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segunda-feira, 10 de maio de 2010

A TORRE DO MEU CONTO DE FADAS

(Imagem retirada da Internet)

Se fosse um princesa, escolhia a Torre de Belém como aposento com vista para o mar. É um dos monumentos mais expressivos da cidade de Lisboa. Banhada pelo rio Tejo, era a rainha da outrora praia de Belém. A praia extinguiu-se, mas esta soberana predomina sendo o ex-libris português.

Daí ter sido uma das eleitas das sete maravilhas de Portugal, a 7 de Julho de 2007 e antes em 1983, classificada pela UNESCO, como Património Mundial. Nela, reside o mundo: características islâmicas, orientais e portuguesas (manuelinas).

Este emblema nacional reflete Portugal em todo o seu esplendor: Brasão de armas de Portugal, cruzes da Ordem de Cristo nas janelas de baluarte, marcas do fim da tradição medieval das torres de menagem… A sua decoração exterior é de tirar o fôlego, tão minuciosa e delicada: adornos de cordas e esculturas de pedra, galerias abertas, torres de vigia de estilo mouriscado, ameias em formato de escudo ornamentadas com esferas armilares, elementos naturalistas referentes às navegações (um rinoceronte). Debaixo do terraço, o interior gótico serviu como armaria e prisão. Por fim, os cinco pavimentos da torre quadrangular, de tradição medieval contêm: a Sala do Governador (1º pav.), a Sala dos Reis (2º pav.), a Sala de Audiências (3º pav.), a Capela (4º pav.) e o Terraço da Torre (5º pav.).

Devemos esta grande obra aos arquitectos Francisco de Arruda e Diogo Boitaca. A sua construção teve início em 1514 e fim em 1520. A Torre de Belém foi feita em homenagem a S. Vicente, santo patrono de Lisboa. Este símbolo real é para mim o mais bonito dos monumentos português e merece mais do que uma visita.

Escrito por Liliana Rito

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segunda-feira, 12 de abril de 2010

PÁSCOA: UMA COMUNHÃO FAMILIAR

(Imagem retirada da Internet)
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Lembro-me de ser pequena e de ir assistir com meus pais e irmão, às procissões, às vigílias e às representações teatrais que faziam na Semana Santa e na Sexta-feira Santa. Meus pais seguiam esta quadra pascal ao pormenor. O meu irmão e eu preferíamos o Natal, claro. Mesmo assim, no Domingo de Páscoa, íamos os quatro a missa e depois almoçávamos em família, a maioria das vezes em casa… outras em casa de familiares ou muito raramente em restaurantes. Depois, esperávamos a passagem do padre com a cruz. Mas na véspera, eu ajudava a minha mãe a aprontar tudo: mesa com uma toalha de linho branco, uma jarra de flores, laranjas, chocolates, amêndoas, o tradicional folar e alguns bolos fintos. O meu pai e o meu irmão tratavam de comprar e preparar o borrego.
Era mesmo uma época de comunhão familiar.

Na segunda-feira de Pascoela, a tradição era levantar pelas 9h00, tomar um bom pequeno-almoço e irmos dar um passeio: praia, campo, cidade… tanto fazia logo que tivéssemos juntos. Nos anos em que a vida corria melhor, íamos para mais longe de Aveiro, conhecer terras onde nunca tínhamos ido. Quando o ano não permitia, íamos até à Barra ou à Costa Nova. Comíamos um gelado se o sol e o calor estivessem presentes. Senão lanchávamos uns biscoitos caseiros de amêndoa e canela, feitos pela minha mãe.
Era uma Páscoa simples e bonita.

Hoje em dia, os meus pais ainda mantêm o costume da Semana Santa. Mas o dia de Páscoa, já é passado em minha casa ou na do meu irmão, onde juntamos a família toda, acrescida claro. Quem estiver, pernoita para na segunda-feira, saírem dois carros para um passeio divertido. Graças a Deus, somos todos unidos!

Escrito por Liliana Rito

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quarta-feira, 24 de março de 2010

AVEIRO, A VENEZA DO MEU PAI

(Imagem tirada da Internet)

O meu pai nasceu e viveu toda a sua vida em Aveiro, mais propriamente na Ria onde ele passava grande parte dos seus dias, nos moliceiros. Para ele, era mesmo verdade a designação: Aveiro, a Veneza Portuguesa. Tudo o cativava, passando esse fascínio para os filhos: a Sé Catedral, majestosa entre tantas igrejas, a Quinta da Condessa de Taboeira, actualmente abandonada e em ruínas, a Casa do Major Pessoa, tantas casas e palacetes, capelas e mosteiros.

“Vêem, Aveiro é muito mais do que praia, mar e ria. Temos Arte, História e Cultura”, exclama o meu pai, quando nos levava, a mim e ao meu irmão a passear com a minha mãe. Mesmo assim, quando éramos pequenos, nos queríamos era ir até a Praia da Barra ou da Costa Nova, brincar na areia e molhar os pés. Oh, e a Reserva Natural das Dunas de São Jacinto! Não há lugar natural mais bonito!

Ainda hoje, com a família mais alargada, vamos todos dar esses passeios por terra paterna. Pois, faz-nos bem dar uma escapadela da terra materna (Lisboa), onde vivemos todos actualmente.

Ah, e quando íamos almoçar? Meu pai preferia a Caldeirada de Enguias, claro. A minha mãe descia um pouco o distrito para se deliciar com o Leitão à Bairrada. O meu irmão e eu não queríamos saber de comida, só falávamos em passar já para a sobremesa: os Ovos Moles. Quem nunca provou não sabe o que perde!

Esta é uma pequeníssima homenagem ao meu pai e à sua cidade. Pois, fica ainda muita coisa por dizer. Mas dêem um salto até Aveiro, e de preferência, experimentem o passeio de moliceiro!

Escrito por Liliana Rito,

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