é contada na edição desta quinta-feira, 15 de abril, da Sábado. Segundo a revista, Pedro Queiroz Pereira lembra que, após um conflito entre os dois, Ricardo Salgado quis recuperar a relação com Marcelo - e tê-lo-á feito através da namorada do atual Presidente da República, Rita Amaral Cabral.

"O dr. Ricardo Salgado pegou no departamento jurídico do Grupo Espírito Santo e mandou entregar trabalho de cobranças à dra. Rita Amaral Cabral", descreveu Queiroz Pereira, no depoimento citado pela Sábado. "Se for ao escritório da dra. Rita Amaral Cabral, verá que mais de metade, 60%, do trabalho era o BES que lho dava, o que era uma forma de comprar o professor Marcelo Rebelo de Sousa", acrescentou.

Leia Também

Ana Gomes: "O problema não é a amizade" entre Marcelo e Salgado. "O problema é a falta de justiça"

Sobre este tema, Marcelo Rebelo de Sousa afirma, em declarações à Sábado: "Eu sou incomprável e os portugueses sabem disso".

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José Sócrates: "É altura de acabarmos com isto, Zé Alberto!!" - aqui

A temperatura subiu quando o entrevistador, José Alberto Carvalho, apertou o ex-primeiro-ministro sobre o dinheiro que recebeu em notas do amigo. Sócrates mantém que é tudo mentira.

Sábado 14 de Abril de 2021 às 22:37

Ao longo do processo da Operação Marquês, o Ministério Público teve sempre um problema: como provar que José Sócrates fora corrompido em milhões de euros. Mas o ex-primeiro-ministro teve sempre um problema do outro lado do espelho: como explicar a origem e razão de ser daquele dinheiro recebido em notas, e com conversa telefónica em código com o amigo e empresário Carlos Santos Silva. Na entrevista hoje à TVI, a temperatura em estúdio subiu quando o entrevistador foi apertando Sócrates com esta questão: o dinheiro. O do amigo com quem tinha "um papel" para seguir a conta corrente de centenas de milhares de euros, o da mãe que era "rica".

"É altura de acabarmos com isto, Zé Alberto!", afirmou Sócrates notoriamente irritado. José Alberto Carvalho tinha acabado de começar a falar sobre a conta no BES de Carlos Santos Silva, mas vinha de descrever, um a um, um mês inteiro de levantamentos dessa conta: "no dia 2 de setembro: 3 mil euros; no dia 10 de setembro: 10 mil euros; no dia 10 de setembro outra vez: mais 5 mil euros; no dia 16 de setembro: 10 mil euros; no dia 17 mil euros: 5 mil euros; no dia 18 mil euros: 5 mil euros; nos dias 23 e 27: 10 mil euros".

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Sócrates começou por dizer que era "mentira" que esses levantamentos fossem para ele, argumentou de seguida que isso era o que "a acusação diz" e não o juiz Ivo Rosa - que validou esses indícios ao pronunciar o ex-primeiro-ministro por seis crimes - e mais à frente argumentou que "nem todos esses levantamentos" eram "para me entregar a mim".

O entrevistador citou depois os 127 levantamentos de quase um milhão de euros feitos por Carlos Santos Silva para entregar a Sócrates, segundo a acusação, sublinhou o facto de ser tudo feito em dinheiro e de haver escutas que mostram conversas em código (com o uso de palavras como "fotocópias", entre outras). O ex-primeiro-ministro afirmou que iria "rever as escutas" - o processo corre há sete anos - e alegou falta de memória sobre o tom das conversas. "Não tenho memória nenhuma que numa conversa com o Carlos eu lhe tenha falado em fotocópias para lhe falar de dinheiro", afirmou. "Não era o padrão da minha conversa com o engenheiro Carlos Santos Silva", juntou. 

As dificuldades em produzir uma narrativa consistente foram notórias e foram irritando José Sócrates, que vinha do triunfo relativo conseguido na passada sexta-feira, quando o juiz Ivo Rosa destruiu a maior parte da acusação do Ministério Público - deixando-o, ainda assim, com uma ida a julgamento por pelo seis crimes e apontando, de forma surpreendente, que terá havido um crime de corrupção. A parte central da entrevista acabou por ser, contudo, aquela em que o entrevistador deu uma oportunidade ao ex-primeiro-ministro de dar uma explicação para todo aquele estranho circuito de notas - o teste não foi passado.

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"Não foi vida de luxo, foi investimento em educação", afirmou a certa altura Sócrates sobre a sua vida em Paris, feita num apartamento de luxo no mais exclusivo bairro da capital francesa. Noutra parte, prometeu que levaria ao entrevistador "um almanaque de 1943 onde vem a reportagem do meu avô", e que notava como ele já era rico. Para provar que o dinheiro na conta do amigo não era dele, Sócrates fez o teste das escutas, das quais desta vez já se lembrava bem: foi por não ter reagido à falência do BES naquelas conversas gravadas, em 2014, que "provou" que o dinheiro na conta do BES do amigo Carlos Santos Silva não era dele. Entre estas explicações de geometria variável, o ex-primeiro-ministro foi recorrendo à vitimização.