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sábado, 15 de novembro de 2014
Duke Ellington e Haruki Marukami
"Já não sei de nada - confessei. - Sei que não me quero separar de ti. Ao mesmo tempo, contudo, não se se é essa a resposta correcta. Nem sequer tenho a certeza de conseguir escolher. Escuta, Yukiko, tu estás aqui. E sofres, bem vejo. Sinto o calor da tua mão. Existem, porém, coisas que não se podem ver nem sentir. Como, por exemplo, as emoções. Ou as possibilidades. Coisas que aparecem vindas do nada e se entrelaçam umas às outras. E vivem dentro de mim."
"A sul da fronteira, a oeste do sol", de Haruki Murakami
domingo, 16 de fevereiro de 2014
Excerto de " O Sono" de Murakami
Desde que deixara de conseguir dormir, começara a perceber até que ponto a realidade podia ser banal. Vendo bem, não passa disso mesmo: é apenas a realidade. Logo, fácil de manusear. O trabalho de casa, a mesma história. Como uma máquina: uma vez que se sabe pô-la a funcionar, depois é só questão de repetir os mesmos gestos. Carregar naquele botão, puxar aquela alavanca. Ajustar o termóstato, fechar a tampa, regular o temporizador.
Haruki Murakami, Sono
Haruki Murakami, Sono
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