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quarta-feira, 30 de março de 2011

Taxas de juro mais altas e salários mais baixos

Os argumentos de Jürgen Stark para o BCE aumentar as taxas de juro estão no Financial Times. Aqui se transcrevem alertas que são especialmente importantes para Portugal.
           (...)
The “optimality of a currency area” is not a given or static state of affairs. It is the result of the determination of all policymakers to increase the resilience of all the constituent parts of the area. One-size-fits-all requires downward unit labour cost adjustments in countries with high unemployment and major competitiveness problems; it also requires all national fiscal and supervisory policies to avoid any build-up of imbalances and boom-bust cycles.

At the European level, this needs to be supported by stricter rules and more effective surveillance mechanisms of national economic policies.

It goes without saying that implementing the necessary reforms not only benefits the countries concerned, but is also an obligation for all governments so as to ensure that their economies function smoothly within our monetary union. It is in this sense that one size fits all.

O BCE e as suas taxas de juro

Será que Juergen Stark defende a subida das taxas de juro na Zona Euro porque está preocupado com a inflação ou porque está preocupado com a perspectiva de uma nova onda recessiva numa Europa sem instrumentos de política para combater um novo mergulho das economias?

Subir as taxas permitia depois descê-las. E uso aqui um contributo de F., na caixa de comentários que é hoje ainda mais actual:

(...)Mas eu vejo mais a subida anunciada da taxa de refinanciamento como uma questão de política económica quase pura (se é que isso existe...). Como ainda não está devidamente antecipado o impacto negativo que vai ser sério da incerteza no mercado do petróleo em bruto, o BCE procura desde já criar algum “espaço monetário”. Para poder mais tarde ter “espaço” (acima do zero) para fazer descer outra vez.(...)


A subida das taxas poderia ainda contribuir para aumentar efectivamente o custo do dinheiro aos bancos que usam o BCE para comprarem dinheiro a saldo que depois vendem a bom preço a países como a Grécia, Irlanda - no mercado apenas nas maturidades curtas - e ainda a  Portugal, a Espanha, à Bélgica...e às empresas.

(Sei que é politicamente incorrecto falar nisto, mas começa a ser tempo de começarmos a pensar fora do esquema que aprendemos nos livros - o que está nos livros é Concorrência Perfeita com uma enorme quantidade de pressupostos fortíssimos, o um mundo que não existe na realidade)

Claro que para as famílias e empresas portuguesas - e como tal para a banca - seria  mais uma desgraça a juntar-se às que já tempos.

domingo, 6 de março de 2011

As razões do BCE para subir os juros

O BCE apanhou toda a agente de surpresa ao anunciar uma subida da taxa de juro já em Abril.

No Negócios (edição impressa) recorda-se o erro que cometeu em Junho de 2008, quando anunciou a subida das taxas - que concretizou -, sendo depois obrigado a descê-las com grande rapidez após a falência da Lehman Brother's. O editorial é exactamente sobre esse tema.

Uma das principais razões para esta inesperada antecipação do BCE - com efeitos muito negativos para Portugal - é política de politics e não de policy: pressionar os líderes europeus do euro, que se vão reunir na sexta-feira dia 11 de Março, a assumirem a resolução do problema de liquidez e até de solvência de bancos - como os irlandeses - e dos países.

Vale a pena ler Wolfgang Munchau que sistematiza as razões de policy e as razões de politics - também elas relacionadas com a política monetária.
O BCE não pode continuar a manter a soro alguns países - entre eles Portugal - e alguns bancos - os irlandeses.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Investidores exigiram 5,973% nas Obrigações a 10 anos

Portugal foi hoje obrigado a pagar uma taxa de juro média ponderada de 5,973% para se financiar a dez anos. Em Março, para a mesma linha de títulos a taxa foi de 4,171%.

Resumindo: a taxa de juro paga pelo Estado para se financiar a dez anos subiu quase 50%.

Trata-se da emissão de OT a 10 anos com taxa do cupão de 3,85% e os resultados podem ser vistos aqui. Portugal acabou por colocar hoje menos dívida do que pretendia - o montante indicativo era de 750 a 1250 milhões de euros e foram apenas colocados 378 milhões de euros, menos que o procurado

A tempestade em Portugal começou ontem, com a diferença entre a taxa portuguesa (yield das OT a 10 anos) é a alemã a atingir um máximo histórico - nem na semana negra que levou à cimeira extraordinária de 7 de Maio a diferença face à Alemanha foi tão grande no mercado.

 Hoje, a taxa de rendibilidade das obrigações está a cair ligeiramente e a diferença face à Alemanha tem estado a diminuir, beneficiando também da subida das taxas alemãs.

Mas a nossa taxa de juro a longo prazo ainda está nos 5,86%.
O que se está a passar é preocupante.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Portugal e Espanha menos arriscados que a Irlanda

Os mercados financeiros colocam Portugal ao lado de Espanha e a Irlanda mais próxima da Grécia
» quando se avalia o risco destes países pela diferença entre a sua taxa de juro de longo prazo e a que é cobrada à Alemanha - as duas taxas medidas pela taxa de rendibilidade das obrigações do Tesouro a dez anos - é menos arriscado emprestar dinheiro a Portugal que à Grécia, Irlanda e até Itália.





quarta-feira, 3 de junho de 2009

O BCE, a inflação e a crise

As criticas de Angela Merkel ao BCE - que se prepara para concretizar a compra de 'covered bonds' para influenciar as taxas de juro de longo prazo - são bem vistas pelo FT como a violação de uma regra que a Alemanha impôs de alguma forma a todos os parceiros do Euro.
Os franceses foram sempre os campeões das criticas ao BCE - porque, na sua visão, a política monetária era demasiado restritiva.
Os alemães falam agora porque, na sua visão, a política monetária é demasiado expansionista.
A Alemanha é obcecada com a inflação. As eleições impõem o ataque ao BCE. Por este ter entrado, ainda que de forma tímida, pela via das "medidas não convencionais" de combate à crise como já fizeram os seus parceiros da Reserva Federal e do Banco de Inglaterra.
Se a inflação estiver aí a chegar - a zona euro terá de escolher entre ir com a onda de inflação dos Estados Unidos ou viver mais tempo em recessão ou mesmo deflação por causa da valorização do euro - provocada pela busca de protecção por parte dos investidores.
O mundo é mesmo global - para o que se acha bem e para o que se acha mal. E é global com uma potência - América/dólar.
No início dos anos 90 a Alemanha lançou a Europa na recessão porque o efeito inflacionista da unificação alemã (com o marco a um por um) foi paga com taxas de juro mais elevadas.
Nesta crise não consegue impôr a sua preferência de "antes crise e desemprego que inflação".
Os americanos escolheram inflação e é isso que se vai ter - caso a economia comece a recuperar a curto prazo.

domingo, 24 de maio de 2009

O custo da dívida como nunca esteve



Os dados são da central de balanços do Banco de Portugal.
O custo da dívida financeira das empresas portuguesas - juros suportados a dividir por dívida financeira - terminou o ano nos 8%, o valor mais elevado desde 2001.

A política monetária não consegue influenciar o preço do dinheiro.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

O mistério BCE

As taxas de juro historicamente baixas, com a habitual excepção da área do euro.

O Banco de Inglaterra baixou a sua taxa de referência para 1%, o valor mais baixo desde que foi fundado em 1694.

O BCE não baixou hoje a sua taxa de referência mas admite que voltar a descer dos actuais 2% para 1,5% em Março. Nesta fase coloca de parte a possibilidade da taxa zero, já em vigor nos Estados Unidos.

O BCE continua um mistério - ou resistente a olhar para a realidade, em ser pragmático. Com o tempo que a decisão de Frankfurt leva espalhar-se por toda a economia e conhecendo o estado de calamidade para que estão a caminhar a esmagadora maioria das empresas, já deveria ter neste momento descido mais as taxas de juro.

Para exemplificar: apesar do BCE ter iniciado a descida das taxas de juro a15 de Outubro , em Portugal, as famílias que tiveram a revisão de taxa de juro em Novembro viram a sua prestação auementar significativamente porque a média da Euribor em Outubro foi extremamente elevada.
E, neste momento, quem tem a sua taxa apenas revista semestralmente e teve o azar de ter a revisão em Novembro ainda está a pagar uma elevadíssima prestação. Só em Junho, a esmagadora maioria das pessoas em Portugal estará a beneficiar das actuais muito mais baixas taxas de juro

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

O zero cada vez mais próximo

As minhas desculpas por esta reduzida assiduidade.
Depois das férias o regresso
- com o primeiro-ministro a pronunciar pela primeira vez a palavra Recessão na entrevista à SIC na segunda-feira,
- as previsões do Banco de Portugal no dia seguinte a confirmarem a queda da produção este ano - e a controvérsia semântica do Orçamento Rectificativo, Suplementar ou, afinal o que consagra a nossa legislação, a perspectiva de alteração de um Orçamento que nasceu torto e viverá apenas poucos dias de vida.

A recessão passou a ser oficial. Com o adicional risco de deflação.

Hoje o Banco de Inglaterra baixou a sua taxa de juro de 2% para 1,5%, a mais baixa desse a criação do banco central em 1694. E apesar disso o Banco de Inglaterra revela-se preocupado com a possibilidade de a taxa de inflação cair para valores abaixo dos 2%, alimentada ainda pelo corte no IVA decidido pelo Governo de Gordon Brown:
In the United Kingdom, business surveys suggest that the pace of
contraction in activity increased during the fourth quarter of 2008 and that
output is likely to continue to fall sharply during the first part of this
year. (...) looking through the volatility in inflation associated with the
movements in Value Added Tax, there remained a significant risk of undershooting
the 2% CPI inflation target in the medium term at the existing level of Bank
Rate. Accordingly, the Committee concluded that a further reduction in Bank Rate
of 0.5 percentage points to 1.5% was necessary to meet the target in the medium
term.

Vivemos na praga de "tempos interessantes".

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

O mundo está (mesmo) estranho

Portugal e a Alemanha são os países com a mais baixa taxa de inflação da zona euro - 1,4% em Novembro:
  • Para Portugal é mais um reflexo do rendimento a afastar-se da média europeia, a par do actual problema conjuntural. Num processo de convergência os preços deviam estar a subir mais em Portugal pelo conhecido efeito Balassa-Samuelson
  • Para a Alemanha e Portugal - e provavelmente a França (com 1,9%) - é um sério alerta para o risco de entrarmos num processo de deflação.
  • Como a medida da inflação usada (o índice de preços no consumidor) sobre-estima a inflação podemos já estar em queda de preços, o que não sendo deflação é uma das sementes do monstro

A taxa de juro de referência nos Estados Unidos está no máximo em 0,25% e já vimos aqui e aqui que há investidores dispostos a dar dinheiro ao Estado norte-americano ou mesmo a pagar para lhe conceder empréstimos.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

O BCE... vale mais tarde



O BCE fez hoje um corte histórico nas suas taxas de juro de referência.

A partir de dia 10 o dinheiro passa a custar aos bancos 2,5% - operacções semanais de refinanciamento a uma taxa fixa desde 15 de Outubro e satisfazendo todos os pedidos de recursos.

O BCE percebeu finalmente que deve estar mais preocupado com o sistema financeiro que com a inflação.

É extraordinário o tempo que levou a entender a dimensão do problema. A Reserva Federal está a descer agressivamente a sua taxa de referência de 18 de Setembro de 2007, pouco mais de um mês (9 de Agosto) da primeira intervenção global para enfrentar os efeitos da crise dita "subprime".

O BCE, pelo contrário, resolveu aumentar a sua taxa de referência de 4% - onde se manteve - para 4,25% dia 3 de Julho de 2008 - sim já este ano. E porquê? Por causa da inflação que estava a subir para valores da ordem dos 3%.

E porque estava a subir a inflação? Por causa da subida dos preços do petróleo e dos cereais... Ou seja, não era inflação.

Por inacreditável que pareça o BCE comete nesta crise exactamente o mesmo erro que em 2000 e 2001 quando, apesar do crash bolsista e de todos os sinais de recessão nos EUA insistiu em subir as taxas de juro e teimosamente afirmou - na altura Wim Duisenberg - que a Zona Euro não seria afectada pela crise norte-americana.

A análise económica no BCE está a precisar de ser mais aberta e menos ortodoxa. De olhos postos na Fed.

Como consequência da sua ortodoxia, o efeito de alívio no orçaento das famílias e empresas, tão necessário já neste momento arrastar-se -á por todo o primeiro semestre.

É verdade que a política monetária tem nesta crise efeitos limitados e pode até em parte ser nefasta, mas poderia contribuir mais para a moderação da crise.

O que disse hoje Jean-Claude Trichet

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

A revolta das taxas de juro



O mecanismo de transmissão das taxas dos bancos centrais às taxas de mercado está seriamente danificado. Os bancos centrais baixaram as taxas de referência e as taxas de mercado - as Libor e Euribor - subiram alargando a sua distância das taxas de referência como se pode ver nos gráficos para a Área do Euro e para os Estados Unidos.
A política monetária não está a funcionar. A política orçamental está teoricamente limitada pelo Pacto de Estabilidade e não tem os melhores instrumentos para combater esta crise.
Começam a surgir as medidas de excepção:
- O membro da Comissão Executiva do BCE Lorenzo Bini Smaghi defendeu em entrevista ao Il Sole 24 Ore a fixação administrativa de uma taxa de juro para o crédito às famílias, uma vez que a Euribor deixou de companhar a taxa do BCE.
As nacionalizações parciais de bancos a que temos assistido começam a parecer naturais face a actuações que se perspectivam de administração de mercados.
A rapidez com que a organização da economia está a mudar...


quinta-feira, 9 de outubro de 2008

A crise - Começa a ser preocupante

Confesso que começo a construir perspectivas bastante sombrias para a economia. Esta crise financeira está a ser muito difícil de resolver.
Hoje os sinais foram especialmente preocupantes e espero que quinta-feira estas nuvens se desvaneçam:

- seis bancos centrais baixaram as taxas de juro mas as bolsas caíram e, mais grave, as taxas de juro formadas nos empréstimos entre os bancos não deram sinais de queda, pelo contrário, parecem ter alargado a diferença em relação às taxas, no caso, do Banco Central Europeu.
Este sinal tem de ser confirmado hoje, quinta-feira, às dez da manhã quando os bancos, nas suas transacções fixarem a Euribor e a Libor.

- se as taxas de juro de mercado, as Euribor, não descerem, aproximando-se da taxa de referência do BCE - agora em 3,75% - a política monetária revela-se ineficaz para baixar o preço do dinheiro tal como as cedências de recursos (liquidez) pelos bancos centrais, que também não parecem conseguir estabilizar o mercado do crédito. Como se existisse um buraco negro que absorve todo o dinheiro do sistema.

- as taxas de juro dos bancos centrais começam a aproximar-se perigosamente de zero - a dos Estados Unidos está já em 1,5%. A eventual necessidade de novas descidas - como aliás já prevêem alguns analistas quer para os EUA como para a zona euro - tornam esta perspectiva de ineficácia ainda mais assustadora - está demasiado presente o que se passou da "Década Perdida" do Japão. Ou, mais grave, como se pode ler que foi a Grande Depressão e que Nicholas Bloom compara.

Vamos ver hoje como reagem os bancos na definição das taxas de juro interbancárias. Quem faz previsões não está muito animado:
``All the rate cuts in the world are not going to get the capital markets to start to
function,'' said David Brownlee who oversees $15 billion as head of fixed income
at Sentinel Asset Management in Montpelier, Vermont. ``The economic numbers are going to look horrific and injecting more liquidity is not going to help it.''

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

O BCE a arriscar

O BCE está de novo - tal como em 2001 - a correr riscos desnecessários.
Ao adiar a descida das taxas de juro - algures até Junho - adia o seu efeito na actividade económica. Quando o remédio chegar pode já não ser necessário.

quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Choque de corte de juros

Numa semana a Reserva Federal cortou a sua taxa de referência em 1,25 pontos, primeiro 0,75 e hoje mais 0,5 pontos percentuais. A taxa do dólar está em 3% que compara com 4% na área do euro.

É o tudo por tudo para evitar a recessão já que o abrandamento já aí está: a economia norte-americana cresceu 0,6% no terceiro trimestre o que, de acordo com o FT, é o valor mais baixo desde 2002.

Nas entrelinhas fica a possibilidade de novos cortes, com a Reserva Federal a dizer que os riscos no sentido da moderação da actividade económica se mantêm: (...)However, downside risks to growth remain(...).

A bolsa fechou a cair nos Estados Unidos assim como o dólar face ao euro.

Por aqui, pela área do euro, fazem-se reuniões em Londres a quatro.

sábado, 26 de janeiro de 2008

Bancos centrais e EUA

O meu artigo desta semana no Jornal de Negócios "Os bancos centrais e a potência imperial endividada".

Estou de facto muito pessimista. E posso estar errada, como alerta um dos comentários que se pode ali ler. Errei nas perspectivas que tinha sobre o BCP, nomeadamente quando defendi Jardim Gonçalves.

Confesso que ainda hoje tenho dificuldade em racionalizar o que já se sabe sobre o 'caso BCP'. Como foi possível àquelas pessoas envolverem-se numa teia de irregularidades, conscientes do que estavam a fazer?

Quanto à conjuntura... Acredito que é uma fase, que regressará o ciclo de crescimento. Só me parece que esta fase pode impor algumas rupturas. Poderei estar errada. Mas, neste momento, não me parece. A banca terá de ser mais regulada. Os Estados Unidos podem manter-se como potência imperial mas poderão ter de reduzir a sua dívida.

sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

BCE e Fed, que diferenças

A Reserva Federal está preparada para adoptar "medidas adicionais significativas" no sentido de combater o abrandamento da actividade económica. Assim o disse esta quinta-feira Ben Bernake, entendendo-se as suas palavras como o anúncio de nova descida das taxas de juro já na reunião de 30 de Janeiro.

O BCE na sua habitual reunião de quinta-feira sobre política monetária decidiu manter as taxas de juro como se esperava mas Jean-Claude Trichet afrmou que o BCE está preparado para actuar de forma "preventiva" no sentido de combater a subida da inflação.

É um exercício de "veja as diferenças". BCE actua contra a inflação indiferente aos riscos de abrandamento. Fed actua contra o abrandamento e esquece os riscos de inflação.

Para que se note: o euro está a valorizar, o que por si só corresponde a uma política monetária mais restritiva e alivia as pressões inflacionistas vindas do exterior. O dólar está desvalorizar, o que torna a política monetária mais expansionista e agrava as pressões inflacionistas via importações.

Será que é este BCE que queremos?
Nos tempos que precederam a crise de 2003 o BCE cometeu o erro de avaliação ao considerar que o bloco era já suficientemente fechado para não ser contagiado pela crise norte-americana. Chegou a aumentar a taxa de juro para depois a ter de descer.

O fundamentalismo é tão negativo na política económica como na política.