Tudo fica bem quando termina bem.
6 de julho de 2012
Carlos Moedas e a NORFIN, a longa marcha.
Tudo fica bem quando termina bem.
23 de dezembro de 2011
Carlos Moedas é sócio de membros do Conselho de Administração da Açoreana Seguros (BANIF), Tranquilidade Seguros(BES), Seguros LOGO.
Já aqui demos conta de como o Secretário de Estado adjunto do primeiro-ministro, o Goldman Sachs boy Carlos Moedas, caridosamente passou a sua empresa do grupo Carlyle para o nome da sua esposa. Carlos Moedas tinha prometido, em Agosto, desfazer-se das participações que detinha em três empresas, por enquanto cumpriu a promessa em uma delas, faltam duas.
Uma é a SHILLING CAPITAL PARTNERS, SGPS, LDA, que se descreve como uma sociedade de "Gestão de Participações Sociais Noutras Sociedades, Como Forma Indirecta de Exercício de Actividades Económicas", traduzindo: especulação bolsista e seguros. O secretário de Estado detém 20% da sociedade, um dos seus sócios é a MOGOPE (18%) - um fundo de investimento que detém participações na SIC, TSF e na Kendall Develops. Esta última é um “veículo de investimento criado por João Rendeiro (BPP)” que até pouco tempo detinha 3,3 por cento da Brisa e 5 por cento da brasileira OHL, e cujo maior accionista é a Privado Holding (dona do BPP).
Outro sócio de Moedas é o Engº. Diogo António Rodrigues da Silveira (20%), Presidente da Comissão Executiva da Açoreana Seguros (BANIF), membro do Conselho de Administração da GIGA - GRUPO INTEGRADO DE GESTÃO DE ACIDENTES e da Associação Portuguesa de Seguradoras.
Segue-se João Peres Coelho Borges (20%), membro do Conselho de Administração de dez empresas, entre as quais podemos encontrar a GENERIS - FARMACÊUTICA, S.A. ( nº 1 no ranking das empresas nacionais em vendas hospitalares e líder nacional de vendas em oncologia) e a MER MEDICAMENTOS.
Por fim, Hugo Mota Canova Canelhas Gonçalves Pereira (2%), que para além de estar no Conselho de Administração da já referida MOGOPE ainda se encontra na direcção da ISQ - SOCIEDADE DE CAPITAL DE RISCO, S.A. que investe sobretudo em ambiente e saúde.
A outra sociedade na qual o secretário de Estado Moedas detém participação é a WIN World, cuja especialidade é a organização de palestras e cursos de formação para empresários (CEO Conference; EGP-UPBS Leadership Grand Conference; Happy Conference and Business Innovation Program). Carlos Moedas juntava, inclusive, a sua participação accionista à função de orador, sendo distinguido o seu “incrível talento para explicar matérias complexas de uma forma fácil e acessível”. Uma opnião de certo partilhada por Passos Coelho.
Como sócio de Moedas na WIN World encontramos: Miguel Maria Pitté Reis da Silveira Moreno, membro do Conselho de Administração da Tranquilidade Seguros (BES), seguros LOGO (BES), Espírito Santo Saúde e a E.S Contact Center, sociedade gestora de Call Centers.
Carlos Moedas é o secretário de Estado responsável pela coordenação do programa da troika, como tal uma das suas funções será supervisionar o processo de privatização dos seguros da CGD. Mas não há problema, quando esse momento chegar provavelmente Moedas já terá cumprido a sua promessa de alienação destas participações, que estarão, seguras e florescentes, na posse da senhora Moedas.
6 de julho de 2011
Carlos Moedas, ao seu dispor.
Dedicado ao Fernando Pessa
Diz que os melhores anos da sua vida foram passados na Harvard Business School, o ninho dos gestores de elite da economia mundial, para onde foi depois de uma passagem pela gigante francesa Suez-Lyonnaise des Eaux, empresa que abocanhou boa parte das privatizações de águas públicas na Europa, sudeste asiático e América latina. A passagem por Boston rendeu-lhe as boas graças da Goldman Sachs, sim a mesma Goldman Sachs que já nessa altura emitia lixo financeiro a partir da especulação imobiliária, contribuindo com a sua parcela da crise financeira de 2007/2008, Carlos Moedas rumou a Londres para trabalhar em… “aquisições e fusões na área imobiliária”, António Borges foi seu conselheiro e companheiro de jornada. O bom trabalho valeu-lhe a transferência para o Eurohypo Investment Bank (Grupo Deutsche Bank), onde contribuiu com o seu saber na aquisição da imobiliária sueca Tornet pelo Grupo Lehman Brothers, sim esse mesmo.
Um fôlego para recuperar e continuemos a jornada do Moedas. Em 2004 volta a Portugal e aqui ocupa o cargo de director geral da Aguirre Newman, empresa de consultoria imobiliária que determina boa parte do mercado português. O futuro Secretário de Estado aprende rápido e o seu conhecimento da mecânica imobiliária vale-lhe nada mais que um padrinho chamado Grupo Carlyle, o império do armamento e petróleo (o mesmo grupo a quem Durão Barroso ofereceu 45% da Galp em 2004), que fez a Moedas uma proposta que ele não pôde recusar. Sai da Aguirre Newman e lança, em Novembro de 2008, o Crimson Investment Management, com a ajuda e participação dos seus amigos Miguel Pais do Amaral, João Brion Sanches (Norfin), Filipe de Button (Logoplaste) e o agora Ministro dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas. Segundo o próprio Moedas a aventura começou quando o Grupo Carlyle “decidiu assinar connosco um contrato de exclusividade para procedermos à procura e á gestão dos activos que eles futuramente irão deter em Portugal através do seu fundo número 3”. E o Grupo Carlyle confirma, lembrando que já possui parte do Freeport em Alcochete.
Depois desta odisseia pelos mares do capital mundial, Carlos Moedas julgou que era altura de dispor o seu saber ao serviço do país. Filiou-se no PSD assim que soou a derrota de Manuela Ferreira Leite e se ouviu o afiar das facas, apostou num cavalo errado chamado Paulo Rangel mas rapidamente percebeu que o Passos é que era.
Passado pouco mais de um ano, Carlos Moedas decide, sentado a uma mesa com a Troika, a nossa vida. E esta heim?
7 de janeiro de 2012
Até que a morte os separe.
A revista Sábado usou, e bem, o trabalho de investigação desta humilde casa para questionar o nosso já conhecido Secretário de Estado. Carlos Moedas adoptou fala firme e esclareceu: “podia ter ficado com a empresa [crimson] mas não quis por uma questão de honra pessoal”. E honra, como sabemos, não é coisa que se transaccione no terminal da bloomberg. Mas na verdade Moedas não podia, por lei, ficar com a empresa testa-de-ferro do grupo Carlyle, por isso mudou o contrato para a outra mesinha de cabeceira do quarto, para que a sua mulher possa, como o próprio diz, “fazer serviços de consultadoria”. A honra está a salvo.
Mas Moedas disse mais e lamentou não ter ainda encontrado comprador para as suas acções da WIN World (empresa que tem como clientes a REN, ANA ou a Liberty Seguros) o que o faz sócio directo do membro do Conselho de Administração da Tranquilidade Seguros (BES), seguros LOGO (BES) e Espírito Santo Saúde, Miguel Maria Pitté Reis da Silveira Moreno. Uma ligação normal, não fosse o facto de Carlos Moedas ser o responsável pelo processo de privatização dos seguros da CGD, que irá alterar todo o panorama do sector segurador português.
Mas claro, tal facto não merece reparo por parte deste governo, uma vez que, mesmo depois da venda de todas as acções (que esta notícia deve ter acelerado consideravelmente) a união de facto entre Carlos Moedas e a nata da burguesia portuguesa permanecerá. Até que a morte os separe.
28 de agosto de 2011
O que Carlos Moedas e Kadafi tem em comum?
21 de dezembro de 2011
Carlos Moedas para Grupo Carlyle:" a minha esposa trata disso"
Toda a gente já percebeu a minha queda pelo Moedas. Cada um com a sua fraqueza. A minha é conhecer quem me lixa, mesmo que seja com voz suave e cara de bom aluno. E tenho cá para mim que o Moedas também me conheçe, pois de todos os membros deste Governo este é, com certeza, o que mais pesquisa o próprio nome no google.
Agora, o que eu acho que toda a gente gostaria de saber é porque é que este jovem senhor bem composto, o Secretário de Estado da troika, anuncia em Agosto que se encontra em "processo de alienação de todas as participações que tem naquelas empresas", sendo uma dessas empresas a Crimson Investment Management, empresa do qual era o principal gestor e que funciona como testa-de-ferro de um fundo de 2,2 bi do Grupo Carlyle e, em 10 de Dezembro, na 4º Conservatória do Registo Comercial de Lisboa, esta, que era uma sociedade anónima detida pelo Moedas, Miguel Pais do Amaral, João Brion Sanches, Filipe de Button e Alexandre Relvas, passa a ser detida, em exclusividade pela esposa de Carlos Moedas.
15 de março de 2012
Goldman Sachs Is All About Making Money
Greg Smith é um homem como tantos outros, que junta a essa condição o facto de ter sido, até ontem, um dos vice-presidentes do Banco Goldman Saches. Depois de 12 anos de labor neste colosso da finança mundial, Greg Smith bateu com a porta, e fê-lo com estrondo. Numartigo publicado no New York Times este alto quadro denúncia o Goldman Saches como um lugar “tóxico e destrutivo”, onde se trata os clientes como “fantoches” e onde tudo gira em torno de um só objectivo: making money; o jornal publicou a carta com uma sugestiva imagem de abutres ao redor de uma carcaça.
O escândalo já obrigou o banco a desdobrar-se em desmentidos e até o JP Morgan, outro gigante da especulação financeira, preveniu por e-mail os seus funcionários a não se aproveitarem do escândalo: "Que fique claro que não quero ninguém tirando proveito dos supostos problemas do concorrente ou de quem quer que seja. Esse não é o jeito de trabalharmos".
A Blomberg, meca do neoliberalismo e centro nevrálgico do sistema financeiro correu também em auxilio do seu parceiro, num editorial virulento a agência ataca Smith e deixa-lhe um conselho, a ele e todos os estudantes que todos os anos se candidatam a trabalhar no banco, “Se quer dedicar a sua vida a servir a humanidade não vá trabalhar para o Goldman Sachs. Vá trabalhar para o Goldman Sachs se quiser trabalhar duro e ganhar mais do que merece”, resumindo no título aquilo que todos já deveriam saber: “Yes, Mr. Smith, Goldman Sachs Is All About Making Money”
É claro que Greg Smith é apenas um das centenas de quadros deste “polvo” financeiro, que tem na nova nomenklatura da União Europeia os seus boys mais acarinhados, de Mário Draghi a Papademos. E aqui? Até quando vamos admitir que sejam estes gajos a decidir a nossa vida:
António Borges
Vice-Presidente do Goldman Sachs entre 2000 e 2008
Actual responsável pela aplicação do pl
ano de privatizações da troika
Carlos Moedas
Quadro do Goldman Sachs entre 2000 e 2004
Secretário de Estado da Troika
responsável pela ESAME ( Estrutura de Acompanhamento de Memorandos)
Miguel Artiaga Barbosa
Director executivo do Goldman Sachs entre 2000 e 2005
Especialista no mercado das dívidas soberanas
Contratado para funções públicas na ESAME por Carlos Moedas
5 de dezembro de 2011
27 de novembro de 2011
"Batalhamos todos os dias no terminal da Bloomberg"
Depois da greve geral, a revelação. Carlos Moedas, o troikaman, mostra o verdadeiro campo de batalha.
25 de janeiro de 2012
Dedicado a A.Marques aka Carlos Moedas versão comentários em blogue, com amor(é este gajo que se senta numa mesa com a troika e decide o nosso futuro)
- ...O DOUTOR
- PAULO RANGEl"