terça-feira, 23 de fevereiro de 2010
PIGS, STUPID and... FUKD
....e alguém no comentário à notícia inventa os Fukd:
We, at the STUPID, are quite fed up to be ruled by the FUKD (France, United Kingdom, Deutshland), as the miracle policies imposed by them on several international bodies are the seed of the present economic swamp. Cheers!
terça-feira, 15 de dezembro de 2009
Áustria nacionaliza banco
O governo austriaco nacionalizou o Hypo Group Alpe Adria, um pequeno banco regional mas com elevada exposição a países de Leste fora da Zona Euro e com risco de contágio a outros bancos do sistema, assim diz o governo de Viena.
As notícias apontam para uma intervenção directa do presidente do BCE. O Telegraph diz mesmo que Trichet obrigou a Áustria a nacionalizar o banco.
Mais pormenores no Alphaville
segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009
Queremos um banqueiro que seja banqueiro
No FT com uma violência mais do que justificada.
Criticar o comportamento totalmente irresponsável dos banqueiros não é ser contra o capitalismo. É salvar o capitalismo.
Não nos devemos envergonhar nem sentir que nos estamos a deixar arrastar pelos sentimentos da inveja por criticar os salários e prémios milionários que recebem - e insistem em continuar a receber apesar de alguns só existirem porque foram salvos pelo Estado - que tanto criticaram e tanto conseguiram condicionar e limitar.
O argumento de que sem esses salários não se consegue atrair os melhores - bom com esses salários não se conseguiu atrair os melhores como a situação em que vivemos o demonstra.
E já agora, qual será o emprego alternativo que têm?
Pequenos sinais de início do fim da crise
Também na área do euro começam a existir sinais de alívio, com os bancos a dizerem que estão a restringir menos ao crédito, segundo os últimos dados dos inquéritos aos bancos.
Em Portugal ainda não existe nenhum sinal. Os bancos continuam a afirmar que pretendem restringir ainda mais o crédito.
O Negócios tem hoje um trabalho sobre este tema. (link não disponível)
São os pequeníssimos sinais de retoma, ainda limitados aos EUA e grandes países da área do euro.
sexta-feira, 9 de janeiro de 2009
A recessão bate forte nos Estados Unidos
A taxa de desemprego nos Estados Unidos saltou de 6,8% em Novembro para 7,2% em Dezembro. Desapareceram um milhão de postos de trabalho em dois meses. Além do aumento do desemprego, as pessoas trabalham menos horas.
Via NYT:
The accelerating job loss — more than one million jobs have disappeared in
just two months — suggests that the recession will last at least into early
summer, making it the longest since the 1930s. The severe recessions of the
mid-1970s and early 1980s each lasted 16 months, the current record.
A actual recessão iniciou-se, segundo o NBER, em Dezembro de 2007. Os Estados Unidos estão no seu 13º mês de recessão. Se a recuperação não chegar no segundo semestre, como esperam os mais optimistas, o início de 2011 ainda pode ser de crise em Portugal.
quinta-feira, 8 de janeiro de 2009
O zero cada vez mais próximo
Depois das férias o regresso
- com o primeiro-ministro a pronunciar pela primeira vez a palavra Recessão na entrevista à SIC na segunda-feira,
- as previsões do Banco de Portugal no dia seguinte a confirmarem a queda da produção este ano - e a controvérsia semântica do Orçamento Rectificativo, Suplementar ou, afinal o que consagra a nossa legislação, a perspectiva de alteração de um Orçamento que nasceu torto e viverá apenas poucos dias de vida.
A recessão passou a ser oficial. Com o adicional risco de deflação.
Hoje o Banco de Inglaterra baixou a sua taxa de juro de 2% para 1,5%, a mais baixa desse a criação do banco central em 1694. E apesar disso o Banco de Inglaterra revela-se preocupado com a possibilidade de a taxa de inflação cair para valores abaixo dos 2%, alimentada ainda pelo corte no IVA decidido pelo Governo de Gordon Brown:
In the United Kingdom, business surveys suggest that the pace of
contraction in activity increased during the fourth quarter of 2008 and that
output is likely to continue to fall sharply during the first part of this
year. (...) looking through the volatility in inflation associated with the
movements in Value Added Tax, there remained a significant risk of undershooting
the 2% CPI inflation target in the medium term at the existing level of Bank
Rate. Accordingly, the Committee concluded that a further reduction in Bank Rate
of 0.5 percentage points to 1.5% was necessary to meet the target in the medium
term.
Vivemos na praga de "tempos interessantes".
sexta-feira, 12 de dezembro de 2008
Dívida pública ou caos
Gabriel Silva do Blasfémias apoia o ministro das Finanças alemão Peer Steinbruck que pensa que sim: os Estados estão a cometer o erro do endividamento que esteve na origem desta crise.
O endividamento do Estado não coloca os mesmos problemas que o endividamento do sector privado:
- É mais fácil de corrigir - com inflação i.e redução do poder de compra do país ou aumento de impostos i.e poupança forçada das famílias e empresas.
Se o problema hoje do mundo ocidental fosse o excesso de endividamento do Estado - afinal o agente económico menos endividado apesar de andarmos há décadas a falar do défice público - estaríamos muito mais confortáveis.
- Do ponto de vista financeiro, a presença do Estado no mercado de crédito é, neste momento, um dos únicos instrumentos para manter esse mercado a funcionar e, como tal, a actividade económica.
As economias actuais - empresas e famílias - não funcionam sem crédito. E isso não é negativo, pelo contrário, permite colocar aforradores e investidores - procura e oferta de financiamento - facilmente em contacto. Viabilizaram-se assim muitos projectos/ideias que de outra forma nunca existiriam (este espaço é um deles). As famílias anteciparam consumos em função do seu rendimento permanente ( a função consumo dependente do rendimento permanente e não do disponível, uma ideia de Milton Friedman). O problema não foi o crédito mas sim uma deficiente avaliação dos riscos feita pelo financiador, os bancos.
- Do ponto de vista económico, a ausência do Estado neste momento como motor financeiro da economia (endividando-se) lançaria os países para o colapso social e político. Viveríamos falências e desemprego em níveis inimagináveis.
Obviamente que as escolhas dependem da curva de preferências de cada um.
Eu prefiro ter um longo prazo com mais inflação - neste momento a ameaça parece ser de deflação, pelo menos nos Estados Unidos - que um curto prazo de caos social e político que ninguém consegue prever como acabaria.
quinta-feira, 11 de dezembro de 2008
O milionário alemão...e a VW
Eis que agora s esabe que um multimilionário alemão com mais de 70 anos e membro de uma das famílias mais ricas do país, com negócios na indústria farmaceutica e materiais de construção perdeu a fortuna familiar nesse jogo.
Neste momento está a ameaçar os bancos de falência. Os bancos dizem que ele não está em condições d efazer ameaças. Precisa de quase mil milhões de euros. E está a tentar "entrar" no grupo dos que "são demasiado grandes para falir".
Uma história que expõe dramaticamente como se distorceu o mercado de capitais.
Muitas empresas têm hoje prejuízos ou lucros reduzidos porque usaram as suas margens (o Ebitda) para aplicar na bolsa. Com todos a tentar comprar barato e vender caro e poucos a investir em novos negócios ... o caminho estava traçado.
Além dos aspectos de supervisão bancária vale a pena reflectir sobre os efeitos perversos que um mercado financeiro desregulado teve. Jogou contra a criação de valor.
A ler a história de Adolf aqui e aqui
E quem é Adolf Merckle
quinta-feira, 4 de dezembro de 2008
O Banco Privado e os incentivos perversos
Oficialmente continuamos sem saber quais as garantias que o Estado recebeu.
Porque vale a pena reflectir sobre os efeitos perversos deste apoio ao BPP tomo a liberdade de sintetizar alguns dos comentários que estão aqui:
De NG
- "As «lideranças portuguesas» podem defender os princípios que quiserem e podem não ser obrigadas a fazer o aumento de capital indispensável para salvar o banco (até porque podem não ter o dinheiro necessário). (...) O que não podem é passar por este sarilho em que comprometeram todos os contribuintes portugueses sem uma proporcional punição moral e patrimonial. Sob pena de, de hoje para amanhã, deixar de haver gente interessada em cultivar os campos, investir em fábricas, construir casas, por a actividade com menor risco em Portugal passar a ser a economia da fantasia de comprar activos com dinheiro emprestado a contar que eles se valorizem no dia seguinte (e dar-lhe uns nomes bonitos como alavancagem, Private Banking ou Corporate Advisory para disfarçar)."
Ainda de NG:
- "Só existe uma (causa para esta crise), global e transversal: Nome técnico - Alavancagem. Alguns sinónimos: «com as calças do meu pai também eu pareço um homem», «gastar hoje o que talvez venha a ganhar um dia», «querer parecer mais do que aquilo que se é», «ganância», «gastar o que não se tem», «jogar com o dinheiro de outros», «armar-se aos cucos», «parecer mais que do ser», «contar com o ovo no cú da galinha», «arriscar mais do que se deve»,«aventureirismo», «economia de fantasia», «ganhar 20 e gastar 100», «vencedor dos mercados», e por aí fora..."
E o que se está a fazer ainda segundo NG:
- "O mercado não é tonto por muito tempo e, tarde ou cedo, fala e gosta de ser ouvido. Mascarar a sua mensagem com bailouts e intervenções artificiais sem retirar consequências das imprudências é adiar e agravar as soluções.Ou esta crise consegue devolver uma certa humildade e sobriedade às pessoas, às empresas e aos mercados ou o que sobrar dela e o pouco que se consiga criar entretanto será por completo arrasado na seguinte."
Subscrevo inteiramente os alertas de NG. A questão é que solução?
- Os accionistas do BPP - como de outros bancos por esse mundo fora - estão a beneficiar a externalidade extremamente negativa da sua falência. Os governos não têm outra alternativa - têm de intervir.
- A questão pode estar em Como intervir? Estarão a intervir da forma mais adequada, aquela que minimiza o "moral hazard"? Estarão a minimizar os incentivos perversos de que fala NG? Absolutamente não.
- A única via que vejo de combater os incentivos que vão germinar numa nova crise, ainda mais grave, seria ficar com os activos desses investidores: nacionalizar sem direito a indmenização. Do ponto de vista da racionalidade económica faz todo o sentido: o banco transformou-se num bem público, não peas sua características de indivisibilidade e não-rivalidade mas pelas externalidades negativas geradas pela sua falência.
segunda-feira, 3 de novembro de 2008
Estranhos e preocupantes acontecimentos
Nacionalização do BPN com uma Lei das Nacionalizações assustadora.
Vamos ver o que vão dizer os deputados.
A declaração de Miguel Cadilhe é de uma violência que tem de ter forçosamente uma razão.
Em que mundo estamos nós?
A crise financeira não pode ser pretexto de abusos do Estado contra a liberdade económica. Depois de ter falhado na regulação o Estado não nos pode tirar a liberdade de iniciativa.
Começo a ficar seriamente preocupado. Crise financeira, crise económica e limitação da liberdade... É a imagem do terror.
terça-feira, 21 de outubro de 2008
Quem me dera...
... Ter pedido ainda mais dinheiro emprestado por conta da casa para comprar carro, mobilar a casa e fazer as férias de sonho
... Ter emprestado a quem não podia pagar, se fosse banqueiro
....Ter emprestado 100% do valor da casa para que pudessem comprar também o carro e mobilar a casa, se fosse banqueiro
Hoje estaria o Estado a premiar a minha irresponsabilidade com os impostos que todos pagam.
(Sim, é um post agressivo. Mais triste que agressivo...Porque não se está a medir a grave dimensão dos incentivos perversos que se estão a construir só porque não se quer expor as dificuldades efectivas da banca).
O sistema financeiro tem de ser ajudado com o dinheiro que for necessário. O impacto de não o ajudar é muitíssimo mais grave para todos nós.
Mas é preciso desenhar apoios que evitem seriamente incentivos perversos. O Fundo de Arrendamento, consagrado no OE 2009, não respeita esse princípio.
Sofre de graves incentivos perversos para a banca e para as famílias. A factura chegará no futuro. Com mais irresponsabilidade...
domingo, 19 de outubro de 2008
A crise e o pêndulo
Ernâni Lopes usou a metáfora do pêndulo que levado longe de mais no seu movimento regressaria ao outro lado mais cedo ou mais tarde.
O pêndulo foi levado longe de mais na desregulamentação e liberalização. Como antes tinha sido levado longe de mais nas nacionalizações e regulamentação.
A tentação é grande, infelizmente, para levar também agora o pêndulo longe de mais na regulamentação e nacionalização - em linha com a lei da física.
sexta-feira, 17 de outubro de 2008
Mais um banco em França...
Ontem foi o dia do grande UBS - mais 3,9 mil milhões de euros de dinheiro do Governo. Depois do seu rival Credit Suisse ter recebido dinheiro dos seus investidores.
A doença do crédito tratada com ... crédito
"In other words, the way to make sure Americans don't live beyond their means is to give them back the means."
Que como diz se aplica totalmente a Portugal.
Como se estivéssemos a tentar pôr sóbrio quem já bebeu demasiado dando-lhe mais uns copos.
Mas poderá ser de outra maneira?
Se a bolha do crédito rebentar repentinamente temos todos de ir... "à pesca", como recomendou o primeiro-ministro da Islândia.
O momento é muito perigoso. E o Plano Sócrates/Teixeira tem algumas fragilidades mas é em linhas gerais bastante sensato, racional e com poucos incentivos perversos.
terça-feira, 14 de outubro de 2008
Fome que dá em fartura
Com a informação que já existe parece que vamos estar perante um Orçamento historicamente expansionista. Ver em Negócios
No segundo dia após a o fim de semana de Washington e Paris as bolsas continuam bastante animadas e mais importante ainda as taxas de juro Euribor e Libor caem significativamente.
Fomes e farturas...
segunda-feira, 13 de outubro de 2008
Os mercados gostaram... do apoio do Estado
- As bolsas dispararam - na Europa e nos Estados Unidos
- As taxas de juro desceram - as Euribor e as Libor
Que fizeram os Governos?
- Comprometem-se com dinheiro em cima da mesa a garantir a emissão de dívida por parte dos bancos - e não como inicialmente se disse, na sequência das declarações de alguns líderes europeus, garantias para as operações de mercado monetário interbancário
- Comprometem-se com dinheiro também em cima da mesa e dos contribuintes a injectar dinheiro nos bancos
Muito há a dizer sobre o que se passou e está a passar. Por enquanto ainda estamos a apagar o fogo. Quando se começar a reconstruir é preciso repensar o sistema financeiro - como criar um mercado num sector onde as empresas/os bancos não podem falir?
Para já as emissões de dívida pública vão aumentar, a dívida que deveria ser dos bancos, isto é, dos seus accionistas, passa a ser do Estado, isto é, dos contribuintes.
Não me parece que se possam esperar efeitos inflacionistas desta actuação dos governos e bancos centrais. Houve uma brutal destruição de liquidez com a desvalorização de activos com os efeitos que já se começam a sentir na queda da actividade económica.
Portugal não poderia deixar de oferecer uma garantia, mesmo que a banca não precisasse. O elevado endividamento português intermediado pela banca recomendava toda a cautela. E se todos os outros países fizeram o mesmo, a banca portuguesa não poderia ter a desvantagem de não ter a possibilidade de ter a sua emissão de dívida com garantia de Estado.
domingo, 12 de outubro de 2008
A Europa mais unida pela necessidade
A Cimeira da Zona Euro mantém o "cada um por si" mas com orientações coordenadas.
Aqui se pode ler o comunicado que estabelece duas grandes áreas de acção:
- Mercados interbancários por via de garantias aos bancos para reactivar o mercado de crédito;
- Recapitalização dos bancos nas mais diversas formas, desde a entrada no capital - como os ingleses estão a fazer - até á aquisição de activos de qualidade - a opção dos espanhóis.
O Governo português aprovou hoje em Conselho de Ministros uma garantia no montante global de 20 mil milhões de euros à qual podem aceder os bancos com dificuldade de acesso a liquidez no mercado monetário interbancário.
Vamos ver como abre a bolsa de Tóquio e depois as bolsas europeias. Mais importante ainda é preciso ver os efeitos nas taxas de juro interbancárias na Europa. O efeito no mercado da Euribor e da Libor.
Seis semanas depois da crise esta é a acção mais coerente, focada e com uma abordagem global respeitando as especificidades de cada país e, de alguma forma, também seguida pelos Estados Unidos como se ouviu na sexta-feira pela voz de Paulson.
Se esta actuação não tiver efeitos...enfim. Vamos ver.
Gordon Brown está na fotografia da Zona Euro por ter participado no início da reunião. O Plano de Paris foi inspirado no Plano britânico.
sábado, 11 de outubro de 2008
As (inevitáveis) nacionalizações na banca
Mais de um mês depois da violenta réplica da crise financeira iniciada há quase 15 meses, as autoridades da Europa e dos Estados Unidos deixam cair a ilusão de conseguirem resolver o problema "cada um por si" e desistem das convicções.
- Preparam-se para um plano global e em cooperação. George W. Bush e Angela Merkel enganaram-se na capacidade de lidar com o problema ao nível nacional.
- Preparam-se para entrar nos capitais dos bancos, ou seja, para nacionalizarem a banca, adoptando o modelo do Reino Unido como se pode ler aqui e aqui na declaração do Grupo dos Sete. A nacionalização foi pela primeira vez colocada como solução para o problema por Willem Buiter e depois acabou por ser subscrita pela esmagadora maioria dos economistas, incluindo Martin Wolf. Paul Krugman também. E os 750 mil milhões de dólares do Plano Paulson podem servir exactamente para isso, para nacionalizar.
A intervenção directa, via nacionalizações ou mesmo via administração das taxas de juro, face à dimensão da catástrofe parece-me ser a única solução. Um modelo seguido pela Suécia nos anos 90.
Devemos estar satisfeitos? Claro que não. Vai sair-nos do bolso - dos contribuintes. Mas é a melhor de todas as soluções, embora não seja igualmente negativa:
- Deixar cair os bancos era, 'by the book', a melhor solução: quem correu riscos excessivos e não soube gerir o seu negócio perdia o dinheiro; desincentiva aventuras futuras. MAS o efeito do ajustamento teria um custo tal que poderia matar o doente - a população em geral - com a cura.
- Compra activos tóxicos, como prevê (ou previa) o Plano Paulson é de longe a pior das soluções: premiavas com o dinheiro dos contribuintes, quem tinha feito mais asneiras e incentivava a novas e mais asneiras no futuro abrindo portas para uma próxima crise pior ainda que esta.
- Nacionalizar ou mesmo confiscar é um "castigo" tão violento para os accionistas como a falência. Há um racional para o dinheiro dos contribuintes: estão a pagar para não perderem as suas poupanças - e não para salvar quem fez asneira -, estão a pagar para minorar os efeitos económicos da crise financeira, enfim, estão a pagar para que as perdas de emprego sejam as mais baixas possíveis.
Mas a seguir deve proceder-se a privatizações sem premiar os que se revelaram incapazes de serem accionistas dos bancos.
As notícias da semana foram péssimas: Wall Street teve a pior semana desde 1933; a bolsa portuguesa regista a pior semana de sempre tal como as bolsas mundiais e com bolsas suspensas em alguns países.
Vamos ver se as autoridades conseguem trazer a calma neste fim de semana: Grupo dos 15 do euro reunidos domingo em Paris; Bush apela a uma resposta séria à escala global e Angela Merkel parece ter mudado de ideias e está com Nicolas Sarkozy na defesa de um plano europeu à inglesa e não à americana.
E ainda a instabilidade entre vizinhos ou a guerra dos depósitos entre o Reino Unido e a Islândia.