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6 de julho de 2012

Carlos Moedas e a NORFIN, a longa marcha.

Na sua última edição o Expresso voltou a uma das especialidades desta casa: o caso Carlos Moedas. O semanário questionou o Secretário de Estado Adjunto de Passos Coelho sobre a escolha da NORFIN para a gestão do fundo do “Mercado Social de Arrendamento”. A pergunta impõe-se quando se observa que o quadro de accionistas da NORFIN é uma fotocópia do da ex-empresa liderada por Moedas – a Crimson Investment Management, sociedade testa-de-ferro do Grupo Carlyle em Portugal, que com a ascensão política meteórica de Moedas foi repassada à sua esposa, não fosse alguém pôr em causa o seu bom nome. 

(crimson investment mangement)
(norfin)

O gabinete do governante respondeu dizendo que o Secretário de Estado “conhece muito bem todas, mas todas, as empresas do sector e manteve com todas relações profissionais”, ou seja, no reino de Moedas todos são iguais, resta saber se Miguel Pais do Amaral, João Brion Sanches, Alexandre Relvas, António Vilhena e Filipe de Button são mais iguais do que os outros. Para não falar de Pelayo Primo de Rivera, que juntava a condição de accionista da Crimson à qualidade de director executivo da NORFIN em Madrid.

Os encontros de Moedas com estes cavaleiros alados da alta finança não começaram em 2008 (ano de constituição da Crimson), uma vez que o Secretário de Estado já liderava ,desde 2004, a Aguirre Newman (onde ingressou depois da sua passagem pelo Goldman Sachs) – uma das maiores consultoras da área do imobiliário da Península Ibérica. Como o próprio gabinete de Moedas afirmou quando questionado pelo Expresso sobre a sua ligação com João Brion Sanches “posso dizer-lhe que se conheceram em 2004, já que o Dr. João Brion Sanches faz parte do grupo de profissionais de relevo no mercado imobiliário em Portugal”. Já dizia o Vinicius de Morais que a vida é a arte do encontro; Moedas e Brion Sanches cultivaram essa arte por muito tempo. 

Logo em 2005, Carlos Moedas intermediou as negociações que valeram à NORFIN a gestão do fundo de 200 milhões de euros da Quinta da Trindade, no Seixal. Já em 2006, Carlos Moedas representou o grupo Allianz na compra do “Edifício Entrecampos 28”, por 43,3 milhões de euros, o edifício pertencia ao fundo Vision Escritórios, gerido, claro, pela NORFIN. Este fundo esteve, aliás, no centro da polémica do Freeport (que como se sabe foi comprado em 2007 pelo futuros patrões de Moedas, o Grupo Carlyle). A parceria continuou em 2007, desta vez com a Aguirre Newman de Moedas a representar a própria NORFIN na venda do “Edifício Tetra Pak, em Carnaxide, à Johnson Controls. 

Mas esta história não termina aqui. Quando em 2008 a NORFIN ameaçou privatizar o “Office Park Expo” – o espaço que viria a ser ocupado pelo actual Campus da Justiça num negócio ruinoso para as contas do Estado – foi a Aguirre Newman de Moedas a escolhida para intermediar o processo. Meses depois Sócrates e Alberto Costa assinaram o contrato com a NORFIN e Carlos Moedas rumou à Crimson, onde finalmente conseguiu consumar o acto nupcial com a NORFIN. É sabido, contudo, que nos noivados de longa duração o leito sem mácula tende a ser uma lembrança doce no coração dos adúlteros: Carlos Moedas rapidamente se deixou arrebatar por um novo amor, o PSD de Passos Coelho, que o transformou no troikaman de serviço. 

 

 O embuste do “mercado social de arrendamento”. 

 
A criação do chamado mercado social de arrendamento, incluído que está no “programa de emergência social”, representa uma oportunidade que “abre um novo nicho de mercado entre o mercado livre de arrendamento e o da habitação social” – é deste modo que o Ministério da Solidariedade e Segurança Social apresenta o programa, acrescentando que entre os seus benefícios está a rentabilização “do crescente património imobiliário que os bancos tem herdado”, traduzindo, dar vazão às casas perdidas pelas famílias. Não é a toa que também as imobiliárias tenham saudado a medida pois “tudo o que seja retirar imóveis ao mercado é positivo”. 

À NORFIN cabe gerir o fundo que seja capaz de criar este novo nicho, e não se pode queixar pois ainda esta semana o Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU), seu parceiro estatal no fundo, anunciou o aumento das rendas sociais até 400%

Tudo fica bem quando termina bem.

23 de dezembro de 2011

Carlos Moedas é sócio de membros do Conselho de Administração da Açoreana Seguros (BANIF), Tranquilidade Seguros(BES), Seguros LOGO.


Já aqui demos conta de como o Secretário de Estado adjunto do primeiro-ministro, o Goldman Sachs boy Carlos Moedas, caridosamente passou a sua empresa do grupo Carlyle para o nome da sua esposa. Carlos Moedas tinha prometido, em Agosto, desfazer-se das participações que detinha em três empresas, por enquanto cumpriu a promessa em uma delas, faltam duas.

Uma é a SHILLING CAPITAL PARTNERS, SGPS, LDA, que se descreve como uma sociedade de "Gestão de Participações Sociais Noutras Sociedades, Como Forma Indirecta de Exercício de Actividades Económicas", traduzindo: especulação bolsista e seguros. O secretário de Estado detém 20% da sociedade, um dos seus sócios é a MOGOPE (18%) - um fundo de investimento que detém participações na SIC, TSF e na Kendall Develops. Esta última é um “veículo de investimento criado por João Rendeiro (BPP)” que até pouco tempo detinha 3,3 por cento da Brisa e 5 por cento da brasileira OHL, e cujo maior accionista é a Privado Holding (dona do BPP).

Outro sócio de Moedas é o Engº. Diogo António Rodrigues da Silveira (20%), Presidente da Comissão Executiva da Açoreana Seguros (BANIF), membro do Conselho de Administração da GIGA - GRUPO INTEGRADO DE GESTÃO DE ACIDENTES e da Associação Portuguesa de Seguradoras.

Segue-se João Peres Coelho Borges (20%), membro do Conselho de Administração de dez empresas, entre as quais podemos encontrar a GENERIS - FARMACÊUTICA, S.A. ( nº 1 no ranking das empresas nacionais em vendas hospitalares e líder nacional de vendas em oncologia) e a MER MEDICAMENTOS.

Por fim, Hugo Mota Canova Canelhas Gonçalves Pereira (2%), que para além de estar no Conselho de Administração da já referida MOGOPE ainda se encontra na direcção da ISQ - SOCIEDADE DE CAPITAL DE RISCO, S.A. que investe sobretudo em ambiente e saúde.


A outra sociedade na qual o secretário de Estado Moedas detém participação é a WIN World, cuja especialidade é a organização de palestras e cursos de formação para empresários (CEO Conference; EGP-UPBS Leadership Grand Conference; Happy Conference and Business Innovation Program). Carlos Moedas juntava, inclusive, a sua participação accionista à função de orador, sendo distinguido o seu “incrível talento para explicar matérias complexas de uma forma fácil e acessível”. Uma opnião de certo partilhada por Passos Coelho.

Como sócio de Moedas na WIN World encontramos: Miguel Maria Pitté Reis da Silveira Moreno, membro do Conselho de Administração da Tranquilidade Seguros (BES), seguros LOGO (BES), Espírito Santo Saúde e a E.S Contact Center, sociedade gestora de Call Centers.

Carlos Moedas é o secretário de Estado responsável pela coordenação do programa da troika, como tal uma das suas funções será supervisionar o processo de privatização dos seguros da CGD. Mas não há problema, quando esse momento chegar provavelmente Moedas já terá cumprido a sua promessa de alienação destas participações, que estarão, seguras e florescentes, na posse da senhora Moedas.




6 de julho de 2011

Carlos Moedas, ao seu dispor.



Dedicado ao Fernando Pessa


Aos 42 anos ainda vai um burocrata na sua primeira juventude. Carlos Moedas é o mais jovem entre os juvenis homens de confiança de Passos Coelho. Um Secretário de Estado adjunto do Primeiro-Ministro na primeira e ascendente curva da vida política que vale a pena conhecer.

Diz que os melhores anos da sua vida foram passados na Harvard Business School, o ninho dos gestores de elite da economia mundial, para onde foi depois de uma passagem pela gigante francesa Suez-Lyonnaise des Eaux, empresa que abocanhou boa parte das privatizações de águas públicas na Europa, sudeste asiático e América latina. A passagem por Boston rendeu-lhe as boas graças da Goldman Sachs, sim a mesma Goldman Sachs que já nessa altura emitia lixo financeiro a partir da especulação imobiliária, contribuindo com a sua parcela da crise financeira de 2007/2008, Carlos Moedas rumou a Londres para trabalhar em… “aquisições e fusões na área imobiliária”, António Borges foi seu conselheiro e companheiro de jornada. O bom trabalho valeu-lhe a transferência para o Eurohypo Investment Bank (Grupo Deutsche Bank), onde contribuiu com o seu saber na aquisição da imobiliária sueca Tornet pelo Grupo Lehman Brothers, sim esse mesmo.

Um fôlego para recuperar e continuemos a jornada do Moedas. Em 2004 volta a Portugal e aqui ocupa o cargo de director geral da Aguirre Newman, empresa de consultoria imobiliária que determina boa parte do mercado português. O futuro Secretário de Estado aprende rápido e o seu conhecimento da mecânica imobiliária vale-lhe nada mais que um padrinho chamado Grupo Carlyle, o império do armamento e petróleo (o mesmo grupo a quem Durão Barroso ofereceu 45% da Galp em 2004), que fez a Moedas uma proposta que ele não pôde recusar. Sai da Aguirre Newman e lança, em Novembro de 2008, o Crimson Investment Management, com a ajuda e participação dos seus amigos Miguel Pais do Amaral, João Brion Sanches (Norfin), Filipe de Button (Logoplaste) e o agora Ministro dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas. Segundo o próprio Moedas a aventura começou quando o Grupo Carlyle “decidiu assinar connosco um contrato de exclusividade para procedermos à procura e á gestão dos activos que eles futuramente irão deter em Portugal através do seu fundo número 3”. E o Grupo Carlyle confirma, lembrando que já possui parte do Freeport em Alcochete.

Depois desta odisseia pelos mares do capital mundial, Carlos Moedas julgou que era altura de dispor o seu saber ao serviço do país. Filiou-se no PSD assim que soou a derrota de Manuela Ferreira Leite e se ouviu o afiar das facas, apostou num cavalo errado chamado Paulo Rangel mas rapidamente percebeu que o Passos é que era.

Passado pouco mais de um ano, Carlos Moedas decide, sentado a uma mesa com a Troika, a nossa vida. E esta heim?

7 de janeiro de 2012

Até que a morte os separe.

A revista Sábado usou, e bem, o trabalho de investigação desta humilde casa para questionar o nosso já conhecido Secretário de Estado. Carlos Moedas adoptou fala firme e esclareceu: “podia ter ficado com a empresa [crimson] mas não quis por uma questão de honra pessoal”. E honra, como sabemos, não é coisa que se transaccione no terminal da bloomberg. Mas na verdade Moedas não podia, por lei, ficar com a empresa testa-de-ferro do grupo Carlyle, por isso mudou o contrato para a outra mesinha de cabeceira do quarto, para que a sua mulher possa, como o próprio diz, “fazer serviços de consultadoria”. A honra está a salvo.

Mas Moedas disse mais e lamentou não ter ainda encontrado comprador para as suas acções da WIN World (empresa que tem como clientes a REN, ANA ou a Liberty Seguros) o que o faz sócio directo do membro do Conselho de Administração da Tranquilidade Seguros (BES), seguros LOGO (BES) e Espírito Santo Saúde, Miguel Maria Pitté Reis da Silveira Moreno. Uma ligação normal, não fosse o facto de Carlos Moedas ser o responsável pelo processo de privatização dos seguros da CGD, que irá alterar todo o panorama do sector segurador português.

Mas claro, tal facto não merece reparo por parte deste governo, uma vez que, mesmo depois da venda de todas as acções (que esta notícia deve ter acelerado consideravelmente) a união de facto entre Carlos Moedas e a nata da burguesia portuguesa permanecerá. Até que a morte os separe.

28 de agosto de 2011

O que Carlos Moedas e Kadafi tem em comum?

Carlos Moedas, o nosso Secretário de Estado da Troika, não esconde a sua vida. Depois de trabalhar para o Grupo Suez, o gigante francês privatizador das águas (grupo que em Portugal se dedica aos parques eólicos e ao gás) foi para a Goldman Sachs e mais recentemente é o homem do grupo Carlyle em Portugal a partir do seu crimson investment management.


Kadafi, por sua vez, dedicou-se a massacrar o povo líbio e a acumular uma fortuna de dezenas de milhões de dólares. Onde está essa fortuna? Com os patrões do Moedas.

Muitos dos milhões de Kadafi foram investidos em fundos da Goldman Sachs, que foi a primeira companhia a chegar à Líbia depois do levantamentos das sanções. Já o Carlyle Group, leva outra parte do saque, o que explica a recepção de alto nível para Saif al-Islam Kadafi, o filho de Kadafi, em 2008.

Carlos Moedas deve andar pesaroso pela infeliz condição do seu colega de trabalho.

21 de dezembro de 2011

Carlos Moedas para Grupo Carlyle:" a minha esposa trata disso"

Toda a gente já percebeu a minha queda pelo Moedas. Cada um com a sua fraqueza. A minha é conhecer quem me lixa, mesmo que seja com voz suave e cara de bom aluno. E tenho cá para mim que o Moedas também me conheçe, pois de todos os membros deste Governo este é, com certeza, o que mais pesquisa o próprio nome no google.


Agora, o que eu acho que toda a gente gostaria de saber é porque é que este jovem senhor bem composto, o Secretário de Estado da troika, anuncia em Agosto que se encontra em "processo de alienação de todas as participações que tem naquelas empresas", sendo uma dessas empresas a Crimson Investment Management, empresa do qual era o principal gestor e que funciona como testa-de-ferro de um fundo de 2,2 bi do Grupo Carlyle e, em 10 de Dezembro, na 4º Conservatória do Registo Comercial de Lisboa, esta, que era uma sociedade anónima detida pelo Moedas, Miguel Pais do Amaral, João Brion Sanches, Filipe de Button e Alexandre Relvas, passa a ser detida, em exclusividade pela esposa de Carlos Moedas.




Aceitam-se palpites (quiçá até do próprio Moedas, que honra seria)

15 de março de 2012

Goldman Sachs Is All About Making Money

Greg Smith é um homem como tantos outros, que junta a essa condição o facto de ter sido, até ontem, um dos vice-presidentes do Banco Goldman Saches. Depois de 12 anos de labor neste colosso da finança mundial, Greg Smith bateu com a porta, e fê-lo com estrondo. Numartigo publicado no New York Times este alto quadro denúncia o Goldman Saches como um lugar “tóxico e destrutivo”, onde se trata os clientes como “fantoches” e onde tudo gira em torno de um só objectivo: making money; o jornal publicou a carta com uma sugestiva imagem de abutres ao redor de uma carcaça.

O escândalo já obrigou o banco a desdobrar-se em desmentidos e até o JP Morgan, outro gigante da especulação financeira, preveniu por e-mail os seus funcionários a não se aproveitarem do escândalo: "Que fique claro que não quero ninguém tirando proveito dos supostos problemas do concorrente ou de quem quer que seja. Esse não é o jeito de trabalharmos".

A Blomberg, meca do neoliberalismo e centro nevrálgico do sistema financeiro correu também em auxilio do seu parceiro, num editorial virulento a agência ataca Smith e deixa-lhe um conselho, a ele e todos os estudantes que todos os anos se candidatam a trabalhar no banco, “Se quer dedicar a sua vida a servir a humanidade não vá trabalhar para o Goldman Sachs. Vá trabalhar para o Goldman Sachs se quiser trabalhar duro e ganhar mais do que merece”, resumindo no título aquilo que todos já deveriam saber: “Yes, Mr. Smith, Goldman Sachs Is All About Making Money”

É claro que Greg Smith é apenas um das centenas de quadros deste “polvo” financeiro, que tem na nova nomenklatura da União Europeia os seus boys mais acarinhados, de Mário Draghi a Papademos. E aqui? Até quando vamos admitir que sejam estes gajos a decidir a nossa vida:


António Borges

Vice-Presidente do Goldman Sachs entre 2000 e 2008

Actual responsável pela aplicação do pl

ano de privatizações da troika


Carlos Moedas

Quadro do Goldman Sachs entre 2000 e 2004

Secretário de Estado da Troika

responsável pela ESAME ( Estrutura de Acompanhamento de Memorandos)


Miguel Artiaga Barbosa

Director executivo do Goldman Sachs entre 2000 e 2005

Especialista no mercado das dívidas soberanas

Contratado para funções públicas na ESAME por Carlos Moedas