(* women I admire don´t wear heels é o nome do board do pinterest de La Casita de Wendy, todas as fotografias fazem parte desse board)
Aos 35 anos ainda não faço muitas coisas que achei que iria fazer, uma delas é usar saltos altos.
Não sei.
Não me sinto bem.
Uso pontualmente sandálias altas no Verão, mas o que é alto para mim não é quase nada para qualquer mulher.
Quando me encontro no meio de mulheres da minha idade, em mega saltos, carteiras de pele, caras e cabelos arranjados, fico a pensar onde andei todos estes anos que ainda não me sei 'apresentar' para a minha idade. Sim, porque quer queiramos quer não, é este pensamento que nos ocorre. Por mais livres e conscientes do nosso estilo que sejamos, e eu sou, há momentos em que a única sensação que nos percorre é o desconforto de ser diferente. E se me perguntarem o que eu escolheria neste momento, eu escolhia ser como sou, mas poder calçar saltos sempre que me apetecesse e parecer que estou de sapatilhas. Não é possível pois não? Não.
Depois há este mundo louco da blogosfera e das redes sociais, em que toda a gente tem e parece e vende. Em que todos os dias entram no nosso ecrã milhares de mulheres de todo o mundo, com posts sobre o que compraram, o que comeram, onde foram, o batôn e a blusa, o cabelo e o rímel, os sapatos sempre novos e prontos para fazer a maratona na cidade, posts a que todos têm direito, claro que sim, vidas que existem de uma forma ou de outra, mas que por vezes parecem camiões a passar em cima dos olhos de quem lê. E nós só vemos e lemos o que queremos, certo também, mas é como estar no meio de uma festa de luzes e carrosséis e fazer de conta que não se ouve o barulho. Impossível.
Bem, tudo isto para dizer que hoje me cruzo com este quadro do pinterest da 'Casita de Wendy' uma marca, escola e blog que vou admirando à distância, pelo estilo que imprimem em tudo o que fazem e pela mensagem que passam. E fundamentalismos à parte, que não é essa a minha intenção, fiquei algo reconfortada ao olhar para este board do pinterest e ver tantas caras que também eu admiro.
E isto não é apenas sobre os saltos altos, nem sobre qualquer acessório de moda, mas sim sobre o impacto das imagens, da nossa imagem na nossa vida. Sobre quem somos e o que parecemos. Sobre as dificuldades de se manter uma individualidade, de não ter de mostrar para ser. De ser sem parecer.
Aos 35 anos ainda não faço muitas coisas que achei que iria fazer, uma delas é usar saltos altos.
Não sei.
Não me sinto bem.
Uso pontualmente sandálias altas no Verão, mas o que é alto para mim não é quase nada para qualquer mulher.
Quando me encontro no meio de mulheres da minha idade, em mega saltos, carteiras de pele, caras e cabelos arranjados, fico a pensar onde andei todos estes anos que ainda não me sei 'apresentar' para a minha idade. Sim, porque quer queiramos quer não, é este pensamento que nos ocorre. Por mais livres e conscientes do nosso estilo que sejamos, e eu sou, há momentos em que a única sensação que nos percorre é o desconforto de ser diferente. E se me perguntarem o que eu escolheria neste momento, eu escolhia ser como sou, mas poder calçar saltos sempre que me apetecesse e parecer que estou de sapatilhas. Não é possível pois não? Não.
Depois há este mundo louco da blogosfera e das redes sociais, em que toda a gente tem e parece e vende. Em que todos os dias entram no nosso ecrã milhares de mulheres de todo o mundo, com posts sobre o que compraram, o que comeram, onde foram, o batôn e a blusa, o cabelo e o rímel, os sapatos sempre novos e prontos para fazer a maratona na cidade, posts a que todos têm direito, claro que sim, vidas que existem de uma forma ou de outra, mas que por vezes parecem camiões a passar em cima dos olhos de quem lê. E nós só vemos e lemos o que queremos, certo também, mas é como estar no meio de uma festa de luzes e carrosséis e fazer de conta que não se ouve o barulho. Impossível.
Bem, tudo isto para dizer que hoje me cruzo com este quadro do pinterest da 'Casita de Wendy' uma marca, escola e blog que vou admirando à distância, pelo estilo que imprimem em tudo o que fazem e pela mensagem que passam. E fundamentalismos à parte, que não é essa a minha intenção, fiquei algo reconfortada ao olhar para este board do pinterest e ver tantas caras que também eu admiro.
E isto não é apenas sobre os saltos altos, nem sobre qualquer acessório de moda, mas sim sobre o impacto das imagens, da nossa imagem na nossa vida. Sobre quem somos e o que parecemos. Sobre as dificuldades de se manter uma individualidade, de não ter de mostrar para ser. De ser sem parecer.