(Imagem de Cora Buttenbender)
À palavra museu associo, desde logo, o Museu de Arte Contemporânea de Serralves, na cidade do Porto. Mas se me lembrar de Londres vem-me à cabeça o Tate Modern. Se penso em Madrid associo ao Museu Nacional Centro de Arte Reina Sofia. Berlim ao Museu Judaico. Barcelona ao Museu Picasso. Bilbao ao Guggenheim. Florença à Galeria da Academia de Belas Artes. Lisboa ao Museu Berardo. Cascais à Casa Paula Rego. And so on, and so on!
Estes fantásticos museus são pontos obrigatórios quando se visita essas cidades. Antes de lá chegarmos já temos planeado que os vamos percorrer. Mas não é disso que quero falar. Esses museus falam por si só, são suficientemente conhecidos e referidos nos meios de comunicação social, que não precisam que me debruce sobre eles. O que quero aqui fazer é falar dos museus menos mediáticos, dos desconhecidos para a maioria dos cidadãos, e que descobrimos dada a sua proximidade ou, simplesmente, por mero acaso.
Aqui, na localidade onde resido, e dada a sua reduzida dimensão, posso afirmar que existe um lote de bastante significativo de museus: Casa de Camilo – Museu / Centro de Estudos, Casa Museu Soledade Malvar, Museu dos Caminhos de Ferro, Museu da Industria Têxtil da Bacia do Ave, Museu Bernardino Machado, Museu da Fundação Cupertino de Miranda, Museu da Guerra Colonial, Museu de Arte Sacra e Museu do Automóvel.
Aqui há uns anos atrás, dei por mim a pensar que conhecia museus localizados em cidades distantes e que não conhecia alguns dos que estavam à porta da minha casa. Verifiquei, e ainda verifico que, tal como eu outrora, muitos famalicenses nunca entraram em qualquer destes museus. Não os conhece e não está interessado em conhecer! Automaticamente tomei a decisão que os iria conhecer, e que o faria acompanhada pela minha filha, na altura bastante mais pequena. E lá fomos as duas à sua descoberta. Aqueles que não conhecia (a maioria) revelaram-se uma verdadeira surpresa. Foi um Verão divertido, eu e ela de porta em porta a desvendar aquilo que estava à nossa volta e que nos recusávamos a ver! A alguns deles voltei com os meus alunos. Também ela lá voltou com os seus professores!
Em saídas ocasionais, por esse país fora, também já fui sobressaltada com alguns pequenos museus. Lembro-me de um fim-de-semana, em família, pela zona de Melgaço e deter ficado atónita com o Museu de Cinema. De ir à festa das bruxas a Montalegre e de ser brindada pelo Museu de Barroso. De ficar boquiaberta com o Museu do Caramulo. De passar por Belmonte e dar de caras com o Museu do Azeite. (…)
Pequenos, grandes, próximos ou distantes, os Museu são sempre uma boa razão para sairmos do conforto da nossa casa.
Obs.: Para que por aqui passem e por aqui se deixem ficar por mais um tempito.
Escrito por CarpedieMaria
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Olá Carpediemaria!
ResponderEliminarAdoro o Porto, no entanto não conheço ainda muito bem todo o seu património cultural. A Fundação, os Jardins e o Museu Serralves são locais cuja disponibilidade me tem faltado para visitar como deve ser.
Mas pelo que li e vi graças a si,estou a perder algo de muito valioso.
Jocas gordas
Lena
Olá!
ResponderEliminarPois, é certo que muitos pequenos museus conseguem cativar-nos mais do que alguns muito badalados. Ou porque são mais acessíveis à compreensão duma pessoa comum ou porque são mais explícitos e onde se consegue apreender aquilo que se vê. Museus enormes servem, muitas das vezes, para se dizer que já lá estivemos, porque o tempo duma visita normal é irrisório para que dele seja tomado um conhecimento mais aprofundado. Isso não invalida que sejam visitados, claro está! Na visita a um museu, seja ele qual for, nunca se perde tempo!
Abraço,
João Celorico